tag:blogger.com,1999:blog-67712723168861107672024-02-21T04:51:50.488-08:00Garanhuns HistóriaAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comBlogger157125tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-29154206797542056292017-09-11T20:03:00.000-07:002017-09-11T20:03:11.150-07:00Ditadura militar no Chile (1973–1990)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6LUDmNPM9nJX4dfR8y40YLzpRRrzn_8n20KNf1WumN3BbD9ZIKWI_AvEK4tvFs943nQpi9Ozo_Iqk5VOfnsxYn5RR_B336e0iGWhdeMvQt1LyZeounJ6cmPlPUOvr8o2UJ3HnKL1dJHA/s1600/golpemiliatr-11092012-copia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="338" data-original-width="450" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6LUDmNPM9nJX4dfR8y40YLzpRRrzn_8n20KNf1WumN3BbD9ZIKWI_AvEK4tvFs943nQpi9Ozo_Iqk5VOfnsxYn5RR_B336e0iGWhdeMvQt1LyZeounJ6cmPlPUOvr8o2UJ3HnKL1dJHA/s320/golpemiliatr-11092012-copia.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
ditadura militar chilena</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">
foi um governo militar autoritário que governou o Chile entre 1973 e 1990. A
ditadura foi estabelecida depois que o governo democraticamente eleito de
Salvador Allende foi derrubado por um golpe de Estado apoiado pela CIA no dia
11 de setembro de 1973. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"></span></div>
<a name='more'></a>A ditadura foi liderada por uma junta militar presidida
pelo general Augusto Pinochet. O colapso da democracia e a crise econômica
ocorrida durante a presidência de Allende foram justificativas usadas pelos
militares para tomar o poder. A ditadura apresentou sua missão como uma
"reconstrução nacional".<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf4al-7nESsPncp5heFqfffBiAmY0ek7hsanbjnYzgt7upL6eJvXouNpR2IaXZbydLdiJMxyYbZVvQoJEdrJabweCD34T04qLS_pluYAgL2_cDJE_ZQa8N4p3bpIkhMOzU3DIX6sKsyc8/s1600/salvador20allende20color.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="375" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf4al-7nESsPncp5heFqfffBiAmY0ek7hsanbjnYzgt7upL6eJvXouNpR2IaXZbydLdiJMxyYbZVvQoJEdrJabweCD34T04qLS_pluYAgL2_cDJE_ZQa8N4p3bpIkhMOzU3DIX6sKsyc8/s320/salvador20allende20color.jpg" width="266" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Salvador Allende</td></tr>
</tbody></table>
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O regime foi
caracterizado pela supressão sistemática de partidos políticos e pela
perseguição de dissidentes a uma extensão que era sem precedente na história de
Chile. Ao todo, o regime deixou mais de 3.000 mortos ou desaparecidos, torturou
milhares de prisioneiros e forçou 200.000 chilenos ao exílio. A ditadura moldou
grande parte da vida política e econômica do Chile moderno. Dois anos depois de
sua ascensão, implementou reformas econômicas neoliberais radicais em forte
contraste com as políticas esquerdistas de Allende, aconselhadas por uma equipe
de economistas de livre mercado formados em universidades estadunidenses,
conhecidos como "Chicago Boys".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgppaP-YaxYxx0t1gJk6Z2_elYmd5E87lTaPtyspRJJda-W6oETa1-3f58BjvmLDmIP_7iKlSyqNYS2X61smkBBe0Wq3mUNah-NFP0bxD4wNI9bgVzekgwS9xg26z3fd2h-1ys0NddbmWY/s1600/800px-Golpe_de_Estado_1973.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="584" data-original-width="800" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgppaP-YaxYxx0t1gJk6Z2_elYmd5E87lTaPtyspRJJda-W6oETa1-3f58BjvmLDmIP_7iKlSyqNYS2X61smkBBe0Wq3mUNah-NFP0bxD4wNI9bgVzekgwS9xg26z3fd2h-1ys0NddbmWY/s320/800px-Golpe_de_Estado_1973.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Bombardeio ao Palácio de La Moneda<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;"> durante o </span>Golpe de <br />Estado no Chile<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">, em 11 de setembro de 1973</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif;">Em 1980, o regime
substituiu a Constituição de 1925 por uma nova Carta Magna elaborada por
colaboradores do regime. Os planos de Pinochet de permanecer no poder foram
frustrados em 1988, quando o regime admitiu a derrota em um referendo que abriu
o caminho para a restauração da democracia em 1990. No entanto, o regime tomou
muito cuidado para garantir que o sistema político e econômico que criara
permanecesse sem modificações. O regime também providenciou que os militares
ficassem fora do controle civil após o fim da ditadura.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Golpe
de estado no Chile em 1973<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em 11 de setembro
de 1973, um golpe de Estado ao mando dos comandantes das Forças Armadas,
terminou com o mandato do presidente Salvador Allende. Tropas do exército e
aviões da Força Aérea atacaram o Palácio de La Moneda, a sede de governo, onde
Allende supostamente teria cometido suicídio antes que as tropas invadissem o
Palácio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Após derrubar o
governo democrático de Allende, de esquerda, os membros da Junta de Governo
começaram um processo de estabelecimento de seu sistema de governo. De acordo
com o Decreto Lei Nº 1, de 11 de setembro de 1973, Augusto Pinochet assumia a
presidência da Junta de Governo, em sua qualidade de comandante em chefe do
ramo mais antigo das Forças Armadas. Este cargo, que originalmente seria
rotativo, finalmente se tornou permanente; em 27 de junho de 1974 Pinochet
assume como "Chefe Supremo da Nação", em virtude do Decreto Lei n.º
527, cargo que seria substituído pelo de Presidente da República, em 17 de
dezembro de 1974, pelo Decreto Lei Nº 806. Entretanto, a Junta assume as
funções constituinte e legislativa em lugar do Congresso Nacional, que foi
fechado em 21 de setembro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk_3-OTZt70bN8-wL5NRHREWaKVG0X7X3IwRJgVXMZDh3jPJ4ouKXXDqGQAGM9zOs7HuM0YDWTT2kP7ttVeapYb7zhBE-YSoy36cWe934JDQeaQmG03uhkE_jBxufDqVeeFfNpLE9eaao/s1600/Augusto_Pinochet.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="306" data-original-width="216" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk_3-OTZt70bN8-wL5NRHREWaKVG0X7X3IwRJgVXMZDh3jPJ4ouKXXDqGQAGM9zOs7HuM0YDWTT2kP7ttVeapYb7zhBE-YSoy36cWe934JDQeaQmG03uhkE_jBxufDqVeeFfNpLE9eaao/s320/Augusto_Pinochet.jpg" width="225" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Augusto Pinochet</td></tr>
</tbody></table>
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Diante de tal
situação, militantes de grupos de esquerda começaram a sofrer a repressão
exercida pelo novo governo. A maioria dos líderes do governo da Unidade Popular
e outros líderes da esquerda foram presos e transferidos a centros de reclusão.
Cuatro Álamos, Villa Grimaldi, o Estádio Chile e o Estádio Nacional de Santiago
foram utilizados como campos de detenção e tortura, assim como a Oficina
Salitrera Chacabuco, a Ilha Dawson na Patagônia, o porto de Pisagua, o Buque
Escola Esmeralda e outros locais ao longo do país. 3 mil pessoas teriam sido
assassinadas por membros da Direção de Inteligência Nacional (DINA) e de outros
organismos das Forças Armadas, entre os que se destacam Victor Jara e José
Johá. Muitas dessas pessoas permanecem como detidos desaparecidos na
atualidade. Além disso, existem relatos de tortura, prisões foram realizadas e
outros tiveram que se exilar em diversos países do mundo, principalmente
membros de guerrilhas armadas, alguns dos quais foram mortos em atentados à
bomba no exterior, como Carlos Prats e Orlando Letelier. As sistemáticas
violações aos direitos humanos pela ditadura de Pinochet provocaram o repúdio
de diversos estados e da Organização das Nações Unidas (ONU).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No âmbito
econômico, o Regime Militar tenta uma "política de choque" para
corrigir a crise em que havia sido assumida pelo governo, com inflação superior
a 300%. Para tanto, solicita-se a ajuda de um grupo de jovens economistas
ingressados da Universidade de Chicago, que implantam o modelo de liberalismo
de Milton Friedman. Os Chicago Boys aproveitaram as ideias nascidas em El
Ladrillo e, seguindo as ideias de Friedman, começaram um tratamento de choque
para a economia chilena: o gasto público foi reduzido em 20%, foram demitidos
30% dos empregados públicos, o Imposto de Valor Agregado (IVA) foi aumentado e
os sistemas de empréstimo e financiamento de moradia foram eliminados. Como
previsto, a economia depois destas medidas despencou, algo que Friedman
considerava necessário para fazê-la "ressurgir". O PGB e as
exportações caíram em 12% e 40%, respectivamente, e o desemprego aumentou para
16%. Porém as medidas aplicadas durante esse período começaram a surtir efeito
em 1977, quando a economia começou a se levantar e se deu início ao que foi o
"Boom" ou o "Milagre Chileno". Nestes anos, finalizaram-se
os trabalhos do Metrô de Santiago e começaram os da Carretera Austral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp-sfD56HdT9IvYsQHvpY8GPWk7zpK-HkLyJsHVy7dX-i1ahPWz3Ts-uEiUEqqf0kesMtWYhqV5JTeBAiM0UGiAtYtRK20quTGL9bhEMGGAa6KPUVdhTxoMs9PSifd69W3lwIqRWT8A7c/s1600/Quema_de_libros.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="402" data-original-width="299" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp-sfD56HdT9IvYsQHvpY8GPWk7zpK-HkLyJsHVy7dX-i1ahPWz3Ts-uEiUEqqf0kesMtWYhqV5JTeBAiM0UGiAtYtRK20quTGL9bhEMGGAa6KPUVdhTxoMs9PSifd69W3lwIqRWT8A7c/s320/Quema_de_libros.jpg" width="238" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Queima de livros<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;"> durante os primeiros<br /> dias do regime</span></td></tr>
</tbody></table>
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Aproveitando a
conjuntura na América Latina, liderada por múltiplos governos militares, o
Chile se integrou junto a outros estados na Operação Condor, um plano de
inteligência destinado ao combate às guerrilhas e grupos de orientação marxista
no Cone Sul, apoiado pela CIA. Um dos ideólogos deste plano foi o chefe da DINA
(Diretora de Inteligência Nacional), Manuel Contreras, um dos homens com maior
poder no país durante estes anos. A proximidade que tinha com líderes de outros
países permitiu que, por exemplo, o Chile acertasse posições com a Bolívia,
liderada pelo general Hugo Banzer. Isso permitiu a firmação do Acordo de
Charaña, uma tentativa de solucionar o problema da mediterraniedade da Bolívia
e em que se restabeleciam as relações diplomáticas, rompidas desde décadas
atrás.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O ano de 1978
marca um dos anos mais críticos do governo de Pinochet. Os Estados Unidos, que
havia apoiado no princípio ao regime torna-se um dos seus principais
detratores, devido principalmente ao atentado terrorista contra Orlando
Letelier, exilado em Washington. Jimmy Carter, que assume o governo do país no
ano anterior, realiza uma forte campanha junto a diversos organismos
internacionais exigindo maiores liberdades civis no Chile e criticam a censura
contra a imprensa e a repressão à oposição. Antes disso, Pinochet convoca um
plebiscito, quando ainda não existiam registros eleitorais. De acordo com os
resultados publicados pelo governo, votaram 5.349.172 pessoas: 4.012.023 votos
pela opção "Sim", 1.092.226 pela opção "Não" e 244.923
foram brancos ou nulos. Porém, tais cifras foram questionadas devido às
diversas irregularidades do processo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">As violações aos
direitos humanos continuaram apesar da pressão internacional. Enquanto Pinochet
promulga o Decreto Lei Nº 2.191, que concedeu anistia a todos os que haviam
cometido feitos delituosos desde a data do golpe, em qualidade de autores,
cúmplices ou encobridores, a imprensa começa a revelar o destino dos primeiros
detidos desaparecidos na zona de Lonquén. No entanto, a DINA é substituída pela
CNI, enquanto o cardeal Raúl Silva Henriquez encara o problema e cria a Vicaria
da Solidariedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Neste ambiente,
Gustavo Leigh manifesta publicamente suas diferenças de opinião com Pinochet.
Leigh, o gestor do golpe, opõe-se ao excessivo personalismo de Pinochet e ao
modelo econômico imposto. Leigh também esperava apurar os prazos para o retorno
da democracia e estava contra as práticas terroristas que estava exercendo o
Estado. Diante das declarações do Comandante da Força Aérea ao periódico
italiano Corriere della Sera e sua negativa de se retratar, Leigh é destituído
pela Junta Militar e é substituído por Fernando Matthei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ainda que as
relações diplomáticas com os países vizinhos haviam se aproximado, foram
rompidas durante 1978. A proximidade da comemoração do centenário da Guerra do
Pacífico produziu efervescência no Peru (com que teve problemas diplomáticos em
1974) e na Bolívia. As tentativas de outorgar uma saída ao mar a este último
viram-se acabadas pelo veto do Peru ao Acordo de Charaña, veto que poderia
exercer de acordo com o estabelecido no Protocolo Adicional do Tratado de
Ancón, chegando o ditador do Peru, General EP Juan Velasco Alvarado a mobilizar
a 18ª Divisão Blindada do Exército do Peru ao sul, próximo à fronteira do
Chile; dias depois o general EP Francisco Morales Bermúdez Cerruti derrota o
general Velasco, desmobiliza a 18ª Divisão Blindada, cujos tanques retornam aos
seus quartéis e a normalidade volta à fronteira, mantendo o veto ao Acordo de
Charaña. Diante de tal quadro Banzer rompe relações diplomáticas com o Chile.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ao mesmo tempo
surge com a Argentina o Conflito de Beagle. A Rainha Elizabeth II do Reino
Unido abdica das ilhas Picton, Lexxon e Nueva ao Chile, as quais estavam em
disputa com o país vizinho. Ambos países haviam se comprometido a aceitar o
laudo britânico de 1967, porém Jorge Rafael Videla declara o ocorrido como
"insanamente nulo" e a possibilidade de guerra com a Argentina é
iminente, a que se somava a possibilidade de um "quadrilhaço" (guerra
com a Argentina, Peru e Bolívia).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O Chile tenta
solucionar as diferenças através de uma mediação papal com Paulo VI, mas sua
morte e a de seu sucessor, João Paulo I, agravam a situação. As tropas chilenas
estão recrutadas em Punta Arenas e a esquadra chilena zarpa para enfrentar a da
Argentina, em 22 de dezembro de 1978. Uma tempestade nas águas da Patagônia
evita o primeiro enfrentamento, enquanto João Paulo II chama através dos meios
a uma mediação entre ambos países, a qual é aceita pela Argentina. O conflito
seria encerrado com o "Tratado de Paz e Amizade", firmado em 29 de
novembro de 1984.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em outubro de
1978, o Conselho de Estado (um organismo assessor à Junta, presidido por Jorge
Alessandri) recebeu um anteprojeto de Constituição redigido pela Comissão
Ortúzar. Em 8 de junho de 1980, Alessandri entrega um dictamen e informe
elaborado pelo Conselho, contendo várias correções ao anteprojeto. A fim de
analisar o projeto apresentado pelo Conselho, a Junta de Governo nomeia um
grupo de trabalho que praticou suas funções durante um mês, realizando diversas
modificações no texto. Finalmente, em 10 de agosto Pinochet informa que a Junta
aprovou a nova Constituição e que a submeterá a um plebiscito. Os registros
eleitorais, no entanto, não foram abertos, motivo pelo qual várias
irregularidades teriam sido cometidas. A oposição só pôde se manifestar em um
ato político liderado por Eduardo Frei Montalva no teatro Caupolicán. em 11 de
setembro de 1980 realizou-se o referendo que obteve um respaldo de 68,95% dos
votos. Assim, a nova Constituição Política da República do Chile entrou em
vigor em 11 de março de 1981.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em 1981, os
primeiros sintomas de uma nova crise econômica começam a ser sentidos no país.
O Chile, graças ao Boom, havia crescido a uma média anual de 7,5% entre 1976 e
1981; porém a balança de pagamentos alcançou um déficit de 20% neste ano e os
preços do cobre caíram rapidamente. Os investidores estrangeiros deixaram de
investir, enquanto o governo dizia que tudo isso era parte da recessão mundial.
Os investidores nacionais e as empresas chilenas haviam aproveitado durante esse
período para pedir diversos empréstimos, com base na promessa de um câmbio fixo
de um dólar a 39 pesos chilenos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A situação não
pôde se sustentar e, em junho de 1982, o peso foi desvalorizado e a política de
câmbio fixo se encerrou. Diante disso, os empréstimos alcançaram taxas
exorbitantes e muitos bancos e empresas quebraram. O desemprego se elevou a 25%
e o governo não encontrava fórmula capaz de manejar a situação. A inflação
alcançou 20% e o PIB caiu em 15%. Começaram, então, a aparecer os primeiros
protestos de caráter pacífico, que foram violentamente reprimidas pelos
carabineros e pelo exército. Implanta-se o estado de sítio e o momento é
aproveitado por diversas organizações terroristas como a Frente Patriótica
Manuel Rodriguez, que decidiu iniciar a "Operação Retorno" e começar
com o fim do Regime pela via armada. Entre os bons números do seu governo,
poder-se-ia citar o valor do PIB per capita, que entre 1973 e 1993, subiu 79,8%
em dólares constantes, passando de US$4200 para US$7552; e o crescimento de
191% do PIB, passando de $16,3875 Bilhões em 1973 para $44,4679 Bilhões em
1993. Em 1986 o desemprego era de 13,9%, chegando a 6,3% em 1993, devido a nova
medidas liberais, como redução dos gastos estatais, privatizações e redução de
impostos. Em 1973 a inflação era de 352%, em 1982 estava em 9,9%.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em 27 de dezembro
de 1986 comandos do Frente Patriótica Manuel Rodríguez - FPMR tentam assassinar
o general Pinochet no caminho ao Cajón de Maipo. Diante do fracasso dos
comandos comunistas, Pinochet ordena uma forte onda repressiva que termina com
a morte de diversos frentistas (Operação Albânia. No mesmo período tornou-se
público o assassinato de cinco professores comunistas que foram encontrados
degolados, delito cometido por corpo de carabineiros, o que obrigou à renúncia
do diretor geral César Mendoza, que foi substituído por Rodolfo Stange.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Com a renúncia de
Sergio Fernández ao Ministério do Interior, Sergio Onofre Jarpa, seu sucessor,
permite a aproximação à Aliança Democrática (composta por democratas cristãos e
socialistas moderados). Graças à participação do Cardeal Francisco Fresno,
partidários do governo e parte da oposição formularam, em agosto de 1985, um
"Acordo Nacional para a Transição à Plena Democracia". Tal acordo foi
recebido com ceticismo por setores da extrema esquerda e sérias discrepâncias
ao interior da Junta de Governo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No âmbito
econômico, Hernán Büchi (1985-1989) conseguiu produzir um "segundo
milagre" chileno (definitivo), que foi por ele idealizado, adotando uma
fina calibragem entre certas medidas keynesianas adotadas anteriormente, que
manteve, e a reimplantação de algumas medidas do antigo modelo neoliberal dos
Chicago Boys, que custaram ao Chile uma queda 30% do seu PIB, até que Büchi
encontrasse o caminho certo para o crescimento. O PIB do Chile duplicou nos
anos seguintes, mas a redução dos gastos sociais aumentou o abismo entre ricos
e pobres, fazendo do Chile um dos países com pior desigualdade social e de
renda no mundo. De 1970 a 1987 a proporção da população chilena abaixo da linha
de pobreza saltou de 20 % para 44,4 %.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A política
econômica é necessária para orientar corretamente o esforço da poupança e dos
investimentos. A experiência nos ensinou a importância de uma adequada regulamentação
das variáveis macroeconômicas, já que sem ela o mercado se desorienta e as
poupanças se desperdiçam, ou fluem para o exterior, de forma que os
investimentos se canalizam para operações improdutivas ou especulativas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hernán
Büchi (1985-1989)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Por outro lado, a
zona do Chile Central foi sacudida por um terremoto em 3 de março de 1985,
tendo os edifícios de Santiago, Valparaíso e San Antonio sofrido graves danos
nas estruturas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O governo promulga
em 1987 a Lei Orgânica Constitucional dos Partidos Políticos, que permite a
criação de partidos políticos, e a Lei Orgânica Constitucional sobre sistema de
inscrições eleitorais e Serviço Eleitoral, que permite abrir os registros
eleitorais. Com estas disposições legais, abriria-se a brecha para cumprir o
estabelecido pela Constituição de 1980. Segundo ela, devia-se convocar os
cidadãos a um plebiscito onde se ratificaria um candidato proposto pelos
Comandantes em Chefe das Forças Armadas e o General Diretor dos Carabineros,
para ocupar o cargo de presidente da República no período seguinte de 8 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No caso do
resultado ser adverso, o período presidencial de Augusto Pinochet se
prorrogaria por mais um ano, como as funções da Junta de Governo, devendo se
convocar a eleição de Presidente e de Parlamentares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No início de 1987,
o país presenciaria a visita do Papa João Paulo II, que percorreu as cidades de
Santiago, Viña del Mar, Valparaíso, Temuco, Punta Arenas, Puerto Montt e
Antofagasta. O Sumo Pontífice seria testemunha presente da repressão durante
alguns protestos, durante a cerimônia de beatificação de Teresa dos Andes no
Parque O'Higgins (3 de abril de 1987). Durante sua visita, João Paulo II
manteve uma longa reunião com Pinochet em que trataram do tema do retorno à
democracia. Nesta reunião, o Pontífice haveria instigado Pinochet a fazer
modificações no regime e inclusive haveria solicitado sua renúncia. No ano
seguinte, convocou-se a realização do plebiscito, fixado em 5 de outubro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em 30 de agosto de
1988, os Comandantes em Chefe das Forças Armadas e o General Diretor dos
Carabineros, de conformidade com as normas transitórias da Constituição em
vigor, propuseram como seu candidato Augusto Pinochet. Os partidários do
"Sim" estariam integrados por membros do governo e os partidos
Renovação Nacional, a União Democrata Independente e outros partidos menores.
Por outro lado, a oposição criou a Concertação de Partidos pelo "Não"
que agrupava 16 organizações políticas opositoras ao regime, entre as que se
destacavam a Democracia Cristã, o Partido pela Democracia e algumas fações do
Partido Socialista. No entanto, o Partido Comunista ainda estava proscrito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em 5 de setembro
deste ano foi permitida a propaganda política após 15 anos de ditadura. A
propaganda seria um elemento chave para a campanha do "não", ao
mostrar um futuro colorido e otimista, contraponto a campanha oficial,
notoriamente deficiente de qualidade técnica e que pressagiava o retorno do
governo da Unidade Popular em caso de uma derrota de Pinochet. Ainda que a
campanha do "sim" conseguiu reverter os magros resultados do começo,
revitalizando sua campanha, os resultados finais entregaram a vitória à
oposição: o "sim" obteve 44,01% contra 55,99% do "não".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Apesar do silêncio
inicial de Pinochet (o que, segundo algumas informações, aparentemente havia
pensado em não reconhecer os resultados no princípio), reconhece a vitória do
"não" e afirma que continuará o processo traçado pela Constituição de
1980. Assim, chamou-se eleições para a presidência e parlamento no dia 14 de
dezembro de 1989. Previamente, um plebiscito realizado em 30 de julho deste ano
havia aprovado uma série de reformas à Constituição, reduzindo em parte o
autoritarismo que possuía a Carta Fundamental.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Patricio Aylwin,
candidato da Concertação, obteve 55,17% dos votos, frente a 29,4% de Büchi e
15,43% de Francisco Javier Errázuriz, candidato independente de centro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Direção
de Inteligência Nacional<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ao começo do fim
de 1974 foi criada oficialmente a Direção de Inteligência Nacional (DINA) pelo
decreto lei N° 521 (ainda funcionava de fato desde fins de 1973). Esta Direção
ficou a cargo do tenente coronel de engenheiros Manuel Contreras. A DINA tinha
faculdades para deter e confinar pessoas em seus centros operativos durante os
estados de exceção. Como estes estados duraram quase toda a ditadura, a DINA
teve estas faculdades durante toda sua existência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Esta organização
teve a tarefa de enfrentar-se a um inimigo que, de acordo a visão política da
Junta Militar, era a sedição marxista. Treinados na Escuela de las Américas, os
agentes da DINA iniciaram uma campanha de repressão, focalizado principalmente
no GAP (Grupo de Amigos Pessoais de Allende, sua guarda pessoal) com sessenta
mortos, o MIR (Movimento de Esquerda Revolucionario) com 400, o Partido
Socialista do Chile com 400 e o Partido Comunista do Chile com 350.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A DINA empregou o
seqüestro, a tortura e o assassinato. Tinha também agentes internacionais,
sendo o mais destacado o estadunidense Michael Townley, quem assassinou a
Carlos Prats em Buenos Aires e a Orlando Letelier em Washington DC. Seu outro
dispositivo internacional era a Operação Condor, de cooperação entre os
diversos organismos de contra - insurgência das ditaduras latino americanas,
com o objetivo de conter qualquer elemento de esquerda política. Apenas se
detinha seu funcionamento ao ser substituída pela CNI (Central Nacional de Informações),
e Contreras por Odlanier Mena.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Desde 1993
processado pela justiça após o fim da ditadura militar, com condenações
anteriores que chegaram a sete anos de prisão domiciliar, Manuel Contreras, o
temido chefe da DINA, foi condenado à prisão perpétua em junho de 2008 como
mandante do assassinato do general Prats e sua esposa em Buenos Aires, em 1974.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em 1 de setembro
de 2009, a justiça chilena expediu ordem de prisão a 120 militares e ex-agentes
do serviço secreto chileno, por atentados contra os direitos humanos
acontecidos no governo Pinochet, entre eles, Contreras, já preso, referente a
casos de assassinatos e desaparecimentos de cidadãos chilenos e estrangeiros
durante a Operação Condor.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-91329042085111482822017-08-24T18:32:00.001-07:002017-08-24T18:32:54.223-07:00O massacre da noite de São Bartolomeu ou a noite de São Bartolomeu<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicsocJMxZHHaL8L6e9zVjv43SF78hhkiTab0A1S1DoASQOVQzH9QeHEyqgICLXAYJOD5jqXenhvM8-7izb2LR3OC079rC01ci_NgBuP3WoB5Vyw7eplEYG4sB-Kis8rME3QO4miuakPDs/s1600/noite-de-sao-bartolomeu.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1005" data-original-width="1280" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicsocJMxZHHaL8L6e9zVjv43SF78hhkiTab0A1S1DoASQOVQzH9QeHEyqgICLXAYJOD5jqXenhvM8-7izb2LR3OC079rC01ci_NgBuP3WoB5Vyw7eplEYG4sB-Kis8rME3QO4miuakPDs/s320/noite-de-sao-bartolomeu.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Catarina de Médici olha os corpos dos protestantes</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O massacre da noite de São
Bartolomeu</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> ou <b>a noite de São Bartolomeu</b>, foi um
episódio, da história da França, na repressão ao protestantismo, engendrado
pelos reis franceses, que eram católicos.</span></div>
<a name='more'></a><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Esses
assassinatos aconteceram em 23 e 24 de agosto de 1572, em Paris, no dia de São
Bartolomeu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">As
matanças foram organizadas e começaram em 24 de agosto de 1572 durando vários
meses, inicialmente em Paris e depois em outras cidades francesas. Números
precisos para as vítimas nunca foram compilados, e até mesmo nos escritos de
historiadores modernos há uma escala considerável de diferença, que têm variado
de 2.000 vítimas por um apologista católico, até a afirmação de 70.000, pelo
contemporâneo apologista huguenote duque de Sully, que escapou por pouco da
morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Este
massacre veio dois anos depois do tratado de paz de Saint-germânica, pelo qual
Catarina de Médici tinha oferecido tréguas aos protestantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
1572, quatro incidentes inter-relacionados têm lugar após o casamento real de
Margarida de Valois, irmã do rei da França, com Henrique III de Navarra (chefe
da dinastia dos huguenotes), numa aliança que supostamente deveria acalmar as
hostilidades entre protestantes e católicos romanos, e fortalecer as aspirações
de Henrique ao trono. Em 22 de agosto, um agente de Catarina de Médici (a mãe
do rei da França de então, Carlos IX de França, o qual tinha apenas 22 anos e
não detinha verdadeiramente o controle), um católico chamado Maurevert, tentou
assassinar o almirante Gaspar II de Coligny, líder huguenote de Paris, o que
enfureceu os protestantes, apesar de ele ter ficado apenas ferido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjx0ng-VEdlMYVOrL7_li_PilDgzbxRoF3yNDpirxfeXEP2S1AFQABNUb2UQyzQqby6XVxgxZSCHnyN0L2paR3GoFaai1By6nVi3Hgl1N14LJvDFc5Qh3EwTEb-m1wKZjNAziQSTRsBpM/s1600/Francois_Dubois_001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="615" data-original-width="1024" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjx0ng-VEdlMYVOrL7_li_PilDgzbxRoF3yNDpirxfeXEP2S1AFQABNUb2UQyzQqby6XVxgxZSCHnyN0L2paR3GoFaai1By6nVi3Hgl1N14LJvDFc5Qh3EwTEb-m1wKZjNAziQSTRsBpM/s320/Francois_Dubois_001.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">Massacre de São Bartolomeu</i><span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">, de </span>François Dubois</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Nas
primeiras horas da madrugada de 24 de agosto, no dia de São Bartolomeu, dezenas
de líderes huguenotes foram assassinados em Paris, numa série coordenada de
ataques planejados pela família real.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Este
foi início de um massacre mais vasto, apesar do rei ter enviado mensageiros às
províncias para manter os termos do tratado de 1570. Começando em 24 de agosto
e durando até outubro, houve uma onda organizada de assassínios de huguenotes
em doze cidades francesas, como Toulouse, Bordéus, Lyon, Bourges, Ruão, e
Orleães.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Relatos
da quantidade de cadáveres arremessados nos rios afirmam uma visível
contaminação, de modo que ninguém comia peixe, pelas condições insalubres do
local.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Não
foi o primeiro nem o último ataque massivo aos protestantes franceses, outros
ataques ocorreriam. Embora não o único, "foi o pior dos massacres
religiosos do século". Por toda a Europa, "imprimiu nas mentes
protestantes a indelével convicção que o catolicismo era uma religião
sanguinária e traiçoeira."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-57229531330537997802017-08-18T14:19:00.000-07:002017-08-18T14:19:09.192-07:00A REVOLUÇÃO MEXICANA<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV36db1AXdQN3fnuBPA5npSaW54Lf8jZos8ECpqi_FvbjxXFs_JT16RefT3FX20l8dzYGPiZLqI_Z4ZIR9LZMdJfbQ9dEObOjtDSUUcvAJdbERw87KltppiQ0qlhdSy2J0fCPiGbV9hXs/s1600/02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="812" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV36db1AXdQN3fnuBPA5npSaW54Lf8jZos8ECpqi_FvbjxXFs_JT16RefT3FX20l8dzYGPiZLqI_Z4ZIR9LZMdJfbQ9dEObOjtDSUUcvAJdbERw87KltppiQ0qlhdSy2J0fCPiGbV9hXs/s320/02.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mural da Revolução Mexicana de Diego Rivera</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A <b>Revolução Mexicana</b> foi um conflito
armado que teve lugar no México, com início em 20 de novembro de 1910.
Historicamente, costuma ser descrita como o acontecimento político e social
mais importante do século XX no México.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: times new roman, serif;">Os antecedentes do
conflito remontam à situação do México durante o Porfiriato. Desde 1876 o
general Porfírio Díaz liderou o exercício do poder no país de maneira
ditatorial. A situação prolongou-se por 34 anos, durante os quais o México
experimentou um notável crescimento econômico e estabilidade política. Estes
logros realizaram-se com altos custos econômicos e sociais, pagos pelos
estratos menos favorecidos da sociedade e pela oposição política ao regime de
Díaz. Durante o primeiro decênio do século XX rebentaram várias crises em
diversas esferas da vida nacional, as quais refletiam o crescente
descontentamento de alguns setores com o Porfiriato.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Quando Díaz
assegurou numa entrevista que se retiraria no final do seu mandato sem procurar
a reeleição, a situação política começou a agitar-se. A oposição ao governo
tornou-se relevante dada a postura manifestada por Díaz. Nesse contexto,
Francisco I. Madero realizou várias rondas pelo país com vista a formar um
partido político que elegesse os seus candidatos numa assembleia nacional e
competisse nas eleições. Díaz lançou uma nova candidatura à presidência e
Madero foi detido em San Luis Potosí por sedição. Durante a sua permanência na
cadeia realizaram-se as eleições que deram o triunfo a Díaz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-11aaqFvdIzfhnWgCYUkJu6Sy4D0S2XZUrCJuPJQ_wvp-2CJ7TKV-dVh8D_4VnIvp5-y4hWSTO9OpR7iguFJejhJvjulGlsMPCE17uRGIAuDBtAZx9PX2Vl-B9jpdXMYKzItDvO7__BA/s1600/Young_Porfirio_Diaz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="950" data-original-width="729" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-11aaqFvdIzfhnWgCYUkJu6Sy4D0S2XZUrCJuPJQ_wvp-2CJ7TKV-dVh8D_4VnIvp5-y4hWSTO9OpR7iguFJejhJvjulGlsMPCE17uRGIAuDBtAZx9PX2Vl-B9jpdXMYKzItDvO7__BA/s320/Young_Porfirio_Diaz.jpg" width="245" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fotografia do então coronel Porfirio Díaz<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">, <br />tomada em </span>1861</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman", serif;">Madero conseguiu
escapar da prisão estatal e fugiu para os Estados Unidos. Desde San Antonio
proclamou o Plano de San Luis, que apelava a tomar as armas contra o governo de
Díaz em 20 de novembro de 1910. O conflito armado teve inicialmente lugar no
norte do país, estendendo-se posteriormente a outras partes do território
mexicano. Uma vez que os sublevados ocuparam Ciudad Juárez (Chihuahua),
Porfírio Díaz apresentou a sua renúncia e exilou-se na França.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 1911
realizaram-se novas eleições das quais resultou a eleição de Madero. Desde o
começo do seu mandato teve diferenças com outros líderes revolucionários, as
quais provocaram o levantamento de Emiliano Zapata e Pascual Orozco contra o
governo maderista. Em 1913 um movimento contrarrevolucionário, encabeçado por
Félix Díaz, Bernardo Reyes e Victoriano Huerta, deu um golpe de estado. O
levantamento militar, conhecido como a Decena Trágica, terminou com o
assassinato de Madero, do seu irmão Gustavo e do vice-presidente Pino Suárez.
Huerta assumiu a presidência, o que ocasionou a reação de vários chefes
revolucionários como Venustiano Carranza e Francisco Villa. Após pouco mais de
um ano de luta, e depois da ocupação estado-unidense de Veracruz, Huerta
renunciou à presidência e fugiu do país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Depois deste
acontecimento aprofundaram-se as diferenças entre as facções que haviam lutado
contra Huerta, o que desencadeou novos conflitos. Carranza, chefe da Revolução
de acordo com o Plano de Guadalupe, convocou todas as forças à Convenção de
Aguascalientes para nomearem um líder único. Nessa reunião Eulalio Gutiérrez
foi designado presidente do país, mas as hostilidades reiniciaram-se quando
Carranza rejeitou o acordo. Depois de derrotarem a Convenção, os
constitucionalistas puderam iniciar os trabalhos de redação de uma nova constituição
e conduzir Carranza à presidência em 1917. A luta entre facções estava longe de
terminar. Durante o reajustamento das forças foram assassinados os principais
chefes revolucionários: Zapata em 1919, Carranza em 1920, Villa em 1923 e
Obregón em 1928.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Atualmente não
existe um consenso sobre quando terminou o processo revolucionário. Algumas
fontes situam-o no ano de 1917, com a proclamação da Constituição do México,
algumas outras em 1920 com a presidência de Adolfo de la Huerta[4] ou 1924 com
a de Plutarco Elías Calles. Inclusivamente, há algumas que asseguram que o
processo se prolongou até aos anos 1940.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Porfirio
Díaz, Porfiriato<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Porfirio Díaz, um
mestiço oaxaquenho que se destacou nos exércitos liberais que combateram grupos
conservadores e que participou na intervenção francesa, havia assumido a
presidência a partir de 1876 após o triunfo da rebelião de Tuxtepec, e no final
do seu sétimo mandato, em 1910, havia mantido uma ditadura de 34 anos. Durante
os últimos anos do seu governo Díaz gozou de pouca credibilidade e os seus
opositores eram cada vez mais numerosos devido a várias crises simultâneas em
todos os âmbitos: social, político, económico e cultural.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pânico
financeiro de 1907<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante o tempo
colonial muitas localidades puderam conservar algumas propriedades comunais,
designadas de forma genérica «ejidos». A Lei Lerdo de 1856 declarou baldias as
propriedades corporativas, particularmente as da Igreja e comunidades
indígenas. Entre 1889 e 1890 o governo de Díaz dispôs que as terras comunais
tornar-se-iam emparceláveis. Os novos proprietários, desacostumados à
propriedade privada, foram enganados por particulares ou funcionários. Como
resultado muita da população indígena viu-se desapossada de terras, tendo que
empregar-se nas fazendas próximas. Outra série de leis de demarcação dos anos
1863, 1883 e 1894, segundo as quais uma parcela sem o seu respetivo título
poderia considerar-se como terreno baldio, propiciou àqueles que tinham os recursos
necessários apossarem-se de grandes porções de terra. Em 1910 menos de 1% das
famílias do México possuíam ou controlavam cerca de 85% das terras cultiváveis.
As localidades rurais, que albergavam 51% da população, contavam apenas com
pequenas porções de terra e a maior parte da população dependia das fazendas
vizinhas. Além disso, as leis e a situação nacional favoreciam os fazendeiros,
pois eles eram os únicos com acesso a créditos e a projetos de irrigação por
exemplo. Por seu lado, as pequenas povoações e os agricultores independentes
viam-se obrigados a pagar impostos altíssimos. Esta situação afetou grandemente
a economia agrícola, pois as fazendas tinham grandes porções por cultivar e
eram menos produtivas que as propriedades menores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Outra das
repercussões da demarcação de terras e do fracionamento das terras comunais
indígenas foi que alguns deles rebelaram-se contra o governo. Os conflitos, que
tiveram lugar nos finais do século XIX e princípios do século XX, foram
protagonizados por maias, tsotsis, coras, huicholes e rarámuris, entre outros.
Os conflitos mais duradouros foram os ocorridos em Yucatán, Quintana Roo e
Sonora. Perante tais grupos adotou-se uma política de deportação, sendo Yucatán
e Quintana Roo os principais destinos. No norte o governo de Díaz adotou contra
os iaquis uma política de repressão violenta e deportação para o sul do país. O
momento culminante contra este grupo teve lugar em 1908, momento no qual entre
um quarto e metade da sua população havia sido enviada para as plantações de
sisal em Yucatán. Mais tarde, estes grupos étnicos colaborariam com as forças
revolucionárias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No início do
século XX começou a exploração petrolífera no México, ainda que as concessões
tenham sido entregues a companhias estrangeiras como a Standard Oil e a Royal
Dutch Shell. Este processo levou finalmente o país a uma transformação
industrial. Os investidores estrangeiros, protegidos pelo governo, investiram
em indústrias e na exploração de matérias-primas, foi dado impulso à mineração
e modernizou-se a indústria têxtil, o que ademais desenvolveu o sistema
ferroviário. Em 1910, já existiam 24 000 quilómetros de linhas ferroviárias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No entanto, em
1907 desencadeou-se uma forte crise internacional nos Estados Unidos e Europa,
o que levou a uma diminuição das exportações, encarecimento das importações e
suspensão do crédito aos industriais. Esta situação criou muito desemprego,
além de que diminuíram os rendimentos da restante população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Uma seca que
ocorreu em 1908 e 1909, afetou a produção agrícola, pelo que foi necessário
importar-se milho no valor de 27 milhões de pesos. Esta situação afetou a
grande parte da população, dado que o milho fazia parte da dieta de 85% da
população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A consequente
diminuição na atividade económica do país reduziu drasticamente as receitas do
governo. Tentou-se resolver este problema diminuindo-se os salários da
burocracia e aumentando os impostos e a base fiscal, o que afetou os membros da
classe média, tanto urbana como rural, assim como os membros da classe alta que
não estavam ligados aos científicos, um grupo seleto de intelectuais,
profissionais e homens de negócios que compartilhavam a crença no positivismo e
darwinismo social e influíam na política do país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em termos gerais,
a crise econômica desacreditou severamente a imagem presidencial e do grupo de
elementos que lhe eram mais próximos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Greve
de Río Blanco, Greve de Cananea<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante o governo
de Díaz existiam numerosos latifúndios, e 80% da população mexicana dependia do
salário rural. Além disso, as tiendas de raya consistiam numa prática comum
nestes lugares, onde se pagavam os salários dos trabalhadores em mercadorias.
Mediante este sistema conseguia-se que os trabalhadores alcançassem tal valor
de crédito, que ficavam endividados para toda a vida. Este sistema, juntamente
com práticas que eram quotidianas como a contratação por logro ou a adjudicação
de uma dívida inexistente, é conhecido como «enganche», um sistema que envolvia
elementos coercivos, extra-económicos e extralegais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As leis da nação
eram raramente aplicadas nas fazendas, onde os trabalhadores eram vistos como
escravos ou objetos de propriedade, existindo praticamente uma espécie de
feudalismo. Além disso, atuava no campo o chamado Cuerpo de Rurales, o qual era
um grupo policial encarregado de «manter a paz», geralmente recorrendo a
métodos brutais. Outra prática deste grupo era a leva, ou recrutamento
obrigatório.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Nas cidades, a
partir de 1906 começaram a surgir numerosos movimentos operários —são
representativas destes as greves de Cananea e Río Blanco—, que seriam
reprimidos pelo governo mediante o uso da força militar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Diversos
inteletuais lutaram pela defesa dos direitos da classe operária, tais como
Lázaro Gutiérrez de Lara, Práxedis G. Guerrero, Juan Sarabia e Ricardo Flores
Magón, que havia alentado os movimentos operários em Cananea e Río Blanco. Um
dos meios de comunicação desta linha era o jornal Regeneración, surgido em
1900. O movimento encabeçado por estes e outros intelectuais era de natureza
complexa porque havia interpretações de diversas correntes de pensamento, desde
o iluminismo até ao positivismo. Os irmãos Flores Magón chegaram mesmo a
radicalizar-se notavelmente depois de serem expulsados do território mexicano.
Em 1908 tentaram sublevar o país entrando pelo norte, mas o levantamento não
teve grandes repercussões e provocou o declínio da sua influência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desde o princípio
do século começou a questionar-se o positivismo, ideologia que mantinha o grupo
no poder, o que levou ao descrédito do darwinismo social, perpetrado pelos
grupos de poder contra a população. Foi então que a maioria mestiça começou a
reclamar maior participação na tomada de decisões, além de que o grupo dos científicos
deixou de ser visto como congenitamente superior ou como o único capaz de
dirigir o governo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O sistema político
do governo de Díaz sofreu uma crise severa devido ao envelhecimento do
presidente e da sua camarilha, conhecida comumente como científicos, o que o
tornou um sistema exclusivo ao qual não tinham acesso as novas gerações. Por
outro lado, o sistema político de Díaz baseava-se no equilíbrio de poderes
entre o grupo que lhe era mais próximo e os seguidores de Bernardo Reyes,
conhecidos como revistas, mas devido à idade avançada do presidente, a questão
da sucessão presidencial adquiriu maior importância. Assim, os científicos
reduziram o poder político dos revistas, que passaram então a ser membros da
oposição. Esta decisão ocasionou também a concentração de poder político e
económico em várias regiões, tais como Chihuahua, Morelos e Yucatán, o que
ocasionou descontentamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 1908 a situação
política do país começou a agitar-se, ao ser conhecida uma entrevista realizada
por James Creelman, repórter da Pearsons Magazine, ao então presidente do
México[25] em 18 de fevereiro desse ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Na entrevista
referida, Díaz assegurava:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">“Esperei
com paciência o dia em que o povo mexicano estaria preparado para selecionar e
mudar o seu governo em cada eleição sem o perigo de revoluções armadas e sem
estorvar o progresso do país. Creio que esse dia chegou. ”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> <o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">—
Porfirio Díaz,<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A partir desse
momento começaram a formar-se diversos clubes antirreeleicionistas em todo o
país. No estado de Coahuila surgiu também o livro La sucesión presidencial en
1910, onde o seu autor, um fazendeiro de nome Francisco I. Madero, fazia uma
análise da situação política mexicana e além disso criticava o governo de Díaz,
ainda que de forma moderada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Na sequência da
entrevista de Creelman ao presidente Díaz, e da aparição do livro de Madero, surgiram
vários partidos políticos, alguns a favor do governo atual e outros
completamente contra. Entre eles encontravam-se o Partido Liberal Mexicano (no
qual haviam participado entre outros Benito Juárez e Manuel Calero) e os
reyistas (partidários do general Bernardo Reyes), que fundaram o Club de
Soberanía Popular, embora posteriormente o general tenha sido eliminado da
concorrência devido ter sido nomeado para uma comissão de serviço na Europa em
1909.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Afinal, Díaz
decidiu candidatar-se novamente para presidente, juntamente com Ramón Corral
para vice-presidente. Assim, em 1909, foi reorganizado o Club Reeleccionista
por parte dos membros da aristocracia com a finalidade de promover a sua
campanha. Como contraproposta surgiu o Centro Antirreleccionista, com Francisco
I. Madero como figura central.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Francisco
I. Madero<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Nascido em Parras,
Coahuila, em 30 de outubro de 1873, filho de um fazendeiro e neto de um
ex-governador de Coahuila, Francisco I. Madero estudou na França durante cinco
anos, estudando economia e comércio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqLjWbAyuBGUjpIVdMI25On1BLR56h7oupSiErroC-XKjcCeK6EIjoAPBmyVfR2b5tr46L_YIwLxL-4dfHds2x5AIroA7ytGZXVyf4sI3-u907wBDs-UZR6WxFiEidAUIK7ZpncK3fIjU/s1600/1024px-Francisco_I_Madero_and_leaders.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="581" data-original-width="1024" height="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqLjWbAyuBGUjpIVdMI25On1BLR56h7oupSiErroC-XKjcCeK6EIjoAPBmyVfR2b5tr46L_YIwLxL-4dfHds2x5AIroA7ytGZXVyf4sI3-u907wBDs-UZR6WxFiEidAUIK7ZpncK3fIjU/s320/1024px-Francisco_I_Madero_and_leaders.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Francisco I. Madero e líderes revolucionários.<br />24 de abril<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;"> de 1911.</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman", serif;">Depois das
declarações de Díaz na entrevista de Creelman, publicou um livro no qual fazia
uma análise da situação política e ao mesmo tempo criticava o governo de Díaz.
Numerosos ex-reyistas juntaram-se ao movimento antirreeleicionista, o que
trouxe experiência política e mesmo militar ao movimento, além do apoio das
classes sociais alta, média e baixa. Algumas das figuras importantes que se
juntaram a este movimento foram Venustiano Carranza, Francisco Vázquez Gómez,
Luis Cabrera e José M. Maytorena.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Madero realizou
três excursões para promover clubes antirreeleicionistas estaduais com vista a
celebrar uma convenção anual em abril de 1910, na qual se constituiria o
Partido Nacional Antirreeleicionista e se designariam os candidatos para as
próximas eleições. Madero foi detido por ordem do juiz de distrito de San Luis
Potosí enquanto estava em Monterrey, acusado de incitar à rebelião, pelo que
foi trasladado e confinado na prisão do estado. Quarenta e cinco dias depois
foi posto em liberdade sob fiança, ainda que sem a possibilidade de sair do
estado. Durante este mesmo período realizaram-se as eleições presidenciais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Plano
de San Luis<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As eleições
realizaram-se em 26 de junho desse ano, resultando eleitos Díaz e Corral.
Durante o mês de setembro foram levadas a cabo numerosas celebrações da
independência, às quais assistiram embaixadores e ministros plenipotenciários
de diversos países que mantinham relações internacionais com o país: da Espanha
o representante pessoal de Alfonso XIII o marquês Camilo de Polavieja, que
levou o uniforme de José María Morelos y Pavón para entregá-lo ao governo
mexicano; pelos Estados Unidos assistiu o embaixador especial Curtiss Guild;
estiveram também presentes Carl Buenz embaixador especial da Alemanha; Chan Tin
Fang, embaixador da China; o major-general Enrique Loynaz de Cuba; e Paul
Lafebre da França entre outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 6 de outubro
Madero escapou de San Luis Potosí com destino a San Antonio, Texas, onde se
reuniu com os seus familiares e partidários. Ali redigiu junto com um pequeno
grupo — entre os quais se destacavam Juan Sánchez Azcona (ex-reyista) e Roque
Estrada — um documento conhecido como Plano de San Luis, contudo na realidade o
texto apareceu datado de 5 de outubro em San Luis Potosí. O plano convocava à
luta armada; declarava nulas as eleições para presidente, vice-presidente,
magistrados do Supremo Tribunal, e deputados e senadores; reconhecia-se Madero
como presidente provisório e Chefe da Revolução; e insistia-se em
reivindicações de caráter social para indígenas e operários. Além disto,
assinalava o dia 20 de novembro como a data em que todos os mexicanos deviam
levantar-se em armas contra o governo. Junto com este documento, Madero
escreveu um manifesto dirigido ao Exército Federal, no qual o exortava a
unir-se ao movimento revolucionário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">“Concidadãos:-Não
vacileis pois um momento: tomai as armas, arrojai do poder aos usurpadores,
recobrai os vossos direitos de homens livres e recordai que os nossos
antepassados legaram-nos uma herança de glória que não podemos desonrar. Sede
como eles foram: invencíveis na guerra, magnânimos na vitória”.</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">- SUFRÁGIO EFETIVO, NÃO
REELEIÇÃO.<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">San Luis
Potosí, 5 de outubro de 1910.- Francisco I. Madero<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Aquiles Serdán, um
político mexicano que fugira para os Estados Unidos depois das eleições,
recebeu de Madero a incumbência de organizar a revolução em Puebla, donde era
originário. Em 18 de novembro, um grupo de polícias acorreu ao seu domicílio,
onde eram guardadas as armas. Aquiles resistiu junto aos seus irmãos, sendo
rodeados por 400 soldados e 100 polícias. Por fim foram assassinados na cave da
vivenda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No dia 19 Madero
partiu do Texas e no dia 20 cruzou o rio Bravo para regressar a território
mexicano, onde o esperavam alguns ex-militares e alguns poucos voluntários
civis. Depois de algumas escaramuças de pouca importância, Madero regressou aos
Estados Unidos para reorganizar o movimento, mas evitou dirigir-se para San
Antonio, pois ali havia sido emitida uma ordem de detenção contra ele.
Dirigiu-se então para Nova Orleães.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Embora a morte de
Serdán parecesse um fracasso da tentativa revolucionária, a luta armada teve
resposta no ocidente de Chihuahua, não da parte dos antirreeleicionistas, mas
da gente do povo e zonas rurais. Mais tarde estendeu-se aos estados vizinhos de
Sonora, Durango e Coahuila.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Revolução
maderista<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 14 de novembro,
Toribio Ortega, acompanhado por cerca de setenta homens, adiantou-se na luta
armada, pois havia sido descoberto e havia sido ordenada a sua detenção, pelo
que se rebelou contra o governo federal na localidade de Cuchillo Parado, no
estado de Chihuahua, unindo-se posteriormente a outro grupo rebelde maderista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 20 de novembro,
data marcada para o início da revolução mexicana, ocorreram treze levantamentos:
oito em Chihuahua, um em Durango, um em San Luis Potosí e três em Veracruz,
todos principalmente em zonas rurais. Dentre estes movimentos destacaram-se os
de Pascual Orozco e Francisco Villa em Chihuahua; José María Maytorena e
Eulalio e Luis Gutiérrez em Coahuila; Jesús Agustín Castro em Gómez Palacio,
Durango; Cesáreo Castro em Cuatro Ciénegas, Coahuila; José de la Luz Blanco em
Cuchillo Parado, Chihuahua; os irmãos Figueroa em Guerrero; e Emiliano Zapata
em Morelos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O primeiro
confronto entre revolucionários e tropas federais teve lugar em 21 de novembro
em Ciudad Guerrero, Chihuahua, no qual as hostes de Pascual Orozco, seguidor de
Abraham González, enfrentaram o terceiro regimento de cavalaria, sob o comando
do capitão Salvador Ormachea. Orozco apoderou-se finalmente da cidade em 30 de
novembro e partiu para Pedernales, onde derrotou as tropas federais. No final
desse mês, a luta havia-se estendido a sete estados da república.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 15 de dezembro
de 1910, Francisco Villa foi desalojado de San Andrés por tropas federais sob o
comando do tenente coronel Agustín Martínez. Posteriormente enfrentou o general
Navarro e decidiu retirar-se para Parral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Díaz assumiu o
controlo do exército federal desde a capital e ordenou ao general Navarro que
retomasse Ciudad Guerrero com a ajuda do 20° batalhão de infantaria. Os
revolucionários e os federais enfrentaram-se no canhão Mal Paso, e os
seguidores maderistas tiveram que retirar-se após seis horas de combate. Um par
de dias depois, após quatro horas e meia de luta, os revolucionários
conseguiram vencer. Díaz ordenou que fossem reforçadas as tropas de Navarro, o
qual entrou em Ciudad Guerrero em 6 de janeiro sem combater, pois a cidade
havia sido abandonada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em Zacatecas, Luis
Moya levantou-se em armas, vencendo posteriormente as tropas federais em
Aguaje, Durango. Pouco depois tomou a praça de San Juan de Guadalupe, nesse
mesmo estado. Salvador Alvarado e Juan Cabral tomaram as armas no estado de
Sonora, ocupando os povoados de Cuquiarachi, Frontera e Bacoachi. Severiano
Talamantes, por seu lado, fez o mesmo em Sahuaripa, enquanto Praxedis Guerrero
sublevou-se em Janos, no estado de Chihuahua, mas foi morto pelas tropas
federais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Entrando por
Zaragoza, a sudeste de Ciudad Juárez, em 14 de fevereiro de 1911, Madero
decidiu regressar ao México acompanhado de alguns seguidores, colaboradores e
do seu irmão Gustavo, com o propósito de assumir a liderança do movimento
armado, melhorar a sua organização e permitir-lhe poder atacar povoações de
maior tamanho. Em 6 de março, Madero, à frente de cerca de 800 irregulares,
decidiu atacar Casas Grandes, Chihuahua, mas foi derrotado pelo 18° batalhão de
infantaria sob o comando do coronel Agustín A. Valdéz. Durante o combate, foi
ferido num braço. Paralelamente surgiram mais movimentos no país, como nos
estados de Guerrero e Morelos, estendendo o conflito praticamente a todo o
território mexicano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Madero retirou-se
para reorganizar as suas forças e recebeu o apoio de Pascual Orozco e Francisco
Villa, que operavam no cinturão de Chihuahua. Com pouco mais de 1 500 soldados,
quis atacar a capital do estado, mas decidiu posteriormente invadir Ciudad
Juárez, cidade situada junto à fronteira com os Estados Unidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Perante esta
situação, Porfirio Díaz tomou várias medidas desesperadas como suspender as
garantias individuais. Ademais, perante a notícia de que os Estados Unidos
estavam a reunir o seu exército na fronteira, tentou negociar um acordo de paz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">É importante
salientar que o movimento antirreeleicionista transformou-se durante o processo
militar: de oposição derivou em rebelião, pelo que o movimento urbano da classe
média converteu-se numa luta popular e rural, com novos líderes dispostos à
luta armada que não tinham participado no movimento que rechaçava a reeleição
de Porfirio Díaz, como Pascual Orozco —arrieiro e comerciante—, Pancho Villa
—que tinha sido salteador além de ter uma grande variedade de ofícios e
trabalhos— ou Emiliano Zapata —domador de potros que liderava reivindicações
agrárias em Anenecuilco—. Ao movimento haviam-se juntado rancheiros do norte do
país, vaqueiros, trabalhadores ferroviários, mineiros, operários, artesãos,
professores rurais, rancheiros do sul, entre outros, os quais tinham pouca
afinidade com a figura de Madero. Por estes motivos, este último quis dar a
luta por terminada prematuramente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O pai de Madero e
o seu irmão Gustavo reuniram-se com José Ives Limantour, ministro da Fazenda e
Crédito Público, em Nova Iorque. Durante o encontro entregaram-lhe uma proposta
da Junta Revolucionária, onde se pedia ao governo a adopção da não-reeleição, a
renúncia do vice-presidente Corral, a democratização do governo e que fora
garantida a liberdade política.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No seu regresso à
capital, Limantour convenceu Díaz a efetuar mudanças no seu gabinete, pelo que
todos, à exceção de dois funcionários, foram substituídos. Além disso, Díaz
enviou uma iniciativa de lei ao Congresso para proibir a reeleição. As mudanças
referidas pareceram insuficientes a Madero, que continuou a insistir na
renúncia de Díaz e Corral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As negociações
entre os maderistas e o governo continuaram, tentando-se chegar a um arranjo
segundo o qual Díaz permaneceria no poder. Representantes porfiristas
ofereceram inclusivamente a renúncia de Corral, a faculdade de os maderistas
poderem nomear quatro ministros do gabinete e catorze governadores. Apesar de
Madero estar disposto a aceitar, os seus colaboradores opuseram-se, pelo que as
negociações foram terminadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desde 11 de abril,
Madero e as suas tropas estabeleceram um quartel-general próximo de Ciudad
Juárez, nas margens do rio Bravo, acordando-se mais tarde um armistício.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 7 de maio, o
presidente Díaz declarou no diário La Nación o seguinte manifesto:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Mexicanos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A rebelião
iniciada em Chihuahua em novembro do ano passado e que paulatinamente tem vindo
a estender-se, fez com que o governo ao qual presido acudira, como era o seu
estrito dever, a combater militarmente o movimento armado[...]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Alguns cidadãos
patriotas e de boa vontade ofereceram-se espontaneamente para servirem de
mediadores com os chefes rebeldes; e ainda que o governo acreditasse não dever
iniciar qualquer negociação, porque tal seria ignorar os títulos legítimos da
sua autoridade, deu ouvidos às palavras de paz, manifestando que escutaria as
proposições que lhe apresentassem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O resultado dessa
iniciativa privada foi[...] que se concertasse uma suspensão das hostilidades
entre o General Comandante das forças federais em Ciudad Juárez e os chefes
levantados em armas que operam naquela região, para que durante a trégua o
governo tomasse conhecimento das condições ou bases às quais haveria de
sujeitar-se o restabelecimento da ordem[...]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A boa vontade do
governo e o seu desejo manifesto de fazer concessões amplas e de dar garantias
eficazes da oportuna execução dos seus propósitos, foram interpretados, sem
dúvida, pelos chefes rebeldes como debilidade ou pouca fé na justiça[...] as
negociações fracassaram devido à exorbitância da exigência prévia[...]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por último, fazer
depender a presidência da República[...] da vontade ou do desejo de um grupo
mais ou menos numeroso de homens armados, não é, decerto, restabelecer a
paz[...]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O Presidente da
República[...] retirar-se-á, sim, do poder, quando a sua consciência lhe diga
que ao retirar-se, não entrega o país à anarquia e fá-lo-á de forma
decorosa[...]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O fracasso das
negociações de paz trará talvez consigo a renovação e a recrudescência da
atividade revolucionária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Manifesto
de Porfirio Díaz no La Nación, 7 de maio de 1911.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Como resultado, no
dia seguinte retomaram-se as hostilidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Tomada
de Ciudad Juárez<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ciudad Juárez era
defendida pelo general Juan Navarro e pelo coronel de infantaria Manuel
Tamborrell, os quais estavam encarregados das tropas e da guarnição
respetivamente. Os revolucionários, liderados por Orozco e Villa, desobedecendo
às ordens de Madero, atacaram a guarnição de Ciudad Juárez nos dias 8 e 9 de
maio conseguindo penetrar as suas trincheiras. Madero tentou, sem sucesso,
deter a investida, mas mais rebeldes uniram-se paulatinamente à transgressão,
pelo que finalmente decidiu dar ordem ao resto dos seus homens para
prosseguirem o assalto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As tropas
revolucionárias tomaram finalmente a praça no dia 10, obrigando o general
Navarro a capitular. Então, Madero, de acordo com o Plano de San Luis, foi
nomeado presidente provisório e constituiu o seu Conselho de Estado, no qual
incluía entre outros a Venustiano Carranza, o seu irmão Gustavo e José María
Pino Suárez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 17 de maio
assinou-se um armistício de cinco dias aplicável a toda a República mexicana.
No final deste, firmou-se um tratado de paz na referida cidade, o qual pôs
fim à revolução maderista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Tratado
de Ciudad Juárez<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No dia 21 desse
mês foi assinado nessa mesma cidade um documento conhecido como Tratado de
Ciudad Juárez, o qual estabelecia o seguinte:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em Ciudad Juárez,
aos 21 dias do mês de maio de 1911, reunidos no edifício da Alfândega
Fronteiriça os senhores: licenciado Francisco S. Carvajal, representante do governo
do senhor general dom Porfírio Díaz; doutor Francisco Vázquez Gómez, Francisco
Madero pai e o licenciado José María Pino Suárez, os três últimos como
representantes da Revolução, para tratar de fazer cessar as hostilidades em
todo o território nacional, e considerando:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Que o senhor
general Porfírio Díaz manifestou a sua resolução de renunciar à presidência da
República antes de que termine o mês em curso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">[...]que o senhor
Ramón Corral renunciará igualmente à vice-presidência[...]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Que […] o senhor
Francisco León de la Barra […] encarregar-se-á interinamente do Poder Executivo
da nação e convocará eleições […]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Que o novo governo
[…] acordará o conducente às indemnizações pelos prejuízos causados diretamente
pela Revolução […]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Único: Desde hoje
cessarão em todo o território da República as hostilidades que existiram entre
as forças do general Díaz e as da Revolução, devendo estas estar licenciadas à
medida[...] se vão dando os passos necessários para restabelecer e garantir a
paz e a ordem pública.[nota e]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Tratado de Ciudad
Juárez, 21 de maio de 1911.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Renúncia
de Díaz<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No dia 25 de maio,
Porfirio Díaz apresentou-se na Câmara de Deputados para entregar a sua renúncia
ao plenário, mediante um documento no qual ele declarava:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Aos CC.
Secretários da H. Câmara de Deputados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Presente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O Povo mexicano,
esse povo que tão generosamente me cobriu de honras, que me proclamou seu
caudilho durante a guerra de Intervenção[...] insurrecionou-se em grupos de
milhares armados, manifestando que a minha presença no exercício do Supremo
Poder Executivo, é a causa da sua insurreição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Não conheço facto
algum que me seja imputável que motivara esse fenómeno social; mas permitindo,
sem conceder, que possa ser culpado inconsciente, essa possibilidade faz da
minha pessoa a menos apropriada para raciocinar e dizer sobre a minha própria
culpabilidade. Em tal conceito[...] (v)enho ante a Suprema Representação da
Nação a demitir sem reserva o encargo de Presidente Constitucional da
República[...]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 31 de maio,
Díaz abordou no porto de Veracruz o barco a vapor alemão Ypiranga rumo à
Europa, onde permaneceu no exílio até 2 de julho de 1915, data em que faleceu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Francisco
León de la Barra<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Francisco León de
la Barra assumiu a presidência interina após a renúncia de Porfirio Díaz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As renúncias tanto
do presidente como do vice-presidente deram lugar a que o então secretário de
Relações Exteriores, Francisco León de la Barra, tomara posse como presidente
no mesmo dia 25 de maio de forma interina, mantendo-se no poder cerca de seis
meses.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIWB0AC8eLsr8lNvA-3ZbOOqq-24CZcGfyv1zTNca1dmuCHH35Yg7XmL97akFyo3HpVZKwRXZ79XOGhSHrzKCpd7dPp0oYVxtt1lo7zKEctQ0O0UDkPtmLJscHLdll5GsdHuDILFiCmfc/s1600/800px-Francisco_Leon_de_la_Barra.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1070" data-original-width="800" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIWB0AC8eLsr8lNvA-3ZbOOqq-24CZcGfyv1zTNca1dmuCHH35Yg7XmL97akFyo3HpVZKwRXZ79XOGhSHrzKCpd7dPp0oYVxtt1lo7zKEctQ0O0UDkPtmLJscHLdll5GsdHuDILFiCmfc/s320/800px-Francisco_Leon_de_la_Barra.jpg" width="239" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Francisco León de la Barra,<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">assumiu a presidência<br />interina após a renúncia de Porfirio Díaz.</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman", serif;">De la Barra formou
um gabinete plural no qual se incluíam porfiristas, maderistas e independentes,
o que ocasionou uma grave crise política, aumentada pela atitude tomada por Madero
relativamente aos grupos revolucionários, a qual causou fraturas severas.
Durante o interinato, De la Barra e Madero protagonizaram um antagonismo
constante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Zapatismo,
Emiliano Zapata<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Conforme os
Tratados de Ciudad Juárez, León de la Barra tentou acelerar o processo de
licenciamento das tropas revolucionárias. Calcula-se que dos 60 000 rebeldes,
apenas 16 000 organizaram-se em novos corpos de Rurales, regressando a maioria
à vida quotidiana. O maior opositor ao desarmamento e desmobilização das tropas
foi Emiliano Zapata, que pedia que se cumprisse primeiro o prometido por Madero
no Plano de San Luis sobre a restituição de terras. Perante esta situação,
Madero encontrou-se entre a postura do presidente interino, a qual era apoiada
pelos fazendeiros do estado de Morelos, e as reclamações das tropas
revolucionárias, que pediam que o prometido fosse cumprido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Numa tentativa de
conciliação, Madero reuniu-se com Zapata em Cuautla em 18 de agosto de 1911,
onde se comprometeu a resolver o problema agrário em troca do licenciamento das
tropas zapatistas. Adicionalmente, pediu a Zapata que confiara nas negociações
com o governo. Inicialmente, De la Barra pareceu estar de acordo com as
petições de Zapata, mas em lugar de continuar as conversações ordenou ao
general Victoriano Huerta, que se encontrava no mesmo estado de Morelos, que
reprimira pela força o movimento zapatista. Madero teve que sair fugindo de regresso
à Cidade do México, enquanto Zapata e alguns dos seus homens retiraram-se para
as serras de Puebla e Guerrero. Pouco depois, Zapata deu a conhecer um
manifesto dirigido ao povo de Morelos, no qual acusava os traidores científicos
de quererem retomar o poder enquanto por outro lado desculpava Madero.
Adicionalmente, proclamava a existência do Exército Libertador do Sul.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante o
interinato, Bernardo Reyes regressou ao país, assegurando que tinha interesse
em unir-se à «revolução legalizada». Numa reunião entre Reyes, de la Barra e
Madero, este último ofereceu a Reyes o ministério de Guerra, embora, ante o
descontentamento dos revolucionários, esta oferta tenha sido retirada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Outro conflito
surgiu com os irmãos Vázquez Gómez. Um deles, Emilio Vázquez Gómez, exercia
funções como ministro do Interior e advogava o não licenciamento das tropas
revolucionárias, pelo que a sua relação com de la Barra não era cordial. O
presidente pediu a Madero que solicitasse a sua renúncia, a qual se tornou
efetiva em 1 de agosto. Três semanas depois promulgou-se o Plano de Texcoco,
assinado por Andrés Molina Enríquez, o qual desconhecia o governo do presidente
de la Barra e chamava à continuação da luta armada. Como consequência, Molina
foi posto sob prisão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Além disso, em 31
de outubro de 1911, foi proclamado o Plano de Tacubaya, firmado por Paulino
Martínez, jornalista da oposição, que viria a converter-se em ideólogo do
zapatismo. Nesse documento afirmava-se que o «Chefe da Revolução» havia traído
os seus próprios princípios assentados no Plano de San Luis, e acusava-o de
rodear-se de membros do antigo regime.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eleições
extraordinárias do México de 1911<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No meio de tais
conflitos começou a preparar-se a próxima eleição. Madero formou o Partido
Constitucional Progressista, baseado no Antirreeleicionista e no Plano de San
Luis, o qual apresentava como candidatos Madero para a presidência e José María
Pino Suárez para a vice-presidência. O rompimento com Vázquez Gómez para estas
eleições, ele que havia sido seu companheiro de candidatura nas eleições
anteriores, provocou o distanciamento de muitos ex-reyistas, experientes na
política nacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O Partido Nacional
Católico, fundado em 3 de maio de 1911, apresentou Madero para a presidência e
de la Barra à vice-presidência. O partido reyista por seu lado, propunha
Bernardo Reyes para a presidência, e o Partido Liberal Puro propunha Emilio
Vázquez Gómez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As eleições
realizaram-se no mês de outubro, resultando vencedores Francisco I. Madero para
a presidência (com 99% dos votos) e José María Pino Suárez para a
vice-presidência, tendo o seu mandato início em 6 de novembro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Presidência
de Madero (1911-1913)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante este
período de transição, em 27 de novembro de 1911 modificaram-se os artigos 78º 3
109º da constituição mexicana, proibindo assim as reeleições do presidente e
vice-presidente, ainda que este pudesse candidatar-se no período imediato. Além
disso, em dezembro de 1911 formulou-se a lei eleitoral, a qual foi reformada em
maio de 1912. A instauração de tal lei tinha como finalidade ampliar a
liberdade eleitoral, limitar a intervenção estatal nas eleições e expandir o
universo de eleitores, procurando uma maior igualdade eleitoral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante o mandato
de Madero a pirâmide do poder transformou-se na sua quase totalidade: surgiram
novos governadores, muito diferentes dos que haviam participado no governo de
Díaz, além de que os antigos chefes políticos se viram substituídos por um novo
aparelho governativo dominado pelas classes médias, embora os operários e os
camponeses tenham continuado afastados dos processos políticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Movimento
zapatista<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Dois dias após a
tomada de posse de Madero, o presidente enviou um representante a Morelos
pedindo que Zapata licenciasse as suas tropas. Zapata colocou como condições
que a demissão do governador do estado Ambrosio Figueroa , a retirada das
tropas federais, indultos e salvo-condutos para os integrantes do seu exército
e o estabelecimento de uma lei agrária que melhorasse a qualidade de vida no
campo. Madero rejeitou as condições e enviou o exército a Villa de Ayala onde
este estabeleceu um cerco e abriu fogo com a intenção de terminar com o
movimento. Zapata e os seus homens conseguiram fugir para o estado de Puebla, e
em 28 de novembro deram a conhecer o Plano de Ayala, documento redigido por
Otilio Montaño e assinado por elementos do Exército Libertador do Sul. No
referido documento acusava-se Madero de haver imposto o vice-presidente e os
governadores dos estados contra a vontade popular, de ser um ditador e de estar
em «conluio escandaloso com o partido científico, fazendeiros feudais e
caciques opressores inimigos da revolução». Além disto, reconhecia-se Pascual
Orozco como Chefe da Revolução e, no caso de este não aceitar, o chefe seria
Emiliano Zapata.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTKmbdoGS5Nz1JLaEczG82HxJWsBhaerXthXthGuKlKfXohrtvSpFjF3G5Fi6Vle9y3uSI8TwprjRDf2yslA0S-vdo2M9NDMKe2D8HbbotoqcR9TBxgFCE7UudTrapRcSvNqkFZ6g7ZsA/s1600/Emiliano_Zapata-Libreria_del_Congreso.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="914" data-original-width="588" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTKmbdoGS5Nz1JLaEczG82HxJWsBhaerXthXthGuKlKfXohrtvSpFjF3G5Fi6Vle9y3uSI8TwprjRDf2yslA0S-vdo2M9NDMKe2D8HbbotoqcR9TBxgFCE7UudTrapRcSvNqkFZ6g7ZsA/s320/Emiliano_Zapata-Libreria_del_Congreso.jpg" width="205" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Emiliano Zapata<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;"> proclamou o </span>Plano de<br /><div style="text-align: left;">
<span style="font-size: 12.8px;"> Ayala</span><span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">, documento que desconhecia </span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">o governo maderista.</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman", serif;">Ao inteirar-se do
Plano de Ayala, o presidente Madero redobrou os esforços para acabar com o
movimento, sem o conseguir, o que ao mesmo tempo o levou a uma maior inimizade
com os fazendeiros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ao longo de 1912 a
luta entre zapatistas e o governo foi de intensidade reduzida, entre poucos e
pequenos grupos rebeldes zapatistas e as tropas do general Felipe Ángeles, que
havia recebido instruções de Madero para que a luta não fosse excessivamente
violenta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Plano
orozquista<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desde o momento em
que Pascual Orozco desobedeceu às ordens de Madero e se dirigiu a atacar Ciudad
Juárez romperam-se as relações entre estes dois personagens. A situação
agravou-se quando não foi eleito para formar parte do gabinete do governo
provisório formado depois da assinatura dos Tratados de Ciudad Juárez e quando
durante as eleições para governador de Chihuahua, Orozco perdeu frente ao
candidato apoiado por Madero, Abraham González.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em março de 1912
Orozco desconheceu o governo de Madero e incitou à revolta armada contra ele
por meio do Plano orozquista. O seu movimento conseguir convocar as classes
populares, média e alta, além de que tomou força após derrotar Villa.
Victoriano Huerta foi enviado pelo governo maderista para sufocar a rebelião.
Depois de derrotar os orozquistas converteu-se em herói nacional, ganhando a
confiança do presidente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Movimentos
contrarrevolucionários<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Bernardo Reyes
tentara competir nas eleições presidenciais de 1911, mas perante as ameaças dos
maderistas decidiu sair do país e desde San Antonio, Texas, lançõu o Plano de
La Soledad em novembro de 1911, o qual procurava rejeitar o governo de Madero.
Regressou ao México em 5 de dezembro mas deparou-se com a deserção dos seus seguidores,
pelo que acabou por entregar-se às autoridades federais. Foi encarcerado na
prisão de Santiago Tlatelolco e posteriormente julgado por um tribunal de
guerra acusado de sedição. O referido tribunal considerou-o culpado, enviando-o
a um tribunakl marcial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No estado de
Veracruz, Félix Díaz, sobrinho de Porfirio Díaz, levantou-se em armas em 16 de
outubro de 1912 seguido por alguns militares da zona. Contudo, o movimento não
teve a repercussão esperada e em poucos dia foi derrotado pelas tropas
federais. Em 23 de outubro Félix Díaz foi capturado e levado para a Cidade do
México, onde foi encarcerado. Foi submetido a um tribunal de guerra, que o
condenou à morte. Apesar disso, sob pressão de membros do Supremo Tribunal
(porfiristas), a pena foi comutada em prisão perpétua.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O embaixador dos
Estados Unidos no país durante o governo de Madero era Henry Lane Wilson, o
qual, inimizado com Madero, interveio na política nacional para derrubá-lo.
Wilson teve várias fricções com o governo mexicano porque este não havia
favorecido os interesses comerciais de investidores estadunidenses, e ao invés,
proclamara uma série de medidas nacionalistas que os afetavam. Por exemplo, uma
nova legislação ferroviária fez com que os trabalhadores estadunideses que não
soubessem falar espanhol fossem substituídos por trabalhadores mexicanos.
Ademais, uma nova legislação sobre a exploração petrolífera no país obrigava os
estrangeiros a pagar impostos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Wilson
encarregou-se então de aumentar as fricções entre ambos os países ao enviar ao
seu governo relatórios alarmistas sobre a situação do país, o que levou os
Estados Unidos a exigirem que fosse salvaguardada a integridade dos seus
cidadãos radicados no México e que fossem garantidos os investimentos
realizados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Dezena
Trágica, Pacto da Cidadela<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desde meados de
1912 desenvolvia-se uma conspiração na qual participaram Rodolfo Reyes, filho
de Bernardo, e os generais Manuel Mondragón, representante de Félix Díaz, e
Gregorio Ruiz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No dia 9 de
fevereiro iniciou-se o golpe de Estado que se consumou em dez dias, pelo que
este acontecimento ficou conhecido como a Dezena Trágica. Durante esses dias
rebelaram-se os alunos da Escola de Aspirantes de Tlalpan e a tropa do quartel
de Tacubaya. Marcharam em duas colunas: uma em direção a Tlatelolco e outra em
direção a Lecumberri, com a finalidade de libertarem o general Bernardo Reyes e
Félix Díaz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Depois de ser
libertado, Reyes dirigiu-se ao Zócalo da Cidade do México, onde procurava que a
guarnição do Palácio Nacional o seguisse. Porém, o general Lauro Villar, chefe
da praça, ordenou que se abrisse fogo, morrendo Reyes no local. Por seu lado,
Félix Díaz, dirigiu-se à praça da Cidadela, local onde estabeleceu o seu
quartel. Entretanto, Madero saíu da então residência oficial presidencial, o
Castelo de Chapultepec, e dirigiu-se ao Palácio Nacional, onde substituiu o
general Villar, que havia ficado ferido durante o combate com Reyes, e
encarregou Victoriano Huerta de sufocar a rebelião enquanto ele saía para
encontrar-se com Felipe Ángeles em Cuernavaca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Madero regressou
confiado à capital acompanhado pelo general Ángeles e Rubio Navarrete, que se
havia deslocado desde Querétaro. Huerta encarregou-se de atrasar e entorpecer
os ataques, pelo que Gustavo Madero ordenou que fosse detido. No dia 17 de
fevereiro, Huerta recusou as acusações de Gustavo, reafirmando a sua lealdade a
Francisco I. Madero. Este ordenou a sua libertação, repreendendo o seu irmão
por ser impulsivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No dia seguintes,
Huerta e Féliz Díaz firmaram o chamado Pacto da Cidadela, conhecido também como
Pacto da Embaixada devido a ter sido assinado na embaixada dos Estados Unidos
na presença de Henry Lane Wilson. O pacto estabelecia o compromisso de Huerta
em prender o presidente e dissolver o executivo para tomar a presidência da
República de forma provisória, a fim de que, chegadas as eleições, Félix Díaz
fosse nomeado presidente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Na Cidade do
México, às nove e meia da noite do dia dezoito de fevereiro de mil novecentos e
treze, reunidos os senhores generais Félix Díaz e Victoriano Huerta[...] expôs
o senhor general Huerta que, em virtude de ser insustentável a situação por
parte do governo do senhor Madero, fez prisioneiro ao referido senhor, ao seu
gabinete e a algumas outras pessoas. Depois de discussões[...] acordou-se o
seguinte: Primeiro: Desde este momento dá-se por inexistente e desconhecido o
Poder executivo que funcionava. Segundo. Com a maior brevidade procurar-se-á
solucionar a situação existente, nos melhores termos legais possíveis, e os
senhores Díaz e Huerta porão todos os seus empenhos em que o segundo assuma
antes de setenta e duas horas a presidência provisória[...]O general Victoriano
Huerta<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O general
Félix Díaz.<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pouco antes da
reunião, Gustavo A. Madero foi detido num restaurante da Cidade do México e
levado para a Cidadela, onde foi torturado e posteriormente assassinado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O general
Aureliano Blanquet encarregou-se de aprisionar o presidente Madero e o
vice-presidente Pino Suárez no Palácio Nacional. Na madrugada de 19 de
fevereiro, em sessão extraordinária da Câmara de Deputados, aceitou-se a
renúncia de ambos. Foi então designado como presidente o secretário do
Interior, Pedro Lascuráin, cuja única ação de governo foi nomear Victoriano
Huerta como secretário do Interior, para que pudesse renunciar 45 minutos
depois para que Huerta pudesse ser nomeado presidente interino do México,
conforme a legislação vigente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Madero e Pino
Suárez permaneceram presos no Palácio Nacional até à noite do dia 22 de
fevereiro, sendo então levados para a Penitenciária do Distrito Federal, mas
quando estavam próximos do seu destino foram assassinados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ditadura
de Victoriano Huerta<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Uma vez no poder,
Victoriano Huerta tornou-se um ditador que anulou a democracia e a liberdade
por meio da força militar. Huerta recebeu o apoio dos grandes fazendeiros, dos
altos comandos militares, do clero e de quase todos os governadores dos
estados, com a exceção de José María Maytorena, governador de Sonora, e de
Venustiano Carranza, governador de Coahuila. A gestão huertista propôs-se então
duas metas: conseguir a pacificação do país e obter o reconhecimento
internacional do seu governo, sobretudo da parte dos Estados Unidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Tentou conseguir o
apoio de orozquistas e zapatistas, concedendo amnistias gerais e enviando
representantes. Pascual Orozco colocou algumas condições que foram atendidas,
como emprego no corpo de guardas rurais para os seus soldados, pagamento de
salários à custa do erário público, e pensões para viúvas e órfãos, pelo que em
27 de fevereiro de 1913 Orozco tornou oficial o seu apoio ao governo. Zapata,
por seu lado, rejeitou taxativamente qualquer oferta, pelo o movimento
morelense continuou a sua luta contra o governo de Huerta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A Câmara de
Deputados opôs-se ao governo huertista e até a facção maderista foi
extremamente crítica das suas ações. Belisario Domínguez, deputado de Chiapas,
escreveu um discurso no qual condenava a violência desencadeada e acusou
Victoriano Huerta de ser um assassino. Depois de ser proibida a sua leitura no
Congresso por parte da Câmara de Senadores, difundiu-o por escrito. Pouco tempo
depois foi assassinado e quando os membros da Câmara exigiram que a sua morte
fosse investigada e que as vidas dos membros do Poder Legislativo fossem
garantidas, Huerta decidiu dissolver a Câmara e mandou prender vários dos seus
membros. Quando a Câmara de Senadores tomou conhecimento destes factos os seus
membros concordaram dissolver a sua própria Câmara, pelo que Huerta assumiu faculdades
extraordinárias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Relação
com os Estados Unidos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Poucos dias depois
da Dezena Trágica, Woodrow Wilson assumiu a presidência dos Estados Unidos.
Wilson, que não simpatizava com Huerta, enviou agentes para que o informassem
da situação que prevalecia no país. John Lind chegou ao México para substituir
Henry Lane Wilson e em agosto de 1913 apresentou a Huerta quatro propostas do
governo dos Estados Unidos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Cessar-fogo
imediato e armistício definitivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eleições
livre imediatas com a participação de todas as facções.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Que
o general Huerta não participasse nas eleições.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Acordo
de todos os partidos em acatar o resultado e cooperar com o novo governo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As propostas foram
rejeitadas por intermédio do secretário de Relações Exteriores, Federico
Gamboa, pelo que o presidente Wilson declarou os Estados Unidos neutros no
conflito. Desta forma nenhuma das duas facções podia comprar armamento ao país
vizinho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Revolução
constitucionalista<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A subida ao poder
de Huerta levou os antiporfiristas a levantarem-se em armas, iniciando o que se
conhece como «revolução constitucionalista» em março de 1913 no norte do
México.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Plano
de Guadalupe<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Um dia depois da
ascensão de Huerta ao poder, Venustiano Carranza, governador de Coahuila,
dirigiu-se ao Congresso local informando da sua desaprovação da designação de
Huerta como presidente da nação e assegurando que se recusava a submeter-se ao
seu governo. No dia 26 de março de 1913, reunidos na Fazenda de Guadalupe, em
Saltillo, Carranza e outras personalidades, entre as quais se destacam Lucio
Blanco e Jacinto B. Treviño, proclamaram o Plano de Guadalupe, que desconhecia
os três poderes da federação e comunicava que tomariam as armas para
restabelecer a ordem constitucional. Adicionalmente, Carranza era nomeado chefe
do Exército Constitucionalista e era-lhe conferida a faculdade de ocupar a
presidência interina do México para convocar eleições.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Movimentos
no norte do país<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Este movimento
caraterizou-se por ter uma natureza legalista, e entre os seus líderes
secundários encontravam-se os principais políticos e burocratas do estado.
Entre os militares que integravam as suas fileiras estavam: Jesús Carranza
—irmão do governador—, Pablo González, Francisco Coss, Cesáreo Castro e Jacinto
B. Treviño, veteranos da luta contra o governo de Díaz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No estado de
Sonora, os generais Álvaro Obregón e Plutarco Elías Calles deram o seu apoio a
Carranza de forma imediata, tomando a liderança no movimento no estado
juntamente com Salvador Alvarado, Manuel Diéguez e Adolfo de la Huerta, entre
outros. Esta facção era representada por uma classe média com certa capacidade
militar, e com experiência para realizar pactos com grupos populares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em Chihuahua,
embora a classe média tivesse sido a protagonista durante a luta contra
Porfirio Díaz e seu governo, a morte Abraham González e a adesão de Pascual
Orozco ao lado huertista tiveram como resultado que a luta no estado fosse
dirigida por Francisco Villa, membro das classes baixas, pelo que os seus
lugar-tenentes e comandantes secundários—entre os quais se destacam Maclovio
Herrera, Rosalío Hernández e Toribio Ortega— teram também parte dos setores
populares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Outros movimentos
importantes foram estabelecidos no estado de Durango, onde os principais
líderes rebeldes eram de origem popular —como Tomás Urbina, Orestes Pereyra,
Calixto Contreras e os irmãos Arrieta (Domingo, Mariano e Eduardo)—; e em
Zacatecas, encabeçado por Fortunato Maycotte e Pánfilo Natera, o qual foi um
movimento da classe média e populares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 18 de abril
teve lugar em Monclova, Coahuila, uma convenção na qual estiveram presentes
representantes do movimento revolucionário dos estados de Chihuahua, Sonora e
Coahuila, cuja duração foi de três dias, durante os quais foi ratificado o
Plano de Guadalupe, a união das forças dos três estados num único exército, e o
compromisso de Carranza para cumprir o Plano de Guadalupe, que o converteu no
Primeiro Chefe do Exército Constitucionalista e líder da rebelião no norte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Conforme o
movimento se foi espalhando, houve adições ao plano original, principalmente de
parte de políticos de Coahuila e anti-huertistas de Sonora e Chihuahua.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No mês de maio, a
Divisão do Noroeste, sob o comando de Álvaro Obregón, tomou as povoações de
Santa Rosa e Santa María, com o que praticamente ficou assegurado o controlo de
Sonora. Por este avançou pela costa do Pacífico até chegar ao centro de
Jalisco. Em Chihuahua e parte da Comuna Lagunera operou a Divisão do Norte de
Francisco Villa. A Divisão do Nordeste, comandada por Pablo González, e a
Divisão do Centro, sob o comando de Pánfilo Natera, completaram as tropas
constitucionalistas que enfrentaram o regime huertista durante a segunda metade
de 1913.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Movimentos
no centro e sul do país<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em contraste com a
participação ativa que se viveu durante esta etapa no norte do país, as regiões
do centro e sul do território mexicano estiveram pouco envolvidas no processo,
salvo alguns movimentos com alguma importância.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No centro do país,
devido ao fato de a população ter um caráter urbano-industrial e ao controlo
mantido pelo exército huertista, a rebelião teve um fraco desenvolvimento. No
estado de San Luis Potosí levantaram-se em armas os irmãos Cedillo —Saturnino,
Cleofás e Magdaleno—, embora tenham atuado de maneira independente dos
anti-huertistas locais que reconheciam Carranza como líder. No estado de
Hidalgo operaram Nicolás Flores, Vicente Salazar, Francisco Mariel e Daniel
Cerecedo, e em Tlaxcala Máximo Rojas e Domingo e Cirilo Arenas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No sul, a
distância aos Estados Unidos —onde se compravam as armas para a revolução—, das
principais frentes de batalha, e a sua virtual incomunicação com o país,
fizeram com que a população se mostrasse renitente em participar no conflito
armado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Dentre os
movimentos da zona destacou-se o de Zapata, que também lutou contra o governo
federal o qual desconheceu em 4 de março, ainda que o tenha feito como um
movimento independente ao chamado constitucionalista. Além disso, os métodos
drásticos e cruéis de repressão utilizados contra si pelo governo huertista
fizeram com que o número de levantados aumentasse consideravelmente, pois os
habitantes viram-se obrigados a intensificar a luta defensiva. No estado de
Guerrero operou Jesús Salgado, de filiação zapatista, os irmãos Figueroa
—Rómulo, Francisco e Ambrosio; todos eles ex-maderistas—, e Julián Blanco, na
costa de Acapulco. Ao mesmo tempo, em Oaxaca operou Juan José Baños, enquanto
em Tabasco participaram vários líderes como Ignacio Gutiérrez Gómez, Pedro
Colorado, Fernando Aguirre Colorado, Ernesto Aguirre Colorado, Luis Felipe
Domínguez e Carlos Greene, embora as suas ações nunca tenham chegado a
inquietar o governo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ocupação
estadunidense de Veracruz<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No dia 9 de abril,
seis navios estadunidenses ancoraram próximo do porto de Tampico e quando um
deles se aproximou do porto, o seu pessoal foi detido por soldados federais
mexicanos. Embora os estadunidenses tivessem sido libertados pouco tempo
depois, o contra-almirante estadunidense Mayo pediu ao general huertista
Morelos Zaragoza um castigo exemplar para aqueles que haviam efetuado as
detenções e exigiu que fosse içada a bandeira dos Estados Unidos, à qual se
deveria honrar com uma salva de 21 tiros de canhão. O governo huertista tentou
chegar a um acordo, mas os seus esforços foram em vão, pois o presidente Wilson
já havia dado instruções para que fosse ocupado o porto de Veracruz, evitando
assim que Huerta recebesse um carregamento de munições procedente da Alemanha
que era transportado pelo Ipiranga. A infantaria estadunidense tomou a
alfândega de Veracruz em 21 de abril de 1914 e posteriormente todo o porto e no
dia 22 o de Tampico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Huerta rompeu
então as relações diplomáticas com os Estados Unidos e enviou a maior parte do
seu exército ao estado. Argentina, Brasil e Chile (grupo conhecido como ABC)
ofereceram-se para atuar como mediadores no conflito durante as conferências em
Niagara Falls, Canadá, em 20 de maio desse mesmo ano. Em 24 de junho firmou-se
finalmente um acordo que estabelecia que os Estados Unidos reconheceriam
qualquer governo provisório que resultasse do conflito armado, compensariam os
cidadãos estadunidenses que fossem afetados pela revolução e que o seu governo
não exigiria qualquer indenização pelo incidente de Tampico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Avanço
revolucionário e tomada de Zacatecas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No início de 1914
os revolucionários dominavam quase todo o norte do país (com exceção de Baja
California). Em Durango, Pablo González e Jesús Carranza, (ou Jesús Agustín
Castro e Luis Caballero na sua ausência), haviam tomado a liderança do
movimento quando Carranza teve que partir para Sonora depois das forças
huertistas haverem tomado o controlo do estado em meados de 1913. Por essa
altura, os irmãos Cedillo haviam-se convertido na força dominante de San Luis
Potosí; em Tepic operava com êxito Rafael Buelna; em Jalisco Félix Bañuelos e
Julián Medina; e em Michoacán José Rentería Luviano, Gertrudis Sánchez e
Joaquín Amaro Domínguez. Em Veracruz, a luta era encabeçada por Antonio
Galindo, Cándido Aguilar, Hilario Salas e Miguel Alemán.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante março e
abril de 1914 os exércitos do norte começaram a avançar em direção à capital,
Obregón pelo ocidente, Villa pelo centro, e Pablo González por este com a
intenção de derrubar Huerta, o que motivou e facilitou a ocorrência de numerosos
levantamentos no estados centrais do país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Tomada
de Zacatecas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A cidade de
Zacatecas em particular, tinha uma grande importância para ambos os lados
devido a ser um entroncamento ferroviário que os revolucionários procedentes do
norte do país deveriam tomar antes de chegarem à capital. A cidade, que se
encontra rodeada de altos montes, apresentava um grande obstáculo para os
atacantes. O general Medina Barrón, encarregado das defesas da cidade, colocou
a artilharia do exército federal nos cumes dos montes mais altos: o de la Bufa
e o del Grillo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Felipe Ángeles
chegou a Calera (a 25 quilómetros de Zacatecas) no dia 19 de junho de 1914 e
partiu em reconhecimento do terreno antes da batalha. Francisco Villa chegou às
imediações da cidade em 22 de junho, e ordenou o início da ofensiva às 10 hora
da manhão do dia seguinte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Conforme planeado,
os villistas atacaram as posições federais nos cerros de la Bufa, del Grillo,
la Sierpe, Loreto e de La Tierra Negra, enquanto quarenta canhões apoiavam o
avanço da infantaria que subia pelos montes que rodeavam a cidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por volta das
17:40 as tropas federais começaram a abandonar as suas posições e a fugir de
forma desorganizada, e pouco tempo depois os revolucionários tomaram os montes
de la Bufa e del Grillo, avançando depois sobre a cidade. As tropas de Villa
mataram um grande número de soldados que tentavam fugir, contabilizando-se
cinco mil mortos no lado federal e três mil no lado revolucionário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Apesar da vitória,
Villa não pôde ser o primeiro a chegar à capital uma vez que Carranza bloqueou
os envios de carvão à Divisão do Norte, o qual era necessário para alimentar os
comboios de Villa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por outro lado,
Obregón desceu por Sinaloa e Jalisco, ocupando Guadalajara, donde se dirigiu ao
centro do país. González desceu por Monterrey, Tampico, San Luis Potosí e
Querétaro. Com estes avanços o movimento deixou de ser exclusivo do norte do
país e abrangeu quase a metade do território mexicano, o que ao mesmo tempo fez
com que outros setores sociais se incorporassem. Além disso, à medida que as
forças revolucionárias avançavam, tiveram que ser estabelecidos diversos pactos
com os locais em troca de apoio, pelo que se fizeram decretos operários e
agrários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Triunfo
revolucionário<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No dia 14 de julho
de 1914 Huerta fugiu da capital e no dia seguinte, 15 de julho, apresentou ao
Congresso a sua renúncia. Viajou para La Habana, Cuba, e dali para os Estados
Unidos, onde foi detido e enviado para a prisão de El Paso, Texas, onde morreu
em 1916.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Francisco
Carvajal, então ministro das Relações Exteriores, ficou à frente do governo com
a tarefa de entregar a capital às forças revolucionárias e negociar a rendição
das forças federais. Carvajal solicitou a mediação dos Estados Unidos, a qual
foi recusada por Carranza. Depois de conversações entre o governo e os
apoiantes de Carranza, em 14 de agosto desse mesmo ano foram assinados os
Tratados de Teoloyucan, nos quais se apresentava formalmente a rendição
incondicional do exército federal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Guerra
de facções<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Defesa
revolucionária.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Após a renúncia de
Huerta a capital foi rapidamente ocupada pelo Exército Constitucionalista no
dia 15 de julho. Venustiano Carranza chegou à cidade acompanhado por Álvaro
Obregón em 20 de agosto e assumiu o comando político e militar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O fato de Carranza
lhe ter negado a possibilidade de entrar na capital e de não o haver convidado
para a assinatura dos Tratados de Teoloyucan criou um forte mal-estar em
Francisco Villa, pelo que vários generais tentaram chegar a um acordo pacífico.
Levou-se então a cabo uma reunião, cujo resultado ficou registado no Pacto de
Torreón, no qual se acordou que Carranza continuaria a ser o Primeiro Chefe, a
Divisão do Norte teria a mesma posição que as do Nordeste e Noroeste, e Felipe
Ángeles funcionaria como chefe de todo o Exército Constitucionalista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pouco depois,
Carranza convocou os governadores e generais para uma convenção, na qual deveria
ser elaborado um programa revolucionário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Convenção
de Aguascalientes<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A abertura da
convenção teve lugar no dia 1 de outubro na Cidade do México e foi presidida
por Luis Cabrera. Sem a presença dos delegados villistas e zapatistas, Carranza
apresentou a sua renúncia durante a sessão do terceiro dia, mas esta não foi
aceite pelos delegados. Foi também acordado que a convenção seria transferida
para Aguascalientes com a finalidade de que assistissem villistas e zapatistas,
além de que apenas participariam e não civis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0HgJjc0g6kYAVuI3daeXs9eJO-Nhjv2RT1L65pIvM9Hp1KbL2_BVKjRBkdSnrVFAFZe4LWRn4QGmAD58LwoCrhBc4ZoVwj6q-BEkVjKPw11vYHiz5frofOQaRHjSroSKFjfrWZVFb-U0/s1600/Pancho_Villa%252C_el_presidente_provisional_Eulalio_Guti%25C3%25A9rrez_y_Emiliano_Zapata.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="325" data-original-width="500" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0HgJjc0g6kYAVuI3daeXs9eJO-Nhjv2RT1L65pIvM9Hp1KbL2_BVKjRBkdSnrVFAFZe4LWRn4QGmAD58LwoCrhBc4ZoVwj6q-BEkVjKPw11vYHiz5frofOQaRHjSroSKFjfrWZVFb-U0/s320/Pancho_Villa%252C_el_presidente_provisional_Eulalio_Guti%25C3%25A9rrez_y_Emiliano_Zapata.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Francisco Villa<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">, </span>Eulalio Gutiérrez<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;"> e </span>Emiliano Zapata<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;"><br />reunidos no </span>Palácio Nacional<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">.</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman", serif;">As sessões foram
retomadas em 10 de outubro na cidade de Aguascalientes, sendo presididas por
Antonio I. Villarreal, José Isabel Robles, Pánfilo Natera, Mateo Almanza,
Marciano González, Samuel Santos e Vito Alessio Robles. Com a transferência da
sede, Villa decidiu enviar os seus delegados e Zapata fez o mesmo. Por seu
lado, Carranza não assistiu à convenção, pois acreditava que Aguascalientes
estava ameaçada por Villa. Em vez disso, dirigiu-se a Veracruz.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante as
sessões, que se prolongaram até 13 de novembro, os zapatistas pediram que
Carranza renunciasse como Primeiro Chefe da revolução e que se aceitasse
integralmente o Plano de Ayala. Numa carta lida aos presentes por Álvaro
Obregón, Carranza assegurava estar de acordo com renunciar se Villa e Zapata se
retirassem da vida pública e renunciassem como líderes dos seus respetivos
exércitos. A convenção nomeou Eulalio Gutiérrez presidente interino. Ao
inteirar-se da da nomeação em 10 de novembro, Carranza desconheceu o acordo da
convenção e o seu direito de nomear o presidente, declarando que Gutiérrez era
um presidente espúrio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As forças de
Carranza saíram da capital ao mesmo tempo que entravam os zapatistas. Dias
depois chegaram as forças de Villa, reunindo-se ambos os generais para firmar o
Pacto de Xochimilco, o qual basicamente constituía uma aliança contra Carranza.
Pressionado por Villa e Zapata, Gutiérrez não pôde governar, e em 16 de janeiro
saiu da capital e tentou estabelecer o seu governo em San Luis Potosí, mas
pouco tempo depois renunciou de forma definitiva. Roque González Garza foi
nomeado presidente provisório, governando de 17 de janeiro a 9 de junho de
1915.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Entretanto em
Veracruz, Carranza governou de facto o país: em 12 de dezembro de 1914 reformou
o Plano de Guadalupe e pouco depois, em 6 de janeiro de 1915, promulgou uma
série de leis redigidas por Luis Cabrera.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No dia 10 de junho
Francisco Lagos Cházaro recebeu da convenção o Poder Executivo. A capital foi
novamente tomada pelas tropas de Carranza em 2 de agosto e perante a sua
chegada a convenção mudou-se para Toluca e posteriormente para Cuernavaca,
neste último local sem a presença villista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Triunfo
do constitucionalismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desde o início de
1915 que era claro que a luta pelo poder continuaria, agora entre os apoiantes
de Carranza, villistas e zapatistas. Os últimos dois grupos contavam então com
a vantagem de ter um exército mais numeroso e haviam ocupado a capital, embora
com o avançar do ano a balança se tenha inclinado para o lado de Carranza
graças às vitórias de Álvaro Obregón frente ao exército de Francisco Villa e ao
facto de, apesar do pacto realizado em Xochimilco, nunca ter existido uma
verdadeira colaboração entre Villa e Zapata devido a que este último tinha por
objetivo manter isolada a sua região, pelo que se mantinha na defensiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No dia 6 de abril
desse ano as forças de Villa tentaram tomar Celaya, que se encontrava sob o
controlo de Obregón, o qual conseguiu defender a praça, infligindo cerca de 2
000 baixas às tropas de Villa. Uma semana depois, este voltou a tentar tomar a
cidade, perdendo desta vez cerca de 4 000 soldados e falhando o seu objetivo.
Estas derrotas debilitaram muito o exército villista, o qual se dirigiu para
León com a intenção de recuperar as suas forças. No total, ocorreram quatro
batalhas no bajío de Guanajuato, e apesar de todas elas terem sido vencidas por
Obregón, na última delas, no povoado de Santa Ana del Conde, um estilhaço
feriu-o no braço direito, o que obrigou os médicos a amputá-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Carranza conseguiu
retomar o controlo da capital em 1916.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Casa
del Obrero Mundial, Batalhões vermelhos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A Casa del Obrero
Mundial (COM; em português: Casa do Operário Mundial) havia sido fundada
durante a presidência de Madero, em 22 de setembro de 1912, por um grupo de
trabalhadores mexicanos e ativistas estrangeiros. Durante esta etapa a
organização serviu como «união» para grupos sindicais e mutualistas da Cidade
do México, além de ter uma composição plural, pois dela faziam parte tanto
anarquistas como católicos. Com o derrube de Madero, impôs-se na COM uma linha
mais radical que rejeitava uma o governo huertista. Após o triunfo da revolução
constitucionalista em agosto de 1914 e o posterior exílio de Victoriano Huerta,
Obregón reabriu a COM. Contudo, a luta entre as facções de Carranza e
convencionistas provocou debates sobre o caminho que a organização deveria
seguir. Os argumentos do pintor Gerardo Murillo (conhecido pelo seu pseudónimo Dr.
Atl) e de Obregón convenceram os dirigentes da organização a aliarem-se à
revolução constitucionalista, a qual havia já definido a sua vocação social
durante a guerra. EM 17 de fevereiro de 1915 firmou-se na Cidade do México uma
aliança entre a Casa del Obrero Mundial e a facção de Carranza, a qual
solicitava à primeira «trazer voluntários para as fileiras
constitucionalistas», e a Carranza era pedido converter em leis as petições dos
operários organizados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Isto deu origem
aos chamados batalhões vermelhos, grupos militares do Distrito Federal que
tinham como tarefa combater os camponeses-militares da Divisão do Norte e do
Exército Libertador do Sul durante a revolução mexicana. O encarregado da
organização foi o coronel Ignacio Henríquez, que formou até seis batalhões com
os seus 4 a 7 mil recrutados (as estimativas variam). Estes batalhões tiveram a
sua maior participação entre abril e setembro de 1915.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Batalha
de Columbus<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em outubro de 1915
o presidente dos Estados Unidos reconheceu de facto a facção de Carranza,
embora condicionando esse reconhecimento ao bom comportamento que Carranza
havia mostrado para com os interesses estadunidenses. A partir desse momento a
relação entre Wilson e Carranza melhorou, o que fez com que Villa se sentisse
traído pelo governo estadunidense, ao mesmo tempo que assegurou que Carranza havia
aceitado as condições estadunidenses às custas do sacrifício da política e
economia do México.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No dia 11 de
janeiro de 1916 um grupo de soldados villistas deteve um comboio em Santa
Isabel, Chihuahua assassinando 17 cidadãos estadunidenses, mineiros e
engenheiros, que haviam ido ao México a convite de Carranza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pouco antes do
amanhecer do dia 10 de maio de 1916, Villa atacou a povoação de Columbus, Novo
México e os quarteis do 13° regimento de cavalaria com 400 homens, ao grito de Viva
México! e Viva Villa!. Durante o confronto morreram 7 soldados e 7 civis
estadunidenses, enquanto o lado estadunidense assegurou ter matado entre 75 e
100 soldados villistas em solo mexicano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O ataque a
Columbus fez com que o Congresso dos Estados Unidos desse autorização para
castigar os responsáveis do ataque, pelo que as tropas estadunidenses entraram
no México. Desta forma, um total de 5 000 soldados sob o comando do general
John J. Pershing iniciaram uma expedição punitiva, com onze meses de duração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante a
expedição, os estadunidenses tiveram escaramuças com a população civil, como em
12 de abril em Parral, Chihuahua, e mesmo com o exército de Carranza, em junho
de 1916 em El Carrizal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As tropas, que
chegaram a contar com 15 000 homens em território mexicano, acabaram por deixar
o México em janeiro de 1917 sem poderem encontrar Villa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Congresso
Constituinte do México, Constituição do México<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Apesar de que
Carranza havia-se levantado contra o governo huertista com a promessa de
restaurar a Constituição de 1857, optou por redigir uma nova constituição que
cumprisse as promessas feitas aos camponeses e operários durante o conflito
armado, com a finalidade de evitar que atores principais ficassem insatisfeitos
e que surgisse novamente instabilidade social e política.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em dezembro de
1916, Carranza, virtual vencedor do conflito, convocou um congresso
constituinte formado exclusivamente pelos seus seguidores reunidos na cidade de
Querétaro. Este congresso esteve em sessão até 31 de janeiro de 1917, período
de tempo no qual Carranza e seus íntimos —de tendências moderadas— mantiveram
debates com grupos constitucionalistas de ideias mais progessistas — entre os
quais se destacam Pastor Rouaix e Francisco J. Múgica, entre outros—. As
diferentes correntes chegaram finalmente a um acordo para promulgar a
Constituição de 1917 em 5 de fevereiro, a qual vigora no país desde então.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Dentre os artigos
promulgados na Carta Magna sobressaem:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Artigo
3°.- A educação dada pelo pelo Estado deve ser laica, gratuita e obrigatória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Artigo
27°.- O solo e o subsolo pertencem à Nação, não podendo alguma corporação
religiosa ser proprietária..<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Artigo
123°.- Regula as relações laborais no país, concedendo autoridade ao estado
para intervir em conflitos deste tipo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Artigo
130°.- Regula a relação Igreja-Estado, fazendo a separação e estipulando que os
membros do clero não podem ser proprietários ou participar na política interna.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Um dia depois, em
6 de fevereiro, Carranza emitiu a convocatória para a realização de eleições
nos três ramos do governo, as quais se efetuaram no mês de março. Carranza foi
eleito presidente para o período 1917-1920 com 98% dos votos e tomou posse em 1
de maio desse mesmo ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Atividade
revolucionária e contrarrevolucionária entre 1916 e 1928<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Carranza governou
de 1917 a 1920, contudo não conseguiu pacificar o país uma vez que continuaram
os levantamentos villistas no norte, zapatistas no sul, outro movimento
contrarrevolucionário de Félix Díaz que durou até meados de 1920, assim como
outras rebeliões em Chiapas, Oaxaca e Michoacán.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em traços muito
gerais, podem dividir-se os movimentos antiCarranza em três grupos: os
revolucionários anticonstitucionalistas, onde se destacam os villistas, os
zapatistas, os cedillistas em San Luis Potosí, arenistas, do estado de
Tlaxcala, e os calimayoristas em Chiapas; os contrarrevolucionários, entre eles
os pelaecistas, da costa norte doGolfo do México, os felicistas, que apoiaram
Félix Díaz durante a sua incursão no país por Tamaulipas e que o seguiram
posteriormente por Oaxaca, Chiapas e Guatemala e de regresso uma vez mais por
Veracruz, numa campanha que duraria até meados da década de 1920, os
soberanistas, que operavam em Oaxaca e cujos líderes principais eram José Inés
Dávila e Guillermo Meixueiro, mapachistas e pinedistas, conhecidos comummente
como «finqueros» e que opravam no estado Chiapas, e os aguilaristas, de Oaxaca.
Finalmente, também havia sublevados sem bandeiras, como os altamiranistas,
cintoristas e os chavistas, que operavam no estado de Michoacán.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Assassinato
de Zapata<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Para acabar com o
movimento de Zapata, Carranza encarregou o general Pablo González Garza de
realizar uma campanha de extermínio da população. A situação precária dos
habitantes, agravada por fomes e epidemias, também dizimou a população mas o
movimento zapatista persistiu, pelo que González urdiu um plano. Jesús María
Guajardo, um coronel auxiliar de González, estando embriagado ou fingindo
estar, começou a falar contra Carranza e González assegurando-se de que um
prisioneiro zapatista, a quem mas mais tarde deixou fugir, o ouvia. Quando
Zapata se inteirou do que havia dito Guajardo, convidou-o a integrar as suas
fileiras. Após uma série de negociações e de Guajardo haver mandado assassinar
vários ex-zapatistas que haviam passado para o lado de Carranza como prova das
suas supostas intenções, acordou-se uma reunião para selar a suposta aliança na
fazenda de Chinameca no dia 10 de abril de 1919. Quando Zapata transpôs o
portão, um clarim tocou a saudação e os dez soldados da guarda de honra, que
apresentavam armas, alvejaram-no em simultâneo. Guajardo foi promovido a
general e recebeu de Carranza 50 000 pesos pelos notáveis serviços no exercício
das suas funções militares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtYbNU3ab2wbDdwQvkhh-2eH3hdoSGOzWHPNtTHakSfQdUQ27BbYFMJ2C3GjMKZXOKCrM0DuYfLWqQFlMrNPMioZBwxvg3DeGOQzOY96gqvH9rK20467IVFLMipF6_TKOZbQYRmJzLwF4/s1600/El_cad%25C3%25A1ver_de_Emiliano_Zapata%252C_exhibido_en_Cuautla%252C_Morelos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="497" data-original-width="343" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtYbNU3ab2wbDdwQvkhh-2eH3hdoSGOzWHPNtTHakSfQdUQ27BbYFMJ2C3GjMKZXOKCrM0DuYfLWqQFlMrNPMioZBwxvg3DeGOQzOY96gqvH9rK20467IVFLMipF6_TKOZbQYRmJzLwF4/s320/El_cad%25C3%25A1ver_de_Emiliano_Zapata%252C_exhibido_en_Cuautla%252C_Morelos.jpg" width="220" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Exposição do cadáver de Zapata em<br />Cuautla, Morelos<span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">.</span></td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Plano
de Agua Prieta</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ao aproximar-se a
sucessão presidencial, Carranza favoreceu Ignacio Bonillas como seu sucessor e
tentou acusar Obregón de conspiração, o que causou mal-estar a Plutarco Elías
Calles, Obregón e Adolfo de la Huerta, os quais proclamaram o Plano de Agua
Prieta, documento por meio do qual desconheciam ao governo de
constitucionalista e proclamavam a soberania do estado de Sonora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Perante a
impossibilidade de fazer frente e defender com êxito a capital ante o ataque
iminente do grupo de Sonora, Carranza dirigiu-se para Veracruz com mobiliário
do Palácio Nacional, máquinas para imprimir moeda e o erário nacional. Durante
o trajeto, foi emboscado e assassinado em Tlaxcalantongo, Puebla, no dia 21 de
maio de 1920.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Presidência
interina de Adolfo de la Huerta<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Após a morte de
Carranza, Adolfo de la Huerta foi nomeado presidente provisório pelo Congresso
da União no dia 1 de junho de 1920. Durante o seu mandato conseguiu que
Francisco Villa abandonasse a vida militar depois da assinatura dos Convénios
de Sabinas, nos quais se lhe outorgou a patente de general de divisão e a
fazenda de Canutillo, em Chihuahua, para onde se retirou para dedicar-se à
agricultura. Em setembro convocou eleições, nas quais Álvaro Obregón foi eleito
para assumir a presidência em 1 de dezembro desse ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Assassinato
de Villa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No dia 20 de julho
de 1923 Francisco Villa, acompanhado pelo coronel Miguel Trillo, Rafael Medrano
e Claro Hurtado, além do seu assistente, Daniel Tamayo, foi emboscado por Jesús
Salas Barraza à entrada de Parral, ali morrendo o caudilho às 8:15 da manhã.
Ramón Contreras, também membro da sua guarda pessoal, foi o único sobrevivente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Até hoje continua
a especulação sobre as verdadeiras causas do seu assassinato, embora este seja
atribuídos a ordens de Obregón ou de Calles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Rebelião
delahuertista, Guerra cristera<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Obregón foi
presidente entre 1920 e 1924. De la Huerta quis ser eleito presidente
novamente, mas ao ver que Obregón favorecia Plutarco Elías Calles desconheceu o
governo, o que desencadeou a chamada rebelião delahuertista, que foi apoiada
por dois terços do exército nacional. O movimento fracassou e em 11 de março de
1924 De la Huerta abandonou o país., exilando-se em Los Angeles, Califórnia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Plutarco Elías
Calles foi nomeado presidente para o período de 1924 a 1928, tomando posse em 1
de dezembro. Durante os dois últimos anos do seu governo a situação interna do
país tornou-se crítica devido à posição de Calles face à igreja católica, o que
provocou o surgimento de um movimento armado conhecido como guerra cristera.
Pouco antes de terminar o seu mandato reformaram-se os artigos 13 e 82 da
constituição, passando a existir a possibilidade de Obregón ser novamente
eleito presidente. Nas eleições realizadas em 1 de julho de 1928, Obregón
resultou vitorioso por ampla margem, mas antes de assumir a presidência foi
assassinado num restaurante da Cidade do México por José de León Toral, um
fanático católico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Após a morte de
Obregón, Calles fez um discurso público, no qual assegurou que a etapa dos
caudilhos chegara ao fim e que começava a das instituições. Em 1929 fundou o
Partido Nacional Revolucionário, posteriormente chamado Partido da Revolução
Mexicana e finalmente Partido Revolucionário Institucional, o qual governou o
país durante mais de 70 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDNLELlIMXQ0Ba0xPYIfRuXmDxKxXvbBeiy1Uqcz8xWcuTbjqSbNXvp1tx5ZIVkU4jcjDOrGiq1VZEezREjQoXrJ2WIVIwkHJvhM_taDee8JcdGjldblPgPq0nDCxZOdddLIvRMk1IWM8/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="262" data-original-width="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDNLELlIMXQ0Ba0xPYIfRuXmDxKxXvbBeiy1Uqcz8xWcuTbjqSbNXvp1tx5ZIVkU4jcjDOrGiq1VZEezREjQoXrJ2WIVIwkHJvhM_taDee8JcdGjldblPgPq0nDCxZOdddLIvRMk1IWM8/s1600/images.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Monumento à Revolução Mexicana </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Controvérsias
historiográficas/Número de mortos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Não existe um
número exato para o a quantidade mortes ocorridas durante a revolução mexicana.
A maioria das fontes aponta para valores entre 1 milhão, e 2 milhões de pessoas
mortas durante esta etapa da história do México. Estas cifras baseiam-se nos
dados proporcionados pelos recenseamentos realizados no país nos anos de 1910 e
1921. O recenseamento de 1910 deu como resultado 15 160 369 habitantes,
enquanto o de 1921 deu 14 334 780. Esta diferença aproximada de 1 milhão é a
que se considerou como correspondente ao número de mortes causadas pelo
conflito armado, embora esse número inclua pessoas mortas em combate, a
diminuição da natalidade, a emigração para países como os Estados Unidos,
Guatemala, Cuba e outros da Europa, as mortes causadas pela fome, assim como as
mortes devidas à pandemia de gripe de 1918 , a qual se crê ter causado a morte
de 450.000 pessoas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Diferenças
nas datas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As fontes
disponíveis não concordam quanto à data de fim da revolução mexicana. Algumas
fontes situam-no em 1917, com a proclamação da Constituição Mexicana, ou em
1924 com eleição de Plutarco Elías Calles.Por outro lado, o historiador inglês
Alan Knight, da Universidade de Oxford, chega a considerar que terminou nos
anos 1940.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Questionamentos
historiográficos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Historiadores
contemporâneos como Adolfo Gilly, Friedrich Katz, Alan Knight, Macario
Schettino ou Jean Meyer, têm questionado os estudos feitos sobre esta etapa,
devido a que grande parte dos mesmos foi feita sob a ótica fundacional do
Partido Revolucionário Institucional, a institucionalização de caudilhos e
mitos, o facto de que as suas principais demandas não foram satisfeitas e mesmo
questionando se deve denominar-se como uma revolução. Gilly foi o primeiro a
lançar a crítica em 197 ao publicar La Revolución Interrumpida, no qual propôs
que a revolução popular de Villa e Zapata foi terminada pelos grupos liberais
de Carranza e Obregón.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkenHQWdkKmvBbq3QWE2NMSR0nchdAikvno6qG4S10hueJDUKgA5kUaxwasb574C-R7_i1TZth75K_1sJ0uItbCZNHy77jR89E2ZyemLPfqMxCmqOc4rzRCIpm-OHjPyvoY3XD9CWDiEc/s1600/Bandeira+01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="874" data-original-width="1527" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkenHQWdkKmvBbq3QWE2NMSR0nchdAikvno6qG4S10hueJDUKgA5kUaxwasb574C-R7_i1TZth75K_1sJ0uItbCZNHy77jR89E2ZyemLPfqMxCmqOc4rzRCIpm-OHjPyvoY3XD9CWDiEc/s320/Bandeira+01.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">BANDEIRA DO MÉXICO</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-70653521859780070882017-08-07T20:10:00.000-07:002017-08-07T20:10:45.894-07:00Pedro I do Brasil<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCMrDE7Pjc4PM1piGUV0Nap_c53r3C9NbsCDr6CPxUgYPe8t3cpnu60tgUqFoz6C-p_cLcQs-XiIlD7DHGG1VJKkNS_Q2PSkVvvh51Ao9ICQ8Nn8WzsLooTYzxLnkw7fI9fIfc48TFo1k/s1600/800px-DpedroI-brasil-full.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1012" data-original-width="800" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCMrDE7Pjc4PM1piGUV0Nap_c53r3C9NbsCDr6CPxUgYPe8t3cpnu60tgUqFoz6C-p_cLcQs-XiIlD7DHGG1VJKkNS_Q2PSkVvvh51Ao9ICQ8Nn8WzsLooTYzxLnkw7fI9fIfc48TFo1k/s320/800px-DpedroI-brasil-full.jpg" width="252" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Retrato por <span style="color: black;">Simplício Rodrigues de Sá</span><span style="background-color: #f9f9f9; font-family: sans-serif; font-size: 10.2667px;">, </span><abbr style="background-color: #f9f9f9; border-bottom: 0px; cursor: help; font-family: sans-serif; font-size: 10.2667px;" title="circa"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Circa" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Circa">c.</a></abbr><span style="background-color: #f9f9f9; font-family: sans-serif; font-size: 10.2667px;"> 1830</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif;">Pedro nasceu na
manhã de 12 de outubro de 1798 no Palácio Real de Queluz, Portugal. Ele foi
nomeado em homenagem a São Pedro de Alcântara e seu nome completo era <b>Pedro de
Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim
José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim</b>. </span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif;">Desde seu nascimento recebeu o prefixo
honorífico de "Dom".</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Seu pai era o
então D. João, Príncipe do Brasil, com Pedro sendo assim membro da Casa de
Bragança. Seus avós eram a rainha D. Maria I e o rei D. Pedro III de Portugal,
que eram sobrinha e tio além de marido e mulher. Sua mãe era a infanta Carlota
Joaquina, filha do rei Carlos IV da Espanha e sua esposa Maria Luísa de Parma.
Os pais de Pedro tiveram um casamento infeliz; Carlota Joaquina era uma mulher
ambiciosa que sempre procurava defender os interesses espanhóis, mesmo em detrimento
de Portugal. Havia relatos de que ela era infiel com o marido, chegando ao
ponto de conspirar contra ele junto com nobres portugueses insatisfeitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pedro era o
segundo filho menino mais velho de João e Carlota Joaquina, o quarto filho no
geral, tornando-se o herdeiro aparente de seu pai com o título de Príncipe da
Beira em 1801 após a morte de seu irmão mais velho D. Francisco Antônio. João
desde 1792 atuava como regente em nome de sua mãe Maria I, que havia sido
declarada mentalmente insana e incapaz de governar. Os pais de Pedro se
afastaram em 1802; João foi viver no Palácio Nacional de Mafra enquanto Carlota
Joaquina ficou no Palácio do Ramalhão. Pedro e seus irmãos D. Maria Teresa, D.
Maria Isabel, D. Maria Francisca, D. Isabel Maria e D. Miguel foram viver no
Palácio de Queluz junto com sua avó a rainha, longe dos pais que viam apenas
durante ocasiões de estado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No final de
novembro de 1807, quando Pedro tinha apenas nove anos de idade, o exército
francês do imperador Napoleão Bonaparte invadiu Portugal e toda a família real
portuguesa fugiu de Lisboa. A corte atravessou o oceano Atlântico até chegar em
março do ano seguinte à cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, a
maior e mais rica colônia de Portugal. Pedro leu Eneida de Virgílio durante a
viagem e conversou com vários membros da tripulação de seu navio, aprendendo
noções de navegação. No Brasil, após uma breve estada no Paço Real, Pedro e seu
irmão Miguel estabeleceram-se junto com seu pai no Paço de São Cristóvão. Pedro
amava o pai, apesar de nunca ter sido íntimo dele, ressentindo a constante
humilhação que João sofria nas mãos de Carlota Joaquina por causa dos casos
extraconjugais dela. Como resultado, quando adulto Pedro abertamente chamava
sua mãe de "vadia" e sentia por ela nada além de desprezo. As
experiências de traição, frieza e negligência que passou quando criança tiveram
grande impacto na formação de sua personalidade e caráter quando adulto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uma pequena
quantidade de estabilidade durante sua infância vinha da presença de sua aia
Maria Genoveva do Rêgo e Matos, quem amou como uma mãe, e seu aio e supervisor
o frei Antônio de Arrábida, que tornou-se seu mentor. Ambos ficaram
encarregados do crescimento do príncipe e tentaram lhe dar uma educação
adequada. Seus estudos englobavam uma grande gama de assuntos que incluíam
matemática, economia política, lógica, história e geografia. Pedro aprendeu a
ler e escrever em português, além de latim e francês. Também conseguia traduzir
textos do inglês e entender alemão. Mais tarde como imperador, Pedro dedicaria
pelo menos duas horas de seu dia para ler e estudar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Apesar da
abrangência da instrução de Pedro, sua educação mostrou-se deficiente. O
historiador Otávio Tarquínio de Sousa afirmou que Pedro "era sem sombra de
dúvida inteligente, astuto [e] perspicaz". Entretanto, o historiador
Roderick J. Barman escreveu que tinha uma natureza "muito efervescente,
muito errática e muito emocional". Pedro permaneceu impulsivo, nunca
aprendeu a exercer auto-controle, avaliar as consequências de suas decisões ou
adaptar seu panorama para situações em mudança. João jamais permitiu que alguém
disciplinasse o filho. Este às vezes contornava sua rotina de duas horas de
estudos diários ao dispensar seus instrutores para poder realizar atividades
que considerava como mais interessantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Primeiro
casamento<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pedro encontrava
prazer em atividades que necessitavam de habilidades físicas em vez de ficar na
sala de aula. Ele treinou equitação na Fazenda Santa Cruz de seu pai,
tornando-se um bom cavaleiro e um excelente ferrador. Pedro e seu irmão Miguel
gostavam de sair caçando a cavalo através de terrenos desconhecidos e
florestas, às vezes até mesmo de noite e sob mau tempo. O príncipe mostrava
talento para desenho e artesanato, fazendo por conta própria mobílias e
entalhando madeira. Além disso, Pedro também gostava bastante de música,
transformando-se em um hábil compositor sob a tutela de Marcos Portugal. Tinha
uma boa voz para o canto e era proficiente em diversos instrumentos (incluindo
piano, flauta e violão), conseguindo tocar canções e danças populares. Pedro
era um homem simples tanto em hábitos quanto ao lidar com outras pessoas.
Exceto em ocasiões solenes quando era necessário usar vestuários elegantes,
suas roupas diárias consistiam em calças brancas de algodão, uma jaqueta
listrada também de algodão e um chapéu de palha com abas largas, ou ainda uma
sobrecasaca e cartola para situações mais formais. Ele frequentemente entrava
em conversas com pessoas nas ruas querendo saber sobre seus problemas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYyh3K4Nlnl1X-y-3tNSq0CWJNGS63uN2asuGQuCm4_TIQmSThyphenhyphenCHr7n3oOo2vLKaeFH79KkPhk1gHGZmL2JHq9J6uuVz1wQP2KO7GUHvfHFJcM-Z7PmfXL3h0nQ2REYeaySK0186YaO4/s1600/800px-Emperor_Pedro_I_1816.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1004" data-original-width="800" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYyh3K4Nlnl1X-y-3tNSq0CWJNGS63uN2asuGQuCm4_TIQmSThyphenhyphenCHr7n3oOo2vLKaeFH79KkPhk1gHGZmL2JHq9J6uuVz1wQP2KO7GUHvfHFJcM-Z7PmfXL3h0nQ2REYeaySK0186YaO4/s320/800px-Emperor_Pedro_I_1816.jpg" width="254" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pedro <abbr style="background-color: #f8f9fa; border-bottom: 0px; color: #222222; cursor: help; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;" title="circa"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Circa" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Circa">c.</a></abbr><span style="background-color: #f8f9fa; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;"><span style="color: #222222;"> 1816, por</span> </span><span style="color: black;">Jean-Baptiste Debret<span style="background-color: #f8f9fa; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif;">A personalidade de
Pedro era marcada por uma vontade enérgica que beirava a hiperatividade. Era
impetuoso com uma tendência para ser dominador e temperamental. Se distraia ou
ficava entediado facilmente, entretendo-se com namoricos em sua vida pessoal
além de suas atividades equestres e de caça. Seu espírito inquieto o fazia
buscar aventuras e, certas vezes disfarçado de viajante, frequentava tavernas
nos distritos de pior reputação do Rio de Janeiro. Pedro raramente bebia
álcool, porém era um mulherengo incorrigível. Seu primeiro caso duradouro
conhecido foi com uma dançarina francesa chamada Noémi Thierry, que teve uma
criança natimorta dele. Seu pai, que em 1816 tornou-se rei João VI com a morte
de Maria I, enviou Thierry para longe a fim que ela não ameaçasse o noivado de
Pedro com a arquiduquesa Leopoldina da Áustria, filha do imperador Francisco I
da Áustria e a princesa Maria Teresa da Sicília.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pedro e Leopoldina
casaram-se por procuração no dia 13 de maio de 1817, com ela assumindo o nome
de Maria Leopoldina. Esta chegou ao Rio de Janeiro em 5 de novembro,
imediatamente se apaixonando pelo marido, que era muito mais charmoso e
atraente do que fora levada a esperar. Após "anos sob o sol tropical, sua
pele ainda era clara, suas bochechas rosadas". Pedro, então com dezenove
anos, era bonito e um pouco mais alto do que a média, possuindo olhos negros e
um cabelo castanho escuro. "Sua boa aparência", segundo o historiador
Neill Macaulay, "devia-se muito ao seu porte, orgulhoso e ereto mesmo em
tenra idade, e sua preparação, que foi impecável. Habitualmente arrumado e
limpo, ele havia pego o costume brasileiro de tomar banho frequentemente".
A missa nupcial ocorreu no dia seguinte, com a ratificação dos votos feitos
anteriormente por procuração. O casal teve sete filhos: <b>D. Maria, D. Miguel, D. João Carlos, D. Januária, D. Paula, D.
Francisca e D. Pedro.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Independência
do Brasil e a Revolução Liberal do Porto<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Chegaram no Brasil
em 17 de outubro de 1820 notícias de que guarnições militares em Portugal
haviam se amotinado, levando a que posteriormente ficaria conhecida como a
Revolução Liberal do Porto de 1820. Os militares formaram um governo provisório
e suplantaram a regência que João havia nomeado, convocando as Cortes, o
parlamento centenário português, desta vez democraticamente eleito e com o
objetivo de criar uma constituição nacional. Pedro ficou surpreso quando seu
pai não apenas lhe pediu conselhos, mas também decidiu enviá-lo de volta para
Portugal para governar como regente em seu nome e tentar aplacar os
revolucionários. O príncipe nunca havia sido educado para governar e
anteriormente jamais recebeu permissão para participar dos assuntos de estado.
O papel que seria seu direito de nascimento era na verdade exercido por sua
irmã mais velha Maria Teresa; João confiava nela para conselhos e inclusive lhe
fez uma membro do Conselho de Estado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pedro era visto
com suspeitas por João e pelos conselheiros mais próximos do rei, todos os
quais apegavam-se aos princípios de uma monarquia absolutista. Em contraste, o
príncipe era bem conhecido como um grande defensor dos ideais do liberalismo e
de uma monarquia constitucional representativa. Ele havia lido os trabalhos de
Voltaire, Benjamin Constant, Gaetano Filangieri e Edmund Burke. Até mesmo sua
esposa Maria Leopoldina comentou que "Meu esposo, Deus nos ajude, ama as
novas ideias". João adiou o máximo possível a partida de Pedro, temendo
que o filho fosse aclamado rei pelos revolucionários assim que chegasse em
Portugal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Tropas portuguesas
no Rio de Janeiro se amotinaram em 26 de fevereiro de 1821. João e seu governo
não realizaram quaisquer ações contra as unidades revoltosas. Pedro decidiu
agir por conta própria e foi se encontrar com os rebeldes, negociando com eles
e convencendo seu pai a aceitar as demandas, que incluíam a nomeação de um novo
gabinete e a realização de um juramento de obediência para a futura
constituição portuguesa. Os eleitores da paróquia do Rio de Janeiro
encontraram-se em 21 de abril para eleger seus representantes nas Cortes. Um
pequeno grupo de agitadores invadiu o encontro e formaram um governo
revolucionário. João e seus ministros novamente permaneceram passivos, com o
rei estando prestes a aceitar as exigências dos revolucionários quando Pedro
tomou iniciativa e enviou tropas do exército para restabelecer a ordem. João e
sua família finalmente cederam sob a pressão das Cortes e partiram de volta
para Portugal em 26 de abril, deixando Pedro e Maria Leopoldina no Brasil. Dois
dias antes, o rei avisou o filho: "Pedro, se o Brasil for se separar de
Portugal, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que para algum desses
aventureiros".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">"Independência
ou morte"<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pedro foi nomeado
como regente do Brasil, desde o início promulgando decretos que garantiam os
direitos pessoais e de propriedade. Ele também reduziu impostos e gastos
governamentais. Até mesmo os revolucionários presos no incidente de abril
acabaram sendo libertados. Tropas portuguesas sob o comando do tenente-general
Jorge de Avilez Zuzarte de Sousa Tavares amotinaram-se em 5 de junho de 1821,
exigindo que Pedro fizesse um juramento para manter a constituição portuguesa
após ela ser colocada em efeito. O príncipe foi intervir sozinho com os
rebeldes. O regente negociou calma e engenhosamente, ganhando o respeito das
tropas e sendo bem sucedido em reduzir o impacto das exigências mais inaceitáveis.
O motim era um golpe de estado militar mal disfarçado que tentava transformar
Pedro em uma mera figura decorativa e transferir o poder para Avilez. O
príncipe acabou aceitando um resultado desfavorável, porém também avisou que
seria a última vez que cederia sob pressão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A crise alcançou
um ponto sem volta quando as Cortes dissolveram o governo central no Rio de
Janeiro e ordenaram o retorno de Pedro.[55] Os brasileiros viram essa ação como
uma tentativa de novamente subordinar seu país ao domínio português, já que o
Brasil fora elevado a reino em 1815. O príncipe recebeu uma petição em 9 de
janeiro de 1822 contendo oito mil assinaturas que imploravam para que não
partisse. Pedro respondeu afirmando que <i>"Se
é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo
que fico!"</i>; este evento ficou conhecido como o Dia do Fico. Avilez se amotinou novamente para tentar
forçar o retorno do regente para Portugal. Desta vez o príncipe contra-atacou,
reunindo as tropas brasileiras (que não haviam juntado-se aos portugueses nos
motins anteriores), unidades milicianas e civis armados. Avilez ficou em
inferioridade numérica e foi expulso do Brasil junto com suas tropas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pedro tentou
manter pelos meses seguintes alguma aparência de unidade com Portugal, porém a
ruptura final era iminente. Procurou apoio fora do Rio de Janeiro com o auxílio
de seu ministro José Bonifácio de Andrada e Silva. O príncipe viajou para a
província de Minas Gerais em abril e depois para São Paulo em agosto. Foi bem
recebido nas duas províncias e as visitas reforçaram sua autoridade. Enquanto
voltava de São Paulo, Pedro recebeu no dia 7 de setembro as notícias de que as
Cortes não aceitariam a autorregulamentação no Brasil e puniriam todos que
desobedecessem suas ordens. "Nunca alguém que evitava a ação mais
dramática sobre o impulso imediato", como escreveu Berman sobre o
príncipe, ele "não precisou de mais tempo para decisão além do que ler as
cartas exigiam". Pedro montou sua égua e disse para os presentes: <i>"Amigos, as Cortes Portuguesas querem
escravizar-nos e perseguir-nos. A partir de hoje as nossas relações estão
quebradas. Nenhum vínculo unir-nos mais [...] Para o meu sangue, minha honra,
meu Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade. Brasileiros, que nossa palavra de
ordem seja a partir de hoje 'Independência ou morte!'".</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Imperador
constitucional<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O príncipe foi
aclamado em 12 de outubro como Imperador D. Pedro I, o dia de seu aniversário
de 24 anos e também a data oficial da fundação do Império do Brasil. Ele foi
coroado em 1 de dezembro. Sua ascensão não se estendeu imediatamente por todos
os territórios brasileiros e Pedro teve que forçar a submissão de várias
províncias nas regiões sudoeste, nordeste e norte, com as últimas unidades
ainda leais a Portugal se rendendo apenas no começo de 1824. Enquanto isso a
relação de Pedro e José Bonifácio se deteriorou. A situação chegou ao ápice
quando o imperador dispensou o ministro sob os motivos de conduta inapropriada.
José Bonifácio tinha usado sua posição para assediar, perseguir, prender e até
mesmo exilar seus inimigos políticos. Por meses os inimigos do ministro tinham
trabalhado para ganhar o favor do imperador. Esses haviam conferido a Pedro em
13 de maio de 1822 enquanto ainda era regente o título de "Defensor
Perpétuo do Brasil", também lhe introduzindo à Maçonaria em 2 de agosto e
posteriormente o fazendo grão-mestre em 7 de outubro no lugar do próprio José
Bonifácio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A crise entre
monarca e seu antigo ministro afetou imediatamente a Assembleia Geral Nacional
Constituinte, que havia sido eleita com o objetivo de criar uma constituição
para o país recém criado. José Bonifácio, como membro da assembleia
constituinte, havia recorrido a demagogia e alegou a existência de uma grande
conspiração portuguesa contra os interesses brasileiros; ele chegou até mesmo a
insinuar que Pedro, nascido português, também estava implicado. O imperador
ficou ultrajado pela invetiva direcionada aos leais cidadãos que eram de
nascimento português, além das insinuações que o próprio estava conflituoso
sobre sua lealdade ao Brasil. Pedro ordenou em 12 de novembro de 1823 a
dissolução da assembleia constituinte e convocou novas eleições. No dia
seguinte encarregou o recém estabelecido Conselho de Estado de elaborar um
rascunho constitucional. As cópias do documento resultante foram enviadas para
todos os concelhos municipais, com a enorme maioria votando a favor de sua
adoção instantânea como a Constituição do Império.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A constituição foi
outorgada por Pedro em 25 de março de 1824, criando um Estado altamente
centralizado. Como resultado, elementos rebeldes da província de Pernambuco
tentaram se separar do Brasil e uniram-se aos insurgentes das províncias da
Paraíba e do Ceará no que ficou conhecida como a Confederação do Equador. O
imperador tentou sem sucesso impedir o derramamento de sangue ao oferecer-se
para aplacar os revoltosos. Ele furioso falou que "O que estavam a exigir
os insultos de Pernambuco? Certamente um castigo, e um castigo tal que se sirva
de exemplo para o futuro". Pedro pediu empréstimos ao Reino Unido para
contratar mercenários e as tropas seguiram para o Recife sob o comando de
Thomas Cochrane. Os rebeldes, que nunca conseguiram assegurar seu controle das
províncias, foram subjugados, e as rebeliões já tinha acabado por volta do
final de 1824. Dezesseis revoltosos foram julgados e executados, enquanto os
outros foram perdoados pelo imperador. Além disso, Pedro ordenou que Pernambuco
perdesse parte de seu território, que inicialmente foi cedido para Minas Gerais
e depois para a Bahia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Sucessão
portuguesa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Portugal acabou
assinando um tratado com o Brasil em 29 de agosto de 1825 após longas
negociações, por fim reconhecendo a independência do segundo. Exceto pelo
reconhecimento da independência, as provisões do tratado foram às custas do
Brasil, incluindo a exigência do pagamento de reparações financeiras a
Portugal, com nenhum outro requerimento ficando por parte da antiga metrópole.
A compensação deveria ser paga a todos os cidadãos portugueses residentes no
Brasil pelas perdas que tinham passado, como por exemplo propriedades que foram
confiscadas. João também recebeu o direito de se intitular Imperador do Brasil.
Mais humilhante foi que o tratado implicava que a independência havia sido
concedida como um ato beneficente do rei português, ao invés de ter sido
compelida pelos brasileiros através da força bruta. Pior ainda, o Reino Unido
foi recompensado por seu papel no avanço das negociações ao assinar um tratado
separado em que seus favoráveis direitos comerciais foram renovados, além da
assinatura de uma convenção em que o Brasil concordava em abolir o comércio de
escravos com a África dentro de quatro anos. Ambos os acordos prejudicaram
seriamente os interesses comerciais brasileiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pedro recebeu
alguns meses depois a notícia de que seu pai havia morrido em 10 de março de
1826, e que sendo assim havia sucedido João no trono de Portugal como Rei <b>D. Pedro IV</b>. O imperador rapidamente
abdicou da coroa portuguesa em 2 de maio por saber que uma união pessoal entre
o Brasil e Portugal seria inaceitável para os povos de ambas as nações,
passando o trono para sua filha mais velha que se tornou a Rainha D. Maria II. Sua
abdicação foi condicional: Portugal deveria aceitar uma constituição elaborada
por ele e Maria casaria-se com seu irmão Miguel. Pedro continuou a agir como
rei ausente mesmo com a abdicação e intercedeu em assuntos diplomáticos e
internos, como a realização de nomeações. Para o monarca foi no mínimo difícil
manter separadas sua posição de imperador brasileiro e suas obrigações de
proteger os interesses de sua filha em Portugal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Miguel fingiu
aceitar os planos do irmão. O infante anulou a constituição com o apoio de
Carlota Joaquina logo que foi nomeado regente da sobrinha no início de 1828,
sendo aclamado como rei com o suporte dos portugueses que eram a favor do
absolutismo. Além da dolorosa traição de seu amado irmão, Pedro também teve que
suportar a deserção de suas irmãs Maria Teresa, Maria Francisca, Isabel Maria e
Maria da Assunção todas para a facção de Miguel. Apenas sua irmã caçula Ana de
Jesus permaneceu fiel, posteriormente viajando para o Rio de Janeiro a fim de
ficar perto de Pedro. O imperador ficou consumido pelo ódio e começou a
acreditar nos rumores que Miguel havia matado João, virando seu foco para
Portugal e tentando em vão conseguir apoio internacional pelos direitos de
Maria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Guerra
<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Um pequeno grupo
de rebeldes com o apoio das Províncias Unidas do Rio da Prata declarou em abril
de 1825 a independência da Cisplatina, então a província mais ao sul do Brasil.
O governo brasileiro inicialmente viu a tentativa de secessão como um levante
menor. Demorou meses até uma ameaça maior surgir do envolvimento das Províncias
Unidas, que esperava anexar a Cisplatina, causando assim preocupações sérias. O
Brasil em retaliação declarou guerra em dezembro, iniciando a Guerra da
Cisplatina. Pedro viajou em fevereiro de 1826 para a província da Bahia no
nordeste do país, levando consigo sua esposa e sua filha Maria. O imperador foi
bem recebido pelos habitantes locais. A viagem tinha a intenção de gerar apoio
para o esforço de guerra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O séquito imperial
incluía Domitila de Castro, Viscondessa de Santos (posterior Marquesa de
Santos), que desde o primeiro encontro dos dois em 1822 havia sido a amante do
imperador. Apesar de nunca ter sido fiel a Maria Leopoldina, Pedro
anteriormente tinha tomado o cuidado de esconder suas escapadas sexuais com
outras mulheres. Porém, sua atração por sua nova amante "tinha se tornando
flagrante e sem limites", enquanto sua esposa precisava aguentar desfeitas
e ser o assunto de fofocas. O imperador cada vez mais passou a ser rude e vil
com Maria Leopoldina, deixando-a com pouco dinheiro, proibindo-a de deixar o
palácio e forçando-a a aturar a presença de Domitila como sua dama de
companhia. Enquanto isso, a amante aproveitou a oportunidade para avançar seus
interesses e também os de sua família e amigos. Aqueles que desejavam favores
ou a promoção de projetos cada vez mais ignoravam os canais legais e normais,
ao invés disso procurando Domitila por ajuda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pedro partiu em 24
de novembro de 1826 do Rio de Janeiro para a cidade de São José na província de
Santa Catarina. De lá foi para Porto Alegre, capital da província de São Pedro
do Rio Grande do Sul, onde o exército principal estava esperando. O imperador
chegou em 7 de dezembro e descobriu que as condições militares eram muito
piores do que os relatórios anteriores haviam lhe feito esperar. Ele "agiu
com sua energia costumeira: passou uma afobação de ordens, demitiu supostos
enxertadores e incompetentes, fraternizou com as tropas e de forma geral
sacudiu a administração militar e civil". Pedro já estava voltando para o
Rio de Janeiro quando soube que Maria Leopoldina tinha morrido após um aborto.
Rumores sem fundamento logo se espalharam dizendo que a imperatriz havia sido
fisicamente maltratada pelo marido. Enquanto isso a guerra continuou sem
conclusão e Pedro acabou cedendo a Cisplatina em agosto de 1828, com a
província tornando-se o país independente do Uruguai.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Segundo
casamento<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pedro percebeu
depois da morte da esposa como a havia tratado miseravelmente, com sua relação
com Domitila começando a ruir. Diferentemente da amante, Maria Leopoldina era
popular, honesta e amava o marido sem esperar nada em troca. O imperador passou
a sentir muitas saudades dela, nem mesmo sua obsessão por Domitila conseguindo
fazê-lo superar seu sentimento de perda e arrependimento. Um dia a amante o
encontrou chorando no chão abraçado a um retrato de Maria Leopoldina, cujo
fantasma infeliz Pedro afirmou ter visto. Posteriormente o imperador
deixou a cama que estava com Domitila e gritou: "Larga-me! Sei que levo
vida indigna de um soberano. O pensamento da Imperatriz não me
deixa". Ele não esqueceu de seus filhos, que ficaram órfãos de mãe,
sendo observado em mais de uma ocasião segurando seu filho Pedro em seus braços
e dizendo: "Pobre menino, és o príncipe mais infeliz do mundo".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEanUxArAXt1GWPXtvPZq0gvHbymlxjlORibS8niz3427QorXdJeYhLUNjyYW3kAjPZLGkQ9vdaKtoN9BnJqwQIZ_SLiuzpAC5wovFcdEbVCryMqGOZ_s7EC6iZotQFMGolnpuqZowAUo/s1600/Second_marriage_of_S.M.I._D._Pedro_I.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="623" data-original-width="1024" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEanUxArAXt1GWPXtvPZq0gvHbymlxjlORibS8niz3427QorXdJeYhLUNjyYW3kAjPZLGkQ9vdaKtoN9BnJqwQIZ_SLiuzpAC5wovFcdEbVCryMqGOZ_s7EC6iZotQFMGolnpuqZowAUo/s320/Second_marriage_of_S.M.I._D._Pedro_I.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O casamento de Pedro e Amélia. Ao lado do imperador estão seus <br />filhos do primeiro casamento: Pedro, Januária, Paula e Francisca.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Domitila acabou
deixando o Rio de Janeiro em 27 de junho de 1828 após insistências do
imperador. Pedro havia decidido casar-se novamente e tornar-se uma pessoa
melhor. Ele tentou convencer seu sogro Francisco I de sua sinceridade,
afirmando em uma carta "que toda minha perversidade acabou, que não hei de
novamente cair nos erros em que já caí, que arrependo-me e pedi a Deus por
perdão". Francisco não se convenceu, tendo ficado profundamente ofendido
pela conduta que sua filha tinha passado, retirando seu apoio às preocupações
brasileiras e frustrando os interesses portugueses de Pedro. Princesas de
várias nações recusaram propostas de casamento uma depois da outra devido a má
reputação do imperador pela Europa. Seu orgulho ficou muito ferido e ele acabou
permitindo a volta de Domitila, que chegou na capital em 29 de abril de 1829
após quase um ano longe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Entretanto, Pedro
encerrou definitivamente sua relação com Domitila ao saber que um noivado tinha
finalmente sido arranjado. Ela voltou em 27 de agosto a viver em sua província
natal de São Paulo, onde permaneceu pelo resto da vida. Dias antes em 2 de
agosto, Pedro havia se casado por procuração com a princesa Amélia de
Leuchtenberg, filha Eugênio de Beauharnais, Duque de Leuchtenberg, e da
princesa Augusta da Baviera. O imperador ficou impressionado por sua beleza ao
conhecê-la pessoalmente. Os votos realizados por procuração foram ratificados
em 17 de outubro em uma missa nupcial. Amélia era bondosa e amorosa com os
filhos dele e providenciou um necessitado sentimento de normalidade tanto para
a família imperial quanto para o público em geral. A promessa de Pedro feita
após o banimento de Domitila para alterar seu comportamento acabou mostrando-se
sincera. Ele nunca mais teve quaisquer casos e manteve-se fiel à nova esposa.
Pedro também fez as pazes com José Bonifácio, seu antigo ministro e mentor, em
uma tentativa de mitigar e superar seus desentendimentos do passado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Entre
Brasil e Portugal<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEiNhw5h1clivdKPQFZgfA8Kw8Btv6NpL2UWiKSRPrUU5JQCSB8IkXPOxiz7XV53u1APIzVv1gwXttv6qBvIImUTVs04YAgnnkkeKlMa3rELCTz1GCtqZ_U8SXVcnEcHwnJJmM2ttXu-c/s1600/800px-Emperor_Dom_Pedro_I_1830.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="800" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEiNhw5h1clivdKPQFZgfA8Kw8Btv6NpL2UWiKSRPrUU5JQCSB8IkXPOxiz7XV53u1APIzVv1gwXttv6qBvIImUTVs04YAgnnkkeKlMa3rELCTz1GCtqZ_U8SXVcnEcHwnJJmM2ttXu-c/s320/800px-Emperor_Dom_Pedro_I_1830.jpg" width="237" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pedro em 1830 por Henri Grevedon.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Desde os dias da
assembleia constituinte de 1823 e depois com vigor renovado a partir de 1826
com a abertura do parlamento brasileiro, houve uma disputa ideológica sobre o
equilíbrio dos poderes mantidos pelo imperador e pela legislatura no governo.
De um lado estavam aqueles que compartilhavam as visões de Pedro, políticos que
acreditavam que o monarca deveria ser livre para escolher os ministros,
políticas nacionais e a direção governamental. Em oposição estavam aqueles,
então conhecidos como o Partido Liberal, que defendiam que os gabinetes
deveriam manter o poder para estabelecer o curso de governo e que seriam
formados por deputados tirados do partido da maioria respondendo ao parlamento
por suas ações. Estritamente falando, ambos os lados defendiam o liberalismo e
dessa forma uma monarquia constitucional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pedro respeitava a
constituição apesar de suas falhas como governante: ele nunca interferiu nas
eleições ou participou de fraudes eleitorais, recusou-se a assinar atos
ratificados pelo governo ou impor restrições na liberdade de expressão. O
imperador também nunca dissolveu a Câmara dos Deputados ou convocou novas
eleições quando esta discordava de seus objetivos ou adiava suas sessões, mesmo
isso estando dentro de suas prerrogativas. Jornais e panfletos liberais usaram
o nascimento português de Pedro no apoio a acusações válidas (como por exemplo
que boa parte de sua energia era dedicada a assuntos relacionados a Portugal) e
também falsas (que ele estava envolvido em conspirações para suprimir a
constituição e reunificar o Brasil e Portugal). Os amigos portugueses do
imperador que faziam parte da corte, incluindo Francisco Gomes da Silva que foi
apelidado de "Chalaça", eram para os Liberais parte desses complôs e
formavam um "gabinete secreto". Nenhuma dessas figuras mostrava
interesse em tais questões e, seja quais foram os interesses que podem ter
compartilhado, não havia nenhuma conspiração para anular a constituição ou levar
o Brasil de volta ao controle português.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Outra fonte de
críticas por parte dos Liberais eram as visões abolicionistas de Pedro. O
imperador tinha concebido um processo gradual para eliminar a escravidão no
país. Entretanto, o poder constitucional para promulgar legislações estava nas
mãos do parlamento, que era dominado por donos de terras escravagistas e que
assim poderiam frustrar quaisquer tentativas de abolição. Pedro optou por
tentar a persuasão através do exemplo moral, estabelecendo sua Fazenda Santa
Cruz como um modelo ao conceder terras aos seus escravos libertos. O monarca
também tinha outras ideias avançadas. Quando declarou sua intenção de
permanecer no Brasil no Dia do Fico, a população tentou lhe conceder a honra de
desatrelar os cavalos e eles mesmos puxarem sua carruagem, porém o então
príncipe recusou. Sua resposta foi ao mesmo tempo uma condenação do direito
divino dos reis, da suposta superioridade de sangue da nobreza e do racismo:
"Ofende-me ver os meus semelhantes dando ao homem tributos apropriados à
divindade. Eu sei que o meu sangue é da mesma cor que o dos negros".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Abdicação
de Pedro I do Brasil<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGG3tuK7zLWxPpcudOtTdn10UIGrbB8u__InIeFrwbUat2QmPRAvYfqEn65KR85cLM7vRQHF8F40fFwEEl9kbh4makfiEVxyQYDxtD_kCVj-51GMyz_WnRHCNIUPG7w1fjEte5xtwo6Uc/s1600/Abdica%25C3%25A7%25C3%25A3o_de_Pedro_I.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="279" data-original-width="420" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGG3tuK7zLWxPpcudOtTdn10UIGrbB8u__InIeFrwbUat2QmPRAvYfqEn65KR85cLM7vRQHF8F40fFwEEl9kbh4makfiEVxyQYDxtD_kCVj-51GMyz_WnRHCNIUPG7w1fjEte5xtwo6Uc/s320/Abdica%25C3%25A7%25C3%25A3o_de_Pedro_I.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Carta de abdicação de Pedro.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os esforços do
imperador para apaziguar os Liberais resultaram em mudanças importantes. Pedro
apoiou um 1827 uma lei estabelecendo responsabilidade ministerial. Um gabinete
nomeado em 19 de março de 1831 era formado por políticos da oposição, permitindo
que o parlamento tivesse um papel maior no governo. Por fim, ofereceu posições
na Europa para Francisco Gomes e outro amigo português a fim de acabar com os
rumores de um "gabinete secreto". Para seu desalento, as medidas
paliativas não pararam os contínuos ataques dos Liberais sobre seu governo e
nascimento estrangeiro. Pedro ficou indisposto a lidar com a deteriorante
situação política por estar frustrado com a intransigência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Enquanto isso,
exilados portugueses fizeram campanha para que ele abrisse mão do Brasil e
dedicasse suas energias à luta pela coroa da filha. De acordo com Barman,
"[em] uma emergência as habilidades do Imperador resplandeciam – ficava
com nervos calmos, engenhoso e firme na ação. A vida como monarca constitucional,
cheia de tédio, cuidado e conciliação, ia de encontro à essência de sua
personalidade". Por outro lado, o historiador salientou que Pedro
"encontrava no caso de sua filha tudo que mais apelava a sua
personalidade. Ao ir para Portugal ele poderia defender os oprimidos, mostrar
seu cavalheirismo e abnegação, manter o governo constitucional e gozar da
liberdade de ação que desejava".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A ideia de abdicar
do trono brasileiro e voltar para Portugal começou a tomar sua mente e, a
partir de 1829, Pedro falava a respeito frequentemente. Uma oportunidade logo
apareceu para agir sobre esse noção: radicais dentro do Partido Liberal
reuniram gangues de rua para assediar a comunidade portuguesa vivendo no Rio de
Janeiro. Em 11 de março de 1831, naquilo que ficou conhecido como a Noite das
Garrafadas, os portugueses retaliaram e o tumulto tomou as ruas da capital
nacional. Pedro dispensou o gabinete Liberal em 5 de abril, que estava no poder
apenas desde 19 de março, por motivos de incompetência ao restaurar a ordem.
Uma grande multidão incitada pelos radicais se reuniram no centro do Rio de
Janeiro na tarde do dia 6 de abril, exigindo a imediata restauração do antigo
gabinete. Pedro respondeu afirmando que "Tudo farei para o povo; nada,
porém, pelo povo". Tropas do exército, incluindo sua guarda pessoal,
desertaram após o anoitecer e se juntaram aos protestos. Foi apenas nesse
momento que Pedro percebeu o quanto tinha ficado isolado e separado dos
assuntos brasileiros, surpreendendo todos ao abdicar do trono à aproximadamente
3h00min da madrugada de 7 de abril. Ele entregou o documento da abdicação a um
mensageiro e afirmou: "Aqui está a minha abdicação; desejo que sejam
felizes! Retiro-me para a Europa e deixo um país que amei e que ainda
amo".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Guerra
Civil Portuguesa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pedro, Amélia e
outros embarcaram na fragata britânica HMS Warspite na manhã do dia 7 de abril.
A embarcação permaneceu ancorada no Rio de Janeiro e o antigo imperador foi
transferido para o HMS Volage em 13 de abril, partindo no mesmo dia para a
Europa. Ele chegou em Cherbourg-Octeville, França, em 10 de junho. Pelos meses
seguintes ficou indo e voltando entre a França e Reino Unido. Pedro foi bem
recebido, porém não recebeu nenhum apoio de ambos os governos. Encontrando-se
em uma situação embaraçosa por não ter nenhuma posição oficial tanto na casa
imperial brasileira quanto na casa real portuguesa, ele assumiu em 15 de junho
o título de Duque de Bragança, que anteriormente já tinha mantido como herdeiro
de Portugal. Apesar de que título deveria pertencer ao herdeiro de Maria, algo
que Pedro certamente não era, sua reivindicação foi reconhecida de forma geral.
Sua única filha com Amélia, a princesa D. Maria Amélia, nasceu em 1 de dezembro
em Paris.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbWhQBSCeJRW47ziMd1zivZiQ9yd2sYomEStneW-tAOL28rQYdK3NeSzn9tLEXuG4GX7PuNRQP1T9RqywupiPHIhezFu4hGEQz1BKcOpnmQSJzdP4lN2zD8xgQslXQID103L4q7Olw6LU/s1600/Portrait_of_Dom_Pedro%252C_Duke_of_Bragan%25C3%25A7a_-_Google_Art_Project.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="996" data-original-width="800" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbWhQBSCeJRW47ziMd1zivZiQ9yd2sYomEStneW-tAOL28rQYdK3NeSzn9tLEXuG4GX7PuNRQP1T9RqywupiPHIhezFu4hGEQz1BKcOpnmQSJzdP4lN2zD8xgQslXQID103L4q7Olw6LU/s320/Portrait_of_Dom_Pedro%252C_Duke_of_Bragan%25C3%25A7a_-_Google_Art_Project.jpg" width="257" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pedro <abbr style="background-color: #f8f9fa; border-bottom: 0px; color: #222222; cursor: help; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;" title="circa"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Circa" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Circa">c.</a></abbr><span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;"> 1834, autor desconhecido</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif;">Pedro não esqueceu
de seus outros filhos e escreveu cartas comoventes para cada um deles,
expressando o quanto sentia saudades e pedindo repetidas vezes para que
levassem a sério suas educações. Ele disse a seu filho e sucessor pouco depois
de sua abdicação: "Tenho a intenção que eu e o mano Miguel havemos de ser
os últimos malcriados da família Bragança". Charles John Napier, um comandante
naval britânico que lutou com Pedro na década de 1830, comentou que "suas
boas qualidades eram próprias; as ruins devido à falta de educação; e nenhum
homem era mais sensível a isso do que o próprio". Suas cartas para Pedro
II frequentemente continham linguajar muito além do nível de leitura do menino,
com historiadores presumindo que tais passagens tinham a intenção de servirem
como conselhos que o jovem monarca eventualmente pudesse consultar ao alcançar
a idade adulta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em Paris, Pedro
acabou conhecendo e ficando amigo de Gilbert du Motier, Marquês de La Fayette,
um veterano da Guerra da Independência dos Estados Unidos e da Revolução
Francesa que se tornou um de seus maiores apoiadores. O duque despediu-se em 25
de janeiro de 1832 de sua família, La Fayette e mais de duzentas pessoas que
haviam ido lhe desejar boa sorte. Ele ajoelhou-se diante de Maria e disse:
"Minha senhora, aqui estás um general português que irá manter os seus
direitos e restaurar sua coroa". Sua filha o abraçou em seguida em
lágrimas. Pedro partiu para o arquipélago atlântico dos Açores, o único
território português que permanecera leal a Maria. Ele passou alguns meses
realizando preparações finais e por fim partiu para Portugal continental,
entrando na cidade do Porto sem oposição no dia 9 de julho. Pedro estava na
liderança de uma pequena força portuguesa composta por liberais como Almeida
Garrett e Alexandre Herculano, além de mercenários estrangeiros e voluntários
como o neto de La Fayette, Adrien Jules de Lasteyrie.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Morte<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR_RTLhpk26gyVzzNAZzX5GoXCZbD7wc2u7Qb45lqXAZ8IRgKn_6prooW8q7p4PocXDI6CQCiFLjPBEMuere_c3stqglhA5yB6HGgFipT4HBFua46diLoiQgZR02iAtqx6lGIQTKFCsrY/s1600/800px-Pedro_I_of_Brazil_dead_1834.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="697" data-original-width="800" height="278" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR_RTLhpk26gyVzzNAZzX5GoXCZbD7wc2u7Qb45lqXAZ8IRgKn_6prooW8q7p4PocXDI6CQCiFLjPBEMuere_c3stqglhA5yB6HGgFipT4HBFua46diLoiQgZR02iAtqx6lGIQTKFCsrY/s320/800px-Pedro_I_of_Brazil_dead_1834.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pedro em seu leito de morte em 1834, por José Joaquim <br />Rodrigues Primavera.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif;">O exército de
Pedro estava em grande inferioridade numérica e foi cercado pelos liberais no
Porto por mais de um ano. Foi nesta situação que no começo de 1833 que recebeu
as notícias de que sua filha Paula estava para morrer. Meses depois em setembro
Pedro se encontrou com Antônio Carlos de Andrada, um dos irmãos de José
Bonifácio. Como um representante do chamado Partido Restaurador, Antônio Carlos
pediu para o duque retornar ao Brasil e governar seu antigo império como
regente durante a minoridade do filho. Pedro percebeu que os Restauracionistas
queriam usá-lo como uma ferramenta a fim de facilitar sua chegada ao poder,
frustrando Antônio Carlos ao fazer as exigências mais impossíveis para ver se o
povo brasileiro também queria sua volta, não apenas uma facção política. Ele
também insistiu que quaisquer pedidos de retorno como regente fossem
constitucionalmente válidos. A vontade do povo teria de ser transmitida através
de seus representantes locais e sua nomeação precisaria ser aprovada pelo
parlamento. Apenas assim, e "sob a apresentação de uma petição a ele em
Portugal por uma delegação oficial do parlamento brasileiro", Pedro consideraria
aceitar o pedido.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Durante a guerra
contra Miguel, Pedro montou canhões, cavou trincheiras, cuidou de feridos,
comeu dentre os soldados mais baixos e lutou sob fogo pesado enquanto homens ao
seu lado eram alvejados ou explodidos. Sua causa estava quase perdida até ele
tomar a arriscada atitude de dividir suas forças e enviar uma parte para lançar
um ataque anfíbio no sul de Portugal. A região de Algarve caiu diante da
expedição, que então marchou direto para Lisboa e capturou a capital em 24 de
julho. Pedro então seguiu para subjugar o restante do país, porém bem quando o
conflito parecia estar direcionando-se para sua conclusão, interveio seu tio
espanhol o infante Carlos, Conde de Molina e que estava tentando tomar a coroa
de sua sobrinha a rainha Isabel II. Essa guerra maior englobou toda a Península
Ibérica e o duque aliou-se com os exércitos espanhóis liberais leais à rainha,
derrotando tanto Miguel quanto Carlos. Um tratado de paz foi assinado em 26 de
maio de 1834.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pedro sempre gozou
de saúde forte durante toda sua vida, exceto por surtos de epilepsia a cada
alguns anos. Porém a guerra minou sua constituição e por volta de 1834 ele
estava sofrendo de tuberculose. Em 10 de setembro Pedro ficou de cama no
Palácio Real de Queluz e ditou uma carta aberta aos brasileiros em que
implorava a adoção da gradual abolição da escravidão: "Escravidão é um
mal, e um ataque contra os direitos e dignidade da espécie humana, porém suas
consequências são menos prejudiciais para aqueles que sofrem no cativeiro do
que para a Nação cujas leis permitem a escravidão. Ela é um câncer que devora a
moralidade". Pedro morreu às 14h30min do dia 24 de setembro de 1834 após
uma longa e dolorosa doença. Conforme seu pedido, seu coração foi colocado na
Igreja da Lapa no Porto, enquanto seu corpo foi inicialmente enterrado no
Panteão da Dinastia de Bragança na Igreja de São Vicente de Fora, Lisboa. As
notícias de sua morte chegaram no Rio de Janeiro em 20 de novembro, porém seus
filhos foram informados apenas em 2 de dezembro. José Bonifácio, que havia sido
removido de sua posição de guardião, escreveu a Pedro II e suas irmãs:
"Dom Pedro não morreu. Apenas homens ordinários morrem, heróis não".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Legado<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O então poderoso
Partido Restaurador desapareceu instantaneamente com a morte de Pedro. Um
julgamento justo do antigo monarca tornou-se possível assim que a ameaça de seu
retorno ao poder sumiu. Evaristo da Veiga, um de seus piores críticos e também
um dos líderes do Partido Liberal, deixou uma declaração que, de acordo com o
historiador Otávio Tarquínio de Sousa, acabou ficando como a visão
prevalecente: "o antigo imperador do Brasil não era um príncipe ordinário
[...] e a Providência lhe fez um poderoso instrumento da libertação, tanto no
Brasil e em Portugal. Se nós [brasileiros] existimos como um corpo em uma Nação
livre, se nossa terra não foi rasgada em pequenas repúblicas inimigas, onde
apenas anarquia e espírito militar prevalecem, nós devemos muito à resolução
que ele tomou em ficar entre nós, em realizar o primeiro grito por nossa
independência. [...] Portugal, se fez-se livre da mais escura e degradante tirania
[...] se goza dos benefícios trazidos por um governo representativo aos povos
educados, ela deve a D. Pedro de Alcântara, cujas fatigas, sofrimentos e
sacrifícios pela causa portuguesa lhe deram em alto grau o tributo da gratitude
nacional".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">John Armitage, que
viveu no Brasil durante a segunda metade do reinado de Pedro, comentou que
"até mesmo os erros do Monarca foram atendidos com grande benefício
através de sua influência nos assuntos da pátria mãe. Caso tivesse governado
com mais sabedoria, teria sido bem para a terra de sua adoção, porém, talvez,
infeliz para a humanidade". Armitage complementou que assim como "o
falecido Imperador dos Franceses, [Pedro] também foi uma criança do destino, ou
ainda, um instrumento nas mãos da beneficente Providência para o adiantamento
de fins grandes e inescrutáveis. Tanto no velho quanto no novo mundo ele
doravante estava predestinado a tornar-se um instrumento de mais revoluções, e
antes do fim da sua carreira brilhante, mas efémera, na terra de seus pais,
para reparar amplamente pelos erros e loucuras de sua vida anterior, por sua
devoção cavalheiresca e heroica na causa da liberdade civil e religiosa".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em 1972,
aniversário de 150 anos da independência, o corpo de Pedro foi levado para o
Brasil – conforme havia pedido em seu testamento – acompanhado de grande pompa
e honras dignas de um chefe de estado. Seus restos foram reenterrados no
Monumento à Independência do Brasil na cidade de São Paulo, junto com os de
Maria Leopoldina e Amélia. Os três corpos foram brevemente exumados em 2012
para que examinações e pesquisas arqueológicas e científicas fossem realizadas
a fim de descobrir-se mais a respeito do imperador e as duas imperatrizes. O
historiador Neill Macaulay afirmou que "críticas a Dom Pedro eram
livremente expressadas e muitas vezes veementes; isso o fez abdicar de dois
tronos. Sua tolerância às críticas públicas e disposição a abrir mão do poder
separaram Dom Pedro de seus predecessores absolutistas e dos governantes dos
estados coercivos de hoje, cujos mandatos vitalícios são tão seguros quanto dos
reis de antigamente". Macaulay também afirmou que "líderes liberais
bem sucedidos como Dom Pedro são homenageados ocasionalmente com um monumento
de pedra ou bronze, porém seus retratos, de quatro andares de altura, não
moldam prédios públicos; suas imagens não são levadas em passeatas de centenas
de milhares de manifestantes uniformizados; nenhum "-ismo" é anexado
aos seus nomes".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Títulos
e honras<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">12
de outubro de 1798 – 11 de junho de 1801: "Sua Alteza, o Sereníssimo
Infante D. Pedro, Grão Prior de Crato"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">11
de junho de 1801 – 20 de março de 1816: "Sua Alteza Real, o Príncipe da
Beira"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">20
de março de 1816 – 9 de janeiro de 1817: "Sua Alteza Real, o Príncipe do
Brasil"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">9
de janeiro de 1817 – 10 de março de 1826: "Sua Alteza Real, o Príncipe
Real"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">12
de outubro de 1822 – 7 de abril de 1831: "Sua Majestade Imperial, o
Imperador"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">10
de março de 1826 – 2 de maio de 1826: "Sua Majestade, o Rei"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">15
de junho de 1831 – 24 de setembro de 1834: "Sua Alteza Imperial, o Duque
de Bragança"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No Brasil, seu
título e estilo completo era: <b>"Sua
Majestade Imperial, D. Pedro I, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do
Brasil"</b>. Já em Portugal, como rei era: <b>"Sua Majestade Fidelíssima, D. Pedro IV, Rei de Portugal e
Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista,
Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc."</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Honras
Brasileiras:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Grão-Mestre
da Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Grão-Mestre
da Imperial Ordem de São Bento de Avis<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Grão-Mestre
da Imperial Ordem de Sant'Iago da Espada<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Grão-Mestre
da Imperial Ordem do Cruzeiro do Sul<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Grão-Mestre
da Imperial Ordem de Pedro Primeiro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Grão-Mestre
da Imperial Ordem da Rosa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Portuguesas:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Grão-Mestre
da Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Grão-Mestre
da Ordem de São Bento de Avis<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Grão-Mestre
da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Grão-Mestre
da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Grão-Mestre
da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Estrangeiras:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
Grã-Cruz da Ordem de Carlos III<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
Grã-Cruz da Ordem de Isabel a Católica<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
Cavaleiro da Ordem de São Luís<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
Cavaleiro da Ordem de São Miguel<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Flag
of Hungary (1867-1918).svg Grã-Cruz da Ordem de Santo Estêvão<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-1031830963704767892017-08-07T19:07:00.001-07:002017-08-07T19:07:18.681-07:00Igreja Anglicana<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGJfb6PcINUjX9FZgBZ9WHD56j_HoJz_y553br2kfpuq052my7oQLXzzIqdz58ureDjSVBzqf76Xfq2PusmprGUmxcAfkqEOGpVY-4ix-N_QrpxhSv1K2WDxV8NSXAHrD2gue7__Yi5ec/s1600/Westminster_abbey_west.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="450" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGJfb6PcINUjX9FZgBZ9WHD56j_HoJz_y553br2kfpuq052my7oQLXzzIqdz58ureDjSVBzqf76Xfq2PusmprGUmxcAfkqEOGpVY-4ix-N_QrpxhSv1K2WDxV8NSXAHrD2gue7__Yi5ec/s320/Westminster_abbey_west.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i style="background-color: #f9f9f9; font-family: sans-serif; font-size: 10.5px;">Abadia de Westminster</i></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> </span></b><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A Igreja da Inglaterra</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-align: justify;"> (em inglês: Church of England),
também denominada Igreja Anglicana é a igreja nacional e denominação cristã
estabelecida oficialmente na Inglaterra, a matriz principal da atual Comunhão
Anglicana ligada à Sé da Cantuária, Inglaterra, bem como é membro-fundador da
Comunhão de Porvoo. </span><br />
<a name='more'></a><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; text-align: justify;">Fora da Inglaterra, a Igreja Anglicana é geralmente
denominada de <b>Igreja Episcopal</b>, principalmente
nos Estados Unidos da América e países da América Latina.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
Igreja define sua origem entre os antigos celtas, e que no século VI teve sua
igreja incorporada à Igreja Católica Romana pelas missões gregorianas do século
VI, lideradas por Agostinho da Cantuária. A igreja inglesa renunciou a
autoridade papal e voltou a ser independente de Roma quando Henrique VIII de
Inglaterra buscou a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão em meados
do século XVI, iniciando uma grande disputa entre os líderes e polarizando o
cristianismo inglês. A Reforma Inglesa subsequente foi fortalecida pelos
regentes de Eduardo VI, precedendo uma breve restauração católica promovida por
Maria I. Contudo, o Ato de Supremacia de 1559 renovou-a e permitiu que adotasse
uma posição ambiguamente Católica e Reformada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Nos
primórdios da Reforma Inglesa, inspirada na Reforma Protestante de Martinho
Lutero, havia uma grande quantidade de mártires católicos, porém protestantes
radicais foram igualmente perseguidos em determinados períodos. Em fases
posteriores, desenvolveram-se leis penais voltadas tanto aos católicos, quanto
aos protestantes não-conformistas. Em meados do século XVII, as disputas
político-religiosas acentuaram-se entre os puritanos e presbiterianos, culminando
na Restauração de 1660. As disputas e perseguições permaneceriam até meados do
século XVIII. Somente o reconhecimento papal da coroação do Rei Jorge III, em
1766, acarretou uma maior tolerância religiosa na Inglaterra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desde
a Reforma Inglesa, a Igreja de Inglaterra têm desenvolvido sua liturgia em
língua inglesa. A igreja alberga distintos ramos doutrinários, sendo os três
principais os seguintes: Anglocatolicismo, Evangelicalismo e Igreja geral. As
tensões entre tais grupos teológicos dentro da mesma denominação religiosa,
giram em torno de temas controversos como, especialmente, ordenação feminina ao
ministério e homossexualidade. E também entre Bispos que apoiam a poligamia,
mas rejeitam a homossexualidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
estrutura de governo eclesiástico anglicano têm como unidade básica a diocese,
cada uma presidida por um bispo; sendo que cada diocese abriga algumas
paróquias locais. O Arcebispo da Cantuária é o Primaz de toda a Comunhão
Anglicana, liderando a Igreja de Inglaterra e atuando com foco na unidade da
mesma e para com a Comunhão Anglicana. O Monarca britânico, por sua vez, é o
Governador Supremo da Igreja de Inglaterra, um cargo amplamente cerimonial. Em
sua estrutura legislativa, a Igreja é regida pelo Sínodo Geral da Igreja de
Inglaterra, sendo este composto por bispos, clérigos e leigos, e regularizado
pelo Parlamento do Reino Unido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Cristianismo na Grã-Bretanha<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Não
se sabe exatamente quando o cristianismo se estabeleceu nas Ilhas Britânicas,
mas é certo que já existia antes do século III, possivelmente a partir de
missionários fugidos das perseguições às quais os primeiros cristãos estavam
sujeitos. Os primeiros registros da presença cristã naquela região foram feitos
pelo historiador e escritor Tertuliano, no ano de 208 d.C. Mais tarde, no
Concílio de Arles, realizado em 314 d.C. na França, compareceram três bispos de
uma Igreja que existia na Inglaterra sem o conhecimento da Igreja Romana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-1qJw1JwUewJZRX2xgomIHm2hoz6pYTCLVhXzBM_lqF9UUHyqu33LdEyfZwdVDprBCICMCzWSrcCtZi108d1zLF3KHoQD53eghyR2Xlm4hgJlzVZsloWKMvIadgGtpEZ9Kue90adDSUo/s1600/St_Martin%2527s_Church%252C_Canterbury.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-1qJw1JwUewJZRX2xgomIHm2hoz6pYTCLVhXzBM_lqF9UUHyqu33LdEyfZwdVDprBCICMCzWSrcCtZi108d1zLF3KHoQD53eghyR2Xlm4hgJlzVZsloWKMvIadgGtpEZ9Kue90adDSUo/s320/St_Martin%2527s_Church%252C_Canterbury.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A <span style="color: black;">Igreja de São Martinho</span><span style="background-color: #f8f9fa; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">, na </span><span style="color: black;">Cantuária</span><span style="background-color: #f8f9fa; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">, a mais antiga<br /> paróquia anglicana ainda em funcionamento.</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman", serif;">A
primeira Igreja Cristã organizada nas Ilhas Britânicas é a Igreja Celta. O povo
celta já habitava esta região antes mesmo da invasão anglo-saxônica. Esta
Igreja, resistindo ao paganismo destes invasores, conseguiu manter uma Igreja
Cristã independente, com organização monástica e tribal, sem nenhuma relação
com a Igreja de Roma ou qualquer outra, embora mostrasse alguns hábitos e
costumes orientais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
ano de 595 d.C., o papa Gregório I, também conhecido como Gregório Magno,
mandou um grupo de monges beneditinos, chefiado pelo monge Agostinho, prior do
Convento de Santo André, na Sicília, para converter a Inglaterra ao
catolicismo. Agostinho foi o primeiro arcebispo da Cantuária (em inglês, Canterbury),
que é a Sé Primaz de referência para a atual Comunhão Anglicana, e passou a ser
conhecido como Agostinho de Cantuária. Com o tempo, boa parte dos costumes da
Igreja celta cedeu à forma latina do cristianismo implantada por Agostinho nas
terras inglesas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Origem do anglicanismo na
Grã-Bretanha<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
1534, a Igreja da Inglaterra se separou em definitivo da Igreja Católica
Romana, por iniciativa do rei Henrique VIII, da Casa de Tudor. A princípio
havia se mostrado um leal defensor do catolicismo, que fez queimar publicamente
os escritos de Lutero. Mas por conta do conflito havido com o papa Clemente
VII, relacionado com o pedido de anulação de seu casamento com Catarina de
Aragão, para se casar com Ana Bolena e ter descendentes homens, resolveu romper
com Roma. A cisão se deu através do Ato de Supremacia, confiscando todas as
propriedades que a Igreja Católica possuía na Inglaterra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmHuZmg3WfMiuI65JAquR7dp75jsd-TrMCLV4CHFGSUgs9vs-KaTOEJjdAELtNLMBRmEwXzVtP1h3Byw4CT9lCPKdzOhVsMWDGkH-c_Hh2Asm8yWfSIgjIBbGWaJl7_5904rM7xphSbaM/s1600/Hooker-Statue.jpeg.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="210" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmHuZmg3WfMiuI65JAquR7dp75jsd-TrMCLV4CHFGSUgs9vs-KaTOEJjdAELtNLMBRmEwXzVtP1h3Byw4CT9lCPKdzOhVsMWDGkH-c_Hh2Asm8yWfSIgjIBbGWaJl7_5904rM7xphSbaM/s320/Hooker-Statue.jpeg.jpeg" width="268" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O teólogo Richard Hooker (1554–1600) é uma das mais <br />proeminentes figuras da história anglicana.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman", serif;">Após
a morte de Henrique VIII, a Inglaterra se separou momentaneamente do cisma.
Henrique VIII deixou um herdeiro homem, Edward VI, que era protestante. Este
teve um reinado curto pela sua morte precoce com apenas 15 anos. Seguindo a
linha de sucessão, sua irmã Maria I, filha do primeiro casamento de Henrique
VIII com Catarina de Aragão, assume o reinado após a morte de Edward VI.
Católica fervorosa, ratificou o Ato de reconciliação da Inglaterra com Roma.
Mas o seu reinado foi curto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
emancipação da Igreja da Inglaterra da autoridade papal, através da iniciativa
do rei Henrique VIII, não transformou a Inglaterra num país verdadeiramente
protestante, pois a Igreja permaneceu católica quanto à doutrina. Somente no
reinado de sua filha, Elisabeth I, a Igreja se firmara no caminho da via média
entre catolicismo e protestantismo, característica que mantém até a presente
época. Assim, não se pode, historicamente, atribuir a Henrique VIII o título de
fundador da Igreja Anglicana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Doutrina do Anglicanismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
lei canónica da Igreja de Inglaterra identifica as Sagradas Escrituras como sua
fonte doutrinária. Além disto, a doutrina também deriva dos ensinamentos dos
Pais da Igreja e dos concílios ecumênicos (assim como de seus subsequentes
credos ecumênicos), uma vez que em concordância plena com as Escrituras. Esta
doutrina é expressa mais especificamente através dos Trinta e Nove Artigos de
Religião, do Livro de Oração Comum e do Ordinal - este último que contém os
ritos de ordenação de diáconos e padres e da consagração episcopal. Ao contrário
de outras tradições religiosas, a Igreja de Inglaterra não possui uma linha
teológica única considerada como a fundadora ou original. Contudo, a
perspectiva de Richard Hooker das Escrituras e da tradição eclesiástica, são
tida ainda hoje como base da identidade Anglicana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1-KKaXqCR6lS85MCez7zOvWfntRNkbV_a37m3NMp4mtMU2-FrVZ7Er-78Ls-RIaKA1YQxmOU32PyS7MJQtRzAltR91GdoNgXnpCTXDdnsJxNKU24FhukhcggNjN2-JAvL1AehvoZqsKk/s1600/montreal-anglicana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="339" data-original-width="570" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1-KKaXqCR6lS85MCez7zOvWfntRNkbV_a37m3NMp4mtMU2-FrVZ7Er-78Ls-RIaKA1YQxmOU32PyS7MJQtRzAltR91GdoNgXnpCTXDdnsJxNKU24FhukhcggNjN2-JAvL1AehvoZqsKk/s320/montreal-anglicana.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Igreja Anglicana de Liverpool</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
perfil doutrinário anglicano tal como se encontra nos dias atuais resulta em
muito da Era Elisabetana, durante a qual perdurou o estabelecimento de uma
certa forma de "via média" entre o Catolicismo e o Protestantismo. A
Igreja de Inglaterra afirma o princípio advindo da Reforma Protestante de que
as Escrituras contém todas as ideias e concepções concernentes à Salvação e
constituem o árbitro definitivo para questões doutrinárias. Os Trinta e Nove
Artigos são a única confissão de fé da Igreja. Apesar de não configurar um
sistema doutrinário completo e fechado, os artigos lançam luz sobre temas de
concordância com o Luteranismo e outras linhas Reformadas, ao mesmo tempo em
que distinguindo-o do Catolicismo romano e do Anabatismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
Igreja Anglicana não só abarca crenças oriundas da Reforma Protestante, como
também manteve tradições católicas da Igreja Primitiva e pensamentos
desenvolvidos e defendidos ao longo da Era Patrística, uma vez que em
concordância plena com as Escrituras. O Anglicanismo aceita as estipulações dos
quatro primeiros concílios ecumênicos, incluindo a crença na Trindade e na
Encarnação. A Igreja de Inglaterra também preserva a ordenação e a forma de
governo episcopal, conforme desenvolvidos pela Igreja Romana. Alguns estudiosos
consideram isto essencial, enquanto outros consideram necessária uma
reformulação em conseguinte à identidade da Igreja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
Igreja de Inglaterra possui, como uma de suas marcas distintivas, uma
"mentalidade ampla e aberta". Este postura tolerante têm permitido a
coexistência das tradições católica e reformada. O Anglicanismo, como um todo,
costuma ser entendido como constituído de três cisões: Alta igreja (ou
Anglo-Católica), Baixa igreja (ou Evangélica) e Igreja geral (ou liberal). A
alta igreja enfatiza a significância da continuidade com o Catolicismo
pré-Reforma, a adesão aos costumes litúrgicos e à natureza sacerdotal do
ministério. Como a nomenclatura sugere, os Anglo-católicos mantém inúmeras
práticas e formas litúrgicas católicas. A baixa igreja enfatiza a herança
protestante, tanto litúrgica como teologicamente. Historicamente, a igreja
geral têm sido descrita como uma mediação entre ambas as linhas teológicas,
embora voltada a um Protestantismo mais liberal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Liturgia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Conforme
estabelecido pela Lei Inglesa, a fonte litúrgica oficial da Igreja de
Inglaterra é o Livro de Oração Comum. Além deste documento, o Sínodo Geral
também legisla para um livro litúrgico moderno, o Liturgia Comum, publicada
desde 2000 e utilizada alternativamente. Assim como seu antecessor, o Livro
Alternativo de Serviço de 1980, este diverge do Livro de Oração Comum por
prover uma gama de serviços alternativos, muitos em linguagem moderna, apesar
de não incluir algumas bases, como por exemplo, a Ordem Dois para Santa
Comunhão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
liturgias são organizadas de acordo com ano e calendário litúrgicos. Os
sacramentos do Batismo e da Eucaristia são considerados necessários para a
Salvação, sendo o pedobatismo amplamente defendido e praticado. Já mais
avançados em idade, os indivíduos previamente batizados recebem a Confirmação
por um bispo, reafirmando seu compromisso com a fé cristã e anglicana. A
Eucaristia, consagrada por oração de ação de graças incluindo as palavras da
instituição proferidas por Jesus Cristo, é considerada um ato "memorial
dos atos redentores de Cristo, no qual o Cristo se faz efetiva e objetivamente
presente pela fé".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
utilização de hinos e música na Igreja de Inglaterra têm sido fortemente
modificada ao longo dos séculos. O tradicional canto vespertino é um marco distintivo
da maioria das catedrais. A entoação de salmos, ainda presente no Anglicanismo,
por sua vez, é uma marca que data de volta aos primórdios da fé cristã inglesa.
Durante o século XVIII, clérigos como Charles Wesley introduziram novos estilos
de adoração e hinos poéticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Reforma Inglesa e Movimento de
Oxford<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A Igreja da Inglaterra
compreende-se como "católica" e "reformada":<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Católica
(Alta Igreja) na medida em que se define como uma parte da Igreja Católica de
Jesus Cristo, em perfeita e válida continuidade com a Igreja apostólica. Também
se assemelha de Igreja Católica Romana em sua dogmas e ritos. Surgiu no século
XIX, no Movimento de Oxford, já que a Igreja Anglicana era totalmente
protestante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Protestante
(Baixa Igreja), na medida em que ela foi moldada por alguns dos princípios
doutrinários e institucionais da Reforma Protestante do século XVI, nos
princípios presbiterianos (ou calvinistas). O seu caráter mais reformado
encontra-se na expressão dos Trinta e Nove Artigos de Religião, elaborado em
1563 como parte do estabelecimento da via média de religião sob a rainha Isabel
I de Inglaterra. Os costumes e a liturgia da Igreja da Inglaterra, expresso no
Livro de Oração Comum (em inglês, The Book of Common Prayer - BCP), são
baseados em tradições da pré-Reforma, com influência dos princípios da Reforma
litúrgica e doutrinária de inspiração protestante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">P.
Surgiu originalmente com a Igreja, sendo o segmento anglicano mais antigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Membresia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Dados
oficiais do ano de 2005 indicam o número de 25 milhões de Anglicanos batizados
em Inglaterra e País de Gales. Devido à sua condição como denominação cristã
estabelecida, em geral, todo cidadão destes países pode contrair matrimônio,
batizar seus filhos ou realizar cerimônias fúnebres em uma paróquia anglicana,
independentemente de serem membros regulares de algumas destas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Entre
1890 e 2001, a frequência nas igrejas do Reino Unido sofreu um forte declínio.
Entre 1968 e 1999, a frequência aos serviços dominicais em paróquias anglicanas
praticamente desapareceu, caindo de uma média de 3,5% para 1,9%. Uma pesquisa
publicada em 2008 sugeriu que as taxas de frequências aos serviços dominicais
sofreriam uma queda ainda maior nas próximas décadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
2011, a Igreja de Inglaterra publicou estatísticas demonstrando que 1,7 milhão
de pessoas frequentam, pelo menos, um serviço religioso mensalmente, um padrão
que vem sendo mantido desde o ano 2000; aproximadamente um milhão participa dos
serviços dominicais e três milhões dirigem-se às paróquias para serviços
específicos de Natal. A Igreja também afirma que 30% frequentam os serviços
dominicais pelo menos uma vez ao ano; sendo mais de 40% participantes de
casamentos e funerais em suas paróquias locais. Nacionalmente, a Igreja de
Inglaterra batiza uma a cada oito crianças nascidas anualmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
Igreja de Inglaterra possui 18.000 clérigos ordenados em atividade e outros
10.000 licenciados. Em 2009, 491 indivíduos foram indicados ao treinamento para
ordenação, mesma média desde o ano 2000, e 564 novos clérigos (266 do sexo
feminino e 298 do sexo masculino) foram ordenados. Mais da metade destes
ordenados (193 do sexo masculino e 116 do sexo feminino) foram indicados ao
ministério remunerado. Em 2011, 504 novos clérigos foram ordenados, sendo 264
para ministério remunerado, e 349 leitores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Anglicanos independentes<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Na
segunda metade do século XIX, por divergências teológicas e pastorais no seio
do anglicanismo, surgiram várias denominações anglicanas independentes, ou
continuantes, principalmente na América do Norte, Austrália e em vários países
em desenvolvimento. Concomitante a este fenômeno, houve em sentido contrário o
aparecimento de "movimentos de convergência", nos quais protestantes
ou católicos (ex: Velha Igreja Católica) aproximaram-se do anglicanismo e do
catolicismo e buscaram estabelecer igrejas com doutrinas e práticas anglicanas.
Exemplos disso são a Igreja Católica Apostólica Carismática da International
Communion of the Charismatic Episcopal Church e a Comunhão Internacional das
Igrejas Episcopais Evangélicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Estrutura<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Artigo XIX dos Trinta e Nove Artigos de Religião define a igreja como:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">“A igreja visível de Cristo é uma
congregação de fiéis, onde se prega a pura Palavra de Deus e se administram
devidamente os sacramentos, segundo a instituição de Cristo, em todas as coisas
que necessariamente se requerem neles. ”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Monarca britânico detém o título constitucional de Governador Supremo da Igreja
de Inglaterra. A lei canônica da Igreja da Inglaterra afirma: <i>"Reconhecemos que a mais excelente
Majestade do Monarca, atuando de acordo com as leis do Reino, é o mais alto
poder sob Deus neste reino, e possui suprema autoridade sobre todos os cidadãos
em todas as instâncias, civis e eclesiásticas."</i> Na prática, contudo,
este poder é exercido através do Parlamento e do Primeiro-ministro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
Igreja da Irlanda e a Igreja em Gales separaram-se da Igreja de Inglaterra em
1869 e 1920, respectivamente, constituindo igrejas autônomas dentro da Comunhão
Anglicana; Na Escócia, a igreja nacional, Igreja da Escócia, é de orientação
presbiteriana, sendo assim, o Anglicanismo no país é representado pela Igreja
Episcopal Escocesa, que também integra a Comunhão Anglicana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Para
além da Inglaterra, a jurisdição da Igreja de Inglaterra estende-se até a Ilha
de Man, as Ilhas do Canal e algumas paróquias nos condados galeses de
Flintshire, Monmouthshire, Powys e Radnorshire, que optaram por não unir-se à
Igreja de Gales, permanecendo ligados à Cantuária. As congregações de
expatriados no continente compõem a Diocese de Gibraltar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A Igreja de Inglaterra é
estruturada da seguinte forma:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Paróquia</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> é o nível mais básico de
organização eclesiástica, consistindo de um templo ou uma comunidade anglicana,
apesar de muitas estarem unindo-se por questões financeiras. A paróquia é
regida por um padre que, por questões históricas e/ou legais, pode ser chamado
de vigário ou reitor. O pároco divide os encargos da condução da paróquia com o
Conselho Paroquial, que consiste em clérigos e representantes leigos eleitos
pela congregação. A Diocese de Gibraltar, conforme citado anteriormente, não é
formalmente dividida em paróquias; assim como há paróquias que não integram
nenhuma diocese. Nas áreas urbanas, há ainda um grande número de capelas
particulares (privadas), construídas sobretudo no século XIX por questões de
expansão populacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Forania </span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">é uma área conduzida pelo Deão
Rural. Consiste em um grupo de paróquias de um particular distrito. O deão
rural é geralmente o incumbente de uma das paróquias constituintes, que elegem
seus representantes ao sínodo local. Os membros do sínodo da forania elegem
membros ao sínodo diocesano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Arcediagado</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> é uma área sob autoridade do
arcediago, sendo em número de sete na Diocese de Gibraltar na Europa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Diocese </span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">é a área sob jurisdição de um
bispo diocesano. Podem haver somente um ou mais bispos a ele subordinados,
geralmente chamados de bispos sufragâneos, que auxiliam o bispo titular na
condução dos assuntos diocesanos. Nas dioceses mais extensas, é comum a criação
de "áreas episcopais", às quais o bispo diocesano nomeia seus
sufragâneos para conduzi-las. Os bispos trabalham com um corpo eleito de
representantes ordenados, conhecido como Sínodo Diocesano, para condução da
diocese. A diocese é subdividida em um número de arcediagados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Província
é uma área sob jurisdição de um arcebispo. Na Igreja de Inglaterra, há somente
dois deles: o Arcebispo da Cantuária e o Arcebispo de Iorque. A província é
subdividida em várias dioceses.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Primazia</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> é a condição de cada Arcebispo
da Igreja de Inglaterra, intitulados também de "Primaz de Toda a
Inglaterra" (no caso do Arcebispo da Cantuária) e de "Primaz da
Inglaterra" (no caso do Arcebispo de Iorque) e tem poderes que se estendem
sobre todo o país - como, por exemplo, autoridade para celebrar matrimônios sem
habilitação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Royal
Peculiar, um pequeno número de templos historicamente associados à Coroa,
estando além da hierarquia usual da Igreja de Inglaterra. São administrados
como jurisdições episcopais especiais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Cargos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Primazia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
mais tradicional bispo da Igreja de Inglaterra é o Arcebispo da Cantuária,
sendo este também o metropolita da província do sul da Inglaterra, a Província
da Cantuária. Além disto, detém também o título de Primaz de Toda Inglaterra.
Seu foco é trabalhar para promover a unidade da Igreja de Inglaterra e a
integração de toda a Comunhão Anglicana. O atual Arcebispo da Cantuária é
Justin Welby, confirmado por eleição em 4 de fevereiro de 2013.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
segundo mais tradicional bispado é o Arcebispo de Iorque, o metropolita da
província do norte da Inglaterra, a Província de Iorque. Por razões históricas
(relativas ao controle danês sobre a região), o Arcebispo de Iorque é referido
como Primaz da Inglaterra. O Bispo John Sentamu foi entronizado Arcebispo de
Iorque em 2005. Abaixo destes dois primazes, o Bispo de Londres, Bispo de
Durham e o Bispo de Winchester são também considerados os principais ordenados
da Igreja de Inglaterra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Anglicanismo no Brasil<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
presença do anglicanismo no Brasil teve início após a vinda da corte portuguesa
ao Rio de Janeiro. Com o Tratado de Comércio e Navegação de 1810 entre Portugal
e Inglaterra, permitiu-se a construção de igrejas não católicas romanas, desde
que os templos tivessem a aparência de uma residência comum, sem torres ou
sinos, e não buscassem a conversão de cristãos católicos brasileiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPH0JQBPx5viMmdLUBsEeFHp1O5IBlYdqyWiuvw83xKzr7GZ-N5nlNXcjeZ4KvSgPpU1mIb996NaFDA_segVFRDYFoBkVX_olouIFJFGMG2sqknpSDwOb2STnxbhCs_wpv-WxHUXLX324/s1600/15031892788_f6e3b1663f_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="831" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPH0JQBPx5viMmdLUBsEeFHp1O5IBlYdqyWiuvw83xKzr7GZ-N5nlNXcjeZ4KvSgPpU1mIb996NaFDA_segVFRDYFoBkVX_olouIFJFGMG2sqknpSDwOb2STnxbhCs_wpv-WxHUXLX324/s320/15031892788_f6e3b1663f_b.jpg" width="259" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Igreja Anglicana - Santa Teresa - Rio de Janeiro</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desta
forma, o primeiro templo não católico romano construído no Brasil foi da Igreja
Anglicana, considerado também o primeiro na América do Sul, na cidade do Rio de
Janeiro. Antes da liberdade de culto aprovada pelo poder régio, os anglicanos
residentes no Brasil reuniam-se em residências e navios ingleses para
realizarem seus cultos. As primeiras capelanias ficaram subordinadas
diretamente à Igreja da Inglaterra, e atendiam somente súditos ingleses. Foram
construídas capelas em São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Belém e Recife.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Missionários americanos e a
indigenização<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Aproximadamente
na década de 1860 houve a tentativa de se implantar a igreja anglicana voltada
para o povo brasileiro. Para isso o missionário estadunidense Rev. Richard
Holden tentou abrir a primeira missão em Belém do Pará, e depois em Salvador da
Bahia, mas essas iniciativas foram mal-sucedidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
1890 missionários estadunidenses, egressos do Seminário da Virgínia, chegaram
ao Rio Grande do Sul, onde estabeleceram as primeiras comunidades brasileiras,
subordinadas à Igreja Protestante Episcopal dos Estados Unidos da América (em
inglês, The Protestant Episcopal Church of United States of America - PECUSA).
Em 1º de junho de 1890, James Watson Morris e Lucien Lee Kinsolving realizaram,
na cidade de Porto Alegre, o primeiro culto da Igreja Protestante Episcopal no
Sul dos Estados Unidos do Brasil, que foi o primitivo nome da Igreja Anglicana
em terras brasileiras. Depois esta passou a ser chamada de Igreja Protestante
dos Estados Unidos do Brasil, Igreja Episcopal Brasileira, Igreja Episcopal do
Brasil e, atualmente Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, que se tornou a 19ª
Província da Comunhão Anglicana ligada à Sé de Cantuária, Inglaterra após sua
emancipação da então Igreja Episcopal dos Estados Unidos da América (em inglês,
The Episcopal Church of United States of America - ECUSA).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
anglicanismo consolidou-se entre outras etnias no Brasil: conquistou
teuto-brasileiros no Rio Grande do Sul, principalmente pelas atividades de
Lindolfo Collor, imigrantes japoneses em São Paulo e Paraná, pelo trabalho
missionário do Reverendo Barnabé Kenzo Ono, e classe média da Zona da Mata
nordestina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
partir do final da década de 1990, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
começou a ter conflitos internos, à semelhança do ocorrido na Igreja Episcopal
dos Estados Unidos da América: questões ligadas ao liberalismo versus ortodoxia
e modernismo versus Tradição. Assim, surgem as Igrejas Anglicanas independentes
ou continuantes também no Brasil. O fenômeno da fratura no Anglicanismo
brasileiro aconteceu como nos demais sistemas eclesiais cristãos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Jurisdições anglicanas no Brasil<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
Brasil, a partir das divisões ocorridas na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
e da chegada de jurisdições autônomas estrangeiras, existem diversas
denominações anglicanas. Devido à diversidade das vertentes existentes no
anglicanismo (quais sejam: anglo-católica, evangélica, liberal e carismática),
encontram-se no País representantes de todas elas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Jurisdição integrante da Comunhão
Anglicana unida à Sé de Cantuária<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Igreja
Episcopal Anglicana do Brasil. É a 19ª Província da Comunhão Anglicana unida à
Sé de Cantuária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Jurisdições
separadas com origem na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Diocese
do Recife, Diocese Anglicana que se desligou da IEAB por discordar da ordenação
de homossexuais praticantes as sagradas ordens. Hoje é uma diocese extra
provincial do Gafcon/FCA, dos primazes da Comunhão Anglicana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Movimento
Anglicano no Brasil, movimento eclesial oriundo de um cisma de Dom Roger Byrd,
Bispo Anglicano Emérito de São Paulo, que tem como sede a Catedral Anglicana de
São Paulo, fundada em 1873 como capelania da Igreja da Inglaterra, a maior
Paróquia Anglicana da América Latina<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Jurisdições independentes unidas
a uma Comunhão de Igrejas no Exterior<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Igreja
Anglicana do Brasil, Província da Comunhão Anglicana Livre (Free Protestant
Episcopal Church), fundada em 1897 na Inglaterra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Igreja
Episcopal Anglicana Livre, Diocese-Membro da Igreja Anglicana das Américas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Igreja
Anglicana Reformada do Brasil, Missão da Igreja Livre da Inglaterra, fundada em
1844 na Inglaterra, que atualmente tem as suas ordens reconhecidas pela Igreja
da Inglaterra.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-57363243479077917812017-07-18T14:20:00.000-07:002017-07-18T14:20:37.742-07:00Domitila de Castro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglT7J_tu9BkXGA8Wed-FnuUGRa42BE5lEEDb6I7Q2XRcmKYVesw2hs59aDYMh69wK153ccbo3MlofoXPHTHNysK6ZHDDZfXdgR_7kfMLTGotSv7HX1pZcdR90ddhoIucAjfTMsgolbXoo/s1600/livrodomitila-7156992.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="389" data-original-width="597" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglT7J_tu9BkXGA8Wed-FnuUGRa42BE5lEEDb6I7Q2XRcmKYVesw2hs59aDYMh69wK153ccbo3MlofoXPHTHNysK6ZHDDZfXdgR_7kfMLTGotSv7HX1pZcdR90ddhoIucAjfTMsgolbXoo/s320/livrodomitila-7156992.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Domitila de Castro
Canto e Mello, <b>Marquesa de Santos</b>,
(São Paulo, 27 de dezembro de 1797 — São Paulo, 3 de novembro de 1867) foi uma
nobre brasileira, célebre amante de Dom Pedro I, imperador do Brasil, que lhe
conferiu o título nobiliárquico de marquesa em 12 de outubro de 1826.</span></div>
<a name='more'></a><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Filha de João de
Castro Canto e Melo, o primeiro visconde de Castro e de Escolástica Bonifácia
de Oliveira Toledo Ribas, pertencia a uma tradicional família paulista, era
neta do coronel Carlos José Ribas, tetraneta de Simão de Toledo Piza, patriarca
da família em São Paulo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O brigadeiro João
de Castro Canto e Melo nascera na ilha Terceira, nos Açores, em 1740 e morreria
no Rio de Janeiro em 1826. Era filho de João Batista do Canto e Melo e de
Isabel Ricketts, e descendia de Pedro Anes do Canto, da Ilha Terceira. Passou a
Portugal, assentando praça de cadete aos 15 anos em 1 de janeiro de 1768,
nomeado Porta Bandeira em 17 de outubro de 1773. Tinha 21 quando, em 1774, foi
para o Rio de Janeiro e meses depois para São Paulo. Foi transferido para o
regimento de linha de Infantaria de Santos, promovido a alferes em 1775 e a
tenente no mesmo ano, a Ajudante em 1778; era Capitão em 1798, major no mesmo
ano, em 1815 tenente-coronel. Mais tarde, depois dos amores da filha com o
imperador, foi feito Gentil-Homem da Imperial Câmara e ainda recebeu o título
nobiliárquico de visconde de Castro em 12 de outubro de 1825.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eram
irmãos de Domitila:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">João
de Castro Canto e Melo, marechal-de-campo e gentil-homem da Imperial Câmara,
que seria agraciado segundo visconde de Castro em 1827.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José de Castro Canto e Melo,
batizado em São Paulo em 17 de outubro de 1787, brigadeiro do exército
brasileiro. Soldado aos cinco anos, em 1 de julho de 1792, porta-estandarte em
1801, alferes em 1807, Tenente efetivo em 1815, Comandante do esquadrão de
cavalaria da Legião de São Paulo e no combate de Itupuraí, campanha de 1816.
Capitão em 1818. Sargento-mor do Regimento de Cavalaria de 2.ª Linha da Vila de
Curitiba, então Província de São Paulo, em 1824. Coronel do Estado-Maior do
Exército em 1827. Teve licença para tratar da saúde em 1829. Brigadeiro
reformado do Exército. Gentil Homem da Imperial Câmara, dela demitido em 1842.
Era cavaleiro da Ordem de São Bento de Avis, 1824 e foi promovido a comendador
na mesma ordem em 1827. Oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro em 1827.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Francisco de Castro Canto e Melo,
gentil-homem da imperial câmara, major reformado do exército.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Maria Benedita de Castro Canto e
Melo, batizada em 18 de dezembro de 1792, que morreu em 5 de março de 1857.
Casada com Boaventura Delfim Pereira, barão de Sorocaba, tornando-se baronesa
consorte de Sorocaba. Deixou descendência ilegítima com D. Pedro I, o amante de
sua irmã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">5.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Anna
Candida de Castro Canto e Melo, natural de São Paulo, Província de São Paulo,
casada com Carlos Maria de Oliva, Veador da Imperial Câmara e Coronel do
Exército, nascido em Portugal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Primeiro
casamento<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 13 de janeiro
de 1813, Domitila, aos quinze anos de idade, casou-se com um oficial do segundo
esquadrão do Corpo dos Dragões da cidade de Vila Rica, o alferes Felício Pinto
Coelho de Mendonça (1789–1833), citado por diversos historiadores como um homem
violento, que a espancava e violentava, e de quem se divorciou em 21 de maio de
1824.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Após o casamento
em São Paulo, Felício e Domitila partiram para Vila Rica. Do casamento nasceram
três filhos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Francisca
Pinto Coelho de Mendonça e Castro (1813 — 1833), casada com seu tio, brigadeiro
José de Castro Canto e Melo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Felício Pinto Coelho de Mendonça
e Castro (1816 — depois 1838), Moço Fidalgo da Casa Imperial, Comendador da
Ordem de Cristo, Guarda-Marinha (1827).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">João Pinto Coelho de Mendonça e
Castro (1818 — falecido na infância).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Devido aos maus
tratos do marido, Domitila conseguiu junto à família em São Paulo autorização
para retornar para a casa paterna com os seus filhos. Chegou de volta a São
Paulo no final de 1816. Felício conseguiu transferência de seu posto no
exército de Vila Rica para Santos e se estabeleceu em São Paulo, tentando se
reconciliar com a esposa e em 1818 voltaram a viver juntos. Entretanto, dado a
bebida e jogos de azar, não demorou para que Felício retornasse com seus velhos
hábitos de espancamento e ameaças de morte à esposa. Na manhã de 6 de março de
1819, Felício surpreendeu Domitila junto à fonte de Santa Luiza e a esfaqueou
duas vezes, uma facada pegou na coxa e a outra em sua barriga. Felício foi
preso e levado para Santos, junto ao seu quartel, de onde partiu para o Rio de
Janeiro. Domitila ficou dois meses entre a vida e a morte. Ao se restabelecer
teve que brigar juridicamente com o pai de Felício, que queria tomar os filhos
do casal para educá-los em Minas Gerais. Domitila pediu a separação de Felício
mas só a obteve cinco anos depois, quando já era amante do imperador. Os
destratores de Domitila a acusariam depois de ter sido agredida porque traía
Felício, quando na realidade, pela documentação e testemunhas no processo de
divórcio, o alferes havia tentado matar a mulher para vender as terras que
ambos, com a morte da mãe deste, haviam herdado em Minas Gerais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgg64oc4mcasFYA1zvuD6UFoV2QKJTQrzkl7EyEm2qeO3lMcl0-uT6sc_zYstn5JCHWOna-wKvaMCPSRpJk3NjAv3RT9LRABeIderz9CCfjoqmVXBimcQT6wNtGay1KXLJOCM7e2GPxK8/s1600/Amaral-domitila-MHN.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="546" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgg64oc4mcasFYA1zvuD6UFoV2QKJTQrzkl7EyEm2qeO3lMcl0-uT6sc_zYstn5JCHWOna-wKvaMCPSRpJk3NjAv3RT9LRABeIderz9CCfjoqmVXBimcQT6wNtGay1KXLJOCM7e2GPxK8/s320/Amaral-domitila-MHN.jpg" width="234" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Marquesa de Santos, em torno dos 29 anos de idade, <br />
ostentando a faixa da <span style="font-family: sans-serif;"><span style="background: none rgb(248, 249, 250); font-size: 12.3704px; text-align: left;">Ordem Real de Santa Isabel</span></span><span style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">, c.1826</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Amante
do imperador</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 1822, Domitila
conheceu Dom Pedro de Alcântara (1798–1834) dias antes da proclamação da
Independência do Brasil, em 29 de agosto de 1822. O Príncipe-Regente voltava de
uma visita a Santos quando recebeu, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo,
duas correspondências (duas missivas da imperatriz Leopoldina e uma de José
Bonifácio de Andrada e Silva) que o informavam sobre as decisões da Corte
Portuguesa, em que Pedro deixava de ser Regente para apenas receber e acatar as
ordens vindas de Lisboa. Indignado por essa "ingerência sobre seus atos
como governante", e influenciado por auxiliares que defendiam a ruptura
com as Cortes, especialmente por José Bonifácio, decidiu pela separação do
reino de Portugal e Algarves.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Domitila não foi a
única amante de D. Pedro, mas foi a mais importante e a que mais tempo se
relacionou com ele. Antes mesmo de se casar com D. Leopoldina, o príncipe se
envolvera com uma bailarina francesa, chamada Noémi Thierry, com quem teve um
filho. Durante seu relacionamento com Domitila teve outros casos paralelos,
como com a esposa do naturalista francês Aimé Bonpland, Adèle Bonpland. Outra
francesa foi a modista Clemence Saisset, cujo marido tinha loja na Rua do
Ouvidor. Clemence teve um filho com D. Pedro. Além das francesas a própria irmã
de Domitila, Maria Bendita de Castro Pereira, Baronesa de Sorocaba, teve um
filho com o imperador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 1823 o
imperador a instalou na rua Barão de Ubá, hoje bairro do Estácio, que foi a
primeira residência de Domitila no Rio de Janeiro. Posteriormente em 1826
recebeu de presente a "Casa Amarela", como ficou conhecida sua
mansão, no número 293 da atual avenida D. Pedro II, perto da Quinta da Boa
Vista, em São Cristóvão - onde hoje funciona o Museu do Primeiro Reinado.
Comprou a casa do Dr. Teodoro Ferreira de Aguiar e mandou contratar uma reforma
em estilo neoclássico com o arquiteto Pedro José Pézerat. As pinturas murais
internas são obra de Francisco Pedro do Amaral, os baixos-relevos internos e
externos por Marc Ferrez e Zephérine Ferrez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Domitila foi sendo
elevada pelo amante aos poucos. Em 4 de abril de 1825 foi nomeada dama
camarista da imperatriz d. Leopoldina, em 12 de outubro do mesmo ano foi feita
viscondessa de Santos com grandeza e, em 12 de outubro de 1826,teve o título
elevado a marquesa de Santos. Apesar de Domitila não ser natural dessa cidade,
D. Pedro I, na tentativa de atacar os irmãos Andradas, nascidos em Santos,
teria dado o título a amante. José Bonifácio, ao saber do fato em seu exílio na
França, escreveu para o Conselheiro Drummond, seu amigo: "Quem sonharia
que a michela (prostituta) Domitila seria viscondessa da pátria dos Andradas!
Que insulto desmiolado!". A família de Domitila também recebeu diversas
benesses imperiais: Os pais tornaram-se Viscondes de Castro, seu irmão
Francisco feito ajudante de campo do Imperador e os demais receberam foros de
fidalguia. O cunhado de Domitila, Boaventura Delfim Pereira, esposo de Maria
Benedita, foi feito barão de Sorocaba.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Dom Pedro e
Domitila romperam em 1829 devido as segundas núpcias de D. Pedro I com Amélia
de Leuchtenberg. Ele procurava desde 1827 uma noiva nobre de sangue e seu
relacionamento com Domitila e os sofrimentos causados a Leopoldina por este,
eram vistos com horror pelas cortes europeias e várias princesas recusaram-se a
casar-se com Pedro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">o embaixador da
Áustria no Rio de Janeiro, barão Wenzel de Mareschal, escreveu a Viena a
respeito do futuro casamento de d. Pedro e do banimento da favorita do
imperador: "O Imperador D. Pedro acabou por se convencer de que a presença
da Senhora de Santos seria sempre inoportuna e que uma simples mudança de
residência não satisfaria ninguém; ele insistiu na venda de suas propriedades,
o que segundo soube já foi providenciado e na sua partida para São Paulo em
oito ou dez dias".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">D. Pedro comprou
as propriedade da marquesa no Rio de Janeiro por 240 contos (240 apólices da
Divida Pública, da Caixa d Amortização, de 1 conto de réis), devolvendo a
Domitila "em bilhetes de São Paulo" 14 contos de réis, dois contos
pelo camarote com que a tinha presenteado, mesada de um conto de réis por mês
posto à sua ordem, "ao par ou em bilhetes". A respeito do palacete,
diz Mareschal: "Servirá à jovem Rainha e sua corte". Tratava-se de D.
Maria da Glória, futura rainha D. Maria II de Portugal. Por isso ficaria depois
conhecido como Palacete da Rainha, já que efetivamente D. Maria da Glória ali
se instalou, embora por curto período. Mais tarde a casa foi comprada pelo
barão de Mauá, e por volta de 1900 pelo médico Abel Parente, protagonista de um
dos maiores escândalos do Rio, em 1910. Passou a ser Museu do Primeiro Reinado
no final dos anos 1980 até 2011 quando foi desativado e começaram as obras de
restauro e adequação do espaço para receber o Museu da Moda - Casa da Marquesa
de Santos. Domitila mudou-se em 1826 e ali viveu até 1829.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Posteridade
ilegítima<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Nasceram-lhes
cinco filhos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">um
menino natimorto (1823).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Isabel Maria de Alcântara
Brasileira (1824 — 1898), duquesa de Goiás.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pedro de Alcântara Brasileiro
(1825 — 1826), falecido antes de completar um ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Maria Isabel de Alcântara
Brasileira (1827), duquesa do Ceará, que morreu com meses de idade, antes de
lhe ser lavrado o título.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">5.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Maria
Isabel II de Alcântara Bourbon (1830 — 1896), condessa consorte de Iguaçu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Títulos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 4 de abril de
1825 é nomeada Dama Camarista da Imperatriz, recebe o título de viscondessa de
Santos em 12 de outubro do mesmo ano. Em 12 de outubro de 1826 tem seu título
elevado à marquesa de Santos. A referência a Santos era uma clara afronta aos
irmãos Andradas, naturais dessa cidade e então exilados na França.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Domitila ainda
recebe em 4 de abril de 1827 a Ordem de Santa Isabel de Portugal. As datas 4 de
abril e 12 de outubro são referentes ao nascimento da rainha de Portugal, Dona
Maria da Glória e de seu pai, d. Pedro I, respectivamente. Esses natalícios
eram considerados dias de Grande Gala na corte do Rio de Janeiro, quando
comendas, títulos e anistias eram distribuídas como parte das comemorações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
segundo casamento<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZGnbSKb12t1ybZwEyY2l6qL0_1dX0G7UZNZRfJ4o4W_ExkC0vp_ZB0wgLDqfxA5X5TdE71b1crNT9tcs6Ksi3C6MPul6XY2ePpRBAUe3KnQ7sfitfPuEK03jYYS5hFI-6UfMNYpAfdeE/s1600/Tobias_de_Aguiar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="367" data-original-width="315" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZGnbSKb12t1ybZwEyY2l6qL0_1dX0G7UZNZRfJ4o4W_ExkC0vp_ZB0wgLDqfxA5X5TdE71b1crNT9tcs6Ksi3C6MPul6XY2ePpRBAUe3KnQ7sfitfPuEK03jYYS5hFI-6UfMNYpAfdeE/s320/Tobias_de_Aguiar.jpg" width="274" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857), <br />
segundo marido da Marquesa de Santos</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Brigadeiro Rafael
Tobias de Aguiar (1794-1857), segundo marido da Marquesa de Santos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A marquesa
conheceu o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (1794–1857), com quem se uniu em
1833 casando-se oficialmente na cidade de Sorocaba 14 de junho de 1842. Tobias
de Aguiar, era um político e rico fazendeiro sorocabano. A base de sua fortuna
era o comércio de muares, mas com o tempo acabou diversificando seus negócios
com fazendas de açúcar, gado e criação de equinos. A pelagem tobiana foi criada
por ele. Apelidado de "Reizinho de São Paulo", pela sua fortuna,
exerceu o cargo de Presidente da Província de São Paulo por duas gestões e foi
eleito deputado provincial por São Paulo. Concorreu duas vezes ao cargo de
Senador do Império, mas nunca teve seu nome escolhido pelo imperador d. Pedro
II. Em 1842, como um dos principais líderes da Revolução Liberal, após o seu
casamento com a marquesa de Santos e eminente invasão de Sorocaba pelas tropas
do então Barão de Caxias, futuro duque, fugiu para o sul onde foi preso. Levado
para o Rio de Janeiro foi encarcerado na Fortaleza de Laje, localizada em uma
rocha no meio da Baia da Guanabara. A marquesa de Santos, ao saber da sua
prisão, partiu para a corte onde, por meio de um procurador, rogou ao imperador
d. Pedro II que pudesse viver com o marido na Fortaleza de Laje para cuidar da
saúde dele, o que foi concedido. Em 1844 Tobias de Aguiar foi anistiado e o
casal retornou para São Paulo, onde foram recebidos com muita festa. Tobias de
Aguiar faleceu a bordo do Vapor Piratininga em 7 de outubro de 1857 quando a
caminho do Rio de Janeiro em busca de ajuda médica. Estava acompanhado pela
marquesa de santos e um dos filhos do casal. O relacionamento entre Tobias e
Domitila foi o mais longo da marquesa, durando 24 anos ao longo dos quais o
casal teve seis filhos, sendo que 4 conseguiram chegar a idade adulta:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Rafael
Tobias de Aguiar e Castro (1834 — 1891).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">João Tobias de Aguiar e Castro
(1835 — 1901).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Gertrudes de Aguiar e Castro
(1837 — 1841).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Antônio Francisco de Aguiar e
Castro (1838 — 1905).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">5.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Brasílico de Aguiar e Castro
(1840 — 1891).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">6.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Heitor
de Aguiar e Castro (1842 — 1846).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Solar
da Marquesa de Santos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em seu retorno
para São Paulo após o término de seu relacionamento com d. Pedro I, Domitila
adquiriu em 1834 um vasto casarão na antiga Rua do Carmo, atual Rua Roberto
Simonsen no centro da cidade. O primeiro proprietário do imóvel foi o
Brigadeiro José Pinto de Morais Leme segundo documentação de 1802.
Anteriormente, no local, haviam duas casas que foram reformadas e deram origem
a uma edificação só. Domitila foi proprietária do Solar de 1834 até o seu
falecimento em 1867.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O imóvel entrou
para a crônica da cidade devido as festas dadas pela Marquesa de Santos. Em
1880, a casa foi colocada em leilão e foi adquirida pela Mitra Diocesana, que
transformou o Solar no Palácio Episcopal. O Solar hoje pertence a Prefeitura da
Cidade de São Paulo que tem nela instalado a sede o Museu da Cidade. A sua
importância histórica é grande. Além de ter pertencido a Marquesa de Santos, o
imóvel é único remanescente urbano construído por meio da técnica conhecia como
taipa-de-pilão ainda existente no centro histórico da cidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Velhice<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em sua velhice, a
Marquesa de Santos tornou-se uma senhora devota e caridosa, procurando socorrer
os desamparados, protegendo os miseráveis e famintos, cuidando de doentes e de
estudantes da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco no centro da
cidade de São Paulo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUUUGGMzdJJfCUkkyFrupST8U2E0zPOke0S9eEvFdHHjQMHuQJn0MAdNtRvmoQ4F8bNS3c4G1bvY0FhvIbwT3YBgUpJNwictjMtz7ufhiIU6GNLt6Ud9NOizrRuCAenxTZa4pWPs-8pG8/s1600/Domitila_de_Castro_Marchioness_of_Santos_1865b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="537" data-original-width="320" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUUUGGMzdJJfCUkkyFrupST8U2E0zPOke0S9eEvFdHHjQMHuQJn0MAdNtRvmoQ4F8bNS3c4G1bvY0FhvIbwT3YBgUpJNwictjMtz7ufhiIU6GNLt6Ud9NOizrRuCAenxTZa4pWPs-8pG8/s320/Domitila_de_Castro_Marchioness_of_Santos_1865b.jpg" width="190" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Marquesa de Santos em torno dos 68 <br />
anos de idade, c.1865</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A casa da Marquesa
tornou-se o centro da sociedade paulistana, animada com bailes de máscaras e
saraus literários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A marquesa de
Santos (cidade onde nunca residiu) faleceu de enterocolite no seu palacete
(atual sede do Museu da Cidade de São Paulo) na rua do Carmo, atual Roberto
Simonsen, próximo ao Pátio do Colégio, em 3 de Novembro de 1867, sendo
sepultada no Cemitério da Consolação. A capela original foi construída com uma
doação feita por Domitila de 2:000$000 (dois contos de réis).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Apesar de
circularem informações dizendo que o terreno do cemitério foi doado pela
Marquesa de Santos, esta versão é incorreta. Segundo a mesma fonte, o cemitério
foi construído, parte em terras de domínio público e parte em terras adquiridas
de Marciano Pires de Oliveira por 200$000 (duzentos mil réis), o qual doou
outra parte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Após a
inauguração, a área foi aumentada com terras desapropriadas do conselheiro
Ramalho e de Joaquim Floriano Wanderley.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP6OFTinAxk6vTYFNeA12WZmOQzXIeFwbCf54eEcqwuFErMxVSRmsKqP3xgv-Y1w_PWWRRovRCsjIGBTKQuJVsq8_WrYlxCO7yjDAZo7QN41t3LWJKe5TMTLYzPwEpbIrzjuIbHQnGqBk/s1600/Cemiterio_da_Consola%25C3%25A7%25C3%25A3o_Marquesa_de_Santos_Sepultura.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="800" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP6OFTinAxk6vTYFNeA12WZmOQzXIeFwbCf54eEcqwuFErMxVSRmsKqP3xgv-Y1w_PWWRRovRCsjIGBTKQuJVsq8_WrYlxCO7yjDAZo7QN41t3LWJKe5TMTLYzPwEpbIrzjuIbHQnGqBk/s320/Cemiterio_da_Consola%25C3%25A7%25C3%25A3o_Marquesa_de_Santos_Sepultura.jpg" width="239" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sepultura da Marquesa de Santos no Cemitério <br />
da Consolação</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sua sepultura no
cemitério da Consolação, bem como os dois outros terrenos comprados por ela e
contíguos ao seu túmulo, onde estão sepultado seu irmão mais novo, Francisco de
Castro do Canto e Melo, seu filho Felício, fruto de seu primeiro casamento, e,
recém-descoberto, a condessa de Iguaçu, foram todos recuperados no início da
década de oitenta pelo sanfoneiro Mario Zan. Zan, um dos mais famosos devotos
de Domitila; Ele cuidou do jazigo durante anos e foi sepultado em um túmulo
diante do da marquesa. Mesmo morto, Zan continua, de certa forma, arcando com
as despesas da manutenção dos jazigos de Domitila, pois são os direitos
autorais de suas musicas que os mantém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O túmulo de
Domitila recebe sempre flores frescas de pessoas que continuam a considerá-la
uma santa popular. Entre as lendas está que ela protege as prostitutas da
cidade e, devido a ter conseguido um bom casamento e reestruturar dignamente a
sua vida após o relacionamento com Pedro I, passou a ser uma inspiração às
moças que querem se casar com um bom partido. Na sua lápide existe uma placa
agradecendo uma graça alcançada.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-87026117276943994812017-07-10T19:36:00.000-07:002017-07-10T19:36:29.379-07:00A Guerra da Bósnia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv23a4d8vKTH4nYgs_wlvnPZu4KjLrPUXZKjaJrbQQKXTK6aTu-DAUUKrv7y-rQQ4zpEETU3XFyIDJefBTvOuI_Scohc1bEUUiEMMDzrnAzqL96cgahK1Dj5NIrnDizEFOytUHtce-L8Y/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv23a4d8vKTH4nYgs_wlvnPZu4KjLrPUXZKjaJrbQQKXTK6aTu-DAUUKrv7y-rQQ4zpEETU3XFyIDJefBTvOuI_Scohc1bEUUiEMMDzrnAzqL96cgahK1Dj5NIrnDizEFOytUHtce-L8Y/s320/download.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A Guerra da Bósnia
foi um conflito armado que ocorreu entre abril de 1992 e dezembro de 1995 na
região da Bósnia e Herzegovina. A guerra envolveu vários lados. De acordo com
numerosos relatos do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia os
países envolvidos no conflito foram a Bósnia e a República Federal da
Iugoslávia (Sérvia e Montenegro, mais tarde), bem como a Croácia.</span></div>
<a name='more'></a> De acordo com
uma sentença do Tribunal Internacional de Justiça, a Sérvia deu apoio militar e
financeiro para as forças sérvias que consistiam no Exército Popular Iugoslavo,
o Exército da Republika Srpska, o Ministério do Interior Sérvio, o Ministério
do Interior da República Srpska, e Forças de Defesa Territorial da Sérvia. A
Croácia deu apoio militar às forças croatas da autoproclamada República Croata
da Herzeg-Bósnia. As forças do governo bósnio foram lideradas pelo Exército da
República da Bósnia e Herzegovina. Estas facções mudaram objetivos e fidelidades
diversas vezes em várias fases da guerra.<o:p></o:p><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A guerra foi
causada por uma combinação complexa de fatores políticos e religiosos: o fervor
nacionalista, crises políticas, sociais e de segurança que se seguiu ao fim da
Guerra Fria e a queda do comunismo na antiga Iugoslávia. E também, devido ao
envolvimento dos países vizinhos como a Croácia e a República Federal da
Iugoslávia; houve longa discussão sobre se o conflito foi uma guerra civil ou
uma guerra de agressão. A maioria dos bosníacos, croatas, muitos políticos
ocidentais e organizações de direitos humanos alegam que a guerra foi uma
guerra de agressão com base no Acordo de Karađorđevo entre os sérvios e
croatas, enquanto os sérvios geralmente consideram que se tratou de uma guerra
civil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpE8oqAxaeOK1i-4691zuWh4y3rj1Cr2nfGN2eAkXfyPaWi6jpp32oU2kwEHSdD4ghAu48cdMgrku6wQ1PoVTKrMlnsAt6XmZp-qBw6htUy_eytLjEhG11T5mkWgtaDoR-wR_M727r8LU/s1600/sarajevowar.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1040" data-original-width="1600" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpE8oqAxaeOK1i-4691zuWh4y3rj1Cr2nfGN2eAkXfyPaWi6jpp32oU2kwEHSdD4ghAu48cdMgrku6wQ1PoVTKrMlnsAt6XmZp-qBw6htUy_eytLjEhG11T5mkWgtaDoR-wR_M727r8LU/s320/sarajevowar.jpeg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sarajevo, 1992. AFP PHOTO / ODD ANDERSEN</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif;">Com o início da
desintegração da ex-Iugoslávia em 1991 com a independência da Croácia e
Eslovênia, os líderes nacionalistas bósnios sérvios como Radovan Karadžić e
sérvios como Slobodan Milošević tinham como objetivo principal fazer com que
todos os sérvios - espalhados por todas as repúblicas que formavam a antiga
Iugoslávia - vivessem num mesmo país. Em fevereiro de 1992, o povo da Bósnia e
Herzegovina decide em referendo pela independência da República Socialista
Federativa da Iugoslávia, em uma votação boicotada pelos bósnios sérvios. A
seção do Exército Popular Iugoslavo na Bósnia e Herzegovina foi fiel ao
referendo realizado no Exército da República da Bósnia e Herzegovina (ARBH),
enquanto os sérvios formaram o Exército da Republika Srpska (ERS). No início,
os sérvios ocuparam 70% do território da Bósnia e Herzegovina, porém ao unir
forças do Conselho de Defesa da Croácia e da Armada da República da Bósnia e
Herzegovina a guerra tomou outro rumo e as forças sérvias foram derrotadas na
batalha da Bósnia Ocidental. O envolvimento da OTAN em 1995 contra posições do
Exército da República Srpska internacionalizou o conflito, mas apenas na sua
fase final. A aliança bosníaco-croata ocupou 51% do território da Bósnia e
Herzegovina e chegou às portas de Banja Luka. Vendo a sua capital de fato
ameaçada, os líderes sérvios assinaram o armistício e a guerra terminou
oficialmente com a assinatura do Acordo de Dayton em Paris, em 14 de dezembro
de 1995.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNEQOzzC4eS2GCf9jzv42cz-A17pITEqniCHz3Qpjc89HJylOg3vZqDiw_wQQjXnUIOkp2Cb7bjUjrDC2FDK0eX8GfXmcWCT_TXLSCyWYpwDAJcl0vOnWf7gC8gfBH91g-KDen7JwJzgg/s1600/memorial-bosnio-para-as-vitimas-mortas-no-massacre-srebrenica-590212201767f.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="675" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNEQOzzC4eS2GCf9jzv42cz-A17pITEqniCHz3Qpjc89HJylOg3vZqDiw_wQQjXnUIOkp2Cb7bjUjrDC2FDK0eX8GfXmcWCT_TXLSCyWYpwDAJcl0vOnWf7gC8gfBH91g-KDen7JwJzgg/s320/memorial-bosnio-para-as-vitimas-mortas-no-massacre-srebrenica-590212201767f.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Memorial bósnio para as vítimas mortas no massacre de Srebrenica</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif;">Envolveu os três
grupos étnicos e religiosos da região: os sérvios cristãos ortodoxos, os
croatas católicos romanos e os bósnios muçulmanos. É o conflito mais prolongado
e violento da Europa desde o fim da II Guerra Mundial, com duração de 1.606
dias. A guerra durou pouco mais de três anos e causou cerca de 200.000 vítimas
entre civis e militares e 1,8 milhões de deslocados, de acordo com relatórios
recentes.Do total de 97.207 vítimas documentadas, 65% eram muçulmanos bósnios,
25% sérvios e 8% croatas. Entre as vítimas civis, 83% eram bosníacos, 10%
sérvios e mais de 5% eram croatas, seguido por um pequeno número de outros,
como os albaneses ou povo Romani. Pelo menos 30% das vítimas civis bósnias eram
mulheres e crianças.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">De acordo com um
relatório de 1995 detalhados sobre a guerra feitos pela Agência Central de
Inteligência, 90% dos crimes de guerra da Guerra da Bósnia foram cometidos
pelos sérvios. De acordo com especialistas jurídicos, a partir de início de
2008, 45 sérvios, 12 croatas e 4 bosníacos foram condenados por crimes de
guerra pelo TPI em conexão com as guerras balcânicas da década de 1990. Ambos,
sérvios e croatas, foram indiciados e condenados por crimes de guerra
sistemáticos (empresa mista penal), enquanto os bosníacos apenas dos entes(?)
individuais. Alguns líderes do alto escalão político dos sérvios (Momčilo
Krajišnik e Biljana Plavšić), bem como croatas (Dario Kordić) foram condenados
por crimes de guerra, enquanto outros estão atualmente em julgamento (Radovan
Karadzic e Jadranko Bozovic). Genocídio é o mais grave crime de guerra em que
os sérvios foram condenados; crimes contra a humanidade, uma segunda acusação
apenas na gravidade do genocídio (ou seja, a "limpeza étnica"), para
os croatas; e violações das Convenções de Genebra para os bosníacos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Dissolução
da Iugoslávia</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A guerra na Bósnia
e Herzegovina está relacionada com a dissolução da Iugoslávia. A crise apareceu
na Iugoslávia, com o enfraquecimento do sistema comunista, que por sua vez
fazia parte de grandes mudanças que ocorreram no mundo após o fim da Guerra
Fria. No caso da Iugoslávia, o Partido Comunista da Iugoslávia foi perdendo seu
poder ideológico, sob o domínio das ideologias nacionalistas e separatistas no
final de 1988 e início de 1989. Essa mudança é perceptível principalmente na
Sérvia e Croácia, menos na Bósnia e Herzegovina, e menos ainda na Eslovênia e
Macedônia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOA_sEGZ-YaL6o4JlrsdOQAQkG7Ah3mThWqvu8qBKx1krsHuUR7a0tTzTBFGrD98GIqyumrARTsiFb4mNMfm8N3NYvsvN4Ny-iFaEf07p44PwZx1fTT1HDprF6_TmuAHY30PLXgGMliVI/s1600/radovan-karadzic.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="520" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOA_sEGZ-YaL6o4JlrsdOQAQkG7Ah3mThWqvu8qBKx1krsHuUR7a0tTzTBFGrD98GIqyumrARTsiFb4mNMfm8N3NYvsvN4Ny-iFaEf07p44PwZx1fTT1HDprF6_TmuAHY30PLXgGMliVI/s320/radovan-karadzic.jpg" width="237" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Radovan Karadzic, líder dos sérvio-bósnios, <br />foi condenado a 40 anos de prisão pelo genocídio <br />realizado por suas tropas na guerra<strong style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #462907; font-family: "Roboto Light", sans-serif; font-size: 11px; margin: 0px; padding: 0px;"> *</strong></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Este processo
acelerou a entrada de Slobodan Milošević à cena política na Sérvia, um homem
que começou sua carreira política como uma resposta ao despertar de ideologias
nacionalistas e se posicionou como um líder moral dos sérvios no Kosovo em
1989. Os objetivos da política de Milosevic eram consolidar seu próprio poder e
conseguir o domínio da Federação Iugoslava, incluindo o domínio da Sérvia que
era a república mais populosas da federação. Logo, cimentaria um controle
rigoroso das políticas sérvias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2xtSn3CbfmFYwGKVGCPf6wFbVaTbqw2nKUFNC3LHIWEQ-Y2bb_syeM6uTUABg2tePTZaeLgtggrCcQtj0Hq2AnC-PZxHZJiJ_R22sjm4UHYp9gSZ8PQj6oy2VKl0RO1ymsJqe_8QnVTc/s1600/FranjoTudman.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="330" data-original-width="267" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2xtSn3CbfmFYwGKVGCPf6wFbVaTbqw2nKUFNC3LHIWEQ-Y2bb_syeM6uTUABg2tePTZaeLgtggrCcQtj0Hq2AnC-PZxHZJiJ_R22sjm4UHYp9gSZ8PQj6oy2VKl0RO1ymsJqe_8QnVTc/s320/FranjoTudman.JPG" width="258" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: black;">Franjo Tuđman<span style="background-color: #f8f9fa; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">, líder nacionalista croata.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Para atingir estes
objetivos, Milosevic planejou vários processos que levaram à instalação de seu
gabinete político, principalmente em Voivodina e Montenegro. A crise na
ex-Iugoslávia se aprofundou após o colapso do governo do Kosovo, que tinha uma
maioria albanesa. Continuando este processo, Milosevic tomou o controle de
quase a metade da Iugoslávia e com os votos adicionais facilmente influenciou
as decisões do governo federal. A esta situação outras repúblicas reagem,
começando com a Eslovénia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No 14ª Congresso
do Partido Comunista, realizado em 20 de janeiro de 1990, Milosevic implementou
o seu domínio pela primeira vez, bloqueando várias emendas constitucionais
propostas pela delegação eslovena em uma tentativa de restaurar o equilíbrio de
poder na Federação. O Congresso terminou com as delegações eslovena e croata
deixando a reunião, o que pode ser considerado como o início da dissolução da
Iugoslávia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A crise se
aprofundou quando elementos nacionalistas tomaram o poder para ir contra a
política de Milosevic, incluindo o croata Franjo Tudjman que foi o mais
proeminente. A Eslovénia e a Croácia iniciaram logo após, um processo que levou
à sua independência, provocando um conflito armado. Este foi particularmente
intenso na Croácia, que tinha uma substancial população sérvia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Situação
pré-guerra na Bósnia e Herzegovina<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A Bósnia e
Herzegovina é historicamente um Estado multiétnico. Segundo o censo de 1991, a
Bósnia e Herzegovina tinha uma população de 4.354.911 habitantes, divididos da
seguinte forma:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Bósnios, 43,7%<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Sérvios, 31,3%<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Croatas, 17,3%<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Iugoslavos, 5,5%
(consideram a si próprios como iugoslavos, na ex-Iugoslávia a população que se
declarou a si próprio como iugoslavo foi de apenas 1%).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Há uma forte
correlação entre a identidade étnica e religião:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">90% dos bósnios
são muçulmanos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">93% dos sérvios-bósnios
são cristãos ortodoxos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">88% dos
croatas-bósnios são católicos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Nas primeiras
eleições multipartidárias realizadas em novembro de 1990 na Bósnia e
Herzegovina, venceram os três principais partidos étnicos no país: o Partido da
Ação Democrática Bósnia, o Partido Democrático Sérvio e da União Democrática
Croata.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">As partes
dividiram o poder entre grupos étnicos diferentes: enquanto o presidente de
governo da República Socialista da Bósnia e Herzegovina foi um bósnio, o
presidente do Parlamento um bósnio-sérvio e o primeiro-ministro um croata .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Nacionalismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Com o fim dos
regimes socialistas, a partir da desintegração da União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS), emergem as diferenças étnicas, culturais e religiosas
entre as seis repúblicas que formam a Iugoslávia, impulsionando movimentos pela
independência. Na Bósnia e Herzegovina cresce o nacionalismo sérvio que quer
restaurar a chamada Grande Sérvia, formada por Sérvia e Montenegro, parte da
Croácia e quase toda a Bósnia. Quando os bósnios decidem pela independência do
país e os sérvios não aceitam, os combates entre os dois grupos
intensificam-se. A situação de guerra civil é caracterizada em abril de 1992.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Criação
da "República Sérvia da Bósnia e Herzegovina"<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os membros sérvios
do parlamento, que consistiam principalmente do Partido Democrático Sérvio e
outros representantes dos partidos que formavam a Assembleia Independente dos
Membros do Parlamento abandonaram o Parlamento central de Sarajevo, e formaram
a Assembleia do povo sérvio da Bósnia e Herzegovina, em 24 de outubro de 1991,
que marcou o final da coligação tri-étnica que governava após as eleições de
1990. Esta Assembleia estabeleceu a República Sérvia da Bósnia e Herzegovina,
em 9 de janeiro de 1992, que se converteu na República Srpska, em agosto de
1992. O propósito oficial deste ato, o que é afirmado no texto original da
Constituição da República Srpska, e seria posteriormente alterada, era
preservar a Federação Iugoslava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Criação
da "República Croata da Herzeg-Bósnia"<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Durante as guerras
da Iugoslávia, os objetivos dos nacionalistas da Croácia foram compartilhados
pelos nacionalistas croatas na Bósnia e Herzegovina. O governo da República da
Croácia, a União Democrática Croata (HDZ), organizava e controlava a filial do
partido na Bósnia e Herzegovina. No final de 1991, os elementos mais radicais
do partido, liderados por Mate Boban, Dario Kordić, Jadranko Prlić, Ignac
Koštroman e líderes locais como Anto Valenta, e com o apoio de Franjo Tuđman e
Gojko Šušak, tomaram o controle efetivo do partido. Em 18 de novembro de 1991,
o ramo partido na Bósnia e Herzegovina, proclamou a existência da República
Croata da Herzeg-Bósnia, como uma separação "política, cultural, económica
e territorial" no território da Bósnia e Herzegovina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Referendo
sobre a independência da Bósnia e Herzegovina<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Depois da Eslovênia
e da Croácia declararem, em 1991, sua independência da República Socialista
Federativa da Iugoslávia, a Bósnia e Herzegovina também organizou um referendo
sobre a independência. A decisão do Parlamento da República Socialista da
Bósnia e Herzegovina, sobre a realização do referendo foi tomada depois de que
a maioria dos membros sérvios haviam deixado a Assembleia Parlamentar em
protesto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Esses
servo-bósnios, membros da assembleia convidaram a população sérvia para
boicotar o referendo realizado em 29 de fevereiro e 1 de março de 1992. A
participação no referendo foi de 67% e o resultado foi de 99,43% a favor da
independência. Assim, a independência foi declarada em 5 de março de 1992 pelo
Parlamento. O referendo em si e o assassinato de um sérvio em um casamento no
dia anterior ao referendo foram usados pelo líderes políticos sérvios como um
pretexto para começarem a bloqueios de estradas em protesto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Acordo
de Karadjordjevo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">As discussões
entre Franjo Tuđman e Slobodan Milosevic, que incluíam "… a divisão da
Bósnia e Herzegovina entre a Sérvia e a Croácia." ocorridas logo em março
de 1991 ficaram conhecidas como Acordo de Karadjordjevo. Após a declaração de
independência da República da Bósnia e Herzegovina, os sérvios atacaram
diversas partes do país. A administração do Estado da Bósnia e Herzegovina
efetivamente deixou de funcionar depois de ter perdido o controle sobre todo o
território. Os sérvios queriam todos os territórios onde os sérvios eram a
maioria, a leste e oeste da Bósnia. Os croatas e seu líder, Franjo Tuđman,
também visam garantir partes da Bósnia e Herzegovina, à Croácia. As políticas
da República da Croácia e de seu líder Franjo Tuđman para a Bósnia e Herzegovina
nunca foram totalmente transparentes e sempre incluíram como objetivo final o
de expandir as fronteiras da Croácia. Os bósnios foram um alvo fácil, porque as
forças do governo bósnio estavam mal equipados e despreparados para a guerra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Embargo
de armas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em 25 de setembro
de 1991, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a Resolução 713 do
CSNU, que impôs um embargo de armas em toda a antiga Iugoslávia. O bloqueio
prejudica o Exército da República da Bósnia e Herzegovina, principalmente
porque a Sérvia herdou a maioria das armas do arsenal do antigo Exército
Popular Iugoslavo e o Exército croata poderia conseguir armas contrabandeado
através da sua costa. Mais de 55% dos arsenais e quartéis da ex-Iugoslávia se
encontravam na Bósnia por causa de seu terreno montanhoso, em antecipação de
uma guerra de guerrilha, mas muitas dessas fábricas estavam sob o controle
sérvio (como a fábrica de Unis Pretis em Vogošća), e outras estavam inoperantes
devido à falta de eletricidade e de matérias-primas. O governo bósnio
pressionou para o levantamento do embargo, mas contra o Reino Unido, França e
Rússia. O Congresso dos Estados Unidos aprovou duas resoluções pedindo o
cancelamento do embargo, mas ambos foram vetados pelo presidente Bill Clinton,
por medo de criar um racha entre os Estados Unidos e os países mencionados. No
entanto, os EUA realizaram várias operações, incluindo os grupos islâmicos para
o fornecimento de armas para as forças do governo bósnio através da Croácia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Andamento
da guerra<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O Exército Popular
Iugoslavo (Jugoslovenska narodna armija, JNA) deixou oficialmente a Bósnia e
Herzegovina em 12 de maio de 1992, pouco após a independência ser declarada em
abril de 1992. No entanto, a maior parte da cadeia de comando, armamento e
altos militares, incluindo o general Ratko Mladić, permaneceram na Bósnia e
Herzegovina no Exército da Republika Srpska (Vojska Republike Srpske, VRS). Os
croatas organizaram uma formação militar defensiva própria chamada Conselho de
Defesa Croata como as forças armadas da auto-proclamada Herzeg-Bósnia, e as
Forças de Defesa da Croácia (Hrvatske Obranbene Snage, HOS). A maioria dos
bósnios organizaram o Exército da República da Bósnia e Herzegovina (Republike
Armija Bosne i Hercegovine, RBiH). Esse exército tinha um grande número de
não-bósnios (cerca de 25%), especialmente no 1.º Corpo de Sarajevo. O
vice-comandante do quartel-general do Exército Bósnio, foi o general Jovan
Divjak, a mais alta hierarquia de etnia sérvia no exército bósnio. O General
Stjepan Šiber, de etnia croata foi o segundo vice-comandante. O Presidente
Alija Izetbegović também nomeou o coronel Blaž Kraljević, comandante das Forças
de Defesa Croata na Herzegovina, como um membro do Quartel do Exército bósnio,
sete dias antes do assassinato de Kraljević, a fim de montar uma frente
multi-étnica de defesa bósnia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Várias unidades
paramilitares operavam na guerra da Bósnia: as sérvias "Águias
Brancas" (Beli Orlovi), "Tigres de Arkan", " Guarda
Voluntária Sérvia" (Srpska Dobrovoljačka Garda); as bósnias "Liga
Patriótica" (Patriotska Liga) e os "Boinas Verdes" (Zelene Beretke)
e as croatas "Forças de Defesa Croata" (Hrvatske Obrambene Snage). Os
paramilitares sérvios e croatas que participaram voluntariamente foram apoiados
por partidos políticos nacionalistas da Sérvia e Croácia. Existem alegações
sobre o envolvimento da polícia secreta sérvia e croata no conflito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os sérvios
receberam apoio de combatentes cristãos eslavos de países como a Rússia. Os
voluntários gregos são acusados de terem tomado parte no massacre de
Srebrenica, pois içaram a bandeira da Grécia em Srebrenica, quando a cidade
caiu para os sérvios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alguns combatentes
radicais ocidentais, bem como numerosos indivíduos da área cultural do
cristianismo ocidental lutaram como voluntários para os croatas, incluindo
voluntários neonazistas da Alemanha e da Áustria. O Neonazista sueco Jackie
Arklöv foi acusado de crimes de guerra após o seu regresso à Suécia. Mais
tarde, ele confessou ter cometido crimes de guerra contra civis bósnios
muçulmanos em campos croatas de Heliodrom e Dretelj como um membro das forças
croatas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os bósnios
receberam apoio de grupos islâmicos vulgarmente conhecidos como
"guerreiros santos" (Mujahideen). Segundo alguns relatos de ONGs
americanas, houve também várias centenas de Guardas Revolucionários Iranianos
ajudando o governo bósnio durante a guerra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No início da
guerra da Bósnia, as forças servo-bósnias atacaram a população civil muçulmana
no leste da Bósnia. Uma vez que as cidades e aldeias estavam firmemente em suas
mãos, as forças sérvias - militares, policiais, paramilitares e, por vezes, os
moradores sérvios - aplicaram a expulsão de sus habitantes (limpeza étnica),
que em ocasiones incluiu violações e assassinatos. casas e apartamentos foram
sistematicamente saqueados ou queimados, os civis foram caçados ou capturados,
e algumas vezes espancados ou mortos durante o processo. Homens e mulheres
foram separados, com muitos dos homens detidos nos campos. As mulheres foram
mantidas em diversos centros de detenção onde tiveram que viver em condições
higiênicas intoleráveis, onde eram maltratadas em muitos aspectos, inclusive
sendo violentadas repetidamente. Soldados ou policiais sérvios viriam a estes
centros de detenção, selecionar uma ou mais mulheres, tirá-las e estuprá-las.
Os sérvios tinham superioridade devido ao armamento pesado (apesar de menos
recursos humanos) que lhes foi dado pelo antigo Exército Popular Iugoslavo e de
controles estabelecidos na maioria das áreas onde os sérvios tinham maioria
relativa, mas também em áreas onde eram uma minoria significativa em regiões
urbanas e rurais, excluindo grandes cidades como Sarajevo e Mostar. Os líderes
militares e políticos sérvios, receberam a maioria das denúncias de crimes de
guerra no Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, muitos dos quais
foram condenados após a guerra nos julgamentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A maior parte da
capital Sarajevo esteve predominantemente em mãos bósnias, embora o governo
oficial da República da Bósnia e Herzegovina continuou a funcionar na sua com
relativa composição multiétnica. Nos 44 meses do cerco, o terror contra
Sarajevo e seus moradores variaram em sua intensidade, mas o propósito sempre
foi o mesmo: infligir o maior sofrimento possível aos civis a fim de forçar as
autoridades bósnias a aceitar as exigências sérvias. O Exército da Republika
Srpska cercou a cidade (alternativamente, as forças sérvias situam-se nos
arredores de Sarajevo o chamado "Anel ao redor de Sarajevo"),
colocando tropas e artilharia nas colinas circundantes, que se tornaria o mais
longo cerco da história da guerra moderna, que durou quase 4 anos. .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inúmeros acordos
de cessar-fogo foram assinados, e violados novamente quando um dos lados se
sentia em desvantagem. As Nações Unidas repetidamente, mas sem sucesso, tentou
parar a guerra e o muito elogiado Plano de Paz Vance-Owen teve pouco impacto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Cronologia
da Guerra da Bósnia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Vítimas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O número de mortos
após a guerra foi inicialmente estimado em cerca de 200.000 pelo governo
bósnio. Também se registrou cerca de 1.326.000 refugiados e exilados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uma pesquisa
realizada por Tibeau e Bijak em 2004, identificou um número de 102.000 óbitos e
estimou a seguinte repartição: 55.261 eram civis e 47.360 soldados. De civis:
foram 16.700 sérvios, enquanto 38.000 bósnios e croatas. Dos soldados, 14.000
foram os sérvios, os croatas foram 6.000, e os bósnios 28.000.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Outra investigação
foi conduzida pelo Centro de Pesquisa e Documentação de Sarajevo (RDC), baseado
na criação de listas e bases de dados, em vez de fornecer estimativas. Estudos
populacionais do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia na unidade
de Haia, forneceu um número similar de mortes, mas um pouco diferente em
distribuição étnica. Em outubro de 2006, a contagem do número de vítimas chegou
a 97.884. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em 21 de junho de
2007 o Centro de Pesquisa e Documentação de Sarajevo publicou a pesquisa mais
ampla sobre as vítimas da guerra na Bósnia e Herzegovina intitulada "O
Livro bósnio dos Mortos", um banco de dados que revela 97.207 nomes de
cidadãos falecidos e desaparecidos durante a guerra de 1992-1995. Uma equipe
internacional de especialistas avaliou os resultados antes de serem publicados.
Mais de 240.000 dados foram recolhidos, processados, analisados e avaliados por
uma equipe internacional de especialistas para obter o número final de mais de
97.000 nomes de vítimas, pertencentes a todas as nacionalidades. Dos 97.207
óbitos documentados na Bósnia e Herzegovina, 83% das vítimas eram civis
bósnios, 10% das vítimas eram civis sérvios e mais de 5% das vítimas eram civis
croatas, seguido por um pequeno número de outros, como a etnia Roma ou
albaneses. A percentagem de vítimas bósnias poderia ser maior, pois há
sobreviventes de Srebrenica, relataram seus entes queridos como 'soldados' para
obterem acesso aos serviços e benefícios sociais do governo. O número total de
mortes poderá aumentar para um máximo de 10.000 em todo o país por causa de
investigações em curso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">As grandes
discrepâncias em todas estas estimativas são geralmente devido a definições
inconsistentes do que pode ser considerado como vítimas da guerra. Alguns
estudos estimam apenas as vítimas diretas da atividade militar, enquanto outros
calculam também as vítimas indiretas, como aqueles que morreram como resultado
de duras condições de vida, fome, frio, doença ou acidente causado
indiretamente pela guerra. Também são usados valores mais elevados quando
muitas das vítimas foram listadas duas ou três vezes, tanto de civis como de
militares, além de que pouca ou nenhuma comunicação e a coordenação entre essas
listas podem estar em condições de guerra. No entanto, a maioria dos estudos
independentes não foi aprovada por nenhum dos governos envolvidos no conflito e
não existem resultados oficiais aceitáveis para todas as partes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Não se deve
esquecer que também houve baixas significativas por tropas internacionais na
Bósnia e Herzegovina. Cerca de 320 soldados da UNPROFOR foram mortos durante o
conflito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Crimes
de Guerra<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Limpeza
étnica<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Nas áreas
ocupadas, os sérvios da Bósnia fazem a chamada "limpeza étnica":
expulsão dos não sérvios, massacre de civis, prisão da população de outras
etnias e reutilização dos campos de concentração da II Guerra Mundial. A
"limpeza étnica" implicou também a intimidação, expulsão forçada e
morte de grupos étnicos indesejáveis, assim como a destruição dos restos
físicos do grupo étnico, como locais de culto, cemitérios e edifícios culturais
e históricos. De acordo com inúmeros relatos do Tribunal Penal Internacional
para a ex-Iugoslávia, as forças sérvias e croatas realizaram a "limpeza
étnica" em seus territórios, como planejado por seus líderes políticos, a
fim de criar Estados etnicamente "puros" (República Sérvia e a
República Croata da Herzeg-Bósnia). Por outro lado, as forças sérvias cometeram
o massacre de Srebrenica, no final da guerra, descrita pelo Tribunal como
genocídio. Além disso, as forças bósnias, especialmente paramilitares vindos de
países árabes, mujahideens, também realizaram a "limpeza étnica" em
aldeias de maioria sérvia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Violações
em massa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Durante a guerra
da Bósnia ocorreram abusos sexuais de meninas e mulheres que mais tarde seriam
conhecidos como fenômenos de estupros em massa. Entre 20.000 a 44.000 mulheres
foram sistematicamente violentadas pelas forças sérvias. Estes atos foram
realizados no leste da Bósnia, durante os massacres de Foca e em Grbavica,
durante o cerco de Sarajevo. Em menor escala, há evidências de que unidades
bósnias também realizaram esta prática com as mulheres sérvias em Kamenica,
Rogatica, Kukavice, Milici, Klisa, Zvornik e outras cidades. Estes fatos não
foram julgados pelo tribunal por serem considerados de forma isolada. No
entanto, após este conflito a violação foi reconhecida pela primeira vez como
arma de guerra, utilizada como uma ferramenta de limpeza étnica e genocídio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Genocídio
na Bósnia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Um julgamento foi
realizado no Tribunal Internacional de Justiça, na sequência de um processo
aberto em 1993 pela Bósnia e Herzegovina contra a Sérvia e Montenegro
acusando-o de genocídio. O Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) em sua
sentença de 26 de fevereiro de 2007 determinou que a Sérvia não foi responsável
pelo genocídio cometido pelas forças sérvias-bósnias no massacre de Srebrenica
em 1995. O TIJ concluiu, no entanto, que a Sérvia não conseguiu agir para
evitar o massacre de Srebrenica, e não puniu aqueles considerados responsáveis,
em particular o general Ratko Mladic e o primeiro-ministro sérvio-bósnio
Radovan Karadzic. Ambos são acusados pelo Tribunal Penal Internacional para a
ex-Iugoslávia, sob a acusação de crimes de guerra e genocídio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Negociação<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Um acordo proposto
pelos EUA, negociado em Dayton, Ohio, é assinado formalmente em Dezembro de
1995, em Paris. Ele prevê a manutenção do Estado da Bósnia e Herzegovina com
suas fronteiras atuais, dividido em uma Federação Muçulmano-Croata, que abrange
51% do território, e em uma República Bósnia-Sérvia, que ocupa os 49%
restantes. É previsto um governo único entregue a uma representação de sérvios,
croatas e bósnios. Em 1996, a missão de paz da ONU na região é assumida pelas
tropas da Força de Implementação da Paz, da Otan, com sessenta mil militares e
mandato até Dezembro de 1996. Para reforçar o Acordo de Dayton, várias vezes
sob ameaça, os EUA realizam no decorrer do ano reuniões em Roma e Genebra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Tribunal
de Haia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em Maio de 1996, o
Tribunal Internacional de Haia inicia o julgamento de 57 suspeitos de crimes de
guerra. Os acusados mais importantes são o líder sérvio Radovan Karadzic,
presidente do Partido Democrático Sérvio e da República Sérvia (Srpska), e seu
principal comandante militar, o general Ratko Mladic. Ambos são responsáveis
pelo massacre ocorrido na cidade de Srebrenica, no qual 3 mil refugiados
bósnios muçulmanos foram executados e enterrados em fossas e 6 mil encontram-se
desaparecidos. Em Maio de 1997, o Tribunal de Haia condena o servo-bósnio Dusan
Tadic a 20 anos de prisão por crime contra a humanidade em virtude da
participação no extermínio de muçulmanos na Bósnia.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-49639963255203763102017-07-03T21:12:00.003-07:002017-07-03T21:20:11.885-07:00A História do Jogo do Bicho<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Resultado de imagem para história do jogo do bicho" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSfvdoMyHosFsi3cgGPgXMlPdi4bTukQbCcu7ZE_NnFJT8LFrqftN02u-LMwnUeZLme7QN7d4QFnZLD5uNQcMCZoxKTjm4K1FoQRgZ5IeCAWO1lrK-GTnZFBTDWK4QbTPyjnZyLdxnxCo/+copy.jpg" height="142" width="200" /><span style="color: #1d2129; font-size: 11pt;">No dia 03 de julho de 1892, é criado o JOGO DO BICHO pelo
empresário João Batista Viana Drummond (Barão de Drummond), como um sorteio
inocente para manter o Zoológico do Rio de Janeiro.</span><span style="color: #1d2129; font-size: 11pt;">Sucesso imediato, o jornal "O
Tempo" divulgou, naquele ano, uma nota associando o jogo recém-criado à
característica do brasileiro de querer ganhar dinheiro fácil, como atesta o
documento:</span></div>
<a name='more'></a></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 11.0pt;">"É vir à rua do Ouvidor às 5
horas da tarde, quando a caixa sobe para os que tem de ir ao cofre, para se<span class="textexposedshow"> reconhecer que o inventor da víspora é homem de
gênio. Na primeira revolução em que eu tenha influência fá-lo-ei ministro da
Fazenda. (…) Por aqueles papéis de bichos pintados, avalia-se o gênio de um
povo e a moralidade de um regime político. Ganhar pelo trabalho é uma velharia
e custa uma vida inteira. Hoje reza-se por outra cartilha; o jogo, a sorte, o
ágio e a advocacia administrativa parlamentar que em um abrir e fechar de mãos
levam um homem a habitar palácios principescos em Lisboa ou pelintrar nos boulevards
de Paris. O gênio que criou tudo isso bem sabe o que fez. (Maximo Job, em O
Tempo, 23 de julho de 1892)".</span><o:p></o:p></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-size: 11.0pt;"><span class="textexposedshow"><br /></span></span>
<span style="color: #1d2129; font-size: 11.0pt;"><span class="textexposedshow"></span></span><br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-size: 11.0pt;">Na imagem, ilustração publicada no Jornal do Commercio,
na última década do século XIX, mostrando duas das sensações do Rio de Janeiro
de então: o Jardim Zoológico e o jogo do bicho.<o:p></o:p></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para história do jogo do bicho" src="http://constelar.com.br/wpconstelata/wp-content/uploads/2011/05/jogodobicho_origens.jpg" height="192" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 4.5pt; text-align: left;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-size: xx-small;"> </span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O jogo do bicho é
uma bolsa ilegal de apostas em números que representam animais. Foi inventado
em 1892 pelo barão João Batista Viana Drummond, fundador do Jardim Zoológico do
Rio de Janeiro, em Vila Isabel, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A fase de intensa
especulação financeira e jogatina na bolsa de valores nos primeiros anos da
república brasileira imprimiu grave crise ao comércio. Para estimular as
vendas, os comerciantes instituíram sorteios de brindes. Assim é que, querendo
aumentar a frequência popular ao zoológico, o barão decidiu estipular um prêmio
em dinheiro ao portador do bilhete de entrada que tivesse a figura do animal do
dia, o qual era escolhido entre os 25 animais do zoológico e passava o dia inteiro
encoberto com um pano. O pano somente era retirado no final do dia, revelando o
animal do dia. Posteriormente, os animais foram associados a séries numéricas
da loteria e o jogo passou a ser praticado largamente fora do zoológico, a
ponto de transformar a capital da república (de 1889 a 1960) na "capital
do jogo do bicho".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Atualmente, o jogo
do bicho continua a ser praticado em larga escala nas ruas das principais
cidades do Brasil, não obstante ser considerado uma contravenção pela
legislação penal brasileira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A origem do jogo
do bicho remonta ao fim do Império e início do período republicano. Jornais da
época contam que, para melhorar as finanças do jardim zoológico localizado no
bairro da Vila Isabel, que estava em dificuldades financeiras, o senhor de
terras e escravos João Batista Viana Drummond criou uma loteria em que o
apostador escolhia um entre os 25 bichos do zoológico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Cada bicho era
representado por quatro números consecutivos compreendidos entre 00 e 99. Havia
25 bichos numerados de 01 até 25 por ordem alfabética. Os números de 00 a 99
correspondiam aos 25 bichos conforme uma progressão aritmética, calculando o
próximo múltiplo de quatro. Por exemplo, o camelo (8) é 29-32, e a vaca (25),
97-00 (hoje, o bicho correspondendo a um número entre 0000 e 9999 é indicado
pelos dois dígitos finais.). Ao final do dia, os organizadores do jogo
revelavam o nome do bicho vencedor e afixavam o resultado num poste, o que até
os dias de hoje continua sendo feito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O jogo do bicho
permitia apostas de "simples moedas a tostões furados" numa época em
que a recessão tomava conta do Brasil. Essa modalidade de jogo, rapidamente, se
alastrou pelo país e tornou-se para o pobre algo comparável à bolsa de valores
para os mais abastados. Desse modo, quase sempre "investindo" com
poucas moedas, o apostador nunca deixava de "aplicar" na sua
"bolsa de valores", o que deu origem à expressão: "só ganha quem
joga".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A organização do
jogo de bicho preserva uma hierarquia como a de atores, teatro e platéia
(banqueiros, gerentes e apostadores). Nessa hierarquia, o "banqueiro"
é quem banca a totalidade do jogo e quem paga a banca. O "gerente de
banca" ou do ponto é quem repassa as apostas ao banqueiro e o prêmio ao
vendedor. O vendedor é agregado ao gerente de banca e é quem escreve e
intermedia o pagamento entre o apostador e o gerente. A banca e o ponto não
necessitam de um lugar fixo para operar: seus funcionários são, frequentemente,
encontrados nas ruas sentados em cadeiras ou caixas de frutas. Em outras
regiões do Brasil, pode-se entrar em contato por telefone e um motoboy vem
buscar o jogo em sua casa ou trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O jogo do bicho
tem algumas regras que estipulam limites nas apostas: um exemplo é a
"descarga" de alguns números muito apostados, como o número do túmulo
de Getúlio Vargas ou número do cavalo no dia de São Jorge. Para alguns
organizadores, os números muito jogados são cotados a fim de evitar a
"quebra da banca" tanto por parte das bancas de apostas como durante
a apuração no sorteio. Pelo fato de ser uma atividade que envolve dinheiro não
controlada pelo governo, o jogo tem atraído a atenção das autoridades corruptas
e criou-se um complexo e eficiente sistema para a realização da venda de
facilidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A Paraíba era o
único estado da federação onde o jogo do bicho era tolerado. As
"corridas" (extrações dos números premiados) eram feitas pela loteria
do estado da Paraíba e o estado cobrava taxas dos "banqueiros". A
atual administração da loteria, por entender ser ilegal a prática do jogo do
bicho, após duas décadas, voltou a ter seu bilhete lotérico estadual. Com esse
produto lotérico, a Loteria Estadual deu início a uma nova fase comercial, onde
ela chama para si a responsabilidade de produzir, distribuir e comercializar
seus produtos. A mudança vem atender às legislações federal e estadual em
vigor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Corre uma história
de que durante a ditadura militar, o presidente Humberto de Alencar Castelo
Branco, numa reunião da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste em
Recife, teria cobrado do então governador João Agripino a extinção do jogo na
Paraíba. Agripino teria respondido ao então presidente: "acabo com o jogo
do bicho na hora em que o senhor arranjar emprego para os milhares de
paraibanos que ganham a vida como cambistas".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Relação
com o Carnaval<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A ligação do jogo
do bicho com o carnaval começou por volta dos anos 1930, através de Natal da
Portela. Natal, desde cedo, esteve envolvido com o mundo do samba já que, no
quintal de sua casa na esquina com a estrada do Portela no subúrbio de Oswaldo
Cruz, realizavam-se rodas de samba. Nesse local, foi fundado o bloco
carnavalesco "Vai como pode", que se transformaria na Portela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Após perder um
braço por causa de um acidente de trem, Natal perdeu o emprego e foi trabalhar
como apontador de bicho na região de Turiaçu. Em pouco tempo, virou gerente de
banca e, depois, conseguiu montar a sua própria, vindo a se tornar banqueiro de
jogo do bicho, controlando toda a área de Madureira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Com a morte de seu
grande amigo Paulo da Portela, Natal, como forma de homenageá-lo, resolveu
investir dinheiro na Portela para que ela pudesse se transformar em uma grande
escola de samba, criando aí a figura do bicheiro patrono. Somado a suas
práticas clientelistas com a população de Madureira já que, devido a sua
infância pobre, Natal sempre procurava ajudar aos pobres através de doação a
igrejas, a instituições de caridade, pagamento de enterros etc., sua ligação
com o carnaval começou a adquirir prestígio, sendo até mesmo convidado pelo
então ministro Negrão de Lima a apresentar a Portela para a Duquesa de Kent no
Palácio Itamaraty em 1959.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Como forma de se
legitimar perante a sociedade, os demais banqueiros de jogo do bicho passaram a
seguir o exemplo de Natal, vinculando-se às escolas de samba de suas
respectivas áreas de atuação, o que posteriormente também seria usado, segundo
alguns, como forma de lavagem de dinheiro da contravenção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Contravenção<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Simples no começo,
o sistema de jogo do bicho multiplicou-se pelo território brasileiro. Câmara
Cascudo, no seu "Dicionário do folclore brasileiro", distinguia o
jogo como sendo "invencível" e que a sua repressão apenas ampliava
sua reprodução por todo o país. "Vício irresistível", escreveu o
folclorista: "(...) contra ele, a repressão policial apenas multiplica a
clandestinidade. O jogo do bicho é invencível. Está, como dizem os viciados, na
massa do sangue".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em "Ordem e
progresso" (1959) de Gilberto Freyre, descreveu o jogo do bicho como uma
das poucas atividades sem discriminação de classes no início da república. O
historiador José Murilo de Carvalho demonstrou em "Os bestializados: Rio
de Janeiro e a república que não foi" que a sociedade carioca difundia a
crença na sorte como uma forma de ganhar a vida sem trabalhar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O jogo do bicho é
semelhante a uma loteria federal, mas com algumas diferenças: uma delas é que o
jogador pode apostar qualquer valor, que muitas vezes é bem acima de suas
possibilidades. Quanto maior o valor apostado em uma sequência numérica
(milhar, centena, dezena, etc.), maior será o prêmio em caso de acerto. Com
essa flexibilidade de apostas, o jogador é livre para escolher pelo menor valor
possível o seu número da sorte nas 10 000 chances disponíveis em cada sorteio.
Exemplo: um apostador joga um real em uma milhar no primeiro prêmio (conhecido
como cabeça por ser a primeira milhar no topo da lista de resultados). Caso
acerte ela inteira (os quatro números), ele ganha 3 000 reais (apostas em São
Paulo). Se tivesse jogado cinquenta centavos na mesma aposta e acertado, o
apostador ganharia 1 500 reais. Toda banca (organização que faz a administração
do jogo do bicho) tem uma tabela de valores que são apresentados aos
apostadores, tabela essa que tem muito pouca diferença de banca para banca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os problemas do
Jogo do Bicho com a lei começaram apenas duas semanas depois de seu lançamento.
Assim como hoje, os jogos de azar eram proibidos no Brasil do século XIX, e
todo o tipo de sorteio deveria ser previamente aprovado pelas autoridades
locais. Apesar de ter dado o sinal verde para a operação do Jogo do Bicho, logo
a polícia do Rio de Janeiro se arrependeu de sua decisão, tendo considerado que
o jogo havia saído do controle, como mostra este informe público do jornal O
Tempo, ainda em 1892:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">“Ao
Dr. 2º Delegado dirigiu ontem o Dr. Chefe de Polícia o seguinte ofício: No
empenho de procurar atrair concorrência de visitantes ao Jardim Zoológico,
solicitou o seu diretor para certo recreio público licença, que lhe foi
concedida pela polícia, em vista da feição disfarçadamente inocente que da
simples primeira descrição do divertimento parecia se deduzir. Entretanto,
posta em prática essa diversão, se verifica que tem ela o alcance de verdadeiro
jogo, manifestamente proibido. Os bilhetes expostos à venda contêm a esperança
puramente aleatória de um prêmio em dinheiro, e o portador do bilhete somente
ganha o prêmio, se tem a felicidade de acertar com o nome a espécie do animal
que está erguido no alto de um mastro. Esta diversão, prejudicial aos
interesses dos encantos, que com a esperança enganadora de um incerto lucro se
deixam ingenuamente seduzir, é precisamente um verdadeiro jogo de azar, porque
a perda e o ganho dependem exclusivamente do acaso e da sorte.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Neste momento
começou a história de problemas do Jogo do Bicho com a lei, que foi marcada por
idas e vindas, até a sua proibição definitiva, em 1941, quando foi passada a
lei de proibição dos jogos de azar no Brasil. Apesar de sua popularidade e de
ser tolerado por muitas autoridades, o jogo do bicho é considerado uma
contravenção no Brasil, de acordo com o artigo 58 da Lei de Contravenções
Penais (Decreto-lei 3 688, de 3 de outubro de 1941). As pessoas que o exploram
são passíveis de prisão e multa e os apostadores são passíveis de multa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Legalização<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desde 2014,
tramita no Senado Federal do Brasil, o Projeto de Lei N.186, que dispõe sobre a
exploração de jogos de azar no Brasil, incluindo o jogo do bicho. O tema esta
sendo analisado pelos senadores e debatido publicamente junto a sociedade civil.<o:p></o:p></span></div>
<span class="textexposedshow" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></span><span style="color: #1d2129; font-size: 11.0pt;"></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-25282994524761604352017-06-17T02:28:00.003-07:002017-06-17T02:28:56.531-07:00A ERA VARGAS<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Resultado de imagem para A era vargas" src="http://www.historiabrasileira.com/files/2010/02/getulio-vargas2.jpg" height="320" width="258" /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Era Vargas é o período da história
do Brasil entre 1930 e 1945, quando Getúlio Vargas governou o Brasil por 15
anos e de forma contínua. Compreende a Segunda República e a Terceira República
(Estado Novo). </span></div>
<a name='more'></a><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Essa época foi um divisor de águas na história brasileira, por
causa das inúmeras alterações que Vargas fez no país, tanto sociais quanto
econômicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A Revolução de 1930 marcou o fim
da República Velha (com a deposição do presidente Washington Luís; a revogação
da constituição de 1891, com o objetivo de estabelecer de uma nova ordem
constitucional; a dissolução do Congresso Nacional; intervenção federal em
governos estaduais e alteração do cenário político, com a supressão da
hegemonia até então apreciada por oligarquias agriculturas de São Paulo e Minas
Gerais) e sinaliza o início da Era Vargas (tendo em conta que, após o triunfo
da revolução, uma junta militar provisória cedeu o poder a Vargas, reconhecido
como o líder do movimento revolucionário).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A Era Vargas é composta por três
fases sucessivas: o período do Governo Provisório (1930–1934), quando Vargas
governou por decreto como Chefe do Governo Provisório, cargo instituído pela
Revolução, enquanto se aguarda a adoção de uma nova constituição para o país, o
período da constituição de 1934 (quando , na sequência da aprovação da nova
constituição pela Assembléia Constituinte de 1933-1934, Vargas foi eleito pela assembléia
ao abrigo das disposições transitórias da constituição como presidente, ao lado
de um poder legislativo democraticamente eleito) e o período do Estado Novo (1937-1945),
que começa quando Vargas impõe uma nova constituição, em um golpe de Estado
autoritário, e dilui o congresso, assumindo poderes ditatoriais com o objetivo
de perpetuar seu governo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A deposição de Getúlio Vargas, do
seu regime do Estado Novo em 1945 e a posterior a redemocratização do país, com
a adoção de uma nova constituição em 1946 marca o fim da Era Vargas e o início
do período conhecido como Quarta República Brasileira. Posteriormente, Vargas
ainda voltaria à Presidência da República, eleito por voto direto, e governaria
o Brasil por três anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de
1954, quando se suicidou, com um tiro no coração, em seu quarto, no Palácio do
Catete, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Revolução
de 1930<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A chamada "revolução de
1930" foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais,
Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado que depôs o
presidente da república Washington Luís em 24 de outubro de 1930, impediu a
posse do presidente eleito Júlio Prestes e pôs fim à República Velha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="207" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f6/Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_1930.jpg/1024px-Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_1930.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: sans-serif;"><span style="background: none rgb(255, 255, 255); text-align: start;">Getúlio Vargas</span></span><span style="background-color: white; font-family: sans-serif;">, com outros líderes da </span><span style="font-family: sans-serif;"><span style="background: none rgb(255, 255, 255); text-align: start;">Revolução de 1930</span></span><span style="background-color: white; font-family: sans-serif;">, em </span><span style="font-family: sans-serif;"><span style="background: none rgb(255, 255, 255); text-align: start;">Itararé</span></span><span style="background-color: white; font-family: sans-serif;">, </span><span style="font-family: sans-serif;"><span style="background: none rgb(255, 255, 255); text-align: start;">São Paulo</span></span><span style="background-color: white; font-family: sans-serif;">, logo após a derrubada de </span><span style="font-family: sans-serif;"><span style="background: none rgb(255, 255, 255); text-align: start;">Washington Luís</span></span><span style="background-color: white; font-family: sans-serif;">.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="clear: left; float: left; font-family: "times new roman" , "serif"; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Com a quebra da Bolsa de Nova
Iorque ocorrida em outubro de 1929, inicia-se uma crise econômica de escala
mundial, esmagando todas as economias com alguma participação nos mercados
internacionais, caso do Brasil e suas exportações de café. Em 1929, lideranças
da oligarquia paulistana romperam a aliança com os mineiros, conhecida como
política do café-com-leite, e indicaram o paulista Júlio Prestes como candidato
à presidência da República. Em reação, o Governador de Minas Gerais, Antônio
Carlos Ribeiro de Andrada apoiou a candidatura oposicionista do gaúcho Getúlio
Vargas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 1 de março de 1930, foram
realizadas as eleições para presidente da República que deram a vitória ao
candidato governista, que era o governador do estado de São Paulo, Júlio
Prestes. Porém, ele não tomou posse, em virtude do golpe de estado desencadeado
a 3 de outubro de 1930, e foi exilado. Getúlio Vargas assumiu a chefia do
"Governo Provisório" em 3 de novembro de 1930, data que marca o fim
da República Velha no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Segunda
República (1930–1937)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Governo
Provisório (1930–1934)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Às 3 horas da tarde de 3 de
novembro de 1930, a Junta Militar Provisória passou o poder, no Palácio do Catete,
a Getúlio Vargas, (que vestia farda militar pela última vez na vida),
encerrando a chamada República Velha. No discurso de posse, Getúlio estabelece
17 metas a serem cumpridas pelo Governo Provisório. Na mesma hora, no centro da
cidade do Rio de Janeiro, os soldados gaúchos cumpriam a promessa de amarrar os
cavalos no obelisco da Avenida Central, atual Avenida Rio Branco, marcando
simbolicamente o triunfo da Revolução de 1930. Dos principais tenentes de 1930,
o único a estar presente ao ato foi o tenente João Cabanas que aparece nas
fotografias do evento. Esse gesto dos gaúchos foi cantado por Almirante, numa
marchinha de Lamartine Babo chamada O barbado foi-se: "O Rio Grande sem
correr o menor risco, amarrou, por telegrama, o cavalo no obelisco". E a letra
dizia ainda: "De sul a norte, todos viram a intrepidez de um Brasil heróico
e forte a raiar no dia 3... A Paraíba terra santa, terra boa, finalmente está
vingada, salve o grande João Pessoa..."Doutor Barbado" foi-se embora,
não volta mais".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Getúlio reconheceu, em um
discurso agradecendo o apoio do povo mineiro a ele, (discurso publicado em A
Nova Política do Brasil, volume 1, página 93), em Belo Horizonte, em 23 de
fevereiro de 1931, a primazia de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada como o primeiro
político a intuir que uma revolução se aproximava. Getúlio reconheceu também
Antônio Carlos como o político que lançou sua candidatura a presidente:
"Queria expressar-vos, pessoalmente, o meu profundo reconhecimento pela
espontaneidade e entusiasmo com que o povo mineiro aceitou minha candidatura
sugerida pela palavra, nesse momento precursora, de Antônio Carlos, o primeiro
que, numa clarividente certeza, vislumbrou na curva longínqua do horizonte, a
borrasca revolucionária".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Getúlio tornou-se Chefe do Governo
Provisório com amplos poderes. Os revolucionários não aceitavam o título
"Presidente da República". Seu governo provisório foi o segundo da
república. O primeiro governo provisório fora o de Deodoro da Fonseca. Getúlio
governava através de decretos que tinham força de lei. Esses decretos sempre
começavam assim: "- O 'Chefe do Governo Provisório' da República dos
Estados Unidos do Brasil, considerando que:..." No dia 11 de novembro de
1930 foi baixado o decreto nº 19.398[4] que instituiu e regulamentou o
funcionamento do Governo Provisório.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Entretanto, como o próprio
Getúlio confirma no Diário, no dia 4 de dezembro de 1932, nada foi encontrado
de irregularidades e de corrupção naquele regime deposto em 1930, motivo pelo
qual, mais tarde, surgiria a expressão: "os honrados políticos da República
Velha". O Tribunal Especial foi dissolvido, em 1932, sem ter condenado
ninguém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Houve, no início do Governo
Provisório, uma espécie de "comando revolucionário", denominado
oficialmente de Conselho Nacional Consultivo, criado pelo decreto que
regulamentou o Governo Provisório, e que recebeu o apelido de "Gabinete
Negro", do qual faziam parte Getúlio Vargas, Pedro Ernesto, o general José
Fernandes Leite de Castro, Ari Parreiras, Osvaldo Aranha, Góis Monteiro, José
Américo de Almeida, Juarez Távora e o tenente João Alberto Lins de Barros,
(quando este, que era interventor federal em São Paulo, ia ao Rio de Janeiro),
entre outros. O "Gabinete Negro" se sobrepunha ao gabinete
ministerial, tomava as decisões e definia os rumos da revolução.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 12 de dezembro de 1930,
através do decreto nº 19.482, é fortemente restringida a entrada de imigrantes
no Brasil, medida que vigorou até 1933, para evitar o aumento do número de
desempregados, na época, chamados de sem-trabalho, e também exigido, por este
decreto, que todas as empresas brasileiras tenham, pelo menos, 2/3 de
trabalhadores brasileiros em seus quadros, (a "Lei dos 2/3"), para
proteger o trabalhador nacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 19 de março de 1931, pelo
decreto nº 19.770, é regulamentada a sindicalização das classes patronais e
operárias, tornando-se obrigatória a aprovação dos estatutos dos sindicatos
trabalhistas e patronais pelo Ministério do Trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Getúlio conseguiu o
restabelecimento de relações amistosas entre o estado brasileiro e a Igreja
Católica, muito influente naquela época, e que estava rompida com o governo
brasileiro desde o advento da república e do casamento civil. O
restabelecimento do ensino religioso nas escolas públicas, em 30 de abril de
1931, pelo decreto nº 19.941, facilitou esta reconciliação com a Igreja
Católica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Realizaram-se seguidas e grandes
queimas de café, de 1931 até 1943, em um total estimado entre 50 a 70 milhões
de sacas, em Santos, e em outros portos, para a valorização do preço do café, o
qual tinha caído muito durante a Grande Depressão de 1929]. O total de sacas de
café queimadas equivalia a 4 anos da produção nacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Revolução
Constitucionalista de 1932<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/15/Cartaz_Revolucion%C3%A1rio_1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="188" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Paulistas contra Getúlio </td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Em 9 de julho de 1932, eclodiu a
Revolução Constitucionalista em São Paulo estendendo-se até o dia 2 de outubro
de 1932. Desde 1997, pela lei estadual paulista nº 9.497, o dia 9 de julho é
feriado estadual em São Paulo, relembrando a data. Os paulistas consideravam
que São Paulo estava sendo tratado como terra conquistada e sentiam que a
Revolução de 1930 fora feita contra São Paulo. Júlio Prestes tinha obtido, em
1930, 90% dos votos em São Paulo. Getúlio tivera 10% dos votos em São Paulo,
devido ao apoio do Partido Democrático. Após a Revolução de 1930, São Paulo
estava sendo governado por tenentes de outros estados. O tenente-interventor
que os paulistas mais detestaram foi João Alberto Lins de Barros, chamado
pejorativamente, pelos paulistas, de "o pernambucano". Outro
interventor militar foi o general Manuel Rabelo, que era muito ligado a João
Alberto, que continuava interferindo em São Paulo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O estopim da revolta paulista
foram as mortes de quatro estudantes paulistas, assassinados no centro de São
Paulo, por partidários de Getúlio Vargas, em 23 de maio de 1932: Mário Martins
de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de
Andrade (cujos nomes vieram a formar a sigla M.M.D.C. - Miragaia, Martins,
Dráusio e Camargo). Neste dia a população saíra às ruas protestando contra a
presença do ministro Osvaldo Aranha em São Paulo e Pedro de Toledo montou um
novo secretariado de governo (o chamado secretariado de 23 de maio) sem a
interferência dos tenentes e de Osvaldo Aranha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O movimento deflagrou a revolução
de 1932. Em 9 de julho, inicia-se o movimento constitucionalista. Foi montado
um grande contingente de voluntários civis e militares que travaram uma luta
armada contra o "Governo Provisório", chamado pelos paulistas de A
ditadura. Em 12 de agosto de 1932 faleceu Orlando de Oliveira Alvarenga, também
alvejado em 23 de maio. O dia 23 de maio é relembrado em São Paulo como o Dia
do Soldado Constitucionalista. Na região do atual estado do Mato Grosso do Sul
foi criado o Estado de Maracaju, que apoiava São Paulo. Abalado com a guerra, o
aviador Santos Dumont comete suicídio no dia 23 de julho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Iniciado em 9 de julho, a
Revolução Constitucionalista se estendeu até 2 de outubro de 1932, quando foi
derrotada militarmente. Terminada a Revolução de 1932, Getúlio Vargas se
reconcilia com São Paulo e, depois de várias negociações políticas, nomeia um
civil e paulista que apoiara a Revolução de 1930 para interventor em São Paulo,
Armando de Sales Oliveira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 1938, Getúlio participou
pessoalmente da inauguração da Avenida 9 de Julho, em São Paulo, e nomeou um
ex-combatente de 1932 para interventor federal em São Paulo: o médico Ademar
Pereira de Barros, que pertenceu ao Partido Republicano Paulista. Para suceder
a Ademar de Barros, Getúlio nomeou Fernando de Sousa Costa, que fora secretário
de agricultura de Júlio Prestes quando este governou São Paulo de 1927 a 1930.
Na versão do Governo Provisório, a Revolução de 1932 não era necessária, pois
as eleições já teriam data marcada para ocorrer. Mas, segundo os paulistas, não
teria havido redemocratização do Brasil, se não fosse o Movimento
Constitucionalista de 1932.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eleição
e nova Constituição<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O término da revolução
constitucionalista marcou o início de um período de democratização do Brasil.
Em 3 de maio de 1933, foram realizadas eleições para a Assembléia Nacional
Constituinte, quando as mulheres votaram pela primeira vez no Brasil em
eleições nacionais. O voto feminino já havia sido instituído no Rio Grande do
Norte, em 1928. Nesta eleição, graças à criação da Justiça Eleitoral, as
fraudes deixaram de ser rotina nas eleições brasileiras. Também, nesta eleição
de 3 de maio de 1933, houve pela primeira vez em eleições nacionais o voto
secreto, que havia sido introduzido no Brasil pelo presidente de Minas Gerais,
Antônio Carlos de Andrada, em 1929, para uma eleição suplementar para vereador
em Belo Horizonte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Foi instalada em 15 de novembro
de 1933 a Assembléia Nacional Constituinte, presidida por Antônio Carlos de
Andrada, que promulgou uma nova Constituição em 16 de julho de 1934. Nesta
data, a reconciliação com os paulistas já se solidificara, anotando Getúlio no
Diário: "Instalação da Constituinte... protestos, impugnações, atitude
serena e firme da bancada paulista, afastando debates de natureza política das
cogitações da constituinte."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Constituição era tida como
progressista para uns e para Getúlio: "Impossível de se governar com
ela!" A principal crítica feita por Getúlio à Constituição de 1934
referia-se ao seu caráter inflacionário, pois calculava-se que se todas as
nacionalizações de bancos e de mina fossem feitas e se todos os direitos sociais
nela previstos fossem implantados, os custos para as empresas privadas, as
despesas do governo e o déficit público se elevariam muito. Uma das grandes
despesas que o governo teria, que era prevista na constituição de 1934, no seu
artigo 138, era que o Estado deveria: "socorrer as famílias de prole
numerosa", que constituíam a maioria das famílias brasileiras daquela
época. A segunda crítica que o governo de Getúlio fazia à Constituição de 1934
era de que ela, sendo liberal demais, não permitia adequado combate à
subversão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O "Governo Provisório"
havia criado, em 1933, uma comissão de juristas, a "Comissão do
Itamaraty", para elaborar um anteprojeto de constituição, o qual previa um
poder executivo federal forte e centralizador, ao gosto de Getúlio. Porém a
Constituição de 1934, acabou sendo descentralizadora, dando certa autonomia aos
estados federados. Foram extintos os senados estaduais que jamais voltaram a
existir. No dia seguinte à promulgação da nova constituição, 17 de julho de
1934, ocorreu uma eleição indireta para a presidência da república: o Congresso
Nacional elegeu Getúlio Vargas como Presidente da República, derrotando Borges
de Medeiros, que desde 1931 fazia oposição a Getúlio, e outros candidatos.
Getúlio teve 173 votos, contra 59 votos dados a Borges de Medeiros. Os
paulistas votaram em Borges de Medeiros, contrariando a orientação do
interventor federal Armando de Sales Oliveira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Governo
Constitucional (1934–1937)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O novo mandato presidencial de
Getúlio iniciou no dia 20 de julho de 1934, quando tomou posse no Congresso
Nacional, jurando a nova constituição. Getúlio deveria governar até 3 de maio
de 1938. Não havia, na constituição de 1934, a figura do vice-presidente. Os
estados fizeram, depois, suas constituições, e muitos interventores se tornaram
governadores, eleitos pelas assembleias legislativas, o que significou uma
ampla vitória, nos estados, dos partidários de Getúlio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="226" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9a/Vargas_e_Roosevelt.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><b>Vargas e Franklin D. Roosevelt<span style="background-color: white; font-family: sans-serif;">, presidente dos Estados Unidos.</span></b></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="clear: left; float: left; font-family: "times new roman" , serif; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Foi sancionada, em 4 de abril de
1935, a lei nº 38, que definia os crimes contra a ordem política e social, que
possibilitou maior rigor no combate à subversão da ordem pública. Ficou
conhecida como Lei de Segurança Nacional. Em 22 de julho de 1935, foi criado um
programa oficial de rádio com notícias do governo: a "Hora do Brasil"
depois denominada "Voz do Brasil", existente ainda hoje.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 31 de agosto de 1935, Getúlio
Vargas vai à cidade mineira de João Monlevade lançar a pedra fundamental da
Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, "filha" da primeira usina
siderúrgica do Brasil, também em João Monlevade. Neste período de governo de
Getúlio, cresceu muito a radicalização político-ideológica no Brasil,
especialmente entre a Ação Integralista Brasileira (AIB), de inspiração
fascista, liderada por Plínio Salgado, e a Aliança Nacional Libertadora (ANL),
movimento dominado pelo Partido Comunista do Brasil (PCB), pró-soviético. O
fechamento da ANL, através de decreto nº 229 de 11 de julho de 1935,
determinado por Getúlio Vargas, bem como a prisão de alguns dos partidários,
precipitaram as conspirações que levaram à Intentona Comunista em 24 de
novembro de 1935 no nordeste do Brasil e a 27 de novembro de 1935 na capital
federal Rio de Janeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A partir da Intentona Comunista,
foram decretados várias vezes o estado de sítio e o estado de guerra, no país,
por Getúlio Vargas, assim como endurecidas as leis que visavam combater a
subversão. A Lei de Segurança Nacional foi reforçada, em 14 de dezembro de
1935, pela lei nº 136, que definia novos crimes contra a ordem pública. Em 18
de dezembro de 1935, são promulgadas três emendas à Constituição de 1934, dando
mais poderes ao Estado Brasileiro no combate à subversão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 17 de janeiro de 1936, é
sancionada a lei nº 192, visando limitar o poderio militar dos estados,
subordinando as polícias militares ao Exército Brasileiro, limitando os
efetivos e proibindo-as de possuírem artilharia, aviação e carro de combate.
Este armamento pesado que as policias estaduais possuíam foi entregue ao
Exército Brasileiro. Foi criado, em 11 de setembro de 1936, pela lei nº 244, um
tribunal especial para julgar os revolucionários da Intentona Comunista,
chamado de "Tribunal de segurança nacional". Cresceu muito, neste
período, a instabilidade política no Brasil. Tudo isto levou Getúlio, com amplo
apoio dos militares, a implantar o Estado Novo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em novembro de 1936, é criada a
Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil, a qual, pela lei
nº 454, de 9 de julho de 1937, passou a captar recursos no mercado de capitais
e nos fundos de pensões, para financiamento da agricultura e da pecuária. Em 11
de junho de 1937 é estatizado o Lloyd Brasileiro, pelo decreto nº 1.708, que
explorava a navegação de cabotagem de médio e longo curso, dando início a um
período longo de estatizações que se prolongou, no Brasil, até à década de
1980. O Lloyd foi encampado com o objetivo de enfrentar o cartel dos fretes
marítimos, tendo Getúlio dito, no discurso de lançamento de sua candidatura e
da Plataforma da Aliança Liberal, em 2 de janeiro de 1930: "As vantagens
da existência de várias empresas de cabotagem, entretanto são anuladas pelo
truste oficial dos fretes que torna impossível a livre concorrência". A
encampação do LLoys tinha sido autorizada pela lei nº 420 de 10 de abril de
1937.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A partir do final de 1936, o
cenário político passa a ser dominando pela sucessão presidencial. Em maio de
1937, Getúlio registra várias vezes, no "Diário", que tentara a
conciliação entre os dois candidatos a presidente da república (Armando Sales e
José Américo de Almeida). Relata um encontro com Flores da Cunha, no qual,
Getúlio e Flores: "Tratamos da sucessão presidencial, nem um nem outro
tínhamos candidato. Desejo de conciliação em termos gerais. Palestra
cordial". E no dia 21 de maio registra: "Falta saber se os adeptos da
candidatura Armando Sales aceitarão outro candidato, havendo conciliação geral,
ou se manterão essa candidatura, isto é, se haverá candidato único e conciliação
geral, ou luta entre dois candidatos".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Estado
Novo (1937–1945)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em 30 de setembro de 1937,
enquanto eram aguardadas as eleições presidenciais marcadas para janeiro de
1938, a ser disputadas por José Américo de Almeida, Armando de Sales Oliveira,
ambos apoiadores da revolução de 1930, e por Plínio Salgado, foi denunciada,
pelo governo de Getúlio, a existência de um suposto plano comunista para tomada
do poder. Este plano ficou conhecido como Plano Cohen. Foi posteriormente
acusado de ter forjado tal plano, um adepto do integralismo, o capitão Olímpio
Mourão Filho, o mesmo que daria início ao Golpe de Estado no Brasil em 1964.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Getúlio, em 10 de novembro de
1937, através de um golpe de Estado, instituiu o Estado Novo em um
pronunciamento em rede de rádio, no qual lançou um Manifesto à nação, no qual
dizia que o Estado Novo tinha como objetivo "reajustar o organismo político
às necessidades econômicas do país". O Estado Novo era favorável à
intervenção do Estado na atividade econômica, como afirmou: "É a
necessidade que faz a lei: tanto mais complexa se torna a vida no momento que
passa, tanto maior há de ser a intervenção do estado no domínio da atividade
privada".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0e/Propaganda_do_Estado_Novo_%28Brasil%29.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="211" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Propaganda do Estado Novo</td></tr>
</tbody></table>
<span style="clear: left; float: left; font-family: "times new roman" , "serif"; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">No dia do golpe de Estado Vargas
fez um pronunciamento determinou o fechamento do Congresso Nacional do Brasil e
outorgou uma nova constituição, a Constituição de 1937, que lhe conferia o
controle total do poder executivo e lhe permitia nomear, para os estados,
interventores a quem deu ampla autonomia para a tomada de decisões. Essa
constituição, elaborada por Francisco Campos, ficou conhecida como "a
Polaca", por se ter inspirado na constituição vigente na Polônia naquela
época. Os partidos políticos foram extintos em 2 de dezembro de 1937, pelo
decreto-lei nº 37. No dia 4 de dezembro são queimadas, numa grande cerimônia
cívica, na Esplanada do Russel, no Rio de Janeiro, as bandeiras dos estados
federados, os quais foram proibidos de terem bandeira e os demais símbolos
estaduais. O Estado Novo era contra qualquer demonstração de regionalismo, e
assim Getúlio se expressou sobre este tema em 1939: "Não temos mais
problemas regionais; Todos são nacionais, e interessam ao Brasil inteiro".
O governo implementava a censura à imprensa e a propaganda do regime através do
DIP, Departamento de Imprensa e Propaganda, criado pelo decreto-lei nº 1.915,
de 27 de dezembro de 1939.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A mais forte crítica a essa repressão
se refere a torturas ocorridas na Chefatura de Polícia da cidade do Rio de
Janeiro, durante a gestão de Filinto Müller (1933-1942), e se generalize as
acusações, por alguns críticos do Estado Novo, como tendo ocorrido tortura em
todo o Brasil, embora nenhum estudo afirme que Getúlio tinha conhecimento das
torturas ou ordenasse as torturas que ocorreram na Chefatura de Polícia da
cidade do Rio de Janeiro durante o Estado Novo. As torturas sofridas por Pagu,
Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira, que perdeu as unhas na prisão. são
os relatos mais proeminentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante o período, foram criados
o Conselho Nacional do Petróleo, o Departamento Administrativo do Serviço
Público pelo decreto-lei nº 579, de 30 de julho de 1938, com o objetivo de
racionalizar a administração pública e que foi extinto, pelo decreto nº 93.211,
de 3 de setembro de 1986, a Companhia Siderúrgica Nacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Com o início da Segunda Guerra
Mundial, em 1 de setembro de 1939, Getúlio Vargas e os militares mantiveram um
posicionamento neutro até 1941. No início de 1942, durante a conferência
Panamericana no Rio de Janeiro, os países do continente com exceção da
Argentina, decidem condenar o ataque japonês em Pear Harbor, e a declarações de
guerra unilaterais da Alemanha e Itália contra os EUA, rompendo relações
diplomáticas com estes países (Alemanha nazista, Itália fascista e Império do
Japão). Embora os Estados Unidos estivessem preparados para invadir o nordeste
brasileiro, caso os brasileiros não cedessem bases no seu litoral
norte-nordeste, o Brasil já havia através de acordos firmados no segundo
semestre do ano anterior concordado com tais cessões, em troca de vantagens
comerciais e intercâmbio militar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em represália, Alemanha e Itália
estenderam sua guerra submarina às nações americanas signatárias de tal
solidariedade diplomática para com os EUA, entre elas o Brasil. A tensão entre
Brasil e as potências européias do Eixo aumentou ao longo do ano de 1942, com
submarinos do eixo afundando navios mercantes brasileiros e forças aero navais
brasileiras atacando tais submarinos, em retaliação. Em agosto daquele ano,
após o submarino alemão U-507 efetuar o afundamento de vários navios mercantes
brasileiros num espaço de poucos dias, causando centenas de mortes civis e
comoção nacional, Vargas declara estado de guerra contra Alemanha e Itália no
dia 31 de agosto de 1942.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Após 2 anos de preparação,
pressão popular e negociação com autoridades americanas, uma Divisão de
Infantaria completa (cerca de 25 mil pracinhas, incluindo rodízios e
substituições necessárias para que a divisão conseguisse manter na frente de
batalha cerca de 12 mil homens), batizada da Força Expedicionária Brasileira
(FEB, ou também 1ª DIE), foi enviada em várias etapas a partir de julho de
1944, para combater na Campanha da Itália. Lá a divisão brasileira junto a
outras 19 divisões aliadas de diversas nacionalidades, tomou parte ativa a
partir de meados de setembro daquele ano (a partir de novembro como divisão
completa), das duas últimas fases da Campanha italiana: do lento rompimento da
Linha Gótica, e da última ofensiva aliada naquele front.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/aa/Brasil-uboat-Propaganda.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="182" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Propaganda brasileira anunciando a<br />
declaração de guerra as potencias do eixo</td></tr>
</tbody></table>
<span style="clear: left; float: left; font-family: "times new roman" , "serif"; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Com o fim da Segunda Guerra
Mundial e a volta dos pracinhas, começou a haver grande pressão política para o
fim do Estado Novo. Surgiu, então, um movimento chamado queremismo liderado
pelo empresário Hugo Borghi, que usava os slogans "Queremos Getúlio"
e "Constituinte com Getúlio". Ou seja, propunham que primeiro se
fizesse uma nova constituição e só depois se fizesse eleição para a presidência
da república. O crescimento do queremismo precipitou a queda de Getúlio.
Getúlio Vargas foi deposto em 29 de outubro de 1945 pelos mesmos militares
(como Góis Monteiro e Dutra), que o haviam levado ao poder e apoiado durante os
últimos 15 anos. Com a realização de eleições federais na sequência, terminava
a segunda ditadura civil militar brasileira.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Legado
Político<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A partir de Getúlio Vargas, dois
dos estados que fizeram a Revolução de 1930 tomaram o comando da política
nacional. Todos os presidentes de 1930 até 1964, são gaúchos ou mineiros,
excetuando-se Eurico Dutra, e, por alguns meses apenas, os presidentes Café
Filho, Nereu Ramos e Jânio Quadros. Nos 50 anos seguintes à Revolução de 1930,
mineiros e gaúchos estiveram na presidência da república por 41 anos. Com a
queda de Washington Luís acaba o ciclo de presidentes maçons. Nove dos
presidentes da república, na república velha, eram membros da maçonaria. Nos 60
anos seguintes a 1930, maçons ocupariam a presidência por meses apenas: Nereu
Ramos e Jânio Quadros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Três ex-ministros de Getúlio
chegaram à presidência da república: Eurico Gaspar Dutra, João Goulart e
Tancredo Neves, este não chegando a assumir o cargo. Três tenentes de 1930
chegaram à presidência da república: Castelo Branco, Médici e Geisel. O
gabinete ministerial de Castelo Branco, primeiro presidente do Golpe de 1964
era formado basicamente por antigos componentes do tenentismo, como Cordeiro de
Farias, Eduardo Gomes, Juraci Magalhães, Juarez Távora, Ernesto Geisel e o
próprio Castelo Branco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Um filho de um tenente de 1930
ocupou a presidência por oito anos: Fernando Henrique Cardoso, e um neto de
Lindolfo Collor, revolucionário e ministro de 1930, Fernando Collor de Mello,
também chegou à presidência da República. O ex-tenente Juarez Távora foi o
segundo colocado nas eleições presidenciais de 1955, e o ex-tenente Eduardo
Gomes, o segundo colocado, em 1945 e 1950. Ambos foram candidatos da UDN, o que
mostra também a influência dos ex-tenentes na UDN, partido este que tinha
ainda, entre os líderes, o ex-tenente Juraci Magalhães, que quase foi candidato
a presidente em 1960.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O vizinho rural de Getúlio Vargas
em São Borja, João Goulart, que Getúlio iniciou na política, também chegou à
presidência. O afilhado político e cunhado de João Goulart, Leonel Brizola, do
qual Getúlio foi padrinho de casamento e grande incentivador e
"professor" na política, também ocupou lugar de destaque na política
brasileira do século XX, e se candidatou à Presidência da República por duas
vezes. Leonel Brizola foi o único cidadão a ser eleito para governar dois
estados diferentes: o Rio Grande do Sul entre 1959 e 1962 e o Rio de Janeiro
por duas vezes: de 1983 a 1987 e de 1991 a 1994. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Porém, em São Paulo, sua votação
para a presidência da república nunca passava de 2% dos votos, correspondentes
ao número de gaúchos e carioca radicados em São Paulo, o que foi atribuído ao
fato de que São Paulo continua avesso ao getulismo. Os partidos fundados por
Getúlio Vargas, o PSD (partido dos ex-interventores no Estado Novo e
intervencionista na economia) e o antigo PTB, dominaram a cena política de 1945
até 1964. O PSD, a UDN e o PTB, os maiores partidos políticos daquele período,
eram liderados por mineiros (PSD e UDN) e por gaúchos (o PTB).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por outro lado, os partidos
políticos, criados por paulistas, neste período de 1945 a 1964, O PSP de Ademar
de Barros, o PTN e o PST de Hugo Borghi e o Partido Agrário Nacional de Mário
Rolim Teles, não conseguiram se firmar fora de São Paulo. Os interventores do
Estado Novo nos estados, na sua maioria, tornaram-se governadores eleitos de
seus estados, pelo PSD, o que demonstra a continuidade política do Estado Novo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sobre Ademar de Barros, Getúlio
disse à Revista do Globo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">“A
escolha de Ademar de Barros para a interventoria em São Paulo foi uma prova de
meu esforço de dar ao Brasil novos líderes. Ademar fora me apresentado não me
recordo por quem (Benedito Valadares) e passara a visitar-me frequentemente no
palácio, trazendo notícias de São Paulo. Ora vinha com uma novidade sobre a
política ora com detalhes sobre o progresso da indústria no estado bandeirante.
Com o tempo as visitas se tornaram mais repetidas de sorte que eu ficava ao par
de tudo o que acontecia em São Paulo....(Em São Lourenço), convidei-o apenas
para interventor e tracei-lhe as diretrizes que deveria tomar. Não o conhecia
muito bem e, era necessário, portanto, fazer-lhe algumas observações. (O
repórter pergunta se Ademar foi indicado por alguém): - Não, Mas eu suspeito
que ele era protegido de Filinto (Müller). ”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Antes de 1930, cada estado da
federação se unia apoiando um único candidato à presidência da República que
melhor defenderia o interesse do estado. Após 1930, cada eleição presidencial
faz os estados se dividirem internamente. A política não se fez mais, a partir
de 1945, em torno dos interesses de cada estado, mas sim em torno de nomes e
partidos políticos organizados a nível nacional. O caso mais significativo de
divisão interna de um estado foi a eleição presidencial de 1989 quando São
Paulo lançou 5 candidatos, sendo que todos os 5 foram derrotados por Fernando
Collor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desde a eleição de Júlio Prestes
em 1930, nenhum cidadão nascido em São Paulo foi eleito presidente da
república. Após 1930, paulistas ocuparam a presidência da república por alguns
dias apenas: Ranieri Mazzilli, Ulisses Guimarães e Michel Temer. Presidentes
considerados "de São Paulo", como Fernando Henrique Cardoso e Luís
Inácio Lula da Silva, que só chegaram ao poder 60 anos após a Revolução de
1930, são, respectivamente, carioca e pernambucano, embora FHC (Fernando
Henrique Cardoso) tenha vivido desde a adolescência na capital paulista e tenha
se formado na Universidade de São Paulo, e Lula tenha vivido em São Paulo desde
os sete anos de idade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Após 1930, os líderes políticos
locais passaram, aos poucos, a serem oriundos dos profissionais liberais,
entrando em franca decadência o líder local típico da República Velha, o
"coronel", geralmente um proprietário rural. Juscelino Kubitschek
disse sobre ele: "Vargas dirigiu a Nação por período equivalente ao da
maturidade de um homem público. Uma espantosa atividade política, sem paralelo
em nossa história republicana".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Apesar de quinze anos (1930 -
1945) não serem um período longo, em se tratando de carreira política,
raríssimos foram os políticos da República Velha que conseguiram retomar suas
carreiras políticas depois da queda de Getúlio em 1945. A renovação do quadro
político foi quase total. Renovação tanto de pessoas quanto da maneira de se
fazer política. Mesmo os poucos sobreviventes da República Velha, que voltaram
à política após 1945, jamais voltaram a ter o poder que tinham antes de 1930,
como foi o caso de Artur Bernardes, do dr. Altino Arantes e de Otávio
Mangabeira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Getúlio foi o primeiro a fazer no
Brasil propaganda pessoal em larga escala, chamada "culto à
personalidade", típica do nazismo-fascismo e do stalinismo, e ancestral do
marketing político moderno. A aliança elite-proletariado, criada por Getúlio,
tornou-se típica no Brasil, como a Aliança PTB-PSD, apoiada pelo clandestino
PCB na fase de 1946 - 1964, e atualmente com a aliança PT-PP-PMDB-Partido
Republicano (Brasil).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O "estilo conciliador"
de Getúlio foi incorporado à maneira de fazer política dos brasileiros, e teve
o maior adepto no ex-ministro da Justiça de Getúlio, Tancredo Neves. O maior
momento desse estilo conciliador foi a grande aliança política que se formou
visando as Diretas-já e, em seguida, uma aliança maior ainda em torno de
Tancredo Neves, visando a transição do Regime Militar para a democracia, em
1984 - 1985, quando Tancredo derrotou o candidato paulista Paulo Maluf. Sendo
que José Sarney, em sua posse na presidência da república, em 15 de março de
1985, leu o discurso escrito por Tancredo Neves no qual pregava conciliação
nacional: "Não celebramos, hoje, uma vitória política. Esta solenidade não
é a do júbilo de uma facção que tenha submetido a outra, mas festa da
conciliação nacional, em torno de um programa político amplo, destinado a abrir
novo e fecundo tempo ao nosso País."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por seu lado, o presidente João
Figueiredo, último presidente do regime militar (1964-1985) e filho do general
Euclides Figueiredo um dos comandantes da Revolução de 1932, acusava Getúlio de
ser um verdadeiro ditador e não eles, os militares: "No Brasil, quem inventou
golpe de Estado, prisão de político, fechamento de Congresso e senador
'biônico' não fomos nós, os milicos, e sim a mente maligna do Getúlio
Vargas."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Getúlio reatou amizade e aliança
com inúmeros políticos que com ele romperam ao longo dos 50 anos de vida
pública, e sobre isto, Getúlio tinha a frase famosa: "Nunca tive inimigos
com os quais não pudesse me reconciliar". Somente uma reconciliação jamais
ocorreu: com o presidente Washington Luís. Getúlio Vargas teria sido, segundo
algumas versões, o criador do populismo no Brasil, embora, na versão de
Tancredo Neves, o populismo era uma deformação do getulismo. Getúlio, apesar de
ter feito grandes obras como a Rio-Bahia e a hidrelétrica de Paulo Afonso, não
ficou conhecido como político do estilo "tocador de obras" como o
foram Ademar de Barros e Juscelino Kubitschek.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Apesar de considerado populista,
Getúlio sempre manteve a reserva e o respeito pela autoridade de presidente da
república, jamais aceitando tapinhas nas costas ou qualquer outra manifestação
de desrespeito à posição de presidente da república, segundo depoimento também
de Tancredo Neves, dado, em 1984, ao jornal O Pasquim, e em entrevista que deu
origem ao livro Tancredo Fala de Getúlio: "Eu nunca vi ninguém chegar
perto do doutor Getúlio e se permitir uma certa intimidade. Nunca vi ninguém
que tivesse tanto sentido de poder, da dignidade do poder, como o doutor
Getúlio. Aquilo vinha naturalmente dele". E à revista Pasquim, Tancredo
disse: "Se alguém contar a vocês que alguma pessoa chegou perto do doutor
Getúlio e contou uma piada, ou se permitiu um tapinha nas costas dele, ou outra
liberdade maior, estará mentindo. Irradiava um respeito que mantinha todo mundo
à distância".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Outro depoimento, também neste
sentido, de que Getúlio sempre mantinha uma postura séria de presidente, foi
dado, no centenário de nascimento de Getúlio, pelo seu ex-ministro Antônio
Balbino em sessão solene pelo centenário do nascimento de Getúlio na Assembléia
Legislativa de São Paulo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">E sobre Getúlio ser populista ou
não, Tancredo Neves disse no citado livro Tancredo Fala de Getúlio: <i>"O Getúlio não era um homem de fazer,
vamos dizer assim, adulação, de fazer concessões públicas aos trabalhadores...
Ele os tratava com muito respeito, mas os atendia nas suas reivindicações
quando justas e no essencial... Eu acho que o populismo foi uma caricatura do
getulismo(...) Era a adulação, a submissão ao que havia de mais negativo nos
sentimentos das massas brasileiras. Era servir-se da massa, e não servir à
massa."<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A partir de 1946 e até 1964, o
populismo tomaria impulso no Brasil, tendo entre os principais expoentes Ademar
de Barros, Jânio Quadros e João Goulart. Nos últimos anos, o representante do
populismo com maior projeção era Leonel Brizola do PDT, além de Paulo Maluf, do
PP. Existem várias divergências quanto a isso, mas muitos estudiosos também
incluem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um representante do
populismo, mas um populismo renovado e de esquerda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">São chamados de populistas pela
opinião liberal, porque a característica mais marcante desses políticos, após
1930, tem sido de terem um discurso voltado apenas para os direitos sociais,
sem a contrapartida dos deveres. Sendo considerados populistas também por não
dizerem de onde viriam os recursos financeiros necessários para poder se concretizar
esses direitos. Também, segundo a opinião liberal, o governante populista
procura estabelecer uma relação direta com o povo, passando ao largo dos
partidos políticos e dos parlamentos, como, por exemplo, através de plebiscito.
Atualmente os partidos nos quais o populismo não é explicito: PMDB, PT e o
PSDB, oriundo do PMDB, assumiram os papéis principais no jogo político, ao lado
do DEM (Antigo PFL) e PP, oriundos dos antigos partidos de apoio aos militares:
ARENA e PDS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Outro traço do estilo político de
Getúlio, depois copiado por vários políticos, é a espera paciente do momento
certo de agir no jogo político. Getúlio ensinava essa paciência aos adeptos,
como quando aconselhou, em 1953, o deputado paulista Vicente Botta: <i>"Nunca te atires contra a onda, espere
que ela passe, então aja"<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Na figura de Getúlio Vargas, e,
principalmente durante o Estado Novo,1937-1945, percebe-se características
ligadas ao populismo. Getúlio Vargas foi um político muito carismático e esteve
em contato direto com as massas trabalhadoras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> </span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Durante o Estado Novo, seu
governo apresentara caráter autoritário e controlador devido ao regime
ditatorial. Através dos vários meios utilizados em seu mandato, Getúlio
conseguiu apoio das massas trabalhadoras que em troca puderam ser beneficiadas.
Já em seu segundo governo, (1951-1954), o trabalhador foi o alvo de inúmeros
benefícios garantidos pela "Consolidação das Leis do Trabalho",
criada, por ele, durante o Estado Novo, sendo assegurado, o salário mínimo,
direito as férias entre outros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Vargas comunicava-se de maneira
simples e clara com as massas. Levando em conta esse aspecto, os meios de
comunicações como o rádio (mecanismo de grande alcance) atingia milhares de
pessoas com a mensagem do governo que divulgava os avanços e ganhos as massas.
Cabia a ele e aos outros mecanismos de divulgação, exaltar a figura de Getúlio
Vargas, não só como conciliador entre as classes e protetor dos oprimidos, mas
também como realizador do progresso material. Isso tudo juntamente com sua
figura carismática, contribuiu para o apoio conquistado das classes
trabalhadoras que viam nele, um homem preocupado com as condições de vida e os
interesses da população, o que acabou levando a Getúlio a receber a alcunha de
“pai dos pobres”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ao final do Estado Novo,em 1945
surge o “Queremismo”, fruto de seu carisma e da política populista, preocupada
com as massas, que apesar do lado ditatorial do governo, se sentia beneficiada
pelos ganhos obtidos e demonstrou apoio em um movimento a Vargas quando ele
mais precisava, defendendo sua permanência como presidente do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A política trabalhista é alvo de
polêmicas até hoje, e foi tachada de "paternalista" por intelectuais
de esquerda, que o acusavam de tentar anular a influência desta esquerda sobre
o proletariado, desejando transformar a classe operária num setor sob controle,
nos moldes da Carta do Trabalho (Carta del Lavoro) do fascista italiano Benito
Mussolini.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os defensores de Getúlio Vargas
contra-argumentam, dizendo que em nenhum outro momento da história do Brasil
houve avanços comparáveis nos direitos dos trabalhadores. Os expoentes máximos
dessa posição foram João Goulart e Leonel Brizola, sendo Brizola considerado o
último herdeiro político do getulismo, ou da Era Vargas, na linguagem dos
historiadores norte-americanos chamados de "brasilianistas".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A crítica de direita, ou liberal,
argumenta que, a longo prazo, estas leis trabalhistas prejudicam os
trabalhadores porque aumentam o chamado "Custo Brasil", onerando
muito as empresas e gerando a inflação que corrói o valor real dos salários.
Segundo esta versão, o "Custo Brasil" faz com que as empresas
brasileiras contratem menos trabalhadores, aumentem a informalidade, fazendo
com que as empresas estrangeiras se tornem receosas de investir no Brasil.
Assim, segundo a crítica liberal, as leis trabalhistas gerariam, além da
inflação, mais desemprego e subemprego entre os trabalhadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O intervencionismo estatal na
economia, iniciado por Getúlio, só cresceu com o passar dos anos, atingindo o
máximo no governo do ex-tenente de 1930 Ernesto Geisel. Somente a partir do
Governo de Fernando Collor se começou a fazer o desmonte do estado
intervencionista. E, durante 60 anos, após 1930, todos os ministros da área
econômica do governo federal foram favoráveis a intervenção do estado na
economia, exceto Eugênio Gudin por 7 meses em 1954, e a dupla Roberto Campos-Octávio
Bulhões, por menos de três anos (1964 - 1967).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">"Trabalhadores do
Brasil!" Era com esta frase que, a partir da época do Estado Novo, Getúlio
iniciava os discursos. Na visão dos apoiadores de Getúlio, ele não ficou só no
discurso. A orientação trabalhista do governo de Getúlio, que no ápice instituiu
a CLT com o salário-mínimo, limitação da jornada de trabalho, férias
remuneradas, a proibição de demissão sem justa causa do empregado após 10 anos
no emprego (caída em desuso, posteriormente, com o advento do FGTS em 1966), e
o 13º salário instituído pelo seu seguidor João Goulart, fizeram das leis
trabalhistas no Brasil, uma das mais protecionistas do mundo. Estas leis, quase
todas em vigor até hoje, na visão dos apoiadores de Getúlio, são como um legado
de proteção ao trabalhador formal, aqueles que possuem a Carteira de Trabalho
(CT), criada por Getúlio.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-87619504553907901862016-10-29T16:09:00.000-07:002016-10-29T16:09:36.625-07:00Quem foi Padre Cicero?<br />
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img height="200" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/Padre_C%C3%ADcero_c._1924.jpg/320px-Padre_C%C3%ADcero_c._1924.jpg" width="75" /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Cícero Romão Batista</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> (Crato, 24 de março de 1844 —
Juazeiro do Norte, 20 de julho de 1934) foi um sacerdote católico brasileiro.
Na devoção popular, é conhecido como <b>Padre
Cícero</b> ou <b>Padim Ciço</b>.
Carismático, obteve grande prestígio e influência sobre a vida social, política
e religiosa do Ceará bem como do Nordeste.</span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Proprietário
de terras, de gado e de diversos imóveis, Cícero fazia parte da sociedade e
política conservadora do sertão do Cariri. Sempre teve o médico Floro
Bartolomeu como o seu braço direito, e integrava o sistema político cearense
que ficou sob o controle da família Accioli durante mais de 2 décadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Nascido
no interior do Ceará, era filho de Joaquim Romão Batista e Joaquina Vicência
Romana, conhecida como dona Quinô. Ainda aos 6 anos, começou a estudar com o
professor Rufino de Alcântara Montezuma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para padre cicero" height="245" src="http://www.a12.com/files/media/originals/pecicero4.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Padre Cícero</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Um
fato importante marcou a sua infância: o voto de castidade feito aos 12 anos,
influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
1860, foi matriculado no colégio do renomado padre Inácio de Sousa Rolim, em
Cajazeiras, na Paraíba. Aí pouco demorou, pois a inesperada morte de seu pai,
vítima de cólera em 1862, obrigou-o a interromper os estudos e voltar para
junto da mãe e das irmãs solteiras. A morte do pai, que era pequeno comerciante
no Crato, trouxe sérias dificuldades financeiras à família de tal sorte que,
mais tarde, em 1865, quando Cícero Romão Batista precisou ingressar no
Seminário da Prainha, em Fortaleza, só o fez graças à ajuda de seu padrinho de
crisma, o coronel Antônio Luís Alves Pequeno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ordenação<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Durante
o período em que esteve no seminário, Cícero era considerado um aluno mediano
e, apesar de anos depois arrebatar multidões com seus sermões, apresentou notas
baixas nas disciplinas relacionadas à oratória e eloquência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para padre cicero" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTrwcPia-Tx2mXrMXdvKWELJilfA6BqvtYAt-zgjsbDxmdRuPoTV0GRUEHod_b4lRmzvqi_naxOmiCL6EgsKdetoJ0ddMJKHTqJ_Aid7zZI_EmkdNgfuKm9y7noXfXRD-48pvrEnCTGJ4/s320/DSC00869.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="227" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Jovem Cicero e Sua Única Irmã D. Angélica.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Cícero
foi ordenado padre no dia 30 de novembro de 1870. Após sua ordenação retornou
ao Crato e, enquanto o bispo não lhe dava paróquia para administrar, ficou a
ensinar latim no Colégio Padre Ibiapina, fundado e dirigido pelo professor José
Joaquim Teles Marrocos, seu primo e grande amigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Chegada a Tabuleiro Grande<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No
natal de 1871, convidado pelo professor Simeão Correia de Macedo, o padre
Cícero visitou pela primeira vez o povoado de Juazeiro (numa fazenda localizada
na povoação de Juazeiro, então pertencente à cidade do Crato), e ali celebrou a
tradicional missa do galo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
padre visitante, então aos 28 anos, estatura baixa, pele branca, cabelos
louros, penetrantes olhos azuis e voz modulada, impressionou os habitantes do
lugar. E a recíproca foi verdadeira. Por isso, decorridos alguns meses,
exatamente no dia 11 de abril de 1872, lá estava de volta, com bagagem e
família, para fixar residência definitiva no Juazeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Muitos
livros afirmam que Padre Cícero resolveu fixar morada em Juazeiro devido a um
sonho (ou visão) que teve, segundo o qual, certa vez, ao anoitecer de um dia
exaustivo, após ter passado horas a fio a confessar as pessoas do arraial, ele
procurou descansar no quarto contíguo à sala de aulas da escolinha, onde
improvisaram seu alojamento, quando caiu no sono e a visão que mudaria seu
destino se revelou. Ele viu, conforme relatou aos amigos íntimos, Jesus Cristo
e os doze apóstolos sentados à mesa, numa disposição que lembra a última Ceia,
de Leonardo da Vinci. De repente, adentra ao local uma multidão de pessoas
carregando seus parcos pertences em pequenas trouxas, a exemplo dos retirantes
nordestinos. Cristo, virando-se para os famintos, falou da sua decepção com a
humanidade, mas disse estar disposto ainda a fazer um último sacrifício para
salvar o mundo. Porém, se os homens não se arrependessem depressa, Ele acabaria
com tudo de uma vez. Naquele momento, Ele apontou para os pobres e, voltando-se
inesperadamente ordenou: - E você, Padre Cícero, tome conta deles!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><b>Apostolado</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uma
vez instalado, foras e viúvas para a organização de uma irmandade leiga,
formada por beatas, sob sua inteira autoridade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Atuou
sempre com zelo na recepção dos imigrarmado por um pequeno aglomerado de casas
de taipa e uma capelinha erigida pelo primeiro capelão-padre Pedro Ribeiro de
Carvalho, em honra a Nossa Senhora das Dores, padroeira do lugar, ele tratou
inicialmente de melhorar o aspecto da capelinha, adquirindo várias imagens com
as esmolas dadas pelos fiéis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Depois,
tocado pelo ardente desejo de conquistar o povo que lhe fora confiado por Deus,
desenvolveu intenso trabalho pastoral com pregação, conselhos e visitas
domiciliares, como nunca se tinha visto na região. Dessa maneira, rapidamente
ganhou a simpatia dos habitantes, passando a exercer grande liderança na
comunidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Paralelamente,
agindo com muita austeridade, cuidou de moralizar os costumes da população,
acabando pessoalmente com os excessos de bebedeira e com a prostituição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Restaurada
a harmonia, o povoado experimentou, então, os passos de crescimento, atraindo
gente da vizinhança curiosa por conhecer o novo capelão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Para
auxiliá-lo no trabalho pastoral, o padre Cícero resolveu, a exemplo do que
fizera Padre Ibiapina, famoso missionário nordestino falecido em 1883, recrutar
mulheres solteintes, dentre eles pode-se destacar José Lourenço Gomes da Silva,
líder do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No
ano de 1889, durante uma missa celebrada pelo padre Cícero, a hóstia ministrada
pelo sacerdote à religiosa Maria de Araújo se transformou em sangue na boca da
religiosa. Segundo relatos, tal fenômeno se repetiu diversas vezes durante
cerca de dois anos. Rapidamente espalhou-se a notícia de que acontecera um
milagre em Juazeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
pedido de padre Cícero a diocese formou uma comissão de padres e profissionais
da área da saúde para investigar o suposto milagre. A comissão tinha como
presidente o padre Clycério da Costa e como secretário o padre Francisco
Ferreira Antero, contava, ainda, com a participação dos médicos Marcos
Rodrigues Madeira e Ildefonso Correia Lima, além do farmacêutico Joaquim
Secundo Chaves. Em 13 de outubro de 1891, a comissão encerrou as pesquisas e
chegou à conclusão de que não havia explicação natural para os fatos ocorridos,
sendo portanto um milagre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Insatisfeito
com o parecer da comissão, o bispo Dom Joaquim José Vieira nomeou uma nova
comissão para investigar o caso, tendo como presidente o padre Alexandrino de
Alencar e como secretário o padre Manoel Cândido. A segunda comissão concluiu
que não houve milagre, mas sim um embuste.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Dom
Joaquim se posicionou favorável ao segundo parecer e, com base nele, suspendeu
as ordens sacerdotais de padre Cícero e determinou que Maria de Araújo, que
viria a morrer em 1914, fosse enclausurada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para padre cicero" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxC4JIWXFN1vIzfmxxBr4FeNoTfRDZiF7U5jZW4rRLRsGn7AD97NZzPAODKSgAlbHPpzmXccLQrC4lekThwhhkJslt3xv6ygTIWSd9RcW_ADn33-Xpg0E389XXT4ISM6b1HOYb4jhLD2YC/s320/Velorio-Padre-Cicero-01.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dia da morte do Padre Cícero</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
1898, padre Cícero foi a Roma, onde se reuniu com o Papa Leão XIII e com
membros da Congregação do Santo Ofício, conseguindo sua absolvição. No entanto,
ao retornar a Juazeiro, a decisão do Vaticano foi revista e padre Cícero teria
sido excomungado, porém, estudos realizados décadas depois pelo bispo Dom
Fernando Panico sugerem que a excomunhão não chegou a ser aplicada de fato.
Atualmente, Dom Fernando conduz o processo de reabilitação do padre Cícero
junto ao Vaticano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
13 de dezembro de 2015, Padre Cícero recebeu perdão da Igreja Católica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para padre cicero" height="175" src="http://hortodopadrecicero.net.br/wp-content/uploads/568x312/compre_horto/2015/06/even5.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Todos os anos no feriado da sexta-feira da paixão vários romeiros <br />escolhem como roteiro para este período a visita aos locais de devoção<br /><div style="text-align: left;">
<span style="font-size: 12.8px;"> a Padre Cícero.</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><b>Política</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Era
filiado ao extinto Partido Republicano Conservador (PRC). Foi o primeiro
prefeito de Juazeiro do Norte, em 1911, quando o povoado foi elevado a cidade.
Em 1926 foi eleito deputado federal, porém não chegou a assumir o cargo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
4 de outubro de 1911, o padre Cícero e outros 16 líderes políticos da região se
reuniram em Juazeiro e firmaram um acordo de cooperação mútua bem como o
compromisso de apoiar o governador Antônio Pinto Nogueira Accioli. O encontro
recebeu a alcunha de Pacto dos Coronéis, sendo apontado como uma importante
passagem na história do coronelismo brasileiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para padre cicero" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWm5vy_aTdjxLZn-sUbK08GYScPRp_wss_Uw9STzBanRdjFL9laVzwVMULjpOJ7Bb_PUMLCIkScQO3RJVhbzo25Ct-XGe9ORrvG3Fyjq3vBXl7Mab6cy6SrQxeTdEI-tTKbSLqF_MN1ema/s320/pe.cicero2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="215" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Padre Cícero e Floro Bartolomeu - a união<br /> entre religião e política no sertão do Ceará</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
1913, foi destituído do cargo pelo governador Marcos Franco Rabelo, voltando ao
poder em 1914, quando Franco Rabelo foi deposto no evento que ficou conhecido
como Sedição de Juazeiro. Foi eleito, ainda, vice-governador do Ceará, no
Governo do General Benjamin Liberato Barroso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ao
fim dos anos 20, o padre Cícero começou a perder a sua força política, que praticamente
acabou depois da Revolução de 1930. Seu prestígio como santo milagreiro, porém,
aumentaria cada vez mais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ligação com o cangaço<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Virgulino
Ferreira da Silva, o Lampião, era devoto de padre Cícero e respeitava as suas
crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, em Juazeiro do
Norte, em 1926. Naquele ano, a Coluna Prestes, liderada por Luís Carlos
Prestes, percorria o interior do Brasil desafiando o Governo Federal. Para
combatê-la foram criados os chamados Batalhões Patrióticos, comandados por
líderes regionais que muitas vezes arregimentavam cangaceiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Existem
duas versões para o encontro. Na primeira, difundida por Billy Jaynes Chandler,
o sacerdote teria convocado Lampião para se juntar ao Batalhão Patriótico de
Juazeiro, recebendo em troca, anistia de seus crimes e a patente de Capitão.[9]
Na outra versão, defendida por Lira Neto e Anildomá Willians, o convite teria
sido feito por Floro Bartolomeu sem que padre Cícero soubesse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
certo é que ao chegarem em Juazeiro, Lampião e os 49 cangaceiros que o
acompanhavam, ouviram padre Cícero aconselhá-los a abandonar o cangaço. Como
Lampião exigia receber a patente que lhe fora prometida, Pedro de Albuquerque
Uchoa, único funcionário público federal no município, escreveu em uma folha de
papel que Lampião seria, a partir daquele momento, Capitão e receberia anistia
por seus crimes. O bando deixou Juazeiro sem enfrentar a Coluna Prestes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
padre Cícero faleceu em Juazeiro do Norte em 20 de julho de 1934, aos 90 anos,
encontrando-se sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na
mesma cidade.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-2936326733215620882016-10-28T06:01:00.001-07:002016-10-28T06:01:34.447-07:00A Batalha da Ponte Mílvia<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Milvbruck.jpg" height="188" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3a/Milvbruck.jpg" width="200" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A Batalha da Ponte Mílvia ou
Batalha da Ponte Mílvio</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">
foi o último confronto travado no verão de 312, durante a Guerra Civil entre os
imperadores romanos Constantino, o Grande (r. 306–337) e Magêncio (r. 306–312)
próximo à ponte Mílvia, uma das várias sobre o rio Tibre, em Roma. Precisamente
teria ocorrido em 28 de outubro. </span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Constantino seria o vencedor da batalha e
passaria desde então a trilhar o caminho que levou-o a extinguir a Tetrarquia
vigente e tornar-se o governante único do Império Romano. Magêncio, por outro
lado, morreria afogado no Tibre durante o combate.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Num
claro intento de apagar a memória de Magêncio (damnatio memoriae), Constantino
revogou sua legislação e deliberadamente apropriou-se dos projetos de
construção realizados por ele, notadamente a Basílica de Magêncio e o Templo de
Rômulo, que fora dedicado a seu filho Valério Rômulo. Constantino adotou uma
postura de conciliação e não perseguiu os apoiantes de Magêncio que pertenciam
ao senado; os senadores, por sua vez, concederam-lhe um título especial de
"título do primeiro nome" e erigiram o arco triunfal que levaria seu
nome. Além disso, ele desmantelou a guarda pretoriana e a cavalaria imperial e
estabeleceu as escolas palatinas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="309" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e3/Dream_of_Constantine_Milvius_BnF_MS_Gr510_fol440.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Iluminura do
Sonho de Constantino e batalha da Ponte Mílvia</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> nas Homilias </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 10pt;">de Gregório de
Nazianzo</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Segundo
os cronistas do século IV Eusébio de Cesareia e Lactâncio, a batalha marcou o
começo da conversão de Constantino ao Cristianismo. Eusébio de Cesareia relata
que Constantino e seus soldados tiveram uma visão do Deus cristão
prometendo-lhes a vitória caso eles exibissem o sinal do Qui-Rô, as duas
primeiras letras do nome de Cristo em grego, em seus escudos. O Arco de
Constantino, erigido para celebrar esta vitória, atribui em seus relevos e
inscrições à intervenção divina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desde
293, o Império Romano está dividido em duas metades, cada qual governada por um
Augusto (imperador sênior) e um César (imperador júnior). Em 306, o Augusto do
Ocidente Constâncio Cloro (r. 293–306) falece em Eboraco (atual Iorque,
Inglaterra) e seus soldados elevam seu filho Constantino, o Grande (r. 306–337)
como seu sucessor. O Augusto do Oriente Galério (r. 293–311), no entanto, eleva
Flávio Severo (r. 305–307) à posição de Augusto, pois pelas prerrogativas do
sistema tetrárquico vigente, sendo ele o César ocidental, deveria suceder o
Augusto morto. Após algumas discussões diplomáticas, Galério demoveu
Constantino para a posição de César, o que ele aceitou, permitindo assim que
Severo assumisse sua posição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Magêncio
(r. 306–312), filho de Maximiano (r. 285-305; 310), o Augusto antecessor de
Constâncio Cloro, com inveja da posição de Constantino, declara-se imperador na
Itália com o título de príncipe e chama seu pai da aposentadoria para
co-governar consigo. Durante o ano de 307, ambos sofrem invasões de Flávio
Severo, que é derrotado e morto, e Galério, que decide retirar-se. Em 308, na
Conferência de Carnunto convocada por Galério, o oficial Licínio (r. 308–324)
foi nomeado Augusto do Ocidente e deveria, portanto, lidar com o usurpador,
porém nada fez. No mesmo ano, em algum momento antes da conferência, Maximiano
tentara depor seu filho num fracassado plano, o que forçou-o a fugir para a
corte de Constantino na Gália.[4][6]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="207" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/35/23_Estancia_de_Constantino_%28Visi%C3%B3n_de_la_Cruz%29.jpg/1024px-23_Estancia_de_Constantino_%28Visi%C3%B3n_de_la_Cruz%29.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Afresco A Visão
da Cruz, representação da Escola de Rafael</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> da visão de Constantino. 1520-1524<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
310, contudo, Maximiano também tentaria depor Constantino, mas seria derrotado
e forçado a suicidar-se. No ano seguinte, Magêncio, conclamando vingança pela
morte de seu pai, declara guerra a Constantino, que responde com uma invasão ao
norte da Itália com 40 000 soldados; Zósimo alega que o exército invasor era de
90 000 infantes e 8 000 cavaleiros provenientes de germânicos e celtas
subjugados e de parte do exército estacionado na Britânia. Após o cerco de
Segúsio (atual Susa, Itália),[16] Constantino dirige-se para o interior e
depara-se com uma força de Magêncio acampada nas imediações de Augusta dos
Taurinos (atual Turim).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="208" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/cc/Batalla_en_Puente_Milvio_entre_Constantino_y_Majencio.jpg/1024px-Batalla_en_Puente_Milvio_entre_Constantino_y_Majencio.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Afresco <i style="background-color: #f9f9f9; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">Batalha da Ponte Mílvia</i><span style="background-color: #f9f9f9; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">, representação de </span>Júlio Romano<span style="background-color: #f9f9f9; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;">. 1520-1524</span></td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ele
derrota a nova ameaça e então dirige-se para Mediolano (atual Milão), que lhe
abre as portas. Ele permaneceu na cidade até meados do verão e então prossegue
marcha. Seu próximo combate ocorre nas imediações de Bríxia (atual Bréscia),
onde um exército fora enviado pelo prefeito pretoriano Rurício Pompeiano, que
estava estacionado em Verona, para bloquear seu caminho. Constantino conseguiu
rapidamente derrotar aqueles que obstruíam sua passagem e logo dirigiu-se
contra a base veronesa de Magêncio. Pompeiano opôs-se ao imperador invasor em
dois confrontos consecutivos às portas da cidade. Rurício foi morto e seu
exército destruído. Verona rendeu-se logo depois, seguida por Aquileia, Mutina
(atual Módena) e Ravena. Com isso o caminho direto para Roma abriu-se para ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Visão de Constantino<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Segundo
Lactâncio, Constantino foi visitado em sonho na noite anterior à batalha, no
qual foi aconselhado a "marcar o sinal divino de Deus nos escudos de seus
soldados". Ele seguiu as ordens recebidas e marcou os escudos com um sinal
"denotando Cristo". Lactâncio descreve o sinal como um
"estaurograma" ou cruz latina com sua extremidade superior
arredondada em "P".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eusébio
de Cesareia, por sua vez, faz dois relatos da batalha. No primeiro, extraído da
História Eclesiástica, ele afirma que Deus teria ajudado Constantino, mas não
menciona qualquer visão. Na posterior Vida de Constantino ele faz menção à
visão e alega ter ouvido a história do próprio imperador. Segundo este relato,
Constantino estava marchando com seu exército ao meio-dia (não é descrito a
localização exata, mas é certo que fora antes da batalha) quando avistou nos
céus um troféu da cruz aparecendo da luz do sol, portando a mensagem grega
"Εν Τούτῳ Νίκα" (En toutō níka), costumeiramente traduzida para o
latim como In Hoc Signo Vinces (Neste sinal vencerás). De início ele não teria
entendido com clareza a aparição, mas na noite seguinte foi visitado em sonho
por Cristo que explicou-lhe que ele deveria usar aquele sinal contra seus
inimigos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eusébio
então descreve o sinal como Qui (Χ) atravessado por Rô (Ρ) ou </span><span lang="JA" style="font-family: "ms mincho"; mso-bidi-font-family: "MS Mincho";">☧</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">, um símbolo representando as
primeiras duas letras da grafia grega da palavra Cristo (Christos). A descrição
eusebiana da visão tem sido explicada como um "halo solar", um
fenômeno meteorológico que pode produzir efeitos similares. Em 315, um medalhão
foi emitido em Ticino mostrando Constantino trajando um elmo brasonado com o
Qui-Rô, e moedas emitidas em Síscia em 317/318 repetem a imagem. A figura era
de outra forma rara e é incomum na iconografia e propaganda imperial antes dos
anos 320.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Magêncio
preparou-se para o mesmo tipo de guerra que travou contra Severo e Galério:
permaneceu em Roma e organizou-se para um cerco. Ele ainda controlava os
guardas pretorianos na cidade e estava bem abastecido com cereais africanos e
cercado por todos os lados pelas aparentemente impenetráveis Muralhas
Aurelianas. Ele ordenou que todas as pontas que atravessavam o rio Tibre fossem
cortadas, relatadamente sob conselho dos deuses, e deixou o resto da Itália
Central indefesa; Constantino, aproveitando-se disso, assegurou o apoio da
região sem problemas. Constantino prosseguiu vagarosamente através da Via
Flamínia, permitindo que a fraqueza de Magêncio suscitasse mais tumulto em seu
regime. O apoio a Magêncio continuou a enfraquecer: nas corridas de biga em 27
de outubro, a multidão abertamente zombou de Magêncio, gritando que Constantino
era invencível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="240" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/ff/RomaBasilicaMassenzioDaPalatino.JPG/800px-RomaBasilicaMassenzioDaPalatino.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Basílica
de Magêncio no monte Palatino<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Magêncio,
não mais certo que emergiria vitorioso de um cerco, organizou um acampamento em
frente à ponte Mílvia, que ligava a Via Flamínia a Roma, e ordenou a montagem
de uma ponte flutuante temporária através do Tibre próximo a ela em preparação
para uma batalha campal; Zósimo relata que construiu-se uma ponte de madeira
dividida em duas partes que uniam-se através de uma parte central que continha
presilhas de ferro capazes de serem removidas caso o exército inimigo tentasse
atravessá-la. Em 28 de outubro de 312, o sexto aniversário de seu reinado, ele
se aproximou dos protetores dos Livros Sibilinos para conselho. Os protetores
profetizaram que, naquele dia, "o inimigo dos romanos" morreria.
Magêncio avançou para norte para encontrar Constantino em batalha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="218" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3d/ArcoCostantino.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Arco de Constantino<span style="background-color: #f9f9f9; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;"> em </span>Roma<span style="background-color: #f9f9f9; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; text-align: left;"> erigido em 315<br />para celebrar sua vitória</span></td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Magêncio
organizou suas forças — duas vezes maiores que as de Constantino — em longas
filas de frente para o campo de batalha, com suas costas bem próximo ao rio, o
que se mostraria um empecilho à mobilidade de suas tropas. O exército de Constantino,
que chegara ao campo portanto símbolos incomuns sobre seus estandartes ou sobre
seus escudos, foi disposto junto ao longo de todo o comprimento da linha
inimiga. Após avistar uma grande quantidade de corujas em voo, Constantino
ordenou que sua cavalaria atacasse, e eles conseguiram quebrar a cavalaria
magenciana. Ele então enviou sua infantaria contra a infantaria inimiga,
empurrando muitos deles para o Tibre, onde foram abatidos ou se afogaram. Os
cavaleiros da guarda imperial e os pretorianos de Magêncio inicialmente
mantiveram suas posições, mas quebraram sob a força do ataque da cavalaria
constantiniana. Magêncio fugiu com eles e tentou cruzar sua ponte, mas segundo
Zósimo caiu no rio junto de seus soldados quando ela arrebentou devido ao peso
em excesso; segundo Lactâncio, ele teria sido empurrado junto de seu cavalo no
Tibre pela massa de soldados em fuga. Os soldados que permaneceram na margem
foram capturados ou mortos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Rescaldo e consequências<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Constantino
entrou em Roma em 29 de outubro. Ele encenou um grande advento (cerimônia de
chegada) na cidade e deparou-se com grande júbilo popular. O corpo de Magêncio
foi fisgado do Tibre e decapitado e sua cabeça foi exibida através das ruas
para todos verem. Após as cerimônias, a cabeça decepada de Magêncio foi enviada
para Cartago, o que teria encerrado a resistência a seu domínio, já que a
África Proconsular pertencia aos territórios do falecido. As descrições da
entrada de Constantino em Roma omitem qualquer menção dele concluindo sua
procissão no Templo de Júpiter Capitolino, onde sacrifícios eram geralmente
realizados. Apesar disso, esse silêncio não é encarado como prova de que ele já
fosse cristão naquele momento, sendo muito mais um mero emprego para mostrar as
sensibilidades cristãs do monarca. Constantino, por sua vez, decidiu visitar a
Cúria senatorial, onde prometeu restaurar seus privilégios ancestrais e deu-lhe
um papel seguro em sua reforma do governo: não haveria perseguição aos
apoiantes de Magêncio. Em resposta, o senado decretou-o "título do
primeiro nome", que significa que seu nome seria listado primeiro em todos
os documentos oficiais, e aclamou-o como "o maior Augusto". Ele
emitiu decretos retornando propriedades confiscadas, reconvocando exilados
políticos e libertando oponentes políticos presos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sua
vitória resultou em sua ascensão ao título de Augusto Ocidental, ou soberano de
toda porção ocidental do Império Romano, reconhecida por Licínio, único Augusto
Oriental após a morte de Maximino Daia (r. 305–313), no ano seguinte. Magêncio
foi condenado ao damnatio memoriae, com toda sua legislação sendo invalidada e
Constantino usurpando todos os seus consideráveis projetos de construção,
incluindo o Templo de Rômulo (que fora dedicado ao filho do falecido, Valério
Rômulo) e a Basílica de Magêncio. Os mais fortes apoiantes de Magêncio no
exército foram neutralizados quando a II Legião Parta foi removida de Alba
Longa e o restante do exército de Magêncio foi enviado para cumprir dever na
fronteira do rio Reno. Além disso, a guarda pretoriana e a cavalaria imperial
(equites singulares), ambas instituídas pelo reinado de Augusto (r. 27 a.C.–14
d.C.) foram debandadas. Elas seriam substituídas por um corpo de tropas de
elite ligadas à pessoa do imperador, as escolas palatinas, que, a partir daí,
seriam o núcleo do sistema militar romano, enquanto os velhos corpos de tropa
territoriais eram negligenciados. A quase totalidade das forças militares
móveis estava agora à disposição imediata do imperador — com exceção de certas
unidades territoriais que eram equiparadas às forças móveis e chamadas
pseudocomitatenses — concentradas em áreas urbanas onde pudessem ser mantidas abastecidas
dos suprimentos que eram agora a maior parte do soldo militar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Constantino
recebia de presente em memória à sua vitória um Arco triunfal dedicado pelo
senado que fora oficialmente aberto em 25 de julho de 315, com cerimônias que
envolveram sacrifícios a Apolo, Diana, Hércules, etc. Localizava-se entre o
Palatino e o Célio, sobre a chamada Via Triunfal. Ele estava cuidadosamente
posicionado de modo a alinhá-lo com a estátua colossal do Sol construída por
Nero (r. 54–68) e situada no Coliseu. Dentre os relevos contidos no monumento
há imagens representando a deusa Vitória, ao mesmo tempo que não há quaisquer
elementos da imagética cristã, embora isso possa ser um ato deliberado do
senado, que era pagão. Nele ainda há uma inscrição, exposta nos lados norte e
sul, na qual associa-se a vitória à intervenção divina:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">imp
· caes · fl · constantino · maximo · p · f · avgusto · s · p · q · r · qvod ·
instinctv · divinitatis · mentis · magnitvdine · cvm · exercitv · svo · tam ·
de · tyranno · qvam · de · omni · eivs · factione · vno · tempore · ivstis ·
rempvblicam · vltvs · est · armis · arcvm · trivmphis · insignem · dicavit<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ao
imperador César Flávio Constantino, o maior, pio, [e] afortunado, o Senado e
povo de Roma, por inspiração [de uma] divindade e sua própria grande mente com
seus justos exércitos [derrotou] o tirano e sua facção numa batalha legítima
[e] vingou a república, dedicou este arco como um memorial para sua vitória
militar.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="240" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/ad/Arch_of_Constantine%2C_Inscription_on_South_side%2C_Rome_%288130462845%29.jpg/800px-Arch_of_Constantine%2C_Inscription_on_South_side%2C_Rome_%288130462845%29.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Inscrição na parte sul do Arco de Constantino</td></tr>
</tbody></table>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-32481742045245983232016-10-28T05:27:00.001-07:002016-10-28T05:27:48.356-07:001922: Fim da Marcha sobre Roma<br />
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Benito Mussolini im Jahr 1943 (picture alliance/Everett Collection)" src="http://www.dw.com/image/19305166_303.jpg" height="112" width="200" /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
dia 28 de outubro de 1922, chegava ao fim a Marcha sobre Roma, liderada por
Benito Mussolini, marcando o início do regime fascista na Itália.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Tais
"marchas sobre Roma" já haviam ocorrido diversas vezes na história da
cidade, como por exemplo no ano 43, quando Otávio seguiu em direção à capital
do Império Romano com o objetivo de forçar sua nomeação ao posto de cônsul.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
principal marcha da história do país, no entanto, foi conduzida pelo
guerrilheiro republicano Giuseppe Garibaldi, tendo levado à unificação italiana
no século 19. Foi exatamente essa marcha que serviu de inspiração para Benito
Mussolini.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
1923, Mussolini foi imitado na Alemanha por Adolf Hitler, que tentou organizar
uma marcha de Munique a Berlim, com o intuito de tomar o poder. Sua tentativa
terminou, porém, poucas horas depois de ser iniciada, tendo levado o simples
nome de Marcha para o Feldherrenhalle (o panteão dos heróis nacionais alemães,
em Munique). Apesar do fracasso, Hitler pelo menos participou pessoalmente da
marcha, o que Mussolini não podia afirmar de si próprio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Nos
anos que se sucederam à Primeira Guerra Mundial, a Itália era dominada por
relações políticas tão caóticas quanto as observadas na Alemanha na mesma
época, durante a República de Weimar. Nem a Alemanha nem a Itália tinham
tradição democrática e, assim, foi possível que principalmente partidos
políticos radicais e agitadores ideológicos de linhas políticas marginais
acabassem tirando proveito da confusão geral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Um
desses agitadores da extrema direita foi Benito Mussolini, professor primário e
jornalista, oriundo da região da Emilia Romana. Sem qualquer ideologia política
consistente, Mussolini e seu movimento fascista logravam despertar os
sentimentos de seus compatriotas, ansiosos por uma liderança e pelo ideal de
grandeza em tempos de insegurança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">26 mil de prontidão<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
fato de o movimento fascista não contar com bons prognósticos nas eleições
democráticas não perturbava o antidemocrata Mussolini. Ele se via mais como um
"homem de ações" e dava preferência de qualquer maneira a outras
formas de chegar ao poder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
dia 16 de outubro de 1922, Mussolini delegou a seus adeptos de Vecchi, de Bono,
Balbo e Bianchi a tarefa de atacar Roma quando ele ordenasse. Para isso,
Mussolini colocou à disposição dos quatro comandantes 26 mil combatentes, que
ficaram em prontidão diante da cidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<img alt="Resultado de imagem para marcha sobre roma" height="227" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ae/Bundesarchiv_Bild_102-09844,_Mussolini_in_Mailand.jpg" width="320" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Mussolini
ameaçou então o rei – que governava sob um regime constitucional – de fazer uso
de meios militares, caso suas exigências não fossem cumpridas. No dia 24 de
outubro de 1922, Mussolini anunciou: "Ou o governo é transferido para
nossas mãos, ou nós tomamos o poder através de um ataque a Roma. Isso é agora
uma questão de dias, talvez de horas".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">De
Roma não houve, de início, nenhuma resposta. O governo, que se reuniu pela
última vez no dia 28 de outubro, estava ainda decidido a resistir às ameaças.
Incumbido de defender Roma, o general Pugliese negou-se, no entanto, a seguir
as ordens do rei. No mesmo dia, o rei Vittorio Emanuele dissolveu o governo e
delegou ao liberal de direita Salanda a formação de um novo gabinete. As
expectativas do rei eram de que Salanda convocasse Mussolini para fazer parte
de seu governo e evitasse, com isso, o golpe de Estado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para marcha sobre roma" height="211" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5f/Bundesarchiv_Bild_146-1969-065-24,_M%C3%BCnchener_Abkommen,_Ankunft_Mussolini.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Benito Mussolini
e Adolf Hitler firmaram pactos,</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 10pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 10pt;">princi-</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 10pt;"> palmente </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 10pt;">o Pacto de Aço, para aliar a
Itália e a Alemanha na </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 10pt;"> Segunda</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 10pt;"> Guerra Mundial.</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">De
Milão, Mussolini comunicou ao rei não estar de forma alguma disposto a
participar de um governo liberal. O desprezo do líder fascista pelo liberalismo
pode ser constatado em seu texto Poder e Adesão: "Para a destemida,
inquieta e crua juventude, há outras palavras que exercem uma fascinação muito
maior, e estas são ordem, hierarquia e disciplina. Esse pobre liberalismo
italiano, que suspira e luta por uma liberdade maior, é de certa forma tardio.
O fascismo não se acanha hoje de autodenominar-se não-liberal e
antiliberal".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<img alt="Resultado de imagem para marcha sobre roma" height="199" src="http://www.brasil247.com/images/cms-image-000342042.jpg" width="320" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
rejeição de sua proposta por Mussolini e a ameaça que ainda pairava no ar de
que tropas fascistas pudessem marchar sobre Roma fizeram com que o rei cedesse.
No dia 29 de outubro de 1922, Vittorio Emanuele convocou Benito Mussolini a
formar um governo fascista. Nos dois dias que se seguiram, os homens de
prontidão foram postos em marcha para Roma, onde chegaram sob chuvas
torrenciais. O duce só tomou um trem em Milão, com destino a Roma, na noite de
29 de outubro. Ele chegou confortavelmente, descansado e seco à capital
italiana na manhã do dia 30.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
Marcha sobre Roma e suas circunstâncias foram polêmicas, mas ela pôde ser muito
utilizada pelo governo fascista como propaganda. Mussolini ocultou da opinião
pública que, para ele, a marcha só começara na noite de 29 de outubro, dentro
de um confortável vagão-leito. Ao contrário, Mussolini falou seguidas vezes da
sua "revolução italiana", afirmando que três mil "mártires"
haviam sido mortos durante um conflito que na verdade nunca aconteceu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<img alt="Resultado de imagem para marcha sobre roma" height="225" src="https://3.bp.blogspot.com/-Q-CihMUKMoI/VuQ1cDiaT_I/AAAAAAAAETY/jMrNya4ZM-gMQmBtkejMhQ2XvHtGipgrg/s320/000145171.jpg" width="320" /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Num
aspecto, o departamento de propaganda do governo fascista falhou por completo.
A tentativa de implantar um novo calendário na Itália foi fadada ao fracasso.
Nesse calendário, estava planejado colocar "o primeiro dia do ano
zero" como o dia em que a Marcha sobre Roma teria supostamente ocorrido:
28 de outubro de 1922.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-41560590154759240882016-10-24T04:46:00.000-07:002016-10-24T04:46:15.240-07:00RICARDO I DA INGLATERRA<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Resultado de imagem para ricardo coração de leão" src="http://i0.statig.com.br/bancodeimagens/8s/4x/h5/8s4xh50wyzghjdtdftcavitlg.jpg" height="200" width="150" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ricardo I</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> (Oxford, 8 de setembro de 1157 –
Châlus, 6 de abril de 1199), também conhecido como <b>Ricardo Coração de Leão</b> por sua grande reputação como guerreiro e
líder militar, foi o Rei da Inglaterra de 6 de julho de 1189 até sua morte.
Também foi Duque da Normandia, Aquitânia e Gasconha, Senhor do Chipre, Conde de
Anjou, Maine e Nantes e Suserano da Bretanha em vários momentos durante o mesmo
período. </span><br />
<a name='more'></a><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ele era o terceiro filho do rei Henrique II de Inglaterra e da rainha
Leonor da Aquitânia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Aos
dezesseis anos, Ricardo comandou seu próprio exército, acabando com rebeliões
contra seu pai em Poitou. Ele foi o principal comandante cristão durante a
Terceira Cruzada, liderando a campanha depois da saída de Filipe II de França,
conseguindo consideráveis vitórias contra Saladino, o líder muçulmano, mesmo
não tendo conseguido conquistar Jerusalém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ricardo
falava a língua de oïl, um dialeto francês, e occitana, uma língua falada no
sul da França e nas regiões próximas. Ele viveu no Ducado da Aquitânia e passou
pouquíssimo tempo na Inglaterra, preferindo usar seu reino como uma fonte de
renda para apoiar seus exércitos. Era visto por seus súditos como um herói
piedoso. Ricardo permanece até hoje como um dos poucos reis ingleses mais
lembrados pelo epíteto do que pelo número régio, sendo uma grande figura
icônica na Inglaterra e França.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ricardo
era o terceiro filho de Henrique II de Inglaterra e Leonor da Aquitânia, depois
de Guilherme, Conde de Poitiers, que morreu criança, e Henrique o Jovem. Foi
educado essencialmente pela mãe e quando Leonor decidiu separar-se de Henrique
II e ir viver em Poitiers no fim da década de 1170, Ricardo acompanhou-a.
Enquanto príncipe, recebeu uma excelente educação, mas sobretudo voltada para a
cultura francesa. Ricardo nunca aprendeu a falar inglês e pouca ou nenhuma
importância deu à Inglaterra durante a sua vida. Essa "negligência"
beneficiou seu irmão João, que posteriormente, quando de sua ausência, na
terceira cruzada, tentou-lhe usurpar o poder. João também foi o responsável
pela Magna Carta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
1168, tornou-se Duque da Aquitânia em conjunção com Leonor, no âmbito da
política de Henrique II em dividir os seus territórios pelos filhos. A medida
não obteve os objetivos esperados porque, em 1173, Leonor e Ricardo foram os
responsáveis por uma revolta generalizada contra Henrique II que partiu da
Aquitânia. O rei controlou os motins no ano seguinte, perdoando a Ricardo e
Henrique o Jovem, mas encarcerando Leonor. Talvez por isso e pelo humilhante
pedido de desculpas a que foi obrigado, Ricardo nunca se reconciliou totalmente
com o pai. Após este episódio, Ricardo teve que lidar ele próprio com diversas
revoltas da nobreza da Aquitânia que desejavam vê-lo substituído por um dos
irmãos, e que suprimiu com violência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Com
a morte de Henrique o Jovem em 1183, Ricardo torna-se no inesperado sucessor do
trono inglês e do Ducado da Normandia. Em 1188, com a relação dos dois que
continuava péssima, Henrique II considerou que Ricardo não merecia mais a
Aquitânia e tentou entregar este ducado a João I de Inglaterra, o seu filho
mais novo. Ricardo, por sua vez, não gostou de se ver preterido pelo irmão e
preparou-se para defender o seu território, pedindo ajuda a Filipe II de
França. Juntos, responderam à invasão das tropas de Henrique II, que acabou por
morrer pouco depois de ter sido derrotado numa batalha em 1189.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ricardo
tornou-se então rei da Inglaterra, duque da Normandia e conde de Anjou,
sucedendo ao pai que detestava, sendo coroado em 3 de setembro, na Abadia de
Westminster. Livre para perseguir os seus próprios interesses, Ricardo não
permaneceu muito tempo na Inglaterra. Imediatamente após a subida ao trono,
começou a preparar a expedição à Terra Santa que seria a Terceira Cruzada. Para
tal, não hesitou em esvaziar o tesouro do pai, cobrar novos impostos, vender
títulos e cargos por somas exorbitantes a quem os quisesse pagar e até libertar
o rei Guilherme I da Escócia dos seus votos de vassalagem por cerca de 10 000
marcos. O único entrave era a ameaça constante que Filipe II de França
representava para os seus territórios no continente, e que Ricardo resolveu convencendo-o
a juntar-se também à cruzada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
primeira paragem dos cruzados foi na Sicília em 1190, onde Ricardo e Filipe se
imiscuíram na política local, saqueando algumas cidades de caminho. Foi nesta
altura e por este motivo que Ricardo comprou a inimizade do Sacro Império e
nomeou o sobrinho Artur I, Duque da Bretanha como seu herdeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
1191, Ricardo e o seu exército desembarcam em Chipre devido a uma tempestade. A
presença de tantos homens foi considerada uma ameaça pelo líder bizantino da
ilha, e em breve os conflitos apareceram. A resposta de Ricardo foi violenta:
não só se recusou a partir, como massacrou os habitantes das cidades que lhe
resistiram, espalhando a destruição na ilha. Depois do cerco de Cantaras, Isaac
Comneno abdicou e Ricardo tornou-se o dono de Chipre. Foi também neste ano que
casou com a princesa Berengária de Navarra, numa união a que nunca ligou e que
não produziu descendência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
junho de 1191, Ricardo chegou à Terra Santa a tempo de aliviar o cerco de Acre
imposto por Saladino. Estava já sem aliados, depois de uma série de desavenças
com Filipe e o duque Leopoldo V da Áustria. A sua campanha foi um sucesso e
granjeou-lhe o estatuto de herói, bem como o respeito dos adversários, mas
sozinho com o seu exército não poderia nunca realizar o seu principal objetivo
de recuperar Jerusalém para o controle cristão. Além disso, a influência de
João na política em Inglaterra e de Filipe II, demasiado próximo agora da
Aquitânia e Normandia, obrigavam um urgente regresso à Europa. No Outono de
1192, Ricardo iniciou o caminho de volta, depois de se recusar em ver sequer de
longe Jerusalém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Na
viagem de regresso, Ricardo reencontrou Leopoldo da Áustria, que não lhe havia
perdoado os insultos recebidos em Acre (Israel), foi feito prisioneiro e mais
tarde entregue ao imperador Henrique VI do Sacro Império. O seu cativeiro em
Dürnstein, na Áustria, não foi severo e durante os quatorze meses em que foi
mantido prisioneiro (dezembro de 1192 a 4 de fevereiro de 1194) Ricardo
continuou a ter acesso aos privilégios que a sua condição de rei determinava. O
seu resgate custou 150 000 marcos ao tesouro de Inglaterra, soma equivalente ao
dobro da renda anual da coroa, o que colocou o país na absoluta bancarrota e
obrigou a muitos impostos adicionais nos anos seguintes. Como prova de
agradecimento a Deus pela sua libertação, Ricardo arrependeu-se publicamente
dos seus pecados e foi coroado uma segunda vez. Apesar do esforço do país para
o libertar, Ricardo abandonou a Inglaterra de novo ainda no mesmo ano de 1194
para lidar com os problemas fronteiriços com a França nos territórios do
continente. Desta vez para não mais regressar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ricardo
morreu como consequência de ferimentos provocados por uma flecha que o atingiu
no abdómen em abril de 1199. O próprio facto de ter sido atingido naquela zona
do corpo é revelador da sua personalidade. Se tivesse usado uma armadura nesse
dia, não teria morrido. O seu corpo está sepultado na Abadia de Fontevraud, junto
de Henrique II de Inglaterra e de Leonor da Aquitânia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
rei Ricardo morreu sem deixar descendentes e foi sucedido pelo seu irmão João
Sem Terra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para ricardo coração de leão" height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/04/RicardoIInglaterra.jpg/220px-RicardoIInglaterra.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="290" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Estátua
de Ricardo I, em frente ao Palácio de Westminster<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-26716656688480559062016-10-23T04:17:00.000-07:002016-10-23T04:17:46.994-07:00SALADINO<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Resultado de imagem para saladino" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Dd7lBAItsVifoHlVjJ-gc7JN6PMm_4LW2jy83L3NmgIUlHnmU7H4MX8ztLXGbfYOgSApv33RyJy2DMt1p6YhU0RFhQ4FjwCVh-pNITHHPfUNoJR5Ys94aovGTG8AIbQDT6Ln0LKolEE/s200/saladino.jpg" width="136" /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Saladino
- </span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> ca. 1138 — 4 de março de 1193, foi um chefe
militar curdo muçulmano que se tornou sultão do Egito e da Síria e liderou a
oposição islâmica aos cruzados europeus no Levante. No auge de seu poder, seu
domínio se estendia pelo Egito, Palestina, Síria, Iraque, Iêmen e pelo Hijaz.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">
Foi responsável por reconquistar Jerusalém das mãos do Reino de Jerusalém, após
sua vitória na Batalha de Hattin e, como tal, tornou-se uma figura emblemática
na cultura curda, árabe, persa, turca e islâmica em geral. Saladino, adepto do
islamismo sunita, tornou-se célebre entre os cronistas cristãos da época por
sua conduta cavalheiresca, especialmente nos relatos sobre o sítio a Kerak em
Moab, e apesar de ser a nêmesis dos cruzados, conquistou o respeito de muitos
deles, incluindo Ricardo Coração de Leão; longe de se tornar uma figura odiada
na Europa, tornou-se um exemplo célebre dos princípios da cavalaria medieval.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Nasceu em Tikrit (no atual
território do Iraque) em 1138, e morreu em Damasco, hoje capital da Síria, em
1193. Foi o responsável por restaurar o sunismo no Egito.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Saladino distinguiu-se pela
primeira vez nas campanhas do Egito, sendo nomeado vizir. Sultão do Egito a
partir de 1175, sucedeu a Atabeg de Moçul, em nome de quem partiu à conquista
do Egito. Unificou o país (1164-1174), a Síria (1174-1187) e a Mesopotâmia,
tornando-se um poderoso dirigente. Doutrinou zelosamente seu povo a encarar a
luta contra a cristandade como uma guerra santa e fundou colégios para o ensino
da religião islâmica.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para balduíno iv" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil-DPzwwbh9QFqFRNBbaMt3W_PsHZQd57jejS4ANYnzxkFGBotWedIyWqsRfjNkeY53Vue4NQK4nVLG5YJb_GZhYLfnjCx8dqUxYfIt28CXIG1xj_ABZbgxA6IS1BWJUezoSdAtF2FrtlU/s320/balduino.bmp" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="274" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Baldwin IV, Rei de Jerusalém<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em duas ocasiões, em 1170 e 1172,
Saladino recuou de uma invasão ao Reino Latino de Jerusalém. Essas ordens
haviam sido dadas por Nur ad-Din, e Saladino esperava que aquele Reino Cruzado
permanecesse intacto, como um estado satélite entre o Egito e a Síria, até que
Saladino pudesse ganhar controle sobre a Síria também. Nur ad-Din e Saladino já
estavam rumo à guerra aberta nesses termos, quando Nur ad-Din morreu, em 1174.
O herdeiro de Nur ad-Din, as-Salih Ismail al-Malik era apenas um menino, sob os
cuidados de eunucos da corte, e morreu em 1181.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Imediatamente após a morte de Nur
ad-Din, Saladino marchou até Damasco e foi bem recebido na cidade. Lá ele
reforçou sua legitimidade, de acordo com o costume da época, casando com a
viúva de Nur ad-Din. Por outro lado, Alepo e Moçul, as outras duas maiores
cidades que Nur ad-Din havia governado, nunca foram tomadas, porém Saladino
conseguiu impor sua influência e autoridade a elas em 1176 e 1186,
respectivamente. Enquanto ele estava ocupado no cerco a Alepo, em 22 de maio de
1176, o sombrio grupo de assassinos do Ismaili, o Hashshashin, tentou matá-lo.
Eles conduziram dois atentados à sua vida, no segundo deles chegando a ponto de
infligir ferimentos.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Enquanto Saladino consolidava seu
poder na Síria, geralmente deixava em paz o reino Cruzado, embora fosse
frequentemente vitorioso nas ocasiões em que batalhava com os cruzados. Uma
exceção foi a batalha de Montgisard no dia 25 de novembro de 1177. Nela ele foi
derrotado pelas forças combinadas de Balduíno IV de Jerusalém, Reinaldo de Chatillon
e os Cavaleiros Templários. Apenas um décimo de seu exército conseguiu retornar
ao Egito.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para ricardo coração de leão e saladino" height="320" src="http://images.uncyc.org/pt/thumb/5/56/Reiarthur.gif/300px-Reiarthur.gif" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="281" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rei Ricardo Coração de Leão</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Uma trégua foi declarada entre
Saladino e os Estados Cruzados em 1178. Saladino passou o ano seguinte
recuperando-se da derrota e reconstruindo seu exército, retornando ao ataque em
1179, quando derrotou os Cruzados na batalha de Jacob's Ford. Contra-ataques
cruzados provocaram ainda outras retaliações de Saladino. Reinaldo de
Chatillon, em particular, perturbou as rotas de comércio e peregrinação
muçulmanas com uma frota no Mar Vermelho, uma rota marítima que Saladino
necessitava manter aberta. Como resposta, Saladino construiu uma frota de 30
galés para atacar Beirute em 1182. Reinaldo ameaçou atacar as cidades sagradas de
Meca e Medina. Em retribuição, Saladino cercou Al Karak, o forte de Reinaldo no
Senhorio da Transjordânia, em 1183 e 1184. Reinaldo respondeu saqueando uma
caravana de peregrinos no Hajj em 1185. De acordo com a Old French Continuation
de Guilherme de Tiro, do final do século XIII, Reinaldo capturou a irmã de
Saladino durante uma pilhagem a uma caravana, embora isso não seja atestado em
outras fontes contemporâneas, sejam elas muçulmanas ou francas. De fato,
Reinaldo havia atacado uma caravana anterior, e Saladino mandou a guarda
garantir a segurança de sua irmã e do filho dela, que não chegaram a sofrer
danos.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em julho de 1187, Saladino
capturou a maior parte do reino de Jerusalém. No dia 4 de julho de 1187 ele
deparou-se, na Batalha de Hattin, com as forças combinadas de Guy de Lusignan,
Rei Consorte de Jerusalém, e Raimundo III de Trípoli. Somente na batalha, o
exército Cruzado foi em grande parte aniquilado pelo exército motivado de
Saladino, naquilo que foi um desastre completo para os cruzados e uma virada na
história das Cruzadas. Saladino capturou Reinaldo de Chatillon e providenciou
pessoalmente sua execução. Guy de Lusignan também foi capturado, porém sua vida
foi poupada. Dois dias após a batalha de Hattin, Saladino ordenou a execução de
todos os prisioneiros de ordem militar por decapitação. As execuções eram
levadas a cabo à medida que o próprio secretário de Saladino, Imad ad-Din,
descreve (Ibid, pág. 138): "Ele (Saladino) ordenou que eles deveriam ser
decapitados, preferindo tê-los mortos a prisioneiros. Com ele estava um grande
grupo de sufis e estudiosos, e certo número de devotos e ascetas; cada um
implorava permissão para matar um deles, e desembainhava sua espada e
arregaçava sua manga. Saladino, com uma expressão alegre no rosto, estava sentado
no seu dais; os descrentes mostravam um negro desespero." A execução dos
prisioneiros em Hattin não foi a primeira de Saladino. Em 29 de agosto de 1179
ele tomou o castelo em Bait al-Ahazon, e aproximadamente 700 prisioneiros foram
capturados e executados.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">De acordo com Beha ad-Din,
Saladino planejava conquistar a Europa após a captura de Jerusalém:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">“Enquanto
eu (Beha ad-Din) aguardava, Saladino voltou-se para mim e disse: "Creio
que, quando Deus me conceder a vitória sobre o resto da Palestina, deverei
dividir meus territórios, fazer um testamento declarando meus desejos, e então
içar velas neste mar, para suas terras longínquas, a lá arrebatar os francos,
de maneira a livrar a terra de qualquer um que não acredite em Deus, ou morrer
tentando.”<o:p></o:p></span></i><br />
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Logo, Saladino já havia capturado
quase todas as cidades dos cruzados. Ele tomou Jerusalém em 2 de outubro de
1187, após um cerco. Saladino inicialmente não pretendia garantir termos de
anistia aos ocupantes de Jerusalém, até que Balian de Ibelin ameaçou matar
todos os muçulmanos da cidade, estimado entre três e cinco mil pessoas, e
destruir os templos sagrados do Islã na Cúpula da Rocha e a mesquita de Al-Aqsa
se não fosse dada anistia. Saladino consultou seu conselho e esses termos foram
aceitos. Um resgate deveria ser pago por cada franco na cidade, fosse homem,
mulher ou criança. Saladino permitiu que muitos partissem sem ter a quantia
exigida por resgate para outros. De acordo com Imad al-Din, aproximadamente
sete mil homens e oito mil mulheres não puderam pagar por seu resgate e foram
tornados escravos.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para saladino" height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/83/ChristiansBeforeSaladin.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="220" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA; mso-fareast-theme-font: minor-fareast;">Cristãos perante Saladino
durante a<br /> Terceira Cruzad</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Apenas Tiro resistiu. A cidade
era então comandada pelo Conrado de Monferrato. Ele fortaleceu as defesas de
Tiro e suportou dois cercos de Saladino. Em 1188, em Tortosa, Saladino libertou
Guy de Lusignan e devolveu-o à sua esposa, a rainha Sibila de Jerusalém. Eles
foram primeiro a Trípoli, e depois a Antioquia. Em 1189 eles tentaram reclamar
Tiro para seu reino, mas sua admissão foi recusada por Conrado, que não
reconhecia Guy como rei. Guy então começou o cerco de Acre.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para saladino" height="240" src="https://lh3.googleusercontent.com/WkGPlo60czzMy1tA3uwVdWSUz7JjMaooXONbNeUX4tc_UPZm8DXLqRi-DehwoHxdyfVmwWwT7SzA5Vovn903ia3yQHM4kxyQdmCUBVSvOI9RBNz6yX7uQNWDoLlsIHYN6_VcSo2bjxl7rNTn1T8lRh66IXNfcVZgRtPctTGgwfmXHyGTLy36C9DG83zLXqjR6lMaEtd_Uj1-1a5jcuVnoUetcg0nxJZBYUvi6pSzlimrOUtvhCGkr9tuSVOSQSc1YQ9GG-LB-Ta1ukwdMiYjsxq3DHBgwlE9MoSFhM65A2Pg6UQ_1nuIomXRaoUflCDnj-8ZTvFOwrItOBHE03gV8VI2zrPjn94PvwAv6wwpu8YlzfpiakzUblYl7gV1fiyBoFeAAD9yhxEJpEBLnki-H4O-RzeS3CbAf731OQoWzPW1jRelBfP74nIkRvtxXn_KifiYnsVbgIHYqcW7oMEW9q8uskzQYbdn7dF-tma7j-VREeFCq9hwahTApO5iQnJvdvkrdwabMOR9uBuoa_ZXJKuZalQfu4Vj3OeNy9YdqVBuMeTKNBjTrjHYH_KhPMJfHXrL=w800-h600-no" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Tumba de Saladino em Damasco, na Síria. Fotografia: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Godfried Warreyn.<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Hattin e a queda de Jerusalém
foram causas da Terceira Cruzada, financiada na Inglaterra por um especial
"dízimo de Saladino". Essa cruzada retomou a cidade de Acre. Após
Ricardo I de Inglaterra executar os prisioneiros muçulmanos em Acre, Saladino
retaliou matando todos os francos capturados entre 28 de agosto e 10 de
setembro. Beha ad-Din descreve uma cena particularmente horrenda envolvendo
dois francos capturados nesse período: "Enquanto estávamos lá eles
trouxeram ao sultão (Saladino) dois francos que haviam sido aprisionados pela
guarda avançada. Ele os decapitou ali mesmo." Os exércitos de Saladino
engajaram-se em combate com os exércitos rivais do rei Ricardo I de Inglaterra
na batalha de Apolónia (ou de Arsuf), em 7 de setembro de 1191, na qual
Saladino foi derrotado. A relação entre Saladino e Ricardo era uma de respeito
cavalheiresco mútuo, assim como de rivalidade militar; ambos eram celebrados em
romances cortesões. Quando Ricardo foi ferido, Saladino ofereceu os serviços de
seu médico pessoal. Em Apolónia, quando Ricardo perdeu seu cavalo, Saladino
enviou-lhe dois substitutos. Saladino também lhe enviou frutas frescas com
neve, para manter as bebidas frias. Ricardo sugeriu que sua irmã poderia
casar-se com o irmão de Saladino — e Jerusalém poderia ser seu presente de
casamento.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os dois chegaram a um acordo
sobre Jerusalém no Tratado de Ramla em 1192, pelo qual a cidade permaneceria em
mãos muçulmanas, mas estaria aberta às peregrinações cristãs; o tratado reduzia
o reino latino a uma estreita faixa costeira desde Tiro até Jafa.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Saladino morreu no dia 4 de março
de 1193, em Damasco, pouco depois da partida de Ricardo. Quando o tesouro de
Saladino foi aberto não havia dinheiro suficiente para pagar por seu funeral;
ele havia dado todo o seu imenso tesouro para caridade.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ele está enterrado no Mausoléu de
Saladino, no complexo da Mesquita dos Omíadas, em Damasco, e é uma atração
popular.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Considerado o campeão da guerra
santa, Saladino se tornou o herói de um ciclo de lendas, que percorreram todo o
Oriente médio e a Europa, e seus feitos são lembrados e admirados até os dias
de hoje pelos povos muçulmanos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Forte protetor da cultura
islâmica, não era apenas um líder militar, mas também um excelente
administrador dos seus domínios. Mandou reconstruir a mesquita de Al-Aksa na
cidade de Jerusalém, e ordenou também a construção da cidadela do Cairo e
outros monumentos de interesse.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-85065350932845453602016-10-09T04:45:00.000-07:002016-10-09T04:46:42.661-07:00O Cangaço<div class="MsoNormal" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
<img alt="Lampião" height="129" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f1/1886lampiao5g.jpg" width="200" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O
</span><b style="font-family: "Times New Roman", serif;">Cangaço</b><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> foi um fenômeno do
banditismo brasileiro ocorrido no nordeste do país em que os homens do grupo
vagavam pelas cidades em busca de justiça e vingança pela falta de emprego,
alimento e cidadania causando o desordenamento da rotina dos camponeses. </span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Um dos
principais líderes do cangaço foi o "Capitão" Lampião (Virgulino
Ferreira da Silva), cujo título fictício de capitão surgiu de uma promessa não
cumprida do governo do Ceará de integrar o seu bando aos batalhões patrióticos
da Guarda Nacional caso Lampião e seus homens conseguissem deter o avanço da
coluna Prestes na cidade de Juazeiro. O termo cangaço vem da palavra canga
(peça de madeira usada para prender junta de bois a carro ou arado).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por
volta de 1834, o termo cangaceiro já foi usado para se referir a bandos de
camponeses pobres que habitavam os desertos do nordeste, vestindo roupas de
couro e chapéus, carregando carabinas, revólveres, espingardas e facas longas
estreitas conhecidos como peixeiras .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">"Cangaceiro"
era uma expressão pejorativa, ou seja, uma pessoa que não podia adaptar-se ao
estilo de vida costeira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por
esta altura naquela região, havia dois principais grupos de bandidos armados
frouxamente organizados: <b>os jagunços</b> , mercenários que trabalhavam para quem
pagou o seu preço, geralmente proprietários de terras que queriam proteger ou
expandir seus limites territoriais e também lidar com os trabalhadores rurais;
e <b>os cangaceiros</b>, "bandidos sociais", que tinham algum nível de apoio
da população mais pobre: os bandidos sustentando alguns comportamentos
benéficos, como atos de caridade, a compra de bens por preços mais altos e
dando às partes livres ("Bailes"), e a população forneceu abrigo e as
informações que os ajudou a escapar das forças policiais, conhecidos como
volantes , enviados pelo governo para detê-los.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Cangaço pode ser dividido em três subgrupos: os que prestavam serviços
caracterizados para os latifundiários; <b>os
"satisfatórios", expressão de poder dos grandes fazendeiros; e os
cangaceiros independentes, com características de banditismo.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
cangaceiros conheciam bem a Caatinga, e por isso, era tão fácil fugir das
autoridades. Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação.
Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas
de fuga e lugares de difícil acesso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de <b>Jesuíno Alves de Melo Calado, "Jesuíno
Brilhante"</b>, que agiu por volta de 1870, embora alguns historiadores
atribuam a Lucas Evangelista o feito de ser o primeiro a agregar um grupo
característico de cangaço, nos arredores de Feira de Santana (em 1828), sendo
ele preso junto com a sua quadrilha em 28 de Janeiro de 1848 por provocar
durante vinte anos assaltos contra a população de Feira. O último grupo
cangaceiro famoso porém foi o de <b>"Corisco"
(Cristino Gomes da Silva Cleto)</b>, que foi assassinado em 25 de maio de 1940.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
cangaceiro mais famoso foi <b>Virgulino
Ferreira da Silva, o Lampião</b>, que também denominado o "Senhor do
Sertão" e "O Rei do Cangaço". Atuou durante as décadas de 20 e
30 em praticamente todos os estados do nordeste.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para cangaço lampião e maria bonita resumo" src="http://www.eunapolis.ifba.edu.br/informatica/Sites_Historia_EI_31/cangaco/Site/imagens/mb4.jpg" height="240" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lampião e Maria Bonita</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por
parte das autoridades, Lampião simbolizava a brutalidade, o mal, uma doença que
precisava ser cortada. Para uma parte da população do sertão, ele encarnou
valores como a bravura, o heroísmo e o senso da honra (semelhante ao que
acontecia com o mexicano Pancho Villa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
cangaço teve o seu fim a partir da decisão do então Presidente da República,
Getúlio Vargas, de eliminar todo e qualquer foco de desordem sobre o território
nacional. O regime denominado Estado Novo incluiu Lampião e seus cangaceiros na
categoria de extremistas. A sentença passou a ser matar todos os cangaceiros
que não se rendessem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
dia 28 de julho de 1938, na localidade de Angicos, no estado de Sergipe,
Lampião finalmente foi apanhado em uma emboscada das autoridades, onde foi
morto junto com sua mulher, Maria Bonita, e mais nove cangaceiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
cangaceiros foram degolados e suas cabeças colocadas em aguardente e cal, para
conservá-las. Foram expostas por todo o Nordeste e por onde eram levadas
atraiam multidões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Este
acontecimento veio a marcar o final do cangaço, pois, a partir da repercussão
da morte de Virgulino, os chefes dos outros bandos existentes na Nordeste
vieram a se entregar às autoridades policiais para não serem mortos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Consta
que o primeiro homem a agir como cangaceiro teria sido o <b>Cabeleira,</b> como era chamado <b>José
Gomes</b>. Nascido em 1751, em Glória do Goitá, cidade da zona da mata
pernambucana, ele aterrorizou sua região. Mas foi somente no final do século
XIX que o cangaço ganhou força e prestígio, principalmente com <b>Antonio Silvino, Lampião e Corisco</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para cangaço lampião e maria bonita resumo" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/cangaco/imagens/cangaco-19.jpg" height="207" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: xx-small;">Lampião é o número 1, por uma
tropa volante no sertão de Sergipe. <br />Morrem 11 cangaceiros, entre eles Lampião e
Maria Bonita. </span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Entre
meados do século XIX e início do século XX, o Nordeste do Brasil viveu momentos
difíceis, aterrorizado por grupos de homens que espalhavam o terror por onde
andavam. Eles eram os cangaceiros, bandidos que abraçaram a vida nômade e
irregular de malfeitores por motivos diversos. Alguns deles foram impelidos
pelo despotismo das mulheres poderosas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Lucas
da Feira, ou Lucas Evangelista, agiu na região da cidade baiana de Feira de
Santana entre 1828 e 1848. Ele e seu bando de mais de 30 homens roubavam
viajantes e estupravam mulheres. Foi enforcado em 1849.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
cangaceiros conseguiram dominar o sertão durante muito tempo, pois eram
protegidos de coronéis, que se utilizavam dos cangaceiros para cobrança de
dívidas, entre outros serviços "sujos".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Um
caso particular foi o de <b>Januário Garcia
Leal, o Sete Orelhas</b>, que agiu no sudeste do Brasil, no início do século
XIX, tendo sido considerado justiceiro e honrado por uns e cangaceiro por
outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
sertão, consolidou-se uma forma de relação entre os grandes proprietários e
seus vaqueiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
base desta relação era a fidelidade dos vaqueiros aos fazendeiros. O vaqueiro
se disponibilizava a defender (de armas na mão) os interesses do patrão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Como
as rivalidades políticas eram grandes, havia muitos conflitos entre as
poderosas famílias. E estas famílias se cercavam de jagunços com o intuito de
se defender, formando assim verdadeiros exércitos. Porém, chegou o momento em
que começaram a surgir os primeiros bandos armados, livres do controle dos
fazendeiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
coronéis tinham poder suficiente para impedir a ação dos cangaceiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
cangaceiro - um deles, em especial, Lampião - tornou-se personagem do
imaginário nacional, ora caracterizado como uma espécie de Robin Hood, que
roubava dos ricos para dar aos pobres, ora caracterizado como uma figura
pré-revolucionária, que questionava e subvertia a ordem social de sua época e
região.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Coiteiros <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Coiteiros
foram pessoas que ajudaram os cangaceiros, dando-lhes abrigo e comida. Eles
fizeram isso por muitas razões - que poderiam ser parentes de um cangaceiro,
amigos, ex-vizinhos, ou simplesmente tinha algum interesse em seu poder, ou
eles estavam com medo deles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Volantes e macacos <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
volantes eram pequenos e especial grupo de soldados - cerca de 20 a 60 - de
todos os estados da federação brasileira, formada pelo governo agências de
aplicação da lei enviados para procurar e destruir os cangaceiros. Os
cangaceiros muitas vezes se referiu a eles como <b>"macacos"</b>, por causa de seus uniformes marrons e sua
vontade de obedecer suas ordens. Alguns deles realizados moderno (na época)
Hotchkiss metralhadoras , armas que os cangaceiros rapidamente aprenderam a
temer - mas estavam sempre dispostos a roubar para seu próprio uso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
cangaceiros tinham noções muito específicas de como se comportar e se vestir.
Primeiro de tudo, a maioria deles sabia costurar muito bem. Vivendo nas terras
desérticas do nordeste do Brasil, tiveram que sobreviver em meio a arbustos
secos pontiagudos. Apesar do calor durante o dia, os cangaceiros preferiam usar
roupas de couro, enfeitadas com todos os tipos de fitas coloridas e peças de
metal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eles
também usaram luvas de couro com moedas e outras peças de metal costuradas por
eles, quase como uma armadura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por
causa do forte calor e da ausência de água á disposição, alguns cangaceiros -
especialmente Lampião - usavam perfumes, inclusive caros, como o francês, muitas vezes roubados de casas das pessoas
ricas e usados em grandes quantidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Kit básico para o cangaço:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Chapéu
de couro com abas largas dobradas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Munição
(até 18 quilos) e armas (a mais comum era o rifle Winchester 44)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Bolsa
(capanga) com remédios, fumo e brilhantina<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Punhal<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Lenço
para proteger boca e nariz contra a poeira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Roupa
resistente com mangas compridas contra o sol<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Cantil
com água ou cachaça<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<img alt="Resultado de imagem para roupa do cangaço" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqTR0aas5Nj3Ri9339JTl8SYuCT_u4TUkZ35m2DJGvZE8nKSJ1MOEIIhJ2YMLOLD_BE_keb5-0aN8NzFPWmcGJxDURTwy8KdcTM_wtj22hbpYPqJ7NcuGcoywquVyttnq_LTM80K0nAjfC/s320/corisco.bmp" width="245" /> <img alt="Resultado de imagem para roupa do cangaço" height="272" src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/6b/be/0c/6bbe0c3fb7ec362178a4cd33a7c501e2.jpg" width="320" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
armas dos Cangaceiros eram principalmente revólveres, espingardas, e os famosos
pára belo". Alega-se que como macaco "belo" era outra gíria para
os policiais. Assim, pistolas e rifles Winchester eram chamados pára belo. No
entanto, o nome parece ser na verdade uma derivação da expressão latina para
bellum que significa "preparar para a guerra" e foi usado em seguida
para se referir a arma oficial utilizada pelas tropas governamentais
brasileiras e por alguns dos soldados responsáveis pela aplicação da lei. A
pistola Luger que foi produzida pela fabricante de armas alemã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eles
também ficaram famosos por usarem uma faca fina, longa e bem afiada chamada
" Peixeira ", uma faca de limpeza de peixe, usada principalmente para
torturar ou cortar as gargantas de suas vítimas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Alguns Cangaceiros<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Virgulino
Ferreira da Silva, vulgo Lampião</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: -18pt;">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: -18pt;">Massilon
Benevides Leite</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Antônio
Inácio, vulgo Moreno<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ezequiel
Ferreira da Silva, vulgo Beija-Flor<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">5.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Domingos
dos Anjos, vulgo Serra do Uman<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">6.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Luiz
Pedro do Retiro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">7.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Hermínio
Xavier, vulgo Chumbinho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">8.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José
de Souza, vulgo Tenente<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">9.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Laurindo
Soares, vulgo Fiapo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">10.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">João Mariano, vulgo Andorinha<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">11.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Joaquim Mariano Antonio de
Severia, vulgo Nevoeiro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">12.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Antonio Romeiro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">13.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sabino Gomes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">14.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Izaias Vieira, Vulgo Zabêlê<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">15.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ignacio de Medeiros, vulgo Jurema<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">16.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Felix da Matta Redonda, vulgo
Felix Caboge<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">17.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Heleno Caetano da Silva, vulgo
Moreno<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">18.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">João Donato, vulgo Gavião<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">19.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pedro Gomes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">20.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">João Henrique<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">21.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Antonio Rosa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">22.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Cornelio de Tal, vulgo Trovão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">23.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José Lopes da Silva, vulgo
Mormaço<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">24.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José Delphina<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">25.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">João Cesario, vulgo Coqueiro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">26.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Emiliano Novaes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">27.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Manoel Antonio de França, vulgo
Recruta<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">28.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Francisco Antonio da Silva, vulgo
Cocada<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">29.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José e André de Sá, conhecidos
por Marinheiros<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">30.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Genesio de Souza, vulgo Genesio
Vaqueiro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">31.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Vicente Feliciano, vulgo Vicente
Preto<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">32.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José Benedicto<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">33.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pedro de Quelé<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">34.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José de Generosa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">35.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José de Angelica<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">36.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ricardo da Silva, vulgo Pontaria<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">37.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Josias Vieira, vulgo Gato<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">38.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José ou Antonio de Oliveira,
vulgo Menino<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">39.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José Luz, vulgo José de Souza, ou
José Procopio<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">40.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Cypriano de Tal, vulgo Cypriano
da Pedra<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">41.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José Alexandre, vulgo José Preto<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">42.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">João Angelo de Oliveira, vulgo
Vereda<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">43.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Firmino de Oliveira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">44.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pedro Ramos de Oliveira, vulgo
Carrapeta<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">45.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Antonio dos Santos, vulgo Cobra
Verde<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">46.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Damião de Tal, vulgo Chá Preto<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">47.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Virginio Fortunato<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">48.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Manoel Vieira da Silva, vulgo
Lasca-Bomba<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">49.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Antonio Juvenal, vulgo Mergulhão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">50.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José Pretinho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">51.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">João Basílio, vulgo Joca Basílio<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">52.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José Rachel, vulgo Papagaio<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">53.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Anisio Marculino, vulgo Gasolina<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">54.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sebastião Valério da Silva, vulgo
Canção<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">55.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Antonio Constância<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">56.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Camillo Domingo, vulgo Pirulito<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">57.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Laurindo Virgolino, vulgo
Mangueira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">58.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Miguel Gonçalves<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">59.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Horácio Novaes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">60.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José Cipaúba<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">61.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José Cariry, vulgo Fortaleza<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">62.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Francelino Jaqueira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">63.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">João Canafitula<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">64.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Urbano Pinto<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">65.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Raymundo da Silva, vulgo Aragão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">66.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Jesuino de Alves, vulgo Jesuino<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">67.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pirão de Araújo, vulgo Viróte<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">68.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Rosemélen Sileveirinha, vulgo A
Segunda Cangaceira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">69.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Gilseclino da Rocha<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">70.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Virgilino de Tanhaçu – Bahia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Fim do cangaço<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
cangaço em sua forma de “banditismo” foi um dos últimos movimentos do nosso
país de luta armada e de classe pobre que dominou por um longo período de tempo
o nordeste brasileiro. Virgulino Ferreira conhecido como Lampião foi um dos
maiores líderes da história dos movimentos armados independentes do Brasil. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
cangaceiros atingiam tanto pessoas pobres como ricas, porém o espírito de
liberdade e independência demonstradas pelos integrantes desses grupos ao
infligirem às normas da sociedade, iludiam e fascinavam os demais habitantes
das regiões do Sertão do Nordestino. Muitos destes cangaceiros utilizavam dessa
imagem de instrumento de justiça social para justificar seus crimes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
extinção desse fenômeno social foi consequência, sobretudo da mudança das
condições sociais no país, das perspectivas de uma vida melhor que se abria
para a massa nordestina com a migração para Sul, e das maiores facilidades de
comunicação, entre outros fatores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para armamento do cangaço" height="244" src="https://lh3.googleusercontent.com/-dzIJ10WWMHc/U6zAs0u-WSI/AAAAAAAAD0g/JmEa4y9JUbg/w755-h577-no/bando-lampiao-degolado.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;">Na escadaria da
prefeitura de Piranhas, em Alagoas, a</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> exposição </span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: xx-small;"> de 11 cabeças e </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: xx-small;">pertences </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: xx-small;"> </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: xx-small;"> dos
cangaceiros mortos no combate de </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: xx-small;">Angico, </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: xx-small;">em 1938. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: xx-small;">A primeira </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: xx-small;">cabeça (abaixo) </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: xx-small;">é
a de Lampião. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: xx-small;">Acima, a de Maria Bonita</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
traficantes das grandes favelas brasileiras roubam e matam criando seus
próprios protocolos e leis em seus locais de dominância característica
semelhante à dos cangaceiros nordestinos. Foram os cangaceiros que introduziram
o sequestro em larga escala no Brasil. Faziam reféns em troca de dinheiro para
financiar novos crimes. Caso não recebessem o resgate, torturavam e matavam as
vítimas, a tiro ou punhaladas. A extorsão era outra fonte de renda. Essas
características são evidentes nas favelas quando relacionadas às milícias. Os
cangaceiros corrompiam oficiais militares e autoridades civis, de quem recebiam
armas e munição. Um arsenal bélico sempre mais moderno e com maior poder de
fogo que aquele utilizado pelas tropas que os combatiam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para cangaço lampião e maria bonita resumo" height="179" src="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRYIlO03xUPqrfvfKcmGAbA1t_Rd2g0xqMNmzmYIDF0in9oyLbL" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: xx-small;">A Grota de
Angicos e a sinalização do local de emboscada do bando de Lampião<o:p></o:p></span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para cangaço lampião e maria bonita resumo" height="320" src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/1d/66/f6/1d66f6022ebb931898a7265392d1fa03.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="213" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Imagem da lapide
de Lampião e </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Maria Bonita.<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-68504234457373393102016-10-06T08:04:00.001-07:002016-10-06T08:04:55.368-07:00Guerra de Canudos<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Resultado de imagem para a guerra de canudos" src="http://www.luizberto.com/wp-content/jm1.gif" height="200" width="131" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Guerra de Canudos</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">, foi o confronto entre o
Exército Brasileiro e os integrantes de um movimento popular de fundo sócio
religioso liderado por Antônio Conselheiro, que durou de 1896 a 1897, então na
comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no nordeste do Brasil.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A
região, historicamente caracterizada por latifúndios improdutivos, secas
cíclicas e desemprego crônico, passava por uma grave crise econômica e social.
Milhares de sertanejos partiram para Canudos, cidadela liderada pelo peregrino
Antônio Conselheiro, unidos na crença numa salvação milagrosa que pouparia os
humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e
social.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
grandes fazendeiros da região, unindo-se à Igreja, iniciaram um forte grupo de
pressão junto à República recém-instaurada, pedindo que fossem tomadas
providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores. Criaram-se rumores
de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à
capital para depor o governo republicano e reinstalar a Monarquia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/81/Canudos-map.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="241" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: sans-serif; text-align: start;"><span style="font-size: x-small;">Mapa da localização de Canudos.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Apesar
de não haver nenhuma prova para estes rumores, o Exército foi mandado para
Canudos. Três expedições militares contra Canudos saíram derrotadas, o que
apavorou a opinião pública, que acabou exigindo a destruição do arraial, dando
legitimidade ao massacre de até vinte mil sertanejos. Além disso, estima-se que
cinco mil militares tenham morrido. A guerra terminou com a destruição total de
Canudos, a degola de muitos prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as
casas do arraial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Antônio Vicente Mendes Maciel</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">, apelidado de <b>"Antônio Conselheiro"</b>,
nascido em Quixeramobim (CE) em 13 de março de 1830, de tradicional família que
vivia nos sertões entre Quixeramobim e Boa Viagem, foi comerciante, professor e
advogado prático nos sertões de Ipu e Sobral. Após a sua esposa tê-lo
abandonado em favor de um sargento da força pública, passou a vagar pelos
sertões em uma andança de vinte e cinco anos. Chegou a Canudos em 1893,
tornando-se líder do arraial e atraindo milhares de pessoas. Acreditava que a
República, recém-implantada no país, era a materialização do reino do Anticristo
na Terra, uma vez que o governo eleito seria uma profanação da autoridade da
Igreja Católica para legitimar os governantes. A cobrança de impostos efetuada
de forma violenta, a celebração do casamento civil e a separação entre Igreja e
Estado eram provas cabais da proximidade do "fim do mundo".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para imagens da guerra de canudos antonio conselheiro" height="320" src="https://tokdehistoria.files.wordpress.com/2013/11/30694.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="211" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal">
Monumento de Antônio Conselheiro, </div>
<div class="MsoNormal">
no Parque Estadual de
Canudos<o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Arraial de Canudos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Canudos
era uma pequena aldeia que surgiu durante o século XVIII nos arredores da
Fazenda Canudos, às margens do rio Vaza-Barris. Com a chegada de Antônio
Conselheiro em 1893 passou a crescer vertiginosamente, em poucos anos chegando
a contar por volta de 25 000 habitantes. Antônio Conselheiro rebatizou o local
de Belo Monte, apesar de estar situado num vale, entre colinas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para imagens da guerra de canudos antonio conselheiro" height="162" src="http://domtotal.com/blog/jacques/wp-content/uploads/sites/9/2015/01/canudos-bahia.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem do arraia de belo Monte</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
imprensa, o clero e os latifundiários da região incomodaram-se com a nova
cidade independente e com a constante migração de pessoas e valores para aquele
novo local. Aos poucos, construiu-se uma imagem de Antônio Conselheiro como
"perigoso monarquista" a serviço de potências estrangeiras, querendo
restaurar no país a forma de governo monárquica. Difundida através da imprensa,
esta imagem manipulada ganhou o apoio da opinião pública do país para justificar
a guerra movida contra os habitantes do arraial de Canudos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
governo da República recém-instaurada precisava de dinheiro para materializar
seus planos, e só se fazia presente no Sertão pela cobrança de impostos. A
escravidão havia acabado poucos anos antes no país, e pelas estradas e sertões,
grupos de ex-escravos vagavam, excluídos do acesso à terra e com reduzidas
oportunidades de trabalho. Assim como os caboclos sertanejos, essa gente
paupérrima agrupou-se em torno do discurso do peregrino Antônio Conselheiro,
acreditando que ele poderia libertá-los da situação de extrema pobreza ou
garantir-lhes a salvação eterna na outra vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O estopim e a primeira expedição<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Outubro de 1896</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> – Ocorre o episódio que
desencadeia a Guerra de Canudos. Antônio Conselheiro havia encomendado uma
remessa de madeira, vinda de Juazeiro, para a construção da igreja nova, mas a
madeira não foi entregue, apesar de ter sido paga. Surgem então rumores de que
os conselheiristas viriam buscar a madeira à força, o que leva as autoridades de
Juazeiro a enviar um pedido de assistência ao governo estadual baiano, que
manda um destacamento policial de cem praças, sob comando do Tenente Manuel da
Silva Pires Ferreira. Após vários dias de espera em Juazeiro, vendo que o rumor
era falso, o destacamento policial decide partir em direção à Canudos, em 24 de
novembro. Mas a tropa é surpreendida durante a madrugada em Uauá pelos
seguidores de Antônio Conselheiro, que estavam sob o comando de Pajeú e João
Abade. Vinham como quem vinha para reza, ou para a guerra. Foram recebidos à
bala pelos sentinelas semiadormecidos e surpresos. Era a guerra. Manoel Neto
assim descreve: "Estabelecia-se, sangrento, o 1º fogo previsto pelo
Conselheiro, e a pacata Uauá transformava-se em violento território de combate.
O próprio Tenente Pires Ferreira descreve o ataque destacando a "incrível
ferocidade" dos assaltantes e a forma pouco convencional como organizavam
suas manobras, isto é, usando apitos. A celeridade e a rapidez com que a luta
se deu propiciou vantagem inicial aos conselheiristas. Adentraram ao arraial
onde ocuparam algumas casas. A lógica, entretanto, prevaleceu. Armados e
municiados com equipamentos mais modernos e letais, os soldados do 9º Batalhão
de Infantaria impuseram pesadas baixas as forças belomontenses. A crueza do
combate foi inegável, sendo que o uso de armas como "facões de
folha-larga, chuços de vaqueiro, ferrões ou guiadas de três metros de
comprimentos, foices, varapaus e forquilhas, sob o comando de Quinquim
Coiam" utilizados em lutas de corpo a corpo produziam cenas dantescas.
Foram entre 4 e 5 horas de pânico, sangue, horror e gestos de bravura e pânico.
Contabilizadas as baixas de ambas facções, os números determinava a vitória
militar das tropas governamentais. No relatório oficial, Pires Ferreira informa
que pereceram na batalha, dentre as hostes conselheiristas "cento e
cinqüenta, fora os feridos". (Neto, Manoel. idem )<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Passadas
várias horas de combate, os canudenses, comandados por João Abade, resolveram
se retirar, deixando para trás um quadro desolador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Apesar
da aparente vitória, a expedição estava derrotada, pois não tinha mais forças
nem coragem para atacar Canudos. Naquela mesma tarde, saqueou e incendiou Uauá
e retornou para Juazeiro, com o saldo de 10 mortos (um oficial, sete soldados e
os dois guias) e 17 feridos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Estas
perdas, embora consideradas "insignificantes quanto ao número" nas
palavras do comandante, ocasionaram a retirada das tropas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para imagens da guerra de canudos com legenda" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuv7oboYIzRx2yo3RU9fG7OqrJWVauMtx4hn9ZbTGckTVUkz2mtuCrlEq8Co2UfCzGR-NpnuDVwv-DkzRbxluJgcpDm_tMQOmp19md5LSmED_PH52NcRSoBCPhOZ_vDEjzT2lbC5blcLQ/s320/gauchos+na+guerra+de+canudos.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gaúchos na guerra de Canudos</td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A segunda expedição<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Janeiro de 1897</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> - Enquanto aguardavam uma nova
investida do governo, os jagunços fortificavam os acessos ao arraial. Comandada
pelo major Febrônio de Brito, depois de atravessar a serra do Cambaio, uma
segunda expedição militar contra Canudos foi atacada no dia 18 e repelida com
pesadas baixas pelos conselheiristas, que se abasteciam com as armas
abandonadas ou tomadas à tropa. Os sertanejos mostravam grande coragem e
habilidade militar, enquanto Antônio Conselheiro ocupava-se da esfera civil e
religiosa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A terceira expedição<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Março de 1897</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> - Na capital do país, diante das
perdas e a pressão de políticos florianistas que viam em Canudos um perigoso
foco monarquista, o governo federal assumiu a repressão, preparando a primeira
expedição regular, cujo comando confiou ao coronel Antônio Moreira César,
considerado pelos militares um herói do exército brasileiro, e popularmente
conhecido como "corta-cabeças" por ter mandado executar mais de cem
pessoas a sangue frio na repressão à Revolução Federalista em Santa Catarina. A
notícia da chegada de tropas militares à região atraiu para lá grande número de
pessoas, que partiam de várias áreas do Nordeste e iam em defesa do "homem
Santo". Em 2 de março, depois de ter sofrido pesadas baixas, causadas pela
guerra de guerrilhas na travessia das serras, a força, que inicialmente se
compunha de 1.300 homens, assaltou o arraial. Moreira César foi morto em
combate, tendo o comando sido passado para o coronel Pedro Nunes Batista
Ferreira Tamarindo, que também tombou no mesmo dia. Abalada, a expedição foi
obrigada a retroceder. Entre os chefes militares sertanejos destacaram-se
Pajeú, Pedrão, que depois comandou os conselheiristas na travessia de Cocorobó,
Joaquim Macambira e João Abade, braço direito de Antônio Conselheiro, que
comandou os jagunços em Uauá.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A quarta expedição<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Abril de 1897 </span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">- No Rio de Janeiro, a
repercussão da derrota foi enorme, principalmente porque se atribuía ao
Conselheiro a intenção de restaurar a monarquia. Jornais monarquistas foram
empastelados e Gentil José de Castro, gerente de dois deles, assassinado. Em
abril de 1897, o ministro da Guerra, marechal Carlos Machado de Bittencourt
preparou uma expedição, sob o comando do general Artur Oscar de Andrade
Guimarães, composta de duas colunas, comandadas pelos generais João da Silva
Barbosa e Cláudio do Amaral Savaget, ambas com mais de quatro mil soldados
equipados com as mais modernas armas da época.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Junho de 1897</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> - O primeiro combate
verificou-se em Cocorobó, em 25 de junho, com a coluna Savaget. No dia 27,
depois de sofrerem perdas consideráveis, os atacantes chegaram a Canudos.
Durante os primeiros meses, as tropas conseguem pouco resultado. Os sertanejos
estão bem armados com armas abandonadas pela expedição anterior, e o exército
não tem a infra-estrutura necessária para alimentar suas tropas, que passam
fome.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Agosto de 1897</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> - O próprio ministro da Guerra,
marechal Carlos Machado de Bittencourt, seguiu para o sertão baiano e se
instalou em Monte Santo, com o intuito de colocar um fim ao caos em que estava
o abastecimento das tropas. Monte Santo se torna base das operações.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Setembro de 1897 </span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">- Após várias batalhas, a tropa
conseguiu fechar o cerco sobre o arraial. Antônio Conselheiro morreu em 22 de
setembro, supostamente em decorrência de uma disenteria. Após receber promessas
de que a República lhes garantiria a vida, uma parte da população sobrevivente
se rendeu com bandeira branca, enquanto um último reduto resistia na praça
central do povoado. Apesar das promessas, todos os homens presos, e também
grupos de mulheres e crianças acabaram sendo degolados - uma execução sumária
que se apelidou de "gravata vermelha". Com isto, a Guerra de Canudos
acabou se constituindo num dos maiores crimes já praticados em território
brasileiro.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para imagens da guerra de canudos com legenda" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghBbjfVAx_dhwkqLA5CgxW5fycHEEkgNkmvZ5r3grPxLLWQMJiyOxHtMNF31gFHBO1yRGuIXEBvCt6WlhEepao2hF8IxJFzULI5SgryiN9Lq-KzLkeUO_dukc6wk0GtOPxqqJ66weA2iE/s320/Mulheres+e+crian%C3%A7as+prisioneiras+da+guerra.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mulheres e crianças prisioneiros de guerra</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Outubro de 1897</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> - O arraial resistiu até 5 de
outubro de 1897, quando morreram os quatro derradeiros defensores. O cadáver de
Antônio Conselheiro foi exumado e sua cabeça decepada a faca. No dia 6, quando
o arraial foi arrasado e incendiado, o Exército registrou ter contado 5.200
casebres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<img alt="Resultado de imagem para imagens da guerra de canudos com legenda" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ-eRqkfWVl_ZcliRV-JqwCwd81Cg6EtO_J3W0linBMj-YYR8NS4tXGTh2IQha3bmD4ViuKXmlAMXMv2Ke751bjl8kSaaEx18S8mBuykEZDwbtEKLNgIMZAeLgP_167AeFazyIfizrV9k/s320/antonio_conselheiro.jpg" width="242" /><br />
<br />
<span style="font-family: "times new roman", serif;">O
conflito de Canudos mobilizou aproximadamente doze mil soldados oriundos de
dezessete estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Em
1897, na quarta incursão, os militares incendiaram o arraial, mataram grande
parte da população e degolaram centenas de prisioneiros. Estima-se que morreram
ao todo por volta de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da
povoação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para imagens da guerra de canudos com legenda" height="156" src="http://imguol.com/c/noticias/2013/06/18/guerra-de-canudos-corpo-exumado-de-antonio-conselheiro-fotografia-de-flavio-de-barros-1897-1371588267614_615x300.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal">
Corpo exumado de Antonio Conselheiro, fotografia de</div>
<div class="MsoNormal">
Flávio
de Barros (1897)<o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-50366195241847529082016-09-29T16:58:00.000-07:002016-09-29T16:58:26.634-07:00O Sebastianismo<br />
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img height="200" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6c/Sebasti%C3%A3o_de_Portugal%2C_c._1571-1574_-_Crist%C3%B3v%C3%A3o_de_Morais.png" width="169" /></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
<b>sebastianismo</b> foi uma crença ou
movimento profético que surgiu em Portugal em fins do século XVI como
consequência da morte do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, em
1578.</span></div>
<a name='more'></a><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Sebastianismo em Portugal<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Após
o desaparecimento de D. Sebastião no norte da África e da morte de seu tio, o
cardeal-rei D. Henrique, houve uma disputa por quem sucederia o trono português
por falta de herdeiros diretos. O trono terminou nas mãos do rei Filipe II da
rama espanhola da casa de Habsburgo. Basicamente é um messianismo adaptado às
condições lusas e à cultura do Brasil. Traduz uma inconformidade com a situação
política vigente e uma expectativa de salvação, ainda que miraculosa, através
do retorno de um morto ilustre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Vários
setores da população não acreditavam na morte do rei, divulgando a lenda de que
ele ainda se encontrava vivo, apenas esperando o momento certo para voltar ao
trono e afastar o domínio estrangeiro. De certa maneira, isso ecoava uma crença
no chamado "rei encoberto", que povoara a península Ibérica, e que se
manifestara fortemente durante as "Germaníadas" em Valência, durante
o reinado do imperador Carlos V. Entretanto, foi com o aparecimento dos
chamados falsos "D. Sebastião" que aquilo que era uma crença difusa
acabou por ganhar contornos políticos mais definidos, e em alguns casos, mais
preocupantes para Madri. O caso mais emblemático e importante para a
constituição do que se chamou de sebastianismo foi o do "Sebastião de
Veneza", um calabrês, Marco Túlio Catizone, que se fizera passar por D.
Sebastião. Incrivelmente, o Sebastião de Veneza obteve o apoio de vários
fidalgos, letrados e religiosos portugueses, muitos deles ligados a
"corte" exilada de D. António, prior do Crato, que disputara com Filipe
II a sucessão da coroa portuguesa. Entre eles, João de Castro, neto do homônimo
navegador, que dedicou seus anos finais de vida a provar e defender a causa
sebastianista. Como indicado por Jacqueline Hermann, foi João de Castro que deu
forma letrada e constituiu um corpo mais teórico ao que antes era um conjunto
de esperanças no retorno de um rei desejado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">João
de Castro, em seus tratados, uniu uma tradição exegética e apocalíptica em
torno dos sonhos do livro de Daniel com o encobertismo e com os fundamentos
proféticos da monarquia portuguesa. Entre eles, o Milagre de Ourique, que
ganhara novas cores com o Juramente de Afonso Henriques, diploma forjado nos
anos 1590 no mosteiro de Alcobaça, e, sobretudo, as Trovas de Gonçalo Annes
Bandarra. Foi João de Castro que editou e fez imprimir a primeira versão das
Trovas que até então circulavam manuscritas ou oralmente. No seu Paráfrase e
concordância, lançado na França em 1603, transcreveu e comentou os versos do
sapateiro de Trancoso, buscando mostrar como as trovas enigmáticas e proféticas
só poderiam indicar a volta de Sebastião I para retomar o trono português e
expulsar os castelhanos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No
dia 1 de dezembro de 1640, um grupo de conjurados chefiados pelo Duque de
Bragança (futuro D. João IV - dinastia de Bragança), depôs em Lisboa o
representante de Filipe III e restaurou a independência de Portugal e o
movimento tomou novas características por todo o Império Português. Como
demonstrado por Eduardo D'Oliveira França e mais tarde Luis Reis Torgal, houve
uma adequação da crença sebástica para uma ideologia restauracionista à serviço
da causa de João IV. O jesuíta Antônio Vieira foi um dos principais
articuladores dessa construção profética a partir do chamado sebastianismo.
Ainda que não tenha terminado suas obras proféticas, dedicou-se a elas de modo
sistemático no fim da sua vida e já após o fim das Guerra de Restauração
(1640-1668) contra a Espanha, escrevendo, entre outros, a Clavis Prophetaruam e
a História do Futuro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para sebastianismo" height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c7/Retrato_de_D._Sebasti%C3%A3o,_c._1600.png/220px-Retrato_de_D._Sebasti%C3%A3o,_c._1600.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="256" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Retrato
d'El Rei Dom Sebastião<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
poeta português Fernando Pessoa, em seu livro Mensagem, faz uma interpretação
sebastianista da História de Portugal, em busca de um patriotismo perdido. O
poema reinterpreta a História de Portugal em função de uma ressurreição de um
passado heroico ("é a Hora!").<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Sebastianismo no Brasil<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
sebastianismo também influenciou certos movimentos brasileiros em todo o país,
desde o Rio Grande do Sul até ao norte do Brasil, principalmente no início do
século XX.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
sebastianismo tem suas raízes na concepção religiosa do messianismo, que
acredita na vinda ou no retorno de um enviado divino, o messias; um redentor,
com capacidade para mudar a ordem das coisas e trazer paz, justiça e
felicidade. É um movimento que traduz uma inconformidade com a situação
política vigente e uma expectativa de salvação, ainda que miraculosa, através
da ressurreição de um morto ilustre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Chegou
ao Brasil, principalmente ao Nordeste brasileiro, no século XIX. Unindo
fanatismo religioso com idéias socialistas, o movimento se redescobriu no
sertão nordestino, assumindo características próprias através de símbolos e do
imaginário popular.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alguns
viajantes estrangeiros afirmam ter conhecido adeptos do sebastianismo, no Rio
de Janeiro (1816) e em Minas Gerais (1817), descrevendo-as como pessoas
educadas, cordatas e sem traços de crueldade aparente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No
sertão de Pernambuco, no entanto, o sebastianismo apresentou-se como um
movimento político-religioso violento, com líderes fanáticos que ludibriavam a
boa fé da população, principalmente dos mais humildes e menos informados, que
sofriam bastante com o isolamento e os flagelos da seca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Dois
movimentos sebastianistas trágicos aconteceram em Pernambuco: o da Serra do
Rodeador, no município de Bonito, em 1819-1820, e o da Serra Formosa, em São
José do Belmonte, no período de 1836 a 1838.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
primeiro, conhecido como A Tragédia do Rodeador, tinha como líder Silvestre
José dos Santos, “Mestre Quiou”, que fundou um arraial no local denominado
Sítio da Pedra, destruído em 25 de outubro de 1820 pelo governador de
Pernambuco Luiz do Rego. Denominado de “massacre de Bonito”, a destruição do
arraial pelas forças legais deixou um saldo de 91 mortos e mais de cem feridos.
Após o massacre, mais de 200 mulheres e 300 crianças foram aprisionadas e
enviadas para o Recife.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
segundo movimento, A Tragédia da Pedra Bonita, ocorreu num lugar denominado
Pedra Bonita, localizado na Serra Formosa, no município de São José do
Belmonte, sertão de Pernambuco. Um grupo de fanáticos sebastianistas, liderado
por João Antônio dos Santos, fundou uma espécie de reino, com leis e costumes
próprios e diferentes dos do resto do país. Seu líder era chamado de rei e
usava até coroa feita de cipó. Nas suas pregações ele dizia que o rei Dom
Sebastião lhe havia aparecido e lhe mostrara um tesouro escondido; e que o rei
estaria prestes a retornar e iria transformar todos os seus seguidores em
pessoas ricas, jovens, bonitas e saudáveis. O grande número de pessoas pouco
esclarecidas que seguiu os fanáticos de Pedra Bonita preocupou o governo, os
fazendeiros e a Igreja Católica. Foi enviado o padre Francisco José Correia de
Albuquerque para tentar fazer as pessoas voltarem ao seu lugar. O padre
conseguiu convencer João Antônio a parar com a pregação, mas este deixou em seu
lugar o cunhado João Ferreira, que se tornou o mais fanático e cruel rei da Pedra
Bonita. Ele pregava que Dom Sebastião só voltaria se a Pedra Bonita fosse
banhada com sangue de pessoas e animais, comandando um grande massacre de
pessoas inocentes em maio de 1838. Entre os dias 14 e 18 morreram 87 pessoas.
No dia 18 de maio o arraial da Pedra Bonita foi destruído pelas forças
comandadas pelo major Manoel Pereira da Silva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
movimento político-religioso também foi muito forte e com resultados trágicos
nos sertões da Bahia, no arraial de Canudos chefiado por Antônio Conselheiro,
entre os anos de 1893 e 1897, que culminou com a Guerra de Canudos. Documentos
encontrados no arraial indicam que Conselheiro e seus colaboradores acreditavam
no retorno de Dom Sebastião, ou, pelos menos, usavam isso para obter apoio dos
seus seguidores. No caso de Canudos, o sebastianismo pregava a volta de Dom
Sebastião para restabelecer a monarquia e derrubar a República. Em 1897, o
arraial de Canudos foi destruído por tropas do Exército.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
sentido místico-religioso do sebastianismo também contribuiu para o aparecimento
de manifestações folclóricas no Brasil. Há registros de lendas sobre o retorno
de Dom Sebastião, como as do Touro Encantado e a do Rei Sebastião.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-48202507894619677252016-09-20T13:24:00.001-07:002016-09-20T13:24:53.555-07:00REVOLUÇÃO FARROUPILHA<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Resultado de imagem para bandeira da revolução farroupilha" src="http://files.losbandoleiros.webnode.com.br/200000250-399833a922/bandeira-rs.jpg" height="133" width="200" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Revolução Farroupilha</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> ou <b>Guerra dos Farrapos</b> foi como ficou conhecida a revolução ou guerra
regional, de caráter republicano, contra o governo imperial do Brasil, na então
província de São Pedro do Rio Grande do Sul, e que resultou na declaração de
independência da província como estado republicano, dando origem à República
Rio-Grandense. Estendeu-se de 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
revolução, que com o passar do tempo adquiriu um caráter separatista,
influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras:
irradiando influência para a Revolução Liberal que viria a ocorrer em São Paulo
em 1842 e para a revolta denominada Sabinada na Bahia em 1837, ambas de
ideologia do Partido Liberal da época. Inspirou-se na recém findada guerra de
independência do Uruguai, mantendo conexões com a nova república do Rio da
Prata, além de províncias independentes argentinas, como Corrientes e Santa Fé.
Chegou a expandir-se à costa brasileira, em Laguna, com a proclamação da
República Juliana e ao planalto catarinense de Lages.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
revolta teve como líderes: general Bento Gonçalves, general Neto, coronel
Onofre Pires, coronel Lucas de Oliveira, deputado Vicente da Fontoura, general
Davi Canabarro, coronel Corte Real, coronel Teixeira Nunes, coronel Domingos de
Almeida, coronel Domingos Crescêncio de Carvalho, general José Mariano de
Mattos, general Gomes Jardim, além de receber inspiração ideológica de
italianos da Carbonária refugiados, como o cientista e tenente Tito Lívio
Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti, além do capitão Giuseppe Garibaldi,
que embora não pertencesse a carbonária, esteve envolvido em movimentos
republicanos na Itália.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
questão da abolição da escravatura também esteve envolvida, organizando-se
exércitos contando com homens negros que aspiravam à liberdade. Bento Manuel
Ribeiro Lutou em ambos os lados ao longo da guerra, mas quando acabou a
revolução ele estava ao lado do imperador.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<img alt="Resultado de imagem para bandeira da revolução farroupilha" src="http://guiadoestudante.abril.com.br/imagem/imagem1-historia.jpg" height="320" width="256" /><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
justificativa original para a revolta baseia-se no conflito político entre os
liberais, que propugnavam modelo de estado com maior autonomia às províncias, e
o modelo imposto pela constituição de 1824, de caráter unitário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
movimento também encontrou forças na posição secundária, tanto econômica como
política, que a Província de São Pedro do Rio Grande ocupava no Brasil, nos
anos que se sucederam à Independência. Diferentemente de outras províncias,
cuja produção de gêneros primários se voltava para o mercado externo, como o
açúcar e o café, a do Rio Grande do Sul produzia principalmente para o mercado
interno. Seus principais produtos eram o charque e o couro, altamente
tributados. As charqueadas produziam para a alimentação dos escravos africanos,
indo em grande quantidade para abastecer a atividade mineradora nas Minas
Gerais, para as plantações de cana-de-açúcar e para a região sudeste, onde se
iniciava a cafeicultura. A região, desse modo, encontrava-se muito dependente
do mercado brasileiro de charque, que com o câmbio supervalorizado, e
benefícios tarifários, podia importar o produto por custo mais baixo. Além
disso, instalava-se nas Províncias Unidas do Rio da Prata uma forte indústria
saladeiril, e que, junto com os saladeros do Uruguai, competiria pela compra de
gado da região, pondo em risco a viabilidade econômica das charqueadas
sul-rio-grandenses. Consequentemente, o charque rio-grandense tinha preço maior
do que o similar oriundo da Argentina e do Uruguai, uma queixa que era feita
pelos rio-grandenses desde pelo menos 1804. A tributação da concorrência
externa era uma exigência dos estancieiros e charqueadores. Porém essa
tributação não era do interesse dos principais compradores brasileiros, pois
veriam reduzida sua lucratividade em razão do maior dispêndio na manutenção dos
escravos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Há
que considerar, ainda, que o Rio Grande do Sul era região fronteiriça aos
domínios hispânicos situados na região platina. Devido às disputas territoriais
nessa área, nunca fora uma Capitania Hereditária no período colonial e, sim,
parte de seu território, desde o século XVII ocupado por um sistema de
concessão de terras e poder a chefes militares. O poder dos estancieiros era
exercido muitas vezes na defesa de seus próprios interesses privados e entrava
frequentemente em choque com a autoridade dos comandantes militares,
representantes da Coroa. Porém, a importância do estancieiro-soldado era
tamanha que a Coroa transigia, fazendo vista grossa às arbitrariedades, dando
uma dose de autonomia ao poder local. Na então recente e desastrosa Guerra da
Cisplatina, que culminou com a perda da área territorial do Uruguai,
anteriormente anexada ao Brasil, o comando geral, apesar dos inúmeros
candidatos locais qualificados, foi dado ao Marquês de Barbacena, oriundo da
corte imperial, despreparado para o cargo e responsabilizado pela derrota.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<img alt="Resultado de imagem para revoluçao farroupilha mapa" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9zKkR1qFsVXdzg8K-DgJ_YT3vdyVAgd2r0WejL3YvGWINL2rTjL9UUqoBQcVcgNIdxs-4GOciZU4Kg1_f3EHVqIFqMZNfUSHgA1NvsT0VPdhie8_GWGhGnvhLIGIlJUm2wobau32W5is/s320/personagens.jpg" width="320" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
contatos frequentes, inclusive propriedades e negócios do outro lado da
fronteira, mostraram aos caudilhos locais as vantagens de uma república, com
suas bandeiras de igualdade, liberdade e fraternidade trazidas da Revolução
Francesa. Além disso a imposição de presidentes provinciais por parte do
governo imperial ia contra o direcionamento político da Assembleia Legislativa
Provincial do Rio Grande do Sul, criando mais um motivo de desagrado da elite
regional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Também
é preciso citar o conflito ideológico presente no Rio Grande do Sul, que havia
sofrido diversas tentativas menores de criação de uma república, iniciando com
as tentativas insanas de Alexandre Luís de Queirós e Vasconcelos, que proclamou
a república três vezes no início do século XIX, ou a Sedição de 1830, que
visava a substituir a monarquia pela república em Porto Alegre e que teve a
participação de diversos imigrantes alemães (Otto Heise, Samuel Gottfried Kerst
e Gaspar Stephanousky), mas foi prontamente sufocada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
descontentamento reinante na província foi objeto de diversas reuniões
governamentais, especialmente a partir de 1831, quando começam a circular insistentes
boatos sobre a separação da província visando a unir-se ao Estado Oriental,
também preocupados com informações de que, na fronteira, se pregava a
revolução, sendo prometida a liberdade aos escravos. No Uruguai vivia refugiado
o padre Caldas, revolucionário da confederação do Equador, que mantinha um
jornal de ideias republicanas, além de animada correspondência com os
comandantes da fronteira, incluindo Bento Gonçalves.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
conflito ideológico foi exacerbado com a criação da Sociedade Militar, no Rio
de Janeiro, um clube com simpatia pelo Império e fomentador da restauração de
D. Pedro I no trono brasileiro. Um dos seus líderes foi o Conde de Rio Pardo,
que ao chegar a Porto Alegre em outubro de 1833, fundou ali uma filial. Os
estancieiros rio-grandenses não viam com bons olhos a Sociedade Militar e
pediam que o governo provincial a colocasse na ilegalidade. Entre os protestos
eclodiu uma rebelião popular, liderada pelos majores José Mariano de Matos e
João Manuel de Lima e Silva que foi logo abafada e seus líderes punidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os Farrapos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Farroupilhas
ou farrapos é a maneira como foram chamados todos os que se revoltaram contra o
governo imperial, e que culminou com a Proclamação da República Rio-Grandense.
Era termo considerado originalmente pejorativo, já utilizado pelo menos uma
década antes da Guerra dos Farrapos para designar os sul-rio-grandenses
vinculados ao Partido Liberal, oposicionistas e radicais ao governo central,
destacando-se os chamados jurujubas. O termo, oriundo do parlamento, com o
tempo foi adotado pelos próprios revolucionários, de forma semelhante à que
ocorreu com os sans-culottes à época da Revolução Francesa. Seus oponentes
imperiais eram por eles chamados de caramurus ou camelos, termo jocoso em geral
aplicado aos membros do Partido Restaurador no Parlamento Imperial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para revoluçao farroupilha lideres" height="315" src="http://www.historiadobrasil.net/uploads/site/bento_gon%C3%A7alves.gif" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Bento Gonçalves</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
1831, no Rio de Janeiro, havia os jornais Jurujuba dos Farroupilhas e Matraca
dos Farroupilhas. Em 1832 foi fundado o Partido Farroupilha pelo tenente Luís
José dos Reis Alpoim, deportado do Rio para Porto Alegre. O grupo se encontrava
na casa do major João Manuel de Lima e Silva (tio de Luís Alves de Lima e
Silva, que viria a ser o Duque de Caxias), casa esta que era sede também da
Sociedade Continentino, editora do jornal O Continentino, ferrenho critico ao
Império. Em 24 de outubro de 1833, os farroupilhas promoveram um levante contra
a instalação da Sociedade Militar em Porto Alegre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inicialmente,
reivindicavam a retirada de todos os portugueses que se mantinham nos mais
altos cargos do Império e do Exército, mesmo depois da Independência,
respaldados pelo Partido Restaurador ou caramuru. Os caramurus almejavam a
volta de D. Pedro I ao governo do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No
entanto, é bom notar que entre os farrapos havia os que acreditavam que só tornando
suas províncias independentes poderiam obter uma "sociedade chula",
ou seja, administrada por provincianos. Havia, portanto, estancieiros,
estancieiros-militares, farroupilhas-libertários, militares-libertários,
estancieiros-farroupilhas, abolicionistas e escravos que buscavam a liberdade,
e assim por diante, numa combinação e interpenetração ideológica sem fim.
Inicialmente nem todos eram republicanos e separatistas, mas os acontecimentos
e os novos rumos do movimento conduziram a esse desfecho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
maçonaria sulista, tendendo aos ideais republicanos, teve importante papel nos
rumos tomados, sendo que muitos dos líderes farroupilhas foram seus adeptos,
dentre eles, Bento Gonçalves da Silva, com o codinome Sucre. Bento organizou
outras lojas maçônicas no território rio-grandense, o que lhe havia sido
permitido desde o ano de 1833.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No
ano de 1835 os ânimos políticos estavam exaltados. O descontentamento de
estancieiros, liberais, industriais do charque e militares locais promoviam
reuniões em casas de particulares, destacando-se a figura de Bento Gonçalves.
Naquele ano foi nomeado como presidente da província Antônio Rodrigues
Fernandes Braga, que chegara ao posto pela indicação de Bento Gonçalves e,
apesar de ser rio-grandense, passara tanto tempo servindo o Império na Europa e
nos Estados Unidos, logo após seus estudos em Coimbra, que não tinha laços
suficientemente sólidos estabelecidos no Rio Grande. Fernandes Braga, apesar de
inicialmente ter agradado aos liberais, logo entrou em atrito. Na sessão
inaugural da Assembleia Provincial em 22 de abril, perante uma plateia
majoritariamente hostil, acusou os liberais extremados de planejarem separar o
Rio Grande do Sul do Império e uni-lo ao Uruguai. O presidente da província,
secundado pelo comandante das armas Sebastião Barreto Pereira Pinto, mencionava
Bento Gonçalves e referindo-se também a Lavalleja e ao seu mentor, o indigno
Padre Caldas. Houve protestos e contraprotestos nas acaloradas sessões
seguintes, Fernandes Braga ainda tentou corrigir-se e apaziguar os ânimos, mas
já era tarde demais. A discussão também seguia na imprensa, de maneira muitas
vezes violenta e extremada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Na
noite de 18 de setembro de 1835, em uma reunião onde estavam presentes José
Mariano de Mattos (um ferrenho separatista), Gomes Jardim (primo de Bento e
futuro presidente da República Rio-Grandense), Vicente da Fontoura
(farroupilha, mas antisseparatista), Pedro Boticário (fervoroso farroupilha),
Paulino da Fontoura (irmão de Vicente, cuja morte seria imputada a Bento
Gonçalves, estopim da crise na República), Antônio de Sousa Neto (imperialista
e farroupilha, mas que simpatizava com os ideais republicanos) e Domingos José
de Almeida (separatista e grande administrador da República), decidiu-se por
unanimidade que dentro de dois dias, no dia 20 de setembro de 1835, tomariam
militarmente Porto Alegre e destituiriam o presidente provincial Antônio
Rodrigues Fernandes Braga.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
várias cidades do interior as milícias foram alertadas para deflagrarem a
revolta. Bento comandava uma tropa reunida em Pedras Brancas, hoje cidade de
Guaíba. Gomes Jardim e Onofre Pires comandavam os farroupilhas aquartelados,
com cerca de 200 homens, no morro da Azenha, o atual cemitério São Miguel e
Almas. Também mantinham, no dia 19 de setembro de 1835, um piquete com trinta
homens nas imediações da ponte da Azenha sobre o arroio Dilúvio, comandado por
Manuel Vieira da Rocha, o cabo Rocha, que aguardava o amanhecer do dia 20 para
investir, junto com o restante da tropa, contra os muros da vila. Porém
Fernandes Braga ouvira alguns boatos e, desconfiado, mandou uma partida de 9
homens sob o comando de José Gordilho de Barbuda Filho, o 2° visconde de
Camamu, fazer um reconhecimento durante à noite. Descuidados e inexperientes,
os guardas imperiais se deixaram notar e foram atacados pelo piquete
republicano e fugiram, resultando 2 mortos e cinco feridos. Um dos feridos, o
próprio visconde, sujo e ensanguentado alertou Fernandes Braga da revolta. Eram
11 horas da noite de 19 de setembro de 1835.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Fernandes
Braga ainda tentou organizar uma resistência e, ao amanhecer, estava junto ao
arsenal de guerra, hoje ponta do gasômetro, tentando reunir homens para a
resistência. Porém, até o meio da tarde somente 17 homens se apresentaram para
defender a cidade, pois o 8° Batalhão de Caçadores, comandado por João Manuel
de Lima e Silva havia se declarado revolucionário. Vendo a escassez de armas e
munição, Braga resolveu fugir a bordo da escuna Rio-Grandense seguido pela
canhoneira 19 de Outubro, indo parar em Rio Grande, então maior cidade da
província. Deixou sua esposa, família e as chaves do palácio aos cuidados do
cônsul norte-americano, Isaac Austin Haÿes, que também deu proteção a outras
famílias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
farroupilhas adiaram a investida combinada, devido ao inusitado da noite
anterior. Somente ao amanhecer o dia 21 de setembro de 1835 chegaram às portas
da cidade Bento Gonçalves e os demais comandantes, seguidos por suas
respectivas tropas. Porto Alegre abandonada, sem resistência, entregou-se aos
revolucionários. No resto da província apenas alguns focos de resistência em
Rio Pardo e São Gabriel, além de Rio Grande, mantinham os farroupilhas
ocupados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
Câmara Municipal reuniu-se extraordinariamente para ocupar o cargo de
Presidente. Na ausência dos vice-presidentes imediatos, assumiu o quarto vice,
Marciano Pereira Ribeiro. Em 25 de setembro Bento Gonçalves expediu uma carta
ao regente imperial, padre Diogo Antônio Feijó, explicando os motivos da
revolta e solicitando a nomeação de um novo Presidente e comandante das armas.
Os revoltosos davam, então, o conflito por encerrado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A reação imperial<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">De
Rio Grande, Fernandes Braga embarcou para o Rio de Janeiro em 23 de outubro,
capital do Império do Brasil. Uma vez na Corte, Braga passou a sua versão da
história, bastante diferente da carta enviada por Bento Gonçalves. O novo
indicado, José de Araújo Ribeiro, veio acompanhado de um verdadeiro aparato de
guerra: onze brigues e escunas, além de diversas canhoneiras, lanchas e iates,
carregados de armamento e muitos soldados imperiais, sob o comando do capitão
de mar e guerra John Pascoe Grenfell.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Araújo
Ribeiro chegou a Porto Alegre no início de dezembro, devendo tomar posse em 9
de dezembro. Uma confusão em relação ao papel de Pereira Duarte no apoio à
causa farroupilha fez com que fosse adiada a posse, retirando-se Araújo Ribeiro
para Rio Grande, com intenção de retornar à Corte. Lá foi convencido por Bento
Manuel e outros amigos a permanecer, com a promessa de apoio à Presidência,
tomando então posse perante a Câmara Municipal de Rio Grande, em 15 de janeiro
de 1836. Bento Manuel, que havia apoiado a revolta inicial e ainda iria trocar
de lado na disputa duas vezes, deslocou-se para o interior e depois para Porto
Alegre com o intuito de cercá-la. Os liberais receberam a posse de Araújo
Ribeiro como declaração de guerra, reunindo seus soldados que estavam dispersos
desde outubro, sob a presidência de Marciano Ribeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Como
Presidente Imperial da Província, Araújo Ribeiro tratou de recompor seu
exército, reunindo oficiais gaúchos contrários aos farroupilhas, como João da
Silva Tavares, Francisco Pedro de Abreu (o Chico Pedro ou Moringue), Manuel
Marques de Sousa, mais tarde conde de Porto Alegre, Bento Manuel Ribeiro,
Manuel Luís Osório (hoje patrono da cavalaria do Brasil), e até mesmo
contratando mercenários vindos do Uruguai. Administrativamente mandou fechar a
Assembleia Provincial e destituiu Bento Gonçalves do comando da Guarda
Nacional, nomeação feita por Marciano José Pereira Ribeiro, desautorizando-o.
Iniciou-se aí a resistência em Rio Grande e a perseguição aos revoltosos. No
Rio de Janeiro o governo proibiu a utilização da alfândega de Porto Alegre,
enquanto a cidade estivesse em posse dos rebeldes, restringindo a chegada de
navios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para revoluçao farroupilha lideres" height="320" src="http://www.sohistoria.com.br/ef2/farroupilha/index_clip_image001.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="228" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anita Garibaldi</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
abril de 1836, o comandante-das-armas farroupilhas, João Manuel de Lima e
Silva, prendeu o major Manuel Marques de Sousa, que foi trazido junto com os
demais prisioneiros para o navio-prisão Presiganga. Na noite de 15 de junho de
1836, com a ajuda de um guarda corrupto, os prisioneiros foram soltos e, sob o
comando de Marques de Sousa e com ajuda de Bento Manuel, os Imperiais retomaram
a cidade de Porto Alegre das mãos dos farroupilhas. Foram presos Marciano
Ribeiro, Pedro Boticário e mais 32 revoltosos. A casa do cônsul norte-americano
foi invadida em 17 de setembro e revistada em busca de armas e revoltosos. Dois
dias depois o cônsul foi preso, na prisão ameaçado pelo visconde de Castro e
general-brigadeiro Carneiro se não escrevesse ao general João de Deus Mena Barreto
requerendo sua liberdade. O cônsul foi libertado alguns dias depois e retornou
aos Estados Unidos depois de alguns meses.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Dias
depois, Bento Gonçalves tentou retomar a capital, mas foi rechaçado e começou
uma série de sítios ao redor da cidade que terminou definitivamente somente em
dezembro de 1840. Sem o controle da capital e do único porto marítimo da
província, os revoltosos estabeleceram quartel-general na cidade de Piratini.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para revoluçao farroupilha lideres" height="237" src="http://lh6.ggpht.com/_5ZVfrqNx7ZM/Syx1Hm1_HPI/AAAAAAAAPXk/xC3IE5mOtNg/Giuseppe%20Garibaldi.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Giuseppe Garibaldi</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
21 de agosto, as tropas navais de Grenfell têm sua primeira vitória, com a
tomada do forte do Junco, num ataque comandado pelo capitão-tenente Guilherme
Parker, com o brigue-escuna Leopoldina, o patacho Vênus e seis canhoneiras,
além de uma tropa de infantes comandados pelo coronel Francisco Xavier da Cunha.
Cinco dias depois, o forte de Itapoã foi conquistado, deixando aberto aos
imperiais o acesso fluvial a Porto Alegre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">República Rio-Grandense<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No
início de setembro de 1836 Antônio de Sousa Neto deslocou-se à região de Bagé,
onde o imperial João da Silva Tavares, vindo do Uruguai, mantinha o
desassossego entre os farroupilhas residentes. A Primeira Brigada de Neto, com
quatrocentos homens atravessou o arroio Seival e encontrou as tropas de Silva
Tavares (560 homens) sobre uma coxilha. Era a tarde de 10 de setembro de 1836
quando começou a batalha do Seival. Silva Tavares desceu a coxilha em desabalada
carga. Neto ordenou também a carga de lança e espada, sem tiros. As forças se
encontraram em sangrento combate. Silva Tavares fugiu e seus homens foram
derrotados. Os farrapos ficaram quase intactos, enquanto do outro lado havia
180 mortos, 63 feridos e 100 prisioneiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para revoluçao farroupilha lideres" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifJqzhG2aJOm2Ju3eKT_O6em9Z1ynoCp3EHnoUFE75wWNgN1sfCm4x5efX7O_dwusXKLJLvUwEWMW1kH3bvn-1JOA4DoQrk9RFGfXL2BBkRsf-NbZ_AcqC1bvGIleKBJr1FJBLpAkYcv4p/s320/Carlos_Gomes.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="260" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">David Canabarro</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Donos
do campo, os farroupilhas comemoraram vibrantemente a vitória. Cresceu a
vontade separatista de conquistar e manter um país rio-grandense independente,
entre as nações do mundo. À noite as questões ideológicas foram revistas e
Lucas de Oliveira e Joaquim Pedro, republicanos ardorosos, catequizaram Neto,
argumentando que não havia outra saída a não ser enveredar pela senda da
independência e que não havia outro desejo popular a não ser o desejo de
liberdade, de abolição da escravatura e de democracia sob o sistema
republicano. Se tivesse que acontecer, a hora era aquela, a hora da vitória, do
júbilo, da afirmação. Neto passou a simpatizar com a ideia, mas resistiu diante
de uma provável reprovação de seus pares. Pensava que tal proclamação de uma
nova República deveria partir de Bento Gonçalves, o grande comandante de todos
os farrapos. Contrapuseram que Bento já se decidira pela república, que
hierarquia rígida era coisa do império e que o sistema republicano centrava-se
no povo, suas vontades e necessidades, e não na elite governativa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para revoluçao farroupilha lideres" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjplC-t_wdb7v9gxRJLwpDpINYvW4K0uMNW5AxVTSmiOZpwSK7PomIJ3ESnQG6eIRxIoFWUhGjXxwwjDxRxVDqG3NjmpEoQ3rq5wXt0Vn6FxmamYmnuCUetnU4QJP_XCj4Znu2HXWVFKDNw/s320/onofre+pires.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="198" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Duque de Caxias</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Finalmente,
aquiescendo o coronel Neto, passaram a escrever a Proclamação da República
Rio-Grandense que seria lida e efetivada por ele, perante a tropa perfilada, em
11 de setembro de 1836.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Após
a cerimônia de Proclamação, irromperam todos em gritos de euforia, liberdade e
vivas à República, com tiros para o alto e cantorias. Logo chegou a galope o
tenente Teixeira Nunes, empunhando pela primeira vez a bandeira tricolor,
mandada fazer às pressas em Bagé e passa a desfilar por entre seus companheiros
com a bandeira verde, vermelha e amarela da República Rio-Grandense,
comemorando sua independência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Foram
conclamadas as demais províncias brasileiras a unirem-se como entes federados
no sistema republicano, foi criado um hino nacional e bandeira própria do novo
estado, até hoje cultivados pelo Estado do Rio Grande do Sul. Também foi
estabelecida a capital na pequena cidade de Piratini, donde surgiu uma nova
alcunha, a República de Piratini.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
partir deste momento, ocorreu a falência imediata da Revolta Farroupilha e o
início da Guerra dos Farrapos propriamente dita. A mudança de posicionamento
dos Farrapos foi imediata.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Já
não desejavam mais substituir o Presidente da Província de São Pedro do Rio
Grande por outro, pois agora haveriam de ter um Presidente da República
independente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
combatentes não era mais revoltosos farroupilhas, mas soldados do Exército
Republicano Rio-Grandense.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
pavilhão que defendiam não era mais a bandeira imperial verde-amarela, mas a
quadrada bandeira republicana verde, vermelha e amarela em diagonal (sem o
brasão no meio).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Não
lutavam mais por reconhecimento e atenção, mas pela defesa da independência e
soberania de seu país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Já
não era mais a luta de revoltosos em busca de justiça, mas uma guerra de
exército defensor (republicano) contra exército agressor (imperial);<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
república Rio-grandense tinha escasso apoio nas áreas colonizadas pela recente
imigração alemã. Esses imigrantes haviam se fixado na desativada Real Feitoria
do Linho Cânhamo em colônias cedidas pelo império, no Vale do Rio dos Sinos. Em
Porto Alegre, apesar da simpatia de parte das camadas médias, não recebia o
apoio popular, que mobilizava outras cidades da Província de São Pedro do Rio
Grande. Inicialmente sua base social era originária de liberais, militares,
industriais do charque e, especialmente, de estancieiros com capacidade de
liderar exércitos particulares de "peões", vaqueiros que lhes
prestavam serviços ou deles dependiam para subsistência e defesa e cuja
obediência e fidelidade era garantida por traços feudais da cultura local; e
por escravos, que no meio rural eram incluídos no convívio social dos peões.
Como havia interfaces com o Uruguai, também eram contratados elementos de lá
provenientes. Os exímios cavaleiros forjados nas lides campeiras, chamados
"gaúchos", formavam corpos de cavalaria de choque aptos a travar uma
guerra de guerrilha. Esses exércitos dispunham de alta mobilidade e
conhecimento do terreno, mas sem dispor de infantaria nem adequada artilharia,
os Farroupilhas tinham fraca capacidade bélica contra as cidades fortificadas
do Rio Grande e Porto Alegre, e pouca capacidade de defesa das praças que
controlavam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No
dia 12 de setembro, um dia após a Proclamação da República Rio-Grandense por
Antônio de Sousa Neto, a seguir à vitória na Batalha do Seival, houve a
solenidade de lavratura e assinatura da Ata de Declaração de Independência,
pela qual os abaixo-assinantes declaravam não embainhar suas espadas, e
derramar todo o seu sangue, antes de retroceder de seus princípios políticos,
proclamados na presente declaração. Fizeram-se várias cópias da Ata, que foram
enviadas às câmaras municipais e aos principais comandantes do Exército
Republicano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Como
resposta imediata, as câmaras de Jaguarão, Alegrete, Cruz Alta, Piratini, entre
outras, convocaram sessões extraordinárias, onde puderam analisar e corroborar
os feitos, fazendo constar em Atas Legislativas suas adesões, proclamando a
independência política da província, por ser a vontade geral da maioria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Bento
Gonçalves não pudera estar presente devido a um fato circunstancial. Ao tomar
conhecimento do ato da Proclamação da República Rio-grandense, Bento Gonçalves
levantou seu acampamento na lomba do Tarumã , parte do sítio que impingia a
Porto Alegre, seguiu a várzea do rio Gravataí, marchou para São Leopoldo e
cruzou o rio dos Sinos e o rio Caí, passou a deslocar-se beirando o Rio Jacuí,
para junção de forças com Neto. Fatalmente ele precisava atravessar o rio na
Ilha de Fanfa, no município de Triunfo, por causa da época de cheias. Ciente
dos acontecimentos, Bento Manuel, agora a serviço do império, deslocou suas
tropas com 660 homens embarcados, a partir de Triunfo, de modo a impedir a
passagem de Bento Gonçalves.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Bento
Gonçalves decidiu cruzar o rio Jacuí para unir suas tropas com as de Domingos
Crescêncio. Na noite de 1 de outubro, levantou acampamento e, na manhã
seguinte, iniciou, com dois pontões para 40 homens, o cruzamento para a Ilha do
Fanfa. José de Araújo Ribeiro, alertado por Bento Manuel , enviou a Marinha,
comandada por John Grenfell no vapor Liberal, junto com dezoito barcos de
guerra, escunas e canhoneiras guardando o lado sul da Ilha, só percebida pelos
Farrapos depois de estarem na ilha. Fechando o cerco por terra, Bento Manuel
ficou senhor da situação. Era 3 de outubro de 1836.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
farrapos resistiram por três dias e, sabedores da proximidade das tropas de
Crescêncio de Carvalho, repeliram os fuzileiros que desembarcavam na ilha pela
costa sul e qualquer tentativa de travessia pelo norte. A fim de evitar mais
derramamento de sangue, Bento Manuel levantou a bandeira de “parlamento” e
Bento Gonçalves aceitou negociar. O acordo foi feito e assinado em 4 de
outubro. Os Farrapos entregariam as armas, capitulariam e voltariam livres para
suas casas. Segundo Bento Manuel, a guerra estaria terminada, com a vitória do
império. Ele pacificara a província e receberia as glórias da Corte. Porém,
Bento Gonçalves não era tão ingênuo e já havia enviado um mensageiro
solicitando socorro a Neto e Canabarro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Depois
de desarmar e soltar os soldados, Bento Manuel manteve os chefes presos: Bento
Gonçalves, Tito Lívio, José de Almeida Corte Real, José Calvet, Onofre Pires,
entre outros, sob o pretexto de que Bento Gonçalves havia faltado com sua
palavra ao enviar emissários buscando socorro. A maior parte dos líderes do
movimento foi presa na Presiganga, depois enviada à Corte e por fim encarcerada
na prisão de Santa Cruz e no Forte da Laje, no Rio de Janeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Na
sessão extraordinária da Câmara de Piratini, na primeira capital da República
Rio-Grandense, em 6 de novembro de 1836, procedeu-se formalmente a votação para
Presidente da República, conforme os parâmetros da época. A eleição foi vencida
por Bento Gonçalves (mesmo sem estar presente e sem campanha) e primeiro
vice-presidente José Gomes de Vasconcelos Jardim. Assumiu o vice interinamente
a presidência, nomeando o ministério e tomando a incumbência de convocar uma
Assembleia Constituinte para formar a Constituição da República Rio-grandense.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
luta entre farroupilhas e imperiais continuou acirrada. O império despejava
rios de dinheiro para recrutar mais e mais soldados paulistas e baianos, para
comprar mais armas, mais munições, com pouquíssimo resultado prático.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para revoluçao farroupilha" height="231" src="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTm16QOVNz2W6AmbfY_XiGpL-yVPEwdIb66z6tijcR6su-MILaPuQ" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">General David
José Martins, o David Canabarro<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pelo
lado imperial, Araújo Ribeiro foi substituído a 5 de janeiro de 1837 pelo
brigadeiro Antero de Brito, acirrando mais a disputa. Bento Manuel não gostou
da demissão de seu parente e amigo e enviou uma carta a Antero de Brito,
dizendo-se doente e solicitando que portanto fosse substituído no comando das
armas. Além disso, dispensou boa parte da tropa que comandava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brito
passou a acumular os cargos de Comandante das Armas e de Presidente da
Província de São Pedro do Rio Grande, com capital em Porto Alegre. Se Araújo
era, acima de tudo, conciliador, Brito perseguiu e prendeu até mesmo civis
simpatizantes das ideias farroupilhas, confiscando seus bens; alguns destes
foram punidos com a pena de desterro. Em contrapartida, os farrapos eram
senhores do pampa, recebiam maciças adesões de militares descontentes com a
nomeação de Brito e, ainda em janeiro de 1837, ganharam o apoio dos habitantes
de Lages de Santa Catarina, que seria um importante ponto onde os Farrapos
comprariam armas e munições. O principal perseguido por Antero de Brito era o
Comandante das Armas Imperiais anterior a ele, nada menos que Bento Manuel
Ribeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Bento
Manuel não aceitava a autonomeação de Brito e continuava a dar suas próprias
ordens às tropas. Brito, então, saiu pessoalmente ao seu encalço. Bento fugiu
mudando de direção, como numa brincadeira de gato e rato, situação que se
arrastou até o dia 23 de março de 1837, quando, num golpe de mestre, Bento
Manuel Ribeiro deixou um piquete para trás, sob o comando do major Demétrio
Ribeiro que, de surpresa, caiu sobre as tropas de Brito e prendeu o Presidente
Imperial da província. Com isso, novamente Bento Manuel foi aceito no seio
farrapo, passando a combater novamente os imperiais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
8 de abril, o general Neto conquistou Caçapava do Sul, centro de
reabastecimento imperial, depois de sete dias de cerco, apreendendo 15 canhões
e fazendo prisioneiros a 540 imperiais, comandados pelo coronel João Crisóstomo
da Silva. Ainda neste ano, em 2 de julho, aconteceu o Combate de Ivaí, onde
Bento Manuel foi capturado, mas após um ataque farroupilha 50 legalistas foram
mortos, enquanto o marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto fugiu para Caçapava
do Sul, deixando Bento Manuel ferido e desacordado no campo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
sustentação econômica da República era propiciada pelo apoio da vizinha
República Oriental do Uruguai, que permitia o comércio do charque produzido
pelos rio-grandenses para o próprio Brasil. A exportação era feita por terra
até o Porto de Montevidéu ou pelo rio Uruguai. Em 29 de agosto foi assassinado
o coronel João Manuel de Lima e Silva, que havia derrotado Bento Manoel
Ribeiro, no ano anterior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Bento Gonçalves assume a
presidência<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
15 de março de 1837, Bento Gonçalves tentou escapar da prisão, no Rio de
Janeiro, junto de outros companheiros. Porém Pedro Boticário não conseguiu
passar por uma janela, por ser muito gordo, e, em solidariedade, Bento
Gonçalves desistiu da fuga, na qual escaparam Onofre Pires e o coronel Corte
Real. Depois desta tentativa de fuga, foi transferido para a Bahia, onde chegou
em 26 de agosto de 1837, ficando preso no Forte do Mar. Conseguiu, com auxílio
da maçonaria, evadir-se da prisão baiana em 10 de setembro de 1837, poucos dias
antes do início da Sabinada. Permaneceu algum tempo, clandestino, em Itaparica
e Salvador, onde teve contato com membros do movimento. Depois de despistar
seus perseguidores, que achavam que tinha partido para os Estados Unidos em uma
corveta, chegou, via Buenos Aires, de volta ao Rio Grande do Sul e, em 16 de
dezembro de 1837, tomou posse como Presidente da República. Nesta época os
farrapos dominavam praticamente toda a província, ficando os imperiais restritos
a Rio Grande e São José do Norte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
29 de agosto de 1838, Bento lançou seu mais importante manifesto aos
rio-grandenses, onde justificava as irreversíveis decisões tomadas em favor da
libertação do seu povo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">“Toma na extensa escala dos
estados soberanos o lugar que lhe compete pela suficiência de seus recursos,
civilização e naturais riquezas que lhe asseguram o exercício pleno e inteiro
de sua independência, eminente soberania e domínio, sem sujeição ou sacrifício
da mais pequena parte desta mesma independência ou soberania a outra nação,
governo ou potência estranha qualquer. Faz neste momento o que fizeram tantos
outros povos por iguais motivos, em circunstâncias idênticas.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">E
no trecho final, um juramento importante:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">“Bem penetrados da justiça de sua
santa causa, confiando primeiro que tudo, no favor do juiz supremo das nações,
eles têm jurado por esse mesmo supremo juiz, por sua honra, por tudo que lhes é
mais caro, não aceitar do governo do Brasil uma paz ignominiosa que possa
desmentir a sua soberania e independência.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Com
a dificuldade em quebrar a resistência de Porto Alegre, os farroupilhas
resolveram voltar-se contra Rio Pardo, onde estava concentrada uma divisão do
exército imperial, com dois batalhões de infantaria e dois corpos de cavalaria,
comandada pelo marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto. Os brigadeiros
Francisco Xavier da Cunha comandando a infantaria e Bonifácio Calderón a
cavalaria, num total de 1.200 combatentes. A cidade era, junto com Porto Alegre
e Rio Grande, uma das mais importantes do estado, contando com quase o dobro de
habitantes da capital.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
concentração de tropas imperiais chamou a atenção dos farroupilhas, conscientes
das possíveis consequências desta tropa quando se movimentasse. Bento Manuel
Ribeiro, ao lado de Antônio de Sousa Neto, em 30 de abril de 1838, comandando
2.500 homens, 800 deles de cavalaria, surpreenderam a cidade, na batalha do
Barro Vermelho, na entrada da cidade, derrotando os imperiais, conquistando Rio
Pardo, a ex-tranqueira invicta, matando 71 homens e fazendo mais de 130
prisioneiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Este
fato foi importante por vários aspectos, dando novo impulso à rebelião. Rio
Pardo formava, com Rio Grande e Porto Alegre, a fronteira de domínio imperial,
um ponto de apoio para a conquista do interior, tinha fama de inexpugnável e a
vitória farrapa foi incontestável. Além disso, Rio Pardo tinha quase o dobro de
habitantes de Porto Alegre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
conquista de Rio Pardo foi importante também porque lá se encontrava, na
ocasião, a Banda Imperial, sob o comando do maestro mineiro Joaquim José
Mendanha, que viria a compor, sob a encomenda de Bento Gonçalves, o Hino
Nacional da República Rio-Grandense. Com a letra do republicano Serafim Joaquim
de Alencastre, o hino foi executado e cantado pela primeira vez na cerimônia de
comemoração do primeiro aniversário da Tomada de Rio Pardo. Hoje a música do
hino é a mesma, mas foi composta outra letra, por Francisco Pinto da Fontoura,
o Chiquinho da Vovó, para se adequar aos novos tempos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Cabe
ressaltar que a primeira composição do Hino Nacional da República Rio-grandense
destacava a mesma ideia dos discursos de Bento Gonçalves, de não ceder à paz
vergonhosa da deposição das armas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">“Nobre povo rio-grandense. Povo
de heróis, povo bravo!<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Conquistaste a independência.
Nunca mais serás escravo.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Marinha Farroupilha<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
Marinha Imperial Brasileira controlava os principais meios de comunicação da
província, a lagoa dos Patos, entre Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande, e a
maior parte dos rios navegáveis. Apesar disso era constantemente atacada pelos
farroupilhas, quando próximos aos barrancos dos rios. Em 1 de fevereiro de
1838, uma tropa de dois mil farrapos e uma bateria de artilharia conseguiram
atacar de surpresa duas canhoneiras e um lanchão no rio Caí, matando quase
todos os marinheiros e aprisionando um dos comandantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
fator estratégico de maior efeito a favor do império era o bloqueio da barra da
lagoa dos Patos, único acesso ao porto de Rio Grande, por onde desembarcavam
continuamente os reforços imperiais, e ao mar. A república, na segunda parte do
confronto procurava manter a supremacia conquistada na região geográfica da
serra do sudeste do Rio Grande do Sul, de relevo irregular e com apenas um rio
que comunicava com a lagoa dos Patos, o Camaquã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Foi
preciso engendrar uma manobra incomum para conquistar um ponto que pudesse
ligar o Rio Grande dos farrapos com o mar. Este ponto era Laguna, em Santa
Catarina. O primeiro passo era constituir a Marinha Rio-Grandense. Giuseppe
Garibaldi conhecera Bento Gonçalves ainda em sua prisão, no Rio de Janeiro, e
obteria dele uma carta de corso para aprisionar embarcações imperiais. Em 1 de
setembro de 1838, Garibaldi foi nomeado capitão-tenente, comandante da marinha
Farroupilha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Foi
criado um estaleiro, junto a uma fábrica de armas e munições em Camaquã, na
estância de Ana Gonçalves, irmã de Bento Gonçalves. Lá Garibaldi coordenou a
construção e o armamento de dois lanchões de guerra. Ao mesmo tempo, Luigi
Rossetti foi a Montevidéu, buscar a ajuda de Luigi Carniglia e outros
profissionais indispensáveis. Após algumas semanas, estava completa a equipagem
de mestres e operários. Alguns marinheiros vieram de Montevidéu e outros foram
recrutados pelas redondezas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
imperiais, informados dos planos farrapos, atacaram o estaleiro de Camaquã,
comandados por Francisco Pedro de Abreu, o Chico Pedro, também conhecido por
Moringue. Eram mais de uma centena de homens, cercando o galpão com quatorze
trabalhadores entrincheirados. Giuseppe Garibaldi comanda a resistência durante
horas. Quase ao anoitecer, Moringue precipitou-se do esconderijo e levou um
tiro no peito, sendo recolhido por seus companheiros, fugindo tão rapidamente
quanto chegaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Terminada
a construção dos barcos e lançados à água, os lanchões Seival e Farroupilha,
cortando as águas da lagoa dos Patos, acuados pela armada de John Grenfell, não
tiveram muito sucesso: capturaram alguns barcos de comércio desprevenidos, em
lagoas ou rios longe da armada imperial. Surgiu, então, o plano de levar os
barcos pela lagoa dos Patos até o rio Capivari e, dali, por terra, sobre
rodados especialmente construídos para isso, até a barra do Tramandaí, onde os
barcos tomariam o mar. Assim foi feito, mas não sem dificuldades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
Farrapos, despistando a armada imperial, conseguiram enveredar pelo estreito do
rio Capivari e passaram os barcos a terra em 5 de julho de 1839. Puxando sobre
rodados, os dois lanchões artilhados, com cem juntas de bois, atravessaram
ásperos caminhos, pelos campos úmidos - em alguns trechos completamente
submersos, pois era inverno, tempo feio com chuvas e ventos, tornando o chão um
grande lodaçal. Cada barco tinha dois eixos e, naturalmente, quatro rodas
imensas, revestidas de couro cru. Piquetes corriam os campos entulhando
atoleiros, enquanto outros cuidavam da boiada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Levaram
seis dias até a lagoa Tomás José, vencendo 90 km e chegando a 11 de julho. No
dia 13, seguiram da lagoa Tomás José à barra do rio Tramandaí, no oceano
Atlântico, e, no dia 15, lançaram-se ao mar com sua tripulação mista de 70
homens. O Seival, de 12 toneladas, era comandado pelo norte-americano John
Griggs, conhecido como "João Grandão", e o Farroupilha, de 18
toneladas, comandado por Garibaldi - ambos armados com quatro canhões de doze
polegadas, de molde "escuna". Por fim, em 14 de julho de 1839, os
lanchões rumaram a Laguna para atacar a província vizinha. Na costa de Santa
Catarina, próximo ao rio Araranguá, uma tempestade pôs a pique o Farroupilha,
salvando-se milagrosamente uns poucos farrapos, entre eles o próprio Garibaldi.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Enquanto
isto, Grenfell continuava a caça à marinha farroupilha. Com o vapor Águia e
diversas canhoneiras e lanchões, atacou a base de Camaquã e apreendeu três
lanchões e duas lanchas; mas era tarde, pois ali teve a notícia de que
Garibaldi já estava longe, a caminho de Laguna.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A República Juliana<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Com
a chegada da marinha farroupilha a Santa Catarina, unindo-se às tropas do exército,
sob o comando geral de David Canabarro, foi possível preparar o ataque a Laguna
por terra e pela água. A marinha farroupilha entrou através da lagoa de
Garopaba do Sul, passando pelo rio Tubarão, e atacou Laguna por trás,
surpreendendo os imperiais que esperavam um ataque de Garibaldi pela barra de
Laguna e não pela lagoa. Garibaldi tomou um brigue e dois lanchões, enquanto
somente o brigue-escuna Cometa conseguiu escapar para o mar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Laguna
foi tomada, com ajuda do próprio povo lagunense, em 22 de julho de 1839. Em 29
deste mês proclamou-se a República Juliana, feito um país independente, ligada
à República Rio-Grandense pelos laços do confederalismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Após
conquistar Laguna, as forças farroupilhas continuaram rumo ao norte,
perseguindo as tropas imperiais, avançando cerca de 70 km até a planície do rio
Maciambu. O avanço foi contido devido a um entrincheiramento das forças
imperiais, protegidas pela geografia do Morro dos Cavalos, que dificultava o
acesso das tropas farrapas e lhes bloqueava o avanço para o ataque a Desterro,
hoje Florianópolis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Com
a tomada de Laguna, praticamente metade da província catarinense ficou em mãos
republicanas. A incorporação da vila de Lages, também sob controle rebelde, ao
novo estado, levou o território da República Juliana a se estender do extremo
meridional até o planalto catarinense. Foi então organizada a República
Juliana, sendo convocadas eleições para constituição do governo. Canabarro
ficou à frente do governo da nova república até 7 de agosto de 1839, quando foi
convocado o colégio eleitoral. Foram eleitos para presidente o tenente-coronel
Joaquim Xavier Neves e para vice o padre Vicente Ferreira dos Santos Cordeiro.
Como Xavier Neves estava em São José bloqueado pelas forças imperiais, o padre Vicente
Cordeiro assumiu a presidência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
farroupilhas ainda fizeram incursões navais mais ao norte, chegando a atacar a
barra de Paranaguá em 31 de outubro de 1839. Uma escuna e um lanchão
farroupilhas capturaram a sumaca Dona Elvira, porém foram combatidos pelos
canhões da fortaleza e obrigados a retroceder. A escuna recuou rumo ao norte,
porém o lanchão, mais pesado, por ali parou e foi capturado por uma lancha com
vinte homens comandada pelo alferes Manuel Antônio Dias, sendo a lancha Dona
Elvira recuperada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
império impôs um bloqueio naval, que buscava estrangular a república
economicamente. Garibaldi ainda conseguiu furar o bloqueio com três barcos,
capturou dois navios de comércio, trocou tiros com o brigue-escuna Andorinha e
tomou o porto de Imbituba. Alguns dias mais tarde retornou a Laguna, em 5 de
novembro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pouco
tempo depois o império reagiu com força total, comandado pelo general Francisco
José de Sousa Soares de Andrea, mais conhecido como general Andrea, comandante
de armas de Santa Catarina[26], com mais de três mil homens atacando por terra.
Enquanto isto, por mar, o almirante imperial Frederico Mariath, com uma frota
de 13 navios, melhor equipados e experientes, iniciou a batalha naval de
Laguna. Garibaldi fundeou convenientemente seus cinco navios, que se bateram
contra os imperiais valentemente, mas sem chances de vitória. Nos navios
farroupilhas nenhum comandante ou oficial escapou com vida. O próprio
Garibaldi, vendo a derrota iminente, queimou seu navio, a escuna Libertadora, e
se juntou à tropa de Canabarro, que preparou a retirada de Laguna. Era o fim da
marinha farroupilha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
imperiais retomaram Laguna em 15 de novembro de 1839. Garibaldi fugiu com Ana,
que se tornaria conhecida como Anita Garibaldi, uma mulher lagunense casada,
cujo esposo alistara-se no exército imperial, abandonando-a, um escândalo para
a época. Anita veio a ser sua companheira de todos os momentos, lutando
lado-a-lado com Garibaldi tanto nos pampas gaúchos como na Itália, onde é
considerada heroína.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os campos de Lages<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
9 de março de 1838 os farroupilhas invadiram Lages, anexando a vila à República
Rio-Grandense, com o apoio de alguns fazendeiros locais, fato que havia causado
grande júbilo entre os revolucionários: era a primeira conquista farrapa fora
do Rio Grande do Sul.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Depois
das queda de Laguna, as tropas farrapas tomaram o caminho de Lages para
retornar ao Rio Grande do Sul. Enquanto isso, o governo imperial havia decidido
enviar um contingente de tropas ao sul pelo interior, com a missão de retomar
Lages e depois auxiliar contra o cerco de Porto Alegre pelos farrapos. Em Rio
Negro reuniram-se 1.500 homens, vindos do Rio de Janeiro, Curitiba, Paranaguá,
Antonina e Campo do Tenente, deslocando-se para Santa Cecília, onde acamparam
em 25 de outubro de 1839.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Travando
pequenos combates com piquetes farroupilhas em novembro, através dos Campos dos
Curitibanos e Campos Novos, chegaram a Lages, onde retomaram a vila. Dali uma
parte da coluna do brigadeiro Francisco Xavier da Cunha decidiu seguir em
direção ao Rio Pelotas, para invadir o Rio Grande do Sul.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
farrapos, derrotados em Lages, se reuniram em um entreposto alfandegário, para
cobrança de impostos sobre as tropas de gado e mulas que vinham de Viamão e
seguiam para Sorocaba, conhecido como Santa Vitória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
brigadeiro Francisco Xavier da Cunha foi informado e para lá dirigiu-se, com
seus dois mil homens. Foi surpreendido em 14 de dezembro de 1839 por Teixeira
Nunes que, com sua cavalaria, conseguiu dividir a tropa legalista e o fez
retroceder. Em um renhido combate as tropas legalistas foram derrotadas. O
brigadeiro, ferido e protegido por alguns oficiais, tentou escapar e, ao cruzar
o Rio Pelotas, morreu afogado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
farroupilhas retomaram Lages novamente, mas as tropas legalistas foram
reforçadas por uma divisão vinda de Cruz Alta, sob o comando do coronel Antônio
de Melo Albuquerque, o "Melo Manso".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Garibaldi
e Teixeira Nunes, pressentindo um ataque, dividiram suas tropas, uma partindo
para o norte, onde, perto do Rio Marombas encontrou uma tropa legalista
superior em 12 de janeiro de 1840. Os republicanos foram dizimados e, dos 500
iniciais, menos de 50 conseguiram retornar a Lages e depois voltar ao Rio
Grande do Sul.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1840: os farrapos perdem
território<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Até
o ano de 1840, podia-se perceber um período de ascensão farroupilha, com várias
vitórias no campo militar. Após esse período, é perceptível uma situação de
decadência, iniciada com a queda de Laguna. O general Andréa, que havia
retomado Laguna, logo é nomeado o novo Presidente Imperial da Província de São
Pedro do Rio Grande do Sul e Comandante do Exército Imperial na província.
Também começaram as desavenças políticas entre os farroupilhas, com
consequências funestas no futuro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No
começo de 1840, os farroupilhas controlavam boa parte do interior, mas não
tinham uma saída para o mar. Além disso, enquanto as tropas rio-grandenses se
concentravam no cerco de Porto Alegre, Caçapava, a capital da República desde
14 de fevereiro de 1839, considerada inexpugnável por causa do difícil acesso,
foi invadida pelos imperiais. Instalou-se a capital em Alegrete, em 28 de
março.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No
mesmo ano, no combate de Tabatingaí, João Propício Mena Barreto e suas tropas
derrotaram 250 farroupilhas, prendendo Onofre Pires, levado para Porto Alegre.
Em Julho os Farrapos perderam São Gabriel. Francisco Pedro de Abreu, o
Moringue, surpreendeu Antônio de Sousa Neto, quase fazendo-o prisioneiro.
Finalmente Bento Gonçalves, em campanha pela conquista de São José do Norte
junto com Domingos Crescêncio de Carvalho e 1.200 homens, travou duríssima
batalha de quase nove horas, tomando a cidade por pouco tempo. A reação vinda
de Rio Grande expulsou os persistentes farrapos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Estes
insucessos e alguns desentendimentos com Bento Gonçalves deram pretexto a Bento
Manuel, tido como fiel da balança do confronto, para abandonar os
revolucionários. Escreveu ao Ministro da Guerra da República, José Mariano de
Mattos, demitindo-se do exército, ao mesmo tempo em que escrevia para o presidente
da província pedindo uma anistia para si e alguns amigos. Anistiado, foi
refugiar-se no Uruguai, desiludido com o sistema republicano que, segundo ele,
"parece em teoria governo dos anjos, porém na prática nem mesmo para
diabos serve".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Bento
Gonçalves, ainda no ano de 1840, em decorrência dos insucessos, acenou ao
império com a possibilidade de acordo. Bento pediu a Álvares Machado
salvo-condutos para que companheiros seus pudessem atravessar impunemente os
locais conquistados pelo império, a fim de acertar com os chefes imperiais os
detalhes de uma rendição coletiva dos Farrapos. Levavam, efetivamente, uma
carta com este desígnio. Porém, havia uma outra mensagem oral a ser dada
àqueles líderes, que não podia ser escrita. A manobra, porém, foi tão bem
pensada e executada que enganaria até mesmo seus companheiros de luta, e
motivou uma carta de reprovação escrita por Domingos José de Almeida, então
Vice-Presidente e Ministro da Fazenda da República Rio-Grandense.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
combates continuaram em diversas frentes: em novembro de 1841, Chico Pedro fez
20 prisioneiros e tomou 400 cavalos dos Farroupilhas, perto de São Gabriel; em
Rincão Bonito o coronel João Propício Mena Barreto provocou 120 mortes, fez 182
prisioneiros e tomou 800 cavalos; em 20 de janeiro de 1842 Chico Pedro, atacado
por Bento Gonçalves e 300 homens, derrotou-o, provocando 36 mortes, 20
prisioneiros e capturando toda a bagagem, sofrendo somente 3 mortes e 7 feridos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uma
Assembleia Constituinte havia sido convocada em 10 de fevereiro de 1840, porém
manobras de Bento Gonçalves, que não queria perder poderes, levaram a que
somente em 1842 fosse promulgada a Constituição da República, o que deu um
ânimo momentâneo à luta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Reforços Liberais<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
Revolução Liberal de 1842 entusiasmou os farroupilhas, a ponto de Bento
Gonçalves ter feito um pronunciamento em Cacequi em 13 de julho 1842. Este
entusiasmo foi de curta duração, pois as revoltas pouco duraram. O fim das
rebeliões em outras províncias, como a Sabinada na Bahia e a Revolução Liberal
de São Paulo, trouxeram novos reforços às tropas farrapas. Entre eles, vieram
da Bahia:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Daniel
Gomes de Freitas (signatário depois do tratado de paz)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">coronel
Manoel Gomes Pereira, que financiou a fuga de Bento Gonçalves. Saiu da Bahia no
início de janeiro de 1838, estava em Montevidéu em missão de recrutamento
quando a Sabinada acabou e dali foi procurar seus amigos rio-grandenses, sendo
bem acolhido e presenteado por Bento Gonçalves com o posto de coronel, servindo
no Estado Maior. Veio com uma fortuna arrecadada para comprar barcos de guerra,
que jamais navegaram, mas adquiriu uma chácara em Montevidéu, depois de cobrar
de Bento o dinheiro que tinha lhe emprestado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">João
Rebelo de Matos, Bento José Roiz, José Pinto Ribeiro, João Francisco Régis,
todos militares transferidos da Bahia e envolvidos na Sabinada e que se
rebelaram na Fortaleza da Barra do Sul, na Ilha de Santa Catarina, entregando a
fortaleza aos Farrapos e se juntando ao movimento, em 1839.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Francisco
José da Rocha, teria vindo da Bahia acompanhando Bento Gonçalves, era a maior
autoridade maçônica na província; sua promoção a tenente-coronel pelos
farroupilhas foi um dos motivos que levaram Bento Manuel a abandonar o lado
republicano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">João
Rios Ferreira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">De
São Paulo veio Rafael Tobias de Aguiar, chefe da Revolução Liberal de 1842, que
com cinco companheiros se dirigiu para a região das Missões. Foi pouco depois
preso em Palmeira das Missões, junto com seu enteado Felício Pinto de Castro,
pelo capitão Benedito Martins França, sem ter conseguido se reunir com os
rebeldes. Foi levado para a Fortaleza da Laje, no Rio de Janeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Por
outro lado, o fim destas outras rebeliões também liberou as tropas do exército
brasileiro para concentrarem todos seus esforços contra os farroupilhas e
precipitar o final da guerra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
República Rio-Grandense não ficou isenta das disputas pelo poder. Em dezembro
de 1842, quando se instalou a Assembleia Constituinte Farroupilha, as
divergências se exteriorizaram, contrapondo a maioria de Bento Gonçalves e a
minoria de Antônio Vicente da Fontoura. Isto levou a que o projeto de
Constituição, publicado em fevereiro de 1843, tivesse prejudicada a sistematização
das ideias de todos aqueles que ainda estavam na revolução ou a apoiavam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
4 de agosto de 1843, Bento Gonçalves renunciou à presidência da República
Rio-grandense por conta de uma campanha de intrigas, assumindo seu vice Gomes
Jardim. Lançou ao mesmo tempo um manifesto dizendo-se acometido de uma
enfermidade pulmonar, que talvez já o estivesse incomodando, e incitou os
farroupilhas a se unir em torno do novo presidente. Passou em seguida a
comandar uma divisão do Exército Rio-Grandense.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
opositores, entre eles o deputado Antônio Vicente da Fontoura, induziram Onofre
Pires a destratar Bento Gonçalves, acusando-o do assassinato de Paulino da
Fontoura. Onofre foi por isso desafiado por Bento para um duelo, realizado em
27 de fevereiro de 1844. Durante o duelo Onofre foi ferido no braço direito e,
apesar de socorrido por Bento, faleceu dias depois, por complicações advindas
do ferimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Batalha de Porongos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
primeira negociação de paz ocorreu com a nomeação de Francisco Alves Machado
para presidente da província, o qual ofereceu a Bento Gonçalves anistia plena
para negociar um tratado. Bento respondeu em carta, a 7 de dezembro de 1840,
propondo que: as dívidas contraídas pela república fossem pagas pelo governo
imperial, os escravos que haviam sido alistados como soldados republicanos
fossem libertados e que os oficiais revolucionários fossem garantidos em seus
postos, quando aproveitados em serviço da Guarda Nacional. Para melhor firmar o
tratado, Bento Gonçalves solicitou uma conferência com o presidente, porém
Alvares Machado negou-a por saber que os farrapos tentavam aliciar à sua causa
diversos legalistas, como o coronel Manduca Loureiro e o coronel João da Silva
Tavares. A recusa da conferência importou em suspensão da anistia e consequente
continuação da luta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
sistema de guerrilha e a troca constante de presidentes e comandantes de armas
prolongaram a luta até que o Barão de Caxias (futuro Duque) foi nomeado
Presidente da Província e Comandante Supremo Imperial em 9 de novembro de 1842,
reorganizando o exército e chamando Bento Manuel Ribeiro, que tinha se
recolhido para o Uruguai, para seu Estado Maior. O barão empregava toda sua
força de 12.000 homens, conhecimento, inteligência e experiência para minar a
relativa supremacia farrapa no interior, que contava com apenas 3.500 homens.
Entre as várias ações, iniciou uma campanha de estrangulamento da economia da
república, atacando as cidades da fronteira que permitiam o escoamento da
produção de charque para Montevidéu e Laguna, comprando cavalos para impedir
que os Farrapos tivessem montaria e reativando o comércio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Lima
e Silva, porém, não conseguiu atrair os farrapos para uma batalha campal
decisiva. O exército republicano, sabendo de sua inferioridade numérica e de
armamentos, evitou o combate direto, tendo a campanha permanecido como uma
série de pequenos combates e escaramuças; quando perseguidos, os farroupilhas
se refugiavam no Uruguai.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
1844, Fructuoso de Rivera propôs intermediar a paz entre legalistas e
republicanos. Manuel Luís Osório foi enviado ao acampamento de Rivera, onde
encontrou-se com Antônio Vicente da Fontoura, para avisar que Lima e Silva
recusava a proposta de paz, mas que poderia haver tratativas com o governo,
porém sem a presença de terceiros. Vicente da Fontoura foi enviado à corte para
discutir a paz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Luís
Alves de Lima e Silva recebeu instruções do império, que temia o avanço de
Rosas sobre o território litigante, para propor condições honrosas aos
revoltosos, como a anistia dos oficiais e homens, sua incorporação ao Exército
Imperial nos mesmos postos e a escolha do Presidente da Província pela
Assembleia Provincial, taxações sobre o charque importado do Prata.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Entretanto,
uma questão permanecia insolúvel, a dos escravos libertos pela República para
servir no exército republicano. Para o Império do Brasil, era inaceitável
reconhecer a liberdade de escravos dada por uma sedição, embora anistiasse os
líderes da mesma revolta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
novembro de 1844, estavam todos em pleno armistício. Suspensão de armas,
condição fundamental para que os governos pudessem negociar a paz, levando ao
relaxamento da guarda no acampamento da curva do arroio Porongos. Canabarro e seus
oficiais imediatos foram a uma estância próxima visitar a mulher viúva de um
ex-guerreiro farrapo e o coronel Teixeira Nunes e seu corpo de Lanceiros Negros
descansavam. Foi então que apareceu Moringue, de surpresa, quebrando o decreto
de suspensão de armas. Mesmo assim o corpo de Lanceiros Negros, cerca de 100
homens de mãos livres, pelearam, resistiram e bravamente lutaram até a
aniquilação, em uma posição de difícil defesa. Além disso, foram presos mais de
300 republicanos entre brancos e negros, inclusive 35 oficiais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
general Canabarro, recuperado, reuniria ainda todo o restante de seu exército,
cerca de 1.000 homens, e atacaria Encruzilhada em 7 de dezembro de 1844,
tomando-a e mostrando assim que a sua intenção não era entregar-se.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Tratado de Poncho Verde<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Por
fim, a 1 de março de 1845, assinou-se a paz: o Tratado de Poncho Verde ou Paz
do Poncho Verde, após quase dez anos de guerra que teriam causado 47 829 mortes.
Entre suas principais condições estavam a anistia plena aos revoltosos, a
libertação dos escravos que combateram no Exército piratinense e a escolha de
um novo presidente provincial pelos farroupilhas. O cumprimento parcial ou
integral do tratado até hoje suscita discussões. A impossibilidade de uma
abolição da escravatura regionalmente restrita, a persistência de animosidade
entre lideranças locais e outros fatores administrativos e operacionais podem
ter ao menos dificultado, senão impedido o cumprimento integral do mesmo. Tal
discussão é remetida para o artigo principal deste assunto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Do
destino dos escravos libertos sobreviventes há poucas informações devido aos
poucos documentos históricos sobre o assunto. Alguns acompanharam o exército do
general Antônio Neto em seu exílio no Uruguai, outros foram incorporados ao
Exército Imperial no Rio de Janeiro. Algumas fontes indicam a possibilidade de
que alguns foram vendidos novamente como escravos no Rio de Janeiro mas isto
está longe de ser comprovado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
atuação de Luís Alves de Lima e Silva foi tão nobre e correta para com os
oponentes que a província, novamente unificada, o indicou para senador. O
império, reconhecido, outorgou ao general o título nobiliárquico de Conde de
Caxias (1845). Mais tarde, (1850), com a iminência da Guerra contra Rosas,
seria indicado presidente da Província de São Pedro do Rio Grande.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O desfecho do conflito e a
repercussão na vizinhança do Prata<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
conclusão da paz com a manutenção da integridade territorial não foi bem
recebida pelos vizinhos do Império do Brasil. Bormann, a esse respeito, explica
que:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">“Sonhos de anexação, separação do
Rio Grande, fronteira para base de operações na República Oriental pela
caudilhagem militar, sôfrega de assentar-se na curul presidencial; tudo, tudo
acabado! A proclamação de David Canabarro que era, então, general em chefe dos
revolucionários, anunciando a paz, foi lida e comentada nas repúblicas vizinhas
com avidez e paixão, e é claro que os chefes da revolução outrora tão
elogiados, tão considerados, foram postos pela rua da amargura. Não houve
insultos que não fossem atirados sobre os ex-amigos, os ex-aliados,
especialmente porque Canabarro aludia a um poder estranho que ameaçava a
integridade do Império...”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Loudspeaker.svg? Hymno
Republicano Rio-grandense de 1835<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Notas
sobre o "Hymno republicano rio-grandense de 1835": A partitura
manuscrita pertence ao acervo do Museu Júlio de Castilhos, Porto Alegre, e nela
consta a inscrição "Este hino foi solfejado pelo m...(palavra ilegível,
interpretada pelos técnicos do Museu como ministro) Augusto Pereira Leitão,
revolucionário de 35". O acorde de 7ª na abertura foi realizado como um
arpeggio à guisa de introdução. Foram alterados acidentes nos compassos 14 e 18
que indicavam Lá#, incongruente com a clave de Fá maior (talvez erro de cópia),
e acrescentado um # no Fá do baixo, que constava natural contra um Fá# da
melodia acima, na falsa preparação para Sol menor. Também uma nota do baixo do
segundo compasso foi alterada de Lá para Sib por aparentemente ser um erro de
harmonia, comparando-se com passagem idêntica mais adiante que traz o Sib no
mesmo ponto.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-82200704861391110032016-09-15T07:22:00.000-07:002016-09-15T07:22:31.280-07:00Império Inca<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Resultado de imagem para Incas" src="http://www.english-online.at/news-articles/world/south-america/machu-picchu-lost-city-of-incas.jpg" height="129" width="200" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Império Inca,</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> foi um Estado criado pela
civilização inca, resultado de uma sucessão de civilizações andinas e que se
tornou o maior império da América pré-colombiana. A administração política e o
centro de forças armadas do império ficavam localizados em Cusco (em quíchua,
"Umbigo do Mundo"), no atual Peru. </span><br />
<a name='more'></a><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O império surgiu nas terras altas
peruanas em algum momento do século XIII. De 1438 até 1533, os incas utilizaram
vários métodos, da conquista militar à assimilação pacífica, para incorporar
uma grande porção do oeste da <b>América do
Sul, centrado na Cordilheira dos Andes, incluindo grande parte do atual Equador
e Peru, sul e oeste da Bolívia, noroeste da Argentina, norte do Chile e sul da
Colômbia.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais
falado o quíchua. Outro idioma que se destacava era a língua aimará, de uma das
principais etnias componentes, os aimarás. O nome quíchua para o império era
Tawantinsuyu, que pode ser traduzido como as quatro regiões ou as quatro
regiões unidas. Antes da reforma ortográfica era escrita em espanhol como
Tahuantinsuyo. Tawantin é um grupo de quatro partes (tawa significa
"quatro", com o sufixo -ntin que nomeia um grupo); Suyu significa
"região" ou "província". O império foi dividido em quatro
Suyus, cujos cantos faziam fronteira com a capital, Cusco (Qosqo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<img alt="Resultado de imagem para Incas" height="320" src="http://www.espiritualismo.info/imagens/misterios/4_incas.jpg" width="172" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Darcy Ribeiro</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> considera esse padrão de
organização social, que denomina de "império teocrático do regadio",
semelhante aos formados há mais ou menos dois mil anos na região Mesopotâmia ou
às civilizações que se desenvolveram na Índia e China mil anos depois e às
civilizações Maias e Astecas na Mesoamérica. Segundo Ribeiro, esse tipo de
formação imperial caracteriza-se pela tecnologia de irrigação (regadio),
desenvolvendo sistemas de engenharia hidráulica, agricultura irrigada (exceção
talvez dos Maias que apenas possuíam o domínio do transporte das águas),
metalurgia do cobre e bronze, técnicas de construção (com deslocamento e cortes
de pedras até hoje desconhecidos), notação numérica (quipos), escrita
ideográfica (no caso dos astecas) e técnicas de comunicação. Devido ao seu
governo centralizado, a organização social do império inca é frequentemente
comparada àquela idealizada por governos socialistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Esta
cultura já construía pirâmides de até vinte e seis metros de altura e grandes
complexos cerimoniais. Parece certo que mais de vinte centros populacionais
competiam entre si para produzir a arquitetura mais impressionante. Há provas
de que a cultura do "Norte" tinha religião de culto antropomórfico,
praticava a agricultura irrigada e o comércio, notadamente troca de algodão
plantado por peixe, com povos das planícies.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por
volta de 1800 a.C., este povo deixou a região, possivelmente propagando seus
avançados conhecimentos, podendo haver alguma relação com o surgimento da
cultura posterior que se estabeleceu no vale do rio Casma. Posteriormente
(cerca de 800 a.C.) surge em Chavin de Huantar o embrião do Estado teocrático
andino. Do ano 50 até cerca do ano 700 a civilização mochica floresce, e
aproximadamente no ano 1000 explode a cultura Tiahuanaco. Os incas, originários
das montanhas do Peru, expandiram o seu controle a quase toda região dos Andes.
A civilização inca alcançou o seu apogeu no século XV, sob Pachacuti. Entre as
suas realizações culturais está a arquitetura, a construção de estradas, pontes
e engenhosos sistemas de irrigação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<img alt="Resultado de imagem para Incas" height="240" src="http://www.colegiofriburgo.com.br/projetos_2010/fund1/4_ano/povos/beatriz/educacaoinca.jpg" width="320" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
primeiras evidências escritas sobre o império incaico são constituídas por
crônicas de vários autores europeus. Estes autores compilaram a história
incaica baseando-se nos relatos recolhidos por todo império. Os primeiros
cronistas tiveram que enfrentar várias dificuldades para poder traduzir a
história incaica, além de se confrontarem com uma visão de mundo totalmente
distinta da que estavam acostumados. Isso fez com que existissem várias
contradições entre os textos coloniais e um exemplo disso é como foram
representadas as cronologias sobre os governantes incas, onde muitas crônicas
atribuem a mesma façanha, fatos e episódios em diferentes governos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sobre
as crônicas do império incaico, é importante salientar que certos autores
tiveram outros interesses ao escrevê-las. No caso dos cronistas espanhóis, seu
interesse foi legitimar a conquista através da história, pois para eles em
muitas crônicas se releva que os incas conquistaram o vasto território através
inteiramente da violência, portanto não teriam direitos sobre os territórios
conquistados. Em outro caso, os cronistas ligados a igreja católica buscaram
legitimar a evangelização descrevendo a religião incaica como obra do demônio,
os incas como filhos de Noé e buscando identificar os deuses incaicos com as
crença bíblica ou com o folclore europeu. Igualmente existiram outros cronistas
mestiços e indígenas que também tiveram um interesse de enaltecer o império ou
qualquer um dos clãs que estavam relacionados, como o caso do Inca Garcilaso,
que mostrou um império inca sem pobreza, riqueza repartida e recursos
explorados racionalmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
Ayllu e Panaca tinham canções especiais que narravam as suas histórias. Esses
cantos eram executadas em determinadas cerimônias frente ao Inca. Esses
relatos, em forma de memória coletiva, constituem os primeiros registros
históricos reconhecidos nas crônicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Outro
recurso utilizado para registrar a história eram os mantos e tábuas que
possuíam pinturas representando acontecimentos históricos. Esses documentos
foram guardados em lugar chamado Poquen Cancha. Sabe-se que o Vice-rei
Francisco de Toledo enviou ao rei Filipe II de Espanha quatro tecidos que ilustravam
a vida dos incas, acrescentando com suas próprias palavras que "os yndios
pintores no tenían la curiosidad de los de allá". Além disso, alguns
acontecimentos do passado foram registrados nos Quipo, embora não esteja claro
como eles utilizavam esse sistema de cordas e nós para registrar sua história.
Existem várias crônicas que descrevem que os Quipo serviam para evocar as
façanhas dos governantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
geral, no império incaico se recordavam os fatos que pareciam importantes
relembrar e não era necessário a precisão. Além disso, os governantes podiam
ordenar a exclusão de algum acontecimento que poderiam vir a importuná-los no
futuro. María Rostworowski denomina essa característica da história incaica
como "amnésia política", que era assumida por todos, porém era
recuperada pelos Ayllu e Panaca afetados, sendo este um fator que contribuiu
para as futuras contradições na crônicas europeias sobre os incas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Um
primeiro momento de desenvolvimento da cultura inca ocorreu após a migração
para o vale de Cusco, e a fundação da primeira cidade pelo então Sapa Inca
Manco Capac. Essa cidade-Estado, que cresceu conforme a expansão das guerras
pelo vale, atingiu seu ápice em 1438, quando Viracocha Inca funda o
Tawantinsuyu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Sapa Inca Pachacuti é quem de fato organizou o reino de Cusco como um império,
o chamado Tahuantinsuyu, um sistema federalista que concentrava o centro do
governo para os incas, centrados em Cusco, e dividia o poder entre outros
quatro governantes de províncias (os chamados Suyus), eram esses: o Chinchasuyu
(Norte), o Antisuyu (Leste), o Contisuyu (Oeste) e Collasuyu (Sul). A Pachacuti
também é atribuída a construção de Machu Picchu, que teria sido feita para sua família
como um retiro de verão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Quando
desejava que uma terra fosse anexada ao império, Pachacuti enviava espiões para
essas regiões que traziam para ele relatórios sobre as organizações políticas,
militares e econômicas. Depois de analisar essas informações o Sapa Inca
enviava mensageiros para os dirigentes dessas terras, tentando os convencer
pela lógica das vantagens que eles teriam em se juntar ao império, essas
vantagens incluíam presentes de luxo, como têxteis de alta qualidade, e
promessas de que esses líderes seriam materialmente ricos como nobres e governantes
do império. Esse acordo incluía a educação dos filhos desses nobres na capital
inca, que recebiam lições sobre a cultura e religião inca, esses filhos podiam
depois serem casados com filhas de outros nobres do império, fortalecendo assim
as boas relações entre a nobreza imperial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
incas tinham um exército muito bem treinado e organizado. Quando conquistavam
um lugar, o povo era submetido à tributação pela qual prestavam serviços
designados pelos conquistadores. Os incas encorajavam as pessoas a se juntarem
ao império e quando isto ocorria eram sempre bem tratadas. Serviços postais
eram então estabelecidos por mensageiros (chasquis) que entregavam mensagens
oficiais entre as maiores cidades. Notícias também eram veiculadas pelo sistema
Chasqui na velocidade de 125 milhas por dia. Os incas também promoviam a
mudança de populações conquistadas como parte da criação a "rodovia
inca", que foi idealizada para ser usada nas guerras, para o transporte de
bens e outros propósitos. Esta troca de populações (manay) acabou promovendo a
troca de informações e propagação da cultura inca. Todo o Império Inca foi
unido por excelentes estradas e pontes. Sua extensão máxima era de 4.500 km de
comprimento por 400 km de largura, o que dava 1,800,000 km² de extensão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Era
parte da tradição os filhos dos imperadores incas liderarem o exército, Túpac
Yupanqui filho do Sapa Inca Pachacuti, quando ainda era apenas o filho do Sapa
Inca, começou as conquistas para o norte em 1463, conquistas essas que se
prosseguiram quando o mesmo subiu ao trono de Sapa Inca em 1471. Sua maior
conquista foi o reino de Chimor, o único rival dos Incas na costa do Peru. O
império de Túpac dominava todo o norte do atual Equador e Colômbia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
filho de Túpac, Huayana Cápac, adicionou uma pequena parte de terra do norte do
moderno Equador e algumas partes do Peru. No auge, o Império Inca incluía o
Peru e a Bolívia, a maior parte do Equador, uma grande porção do que seria o
Chile. O avanço pelo sul foi interrompido por causa da forte resistência das
tribos Mapuches. O império se expandiu também para a Argentina e Colômbia.
Contudo, grande parte do Sul do império era uma grande extensão de território
despovoado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
império foi um mosaico de línguas, culturas e povos. Os vários componentes não
eram completamente leais, assim como as culturas locais não foram totalmente
assimiladas. Essa dominação, somada a obrigação do pagamento de tributos,
acabavam por gerar um império com grandes chances de ruir internamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
período de máxima expansão do Império Inca ocorreu a partir do ano 1450 quando
chegou a cobrir a região andina do Equador ao centro do Chile, com mais de 3000
quilômetros de extensão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Conquista do Império Inca <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
conquistadores espanhóis liderados por Francisco Pizarro e seus irmãos
exploraram o sul do Panamá, alcançando as terras incas em 1526. Ficou claro que
eles haviam chegado em terras ricas, com grande chance de se achar grandes
tesouros, e após mais uma expedição (1529), Pizarro foi a Espanha e recebeu
aprovação real para conquistar a região e a transformar em vice-reinado. Este
documento foi recebido em detalhes na seguinte citação: "Em julho de 1529,
a rainha da Espanha assinou uma carta permitindo a Pizarro conquistar os Incas.
Pizarro foi nomeado governador e capitão de todas as conquistas no Peru, ou
Nova Castela como a Espanha agora chama as terras".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<img alt="Resultado de imagem para Incas" height="303" src="http://www.crystalinks.com/inca_conquest.jpg" width="320" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
momento do retorno de Pizarro para o Peru, em 1532, a guerra entre os dois
filhos de Huayana Cápac gerando agitação nos territórios recém conquistados - e
talvez mais importante, a varíola, que se espalhou pela América Central -
tinham enfraquecido o império. Foi lamentável para os Incas que os Espanhóis
chegassem bem no meio da guerra civil, alimentado ainda pela doença que
precedeu a colonização europeia. Os cavaleiros espanhóis, totalmente blindados,
tinham grande superioridade tecnológica sobre as forças incas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/80/Over_Machu_Picchu.jpg/800px-Over_Machu_Picchu.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="262" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Machu Picchu.<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pizarro
não tinha uma grande força ao seu favor: apenas 168 homens, 1 canhão e 27
cavalos. Ele teve que várias vezes se esquivar de confrontos potenciais que
poderiam eliminar por completo suas forças. As batalhas pelos Andes foi uma
espécie de cerco de guerra onde um grande número de relutantes voluntários eram
enviados para esmagar os opositores. Os Espanhóis contavam com melhor
tecnologia e técnicas, que se desenvolveram após séculos de guerra contra os
Mouros na península Ibérica. Além da superioridade tática e material, ainda
acabaram adquirindo vários aliados entre os nativos que queriam ver o fim do
domínio Inca sobre seus territórios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
primeiro confronto foi a Batalha de Puna, perto da atual Guayaquil, na costa do
oceano Pacífico. Em seguida, Pizarro fundou a cidade de Piura, em julho de
1532. Hernando de Soto foi enviado para explorar o interior da ilha, e retornou
com um convite para conhecer o Sapa Inca, Atahualpa, que derrotou seu irmão na
guerra civil e estava descansando em Cajamarca com seu exército de 80.000
homens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pizarro
e alguns homens, mais notavelmente um frade com o nome de Vicente de Valverde,
se reuniram com o inca, que tinha trazido apenas uma pequena comitiva. Por meio
de um intérprete, frei Vicente leu o "requerimento", que exigia que o
Sapa Inca e o império deviam aceitar o jugo do rei Carlos I de Espanha e se
converter ao cristianismo. Devido à barreira linguística, e talvez, a má
interpretação, Atahualpa ficou um pouco intrigado com a descrição do frade da
fé cristã e foi dito que não tinha entendido completamente a intenção do
enviado. Depois de mais uma frustrada tentativa de Atahualpa entender a fé
cristã, os espanhóis ficaram impacientes e irritados e atacaram a comitiva e
capturaram Atahualpa como prisioneiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Atahualpa
ofereceu aos espanhóis ouro suficiente para encher a sala em que ele foi preso,
e duas vezes a mesma quantidade de prata. O inca satisfizera esse resgate, mas
Pizarro alucinado, recusando-se depois a libertar o inca. Durante a prisão de
Atahualpa, Huascar foi assassinado noutro local. Os espanhóis mantiveram isso
como se fosse ordens do próprio Atahualpa, o que foi utilizado como uma das
acusações contra Atahualpa quando os espanhóis finalmente decidiram condená-lo
à morte, em agosto de 1533.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><b>Imperadores
incas</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
primeiro imperador Inca foi Manco Capac, que reinou por volta do ano 1200. Os
detalhes de vários dos primeiros imperadores foram perdidos durante a invasão
espanhola.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/33/Brooklyn_Museum_-_Atahualpa%2C_Fourteenth_Inca%2C_1_of_14_Portraits_of_Inca_Kings_-_overall.jpg/800px-Brooklyn_Museum_-_Atahualpa%2C_Fourteenth_Inca%2C_1_of_14_Portraits_of_Inca_Kings_-_overall.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="290" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Atahualpa, o último
Imperador Inca.<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">1200
d.C. ~ Manku Qhapaq ou Manco Capac (1100-?)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sinchi
Roca ou Sinchiroca (Séc. XII)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Lluqi
Yupanki ou Lloque Yupanqui (Séc. XIII)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Mayta
Qhapaq ou Maita Capac (Séc. XIII)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Qhapaq
Yupanki ou Capac Yupanqui (Séc. XIII)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Inca
Ruca ou Inca Roca (Séc. XIV)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Yawar
Waqaq ou Yahuar Huacac (Séc. XIV)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Wiraqucha
Inka ou Viracocha (Séc. XV)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">????
– 1438 ~ Inca Urcon<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">1438
– 1471 ~ Pachacuti, Pachakutiq Inka Yupanki ou Pachacutic Inca Yupanqui<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">1471
– 1493 ~ Tupaq Inka Yupanki ou Topa Inca Yupanqui<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">1493
– 1527 ~ Wayna Qhapaq ou Huayna Capac<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">1527
– 1532 ~ Waskhar ou Huáscar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">1532
– 1533 ~ Ataw Wallpa ou Atahualpa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">1533
– 1535 ~ Topa Huallpa (imperador-fantoche instalado pelos espanhóis)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Império Inca tinha uma organização econômica de caráter próximo ao modo de
produção asiático, na qual todos os níveis da sociedade pagavam tributos ao
imperador, conhecido como O inca. O inca era divinizado sendo carregado em
liteiras com grande pompa e estilo. Usava roupas, cocares e adornos especiais
que demonstravam sua superioridade e poder. Ele reivindicava seu poder
dizendo-se descendente de deuses (origem divina do poder real). Abaixo do inca
havia quatro principais classes de cidadãos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="120" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/62/1_panorama_pisac_ruins_peru_2014.jpg/700px-1_panorama_pisac_ruins_peru_2014.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="background-color: #f9f9f9; color: #252525; font-family: sans-serif; line-height: 17.3186px;">Panorama dos terraços </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura" style="background: none rgb(249, 249, 249); color: #0b0080; font-family: sans-serif; line-height: 17.3186px; text-decoration: none;" title="Agricultura">agrícolas</a><span style="background-color: #f9f9f9; color: #252525; font-family: sans-serif; line-height: 17.3186px;"> de </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%ADsac" style="background: none rgb(249, 249, 249); color: #0b0080; font-family: sans-serif; line-height: 17.3186px; text-decoration: none;" title="Písac">Písac</a><span style="background-color: #f9f9f9; color: #252525; font-family: sans-serif; line-height: 17.3186px;">, no </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Vale_Sagrado_dos_Incas" style="background: none rgb(249, 249, 249); color: #0b0080; font-family: sans-serif; line-height: 17.3186px; text-decoration: none;" title="Vale Sagrado dos Incas">Vale Sagrado dos Incas</a><span style="background-color: #f9f9f9; color: #252525; font-family: sans-serif; line-height: 17.3186px;">, </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Peru" style="background: none rgb(249, 249, 249); color: #0b0080; font-family: sans-serif; line-height: 17.3186px; text-decoration: none;" title="Peru">Peru</a><span style="background-color: #f9f9f9; color: #252525; font-family: sans-serif; line-height: 17.3186px;">.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
primeira era a família real, nobres, líderes militares e líderes religiosos.
Estas pessoas controlavam o Império Inca e muitos viviam em Cusco. A seguir,
estavam os governadores das quatro províncias em que o Império Inca era
dividido. Eles tinham muito poder pois organizavam as tropas, coletavam os
tributos cabendo-lhes impor a lei e estabelecer a ordem. Abaixo dos
governadores estavam os oficiais militares locais, responsáveis pelos
julgamentos menos importantes e a resolução de pequenas disputas podendo
inclusive atribuir castigos. Mais abaixo estavam os camponeses que eram a
maioria da população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Entre
os camponeses, a estrutura básica da organização territorial era o ayllu. O
ayllu era uma comunidade aldeã composta por diversas famílias cujos membros
consideravam possuir um antepassado comum (real ou fictício). A cada ayllu
correspondia um determinado território. O kuraca era o chefe do ayllu.
Cabia-lhe a distribuição das terras pelos membros da comunidade aptos para o
trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="213" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/03/Ecuador_ingapirca_inca_ruins.jpg/1024px-Ecuador_ingapirca_inca_ruins.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ruínas de
Ingapirca, no Equador, na província de Cañar.<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><b>Havia
três ordens de trabalhos agrícolas:</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Realizados
em benefício do Inca e da família real;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Destinados
à subsistência da família, realizados no pedaço de terra que lhe cabia;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Realizados
no seio da comunidade aldeã, para responder às necessidades dos mais
desfavorecidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">De
fato, o sistema de ajuda entre as famílias estava muito desenvolvido. Para além
das terras coletivas, havia reservas destinadas a minorar as carências em tempos
de fome ou a serem usadas sempre que a aldeia era visitada por uma delegação do
inca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Outro
dos deveres de cada membro da comunidade consistia em colaborar nos trabalhos coletivos,
como por exemplo a manutenção dos canais de irrigação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
nobres foram chamados pelos espanhóis de "orelhões", devido à
impressão que tiveram de suas enormes orelhas, aumentadas pelos grandes
pendentes que usavam. Os "orelhões" eram educados em escolas
especiais durante quatro anos. Eles estudavam a língua quíchua, religião,
quipos, história, geometria, geografia e astronomia. Ao terminar os estudos,
eles se graduavam em uma cerimônia solene, onde demonstravam sua preparação
passando em algumas provas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eles
se vestiam de branco e se reuniam na praça de Cusco. Todos os candidatos tinham
o cabelo cortado e levavam na cabeça um llauto (uma espécie de turbante) negro
com plumas. Depois de rezarem ao sol, lua e ao trovão, eles subiam a colina de
Huanacaui, onde ficavam em jejum, participavam de competições e dançavam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Mais
tarde, o Inca lhes entregava umas calças justas, um diadema de plumas e um
peitoral de metal. Finalmente ele perfurava a orelha de cada um pessoalmente
com uma agulha de ouro, para que pudessem usar seus pendentes característicos,
próprios de sua categoria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
"orelhões" tinham vários privilégios, entre eles a posse de terras e
a poligamia. Eles recebiam presentes do monarca, tais como mulheres, lhamas,
objetos preciosos, permissão para usar liteiras ou trono.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eles
constituíam os funcionários do império. Em primeiro lugar estavam os quatro
apu, ou administradores das quatro partes do império que assessoravam
diretamente o imperador. Abaixo deles estavam os tucricues, ou governadores das
províncias que residiam em suas capitais, e eram periodicamente inspecionadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
incas incumbiam os dominados do trabalho que cada um deveria executar, o quanto
e qual terra poderiam cultivar e quão longe poderiam viajar. Depois de se
adaptar a tais regras, eram bem vistos pelos dominadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Se
um inca era acusado de furto mas isto não era provado, o próprio oficial local
incumbido de manter a ordem era punido por não fazer seu trabalho corretamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Inválidos
e incapazes eram auxiliados a prover sua subsistência com trabalho. Às mulheres
casadas eram distribuídas meadas de lã para confecção de roupas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Todos
os incas eram obrigados a trabalhar para o império e para os seus deuses
domésticos (mita).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
incas não tinham liberdade de viajar e os filhos sempre tinham de seguir o
ofício dos pais. O Império Inca foi dividido em quatro partes. Todas as
atividades dos habitantes eram supervisionadas pelos funcionários do império.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Moeda<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
incas não usavam dinheiro propriamente dito. Eles faziam trocas ou escambos nos
quais mercadorias eram trocadas por outras e mesmo o trabalho era remunerado
com mercadorias e comida. Serviam como moedas sementes de cacau e também
conchas coloridas, que eram consideradas de grande valor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Agricultura<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
apogeu de civilização inca, por volta de 1400, a agricultura organizada
espalhou-se por todo o império, desde a Colômbia até o Chile, com o cultivo de
grãos comestíveis da planície litorânea do oceano Pacífico, passando pelos
altiplanos andinos e adentrando na planície amazônica oriental.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Calcula-se
que os incas cultivavam cerca de setecentas espécies vegetais. A chave do
sucesso da agricultura inca era a existência de estradas e trilhas que
possibilitavam uma boa distribuição das colheitas numa vasta região.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
principais culturas vegetais eram as batatas (semilha), batatas doce (batatas),
milho, pimentas, algodão, tomates, amendoim, mandioca, e um grão conhecido como
quinua.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
plantio era feito em terraços e já usavam a adiantada técnica das curvas de
nível sendo os primeiros a usar o sistema de irrigação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
incas usavam varas afiadas e arados para revolver o solo, e usavam também a
lhama para transporte das colheitas, embora tais animais fornecessem também lã
para fazer tecidos, mantas e cordas, couro e carne.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ervas
aromáticas e medicinais também eram plantadas e as folhas de coca, eram
reservadas para a elite. Toda a produção agrícola era fiscalizada pelos funcionários
do império.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Caça[editar
| editar código-fonte]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
incas usavam o arco e flechas e zarabatanas para caçar animais como cervos,
aves e peixes que lhes forneciam carne, couro e plumas que usavam em seus
tecidos. A caça era coletiva e o método mais usual era de formar um grande
círculo que ia se fechando sobre um centro para onde iam os animais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sociedade<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
Cusco em 1589, Mancio Serra de Leguisamo – o último sobrevivente dos primeiros
conquistadores do Peru – escreveu no preâmbulo de seu testamento o seguinte, em
partes:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Encontramos
esses reinos em tal bom estado, e os Incas os governavam de maneira tão sabia,
que entre eles não havia um ladrão ou um viciado, não havia uma adúltera, ou
sequer uma mulher má admitida entre eles, não havia tampouco pessoas imorais.
Os homens tinham ocupações honestas e úteis. As terras, florestas, minas,
pastos, casas e todos os tipos de produtos eram controlados e distribuídos de
tal forma que cada um sabia o que lhe pertencia, sem que outro tomasse ou
ocupasse algo alheio, ou fizesse queixas a respeito… o motivo que me obriga a
fazer estas declarações é a libertação da minha consciência, visto que me
considero culpado. Pois destruímos, com nosso mal exemplo, as pessoas que
tinham tal governo como o que era desfrutado por esses nativos. Eram tão livres
do cometimento de crimes ou excessos, tanto os homens quanto as mulheres, que o
índio que tinha 100 000 pesos em ouro e prata em sua casa a deixava aberta,
meramente deixando uma pequena vara contra a porta, como sinal de que seu
mestre estava fora. Com isso, de acordo com seus costumes, ninguém poderia entrar
ou levar algo que estivesse ali. Quando viram que colocávamos cadeados e chaves
em nossas portas, supuseram que fosse por medo deles, para que eles não nos
matassem, mas não porque acreditassem que alguém poderia roubar a propriedade
de outro. Assim, quando descobriram que havia ladrões entre nós, e homens que
buscavam fazer as suas filhas cometerem pecados, nos desprezaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
infância de um inca pode parecer severa para os padrões atuais. Ao nascer, os
incas lavavam o bebê com água fria e o embrulhavam numa manta e o colocavam em
uma cova feita no chão. Quando a criança alcançava um ano de idade, se esperava
que andasse ou ao menos engatinhasse sem qualquer ajuda. Aos dois anos de
idade, as crianças eram submetidas a ritual no qual se lhes cortavam os
cabelos, determinando assim o fim da infância. Desde então, os pais esperavam
que os filhos ajudassem em tarefas ao redor da casa. A partir daí as crianças
eram severamente castigadas quando se portavam mal. Aos quatorze anos os
meninos eram vestidos com uma tanga sendo então declarados adultos. Os meninos
mais pobres eram submetidos a vários testes de resistência e de conhecimento,
ao fim dos quais lhes eram atribuídos adornos (brincos) coloridos e armas. As cores
dos brincos determinavam o lugar hierárquico que ocupariam na sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Religião<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
Incas eram extremamente religiosos e viam o Sol e a Lua como entidades divinas
às quais suplicavam suas bençãos, fosse para melhores colheitas, fosse para o
êxito em combates com grupos rivais. O deus Sol (Inti) era o deus masculino e
acreditavam que o Rei descendia dele. Atribuíam ao deus Sol qualidades
espirituais, transmitidas à mente pela mastigação da folha de coca, daí as
profecias que justificaram a criação de templos sagrados construídos nas
encostas íngremes das montanhas andinas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
incas construíram diversos tipos de casas consagradas às suas divindades.
Alguns dos mais famosos são o Templo do Sol em Cusco, o templo de Vilkike, o
templo do Aconcágua (a montanha mais alta da América do Sul) e o Templo do Sol
no Lago Titicaca. O Templo do Sol, em Cusco, foi construído com pedras
encaixadas de forma fascinante. Esta construção tinha uma circunferência de
mais de 360 metros. Dentro do templo havia uma grande imagem do sol. Em algumas
partes do templo havia incrustações douradas representando espigas de milho,
lhamas e punhados de terra. Porções das terras incas eram dedicadas ao deus do
sol e administradas por sacerdotes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
sumo-sacerdotes eram chamados Huillca-Humu, viviam uma vida reclusa e monástica
e profetizavam utilizando uma planta sagrada chamada huillca ou vilca (Acácia
cebil) com a qual preparavam uma chicha de propriedades enteógenas que era
bebida na "Festa do Sol", Inti Raymi. A palavra quíchua Huillca
significa, simplesmente, algo "santo", "sagrado".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
religião era politeísta, constituída de forças do bem e do mal. O bem era
representado por tudo aquilo que era importante para o homem como a chuva e a
luz do Sol, e o mal, por forças negativas, como a seca e a guerra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
huacas, ou lugares sagrados, estavam espalhados pelo território inca. Huacas
eram entidades divinas que viviam em objetos naturais como montanhas, rochas e
riachos. Líderes espirituais de uma comunidade usavam rezas e oferendas para se
comunicar com um huaca para pedir conselho ou ajuda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
incas ofereciam sacrifícios tanto humanos, chamado de Capacocha, como de
animais nas ocasiões mais importantes, maioria das vezes em rituais ao nascer
do sol. Grandes ocasiões, como nas sucessões imperiais, exigiam grandes
sacrifícios que poderiam incluir até duzentas crianças. Não raro as mulheres a
serviço dos templos eram sacrificadas, mas a maioria das vezes os sacrifícios
humanos eram impostos a grupos recentemente conquistados ou derrotados em
guerra, como tributo à dominação. As vítimas sacrificiais deviam ser
fisicamente íntegras, sem marcas ou lesões e preferencialmente jovens e belas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">De
acordo com uma lenda, uma menina de dez anos de idade chamada Tanta Carhua foi
escolhida pelo seu pai para ser sacrificada ao imperador inca. A criança,
supostamente perfeita fisicamente, foi enviada a Cusco onde foi recebida com
festas e honrarias para homenagear-lhe a coragem e depois foi enterrada viva em
uma tumba nas montanhas andinas. Esta lenda prescreve que as vítimas
sacrificiais deveriam ser perfeitas, e que havia grande honra em conhecerem e
serem escolhidas pelo imperador, tornando-se, depois da morte, espíritos com
caráter divino que passariam a oficiar junto aos sacerdotes. Antes do sacrifício,
os sacerdotes adornavam ricamente as vítimas e davam a ela uma bebida chamada
chicha, que é um fermentado de milho, até hoje apreciada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Muitos
dos sacrifícios eram realizadas no cume de montanhas. Hoje existem arqueólogos
especializados em escavar nestes ambientes. Em 1999 uma expedição liderada pela
National Geographic escavou o que é ainda hoje o sítio arqueológico mais alto
do mundo numa altitude acima dos 6700 metros no Vulcão Llullaillaco de onde
retiraram 3 crianças, chamadas de niños del Llullaillaco, em perfeito estado de
conservação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Costumes funerários<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
incas acreditavam na reencarnação. Aqueles que obedeciam à regra, ama sua, ama
llulla, ama chella (não roube, não minta e não seja preguiçoso), quando
morressem iriam viver ao calor do sol enquanto os desobedientes passariam os
dias eternamente na terra fria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
incas também praticavam o processo de mumificação, especialmente das pessoas
falecidas mais proeminentes. Junto às múmias era enterrado uma grande
quantidade de objetos do gosto ou utilidade do morto. De suas sepulturas,
acreditavam, as múmias mallqui poderiam conversar com ancestrais ou outros
espíritos huacas daquela região. As múmias, por vezes eram chamadas a
testemunhar fatos importantes e presidir a vários rituais e celebrações.
Normalmente o defunto era enterrado em posição fetal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os quipos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Se
bem que o império fosse muito centralizado e extremamente estruturado – e até,
pode dizer-se, burocrático –, não havia um sistema de escrita. Para gerir o
império eram utilizados os quipos (ou quipus), cordões de lã ou outro material
onde eram codificadas mensagens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Destinavam-se
os quipos a manterem estatísticas permanentemente atualizadas. Regularmente
procedia-se a recenseamentos da população extremamente completos (por exemplo,
número de habitantes por idade e sexo). Registava-se ainda o número de cabeças
de gado, os tributos pagos por outros povos ou a eles devidos, os movimentos de
entrada e saída de mercadorias dos armazéns estatais, etc. Mediante os registos
procurava-se equilibrar a oferta e a procura, numa tentativa de planificação da
economia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Mais
concretamente, o quipo é constituído por um cordão a que se ligam cordões
menores de diferentes cores, tanto paralelamente como partindo de um ponto
comum. Os números eram dados pelos nós e as significações pelas cores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
nós das extremidades inferiores representam as unidades. Acima ficam as
dezenas, mais acima as centenas e, por último, os milhares e as dezenas de
milhar. Saliente-se que, para além de utilizarem o sistema decimal, os incas
conceberam o equivalente do zero: um intervalo maior entre os nós, ou seja, um
sítio vazio. Ignora-se o significado dos nós complexos, porventura reservados
aos múltiplos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Quanto
às cores, indicavam os significados ou qualidades. Mas como o número de cores e
seus matizes é limitado, muito inferior ao número de objetos a recensear, o
significado das cores variava de acordo com a significação geral do quipo. Era
pois necessário conhecer a significação geral do quipo para se poder
interpretá-lo. Por exemplo: o amarelo referia-se ao ouro nas estatísticas
referentes aos despojos de guerra e ao milho nas referentes à produção
agrícola.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
fim de facilitar a leitura, as pessoas e coisas eram dispostas de acordo com
uma hierarquia definida. Assim, nos quipos demográficos, os homens ocupavam o
primeiro lugar, seguidos das mulheres e, por fim, das crianças. Nos
recenseamentos de armas a ordem era a seguinte: lanças, flechas, arcos,
zagaias, clavas, achas e fundas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
ausência de cordão secundário ao longo do principal, assim como a falta de uma
cor, possuía determinado significado, exatamente como acontecia com a ausência
de nó no cordão (zero).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
intérpretes dos quipus, os quipucamayucs (ou seja, "guardiães dos
quipos"), possuíam uma excelente memória, cuja fidelidade era assegurada
por um processo radical: qualquer erro ou omissão era punido com a pena de
morte. Cada quipucamayuc especializava-se na leitura de determinada categoria
de cordões: religiosos, militares, económicos, demográficos, etc. Cabia-lhes
igualmente instruir os seus filhos, para que estes mais tarde lhes sucedessem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Para
melhor fixar as narrativas, o quipucamayuc cantava-as, como uma melopéia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
quipos serviam ainda para o registo de factos históricos e ritos mágicos. No
entanto, ao contrário dos estatísticos, estes quipus ainda não foram
decifrados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Medicina<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
médicos historiadores Lyons e Petrucelli descrevem as culturas pré-colombianas
como sistemas de intrincadas misturas de religião, magia e empirismo
semelhantes ao das sociedades arcaicas. A medicina Inca conhecida por suas
sobrevivências e relatos de cronistas, reuniu pelo menos 1.400 espécies de
vegetais (Pamo-Reyna), técnicas cirúrgicas e especializações médicas os
hampi-camayok e oquetlupcuc ou sirac (donos de medicamentos e cirurgiões)
Thorwald, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
incas fizeram muitas descobertas farmacológicas. Usavam o quinino no tratamento
da malária com grande sucesso. As folhas da coca eram usadas de modo geral como
analgésicos, e para diminuir a fome, embora os mensageiros Chasqui as usassem
para obter energia extra. Outra terapia comum e eficiente era o banho de
ferimentos com uma cocção de casca de pimenteiras ainda morna.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Entre
as práticas médicas dessa civilização que ainda intrigam os pesquisadores está
o procedimento cirúrgico conhecido como trepanação realizado com mais
freqüência em homens adultos, (provavelmente para tratar os ferimentos sofridos
durante o combate). Ainda hoje, procedimento similar é realizado para aliviar a
pressão causada pelo acúmulo de fluidos após trauma craniano grave. Há
evidências que as técnicas cirúrgicas foram padronizadas e aperfeiçoadas ao
longo do tempo, face ao fato de que os crânios mais antigos não mostrarem
nenhum sinal da consolidação óssea, após a operação, sugerindo que o
procedimento foi provavelmente fatal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ao
contrário dos encontrados mais recentemente, cujas taxas de sobrevivência se
aproximaram de 90%, com níveis de infecção muito baixos, segundo os
pesquisadores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Arte e artesanato<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
incas produziam artefatos destinados ao uso diário ornados com imagens e
detalhes de deuses. Era comum na cultura inca o uso de formas geométricas
abstratas e representação de animais altamente estilizados no feitio de
cerâmicas, esculturas de madeira, tecidos e objetos de metal. Eles produziam
belos objetos de ouro e as mulheres produziam tecidos finos com desenhos
surpreendentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Culinária<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
comida inca consistia principalmente de vegetais, pães, bolos, mingaus de
cereais (notadamente de milho ou aveia), e carne (assados ou guisados),
comumente de caititus (porcos selvagens) e de lhama. Apesar da dieta dos incas
ser muito variada, havia muitas diferenças entre os alimentos consumidos pelos
diversos setores da sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
maior parte da população só comia duas refeições por dia. O prato comum dos
Andes era o chuño, ou farinha de batata desidratada. Adicionava-se água,
pimentão ou pimenta, e sal para então servir. Eles também preparavam o locro
com carne seca ou cozida, com muito pimentão, pimenta, batatas e feijão. Eles
comiam ainda grandes quantidades de frutas, como a pêra picada ou o tarwi. O
milho era bastante consumido e era preparado fervido ou torrado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
nobres e a família real se alimentavam muito melhor do que a população: na mesa
do imperador não podia faltar carne, que era escassa para a população, além
disso, ele comia carne de lhama, de vicunha, patos selvagens, perdizes da puna,
rãs, caracóis e peixe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
refeição começava com frutas. Depois vinham as iguarias, apresentadas sobre uma
esteira de juncos trançados eram estendidos no solo. O Inca se acomodava em seu
assento de madeira, coberto com uma tela fina de lã e indicava o que lhe
agradava. Daí, uma das mulheres de seu séquito o servia em um prato de barro ou
de metal precioso, que segurava entre suas mãos enquanto o Inca comia. As
sobras e tudo que o Inca havia tocado, devia ser guardado em um cofre e
queimado logo depois, dispersando as cinzas.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-39435363783874856062016-09-11T13:32:00.000-07:002016-09-11T13:32:12.300-07:00Ataques de 11 de setembro de 2001<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Resultado de imagem para 11 de setembro" src="http://img.ibxk.com.br/2014/09/11/11162150263413.jpg?w=1040" height="152" width="200" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
ataques ou atentados terroristas de 11 de setembro de 2001,foram uma série de
ataques suicidas contra os Estados Unidos coordenados pela organização
fundamentalista islâmica al-Qaeda em 11 de setembro de 2001. </span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Na manhã daquele
dia, dezenove terroristas sequestraram quatro aviões comerciais de passageiros.
Os sequestradores colidiram intencionalmente dois dos aviões contra as Torres
Gêmeas do complexo empresarial do World Trade Center, na cidade de Nova Iorque,
matando todos a bordo e muitas das pessoas que trabalhavam nos edifícios. Ambos
os prédios desmoronaram duas horas após os impactos, destruindo edifícios
vizinhos e causando vários outros danos. O terceiro avião de passageiros
colidiu contra o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados
Unidos, no Condado de Arlington, Virgínia, nos arredores de Washington, D.C. O
quarto avião caiu em um campo aberto próximo de Shanksville, na Pensilvânia,
depois de alguns de seus passageiros e tripulantes terem tentado retomar o
controle da aeronave dos sequestradores, que a tinham reencaminhado na direção
da capital norte-americana. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="170" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fe/Flight_paths_of_hijacked_planes-September_11_attacks.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA; mso-fareast-theme-font: minor-fareast;">As trajetórias de voo dos
quatro aviões sequestrados usados <br /><div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">nos </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> ataques </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> terroristas de 11 de setembro
de 2001.</span></div>
</span></td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Quase
três mil pessoas morreram durante os ataques, incluindo os 227 civis e os 19
sequestradores a bordo dos aviões. A esmagadora maioria das vítimas eram civis,
incluindo cidadãos de mais de 70 países. Além disso, há pelo menos um óbito
secundário - uma pessoa foi descartada da contagem por um médico legista, pois
teria sido morto por uma doença pulmonar devido à exposição à poeira do colapso
do World Trade Center.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
Estados Unidos responderam aos ataques com o lançamento da Guerra ao Terror: o
país invadiu o Afeganistão para derrubar o Taliban, que abrigou os terroristas
da al-Qaeda. Os Estados Unidos também aprovaram o USA PATRIOT Act. Muitos
outros países também reforçaram a sua legislação antiterrorismo e ampliaram os
poderes de aplicação da lei. Algumas bolsas de valores estadunidenses ficaram
fechadas no resto da semana seguinte ao ataque e registraram enormes prejuízos
ao reabrir, especialmente nas indústrias aérea e de seguro. O desaparecimento
de bilhões de dólares em escritórios destruídos causaram sérios danos à
economia de Lower Manhattan, em Nova Iorque.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="208" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/04/Aerial_view_of_the_Pentagon_during_rescue_operations_post-September_11_attack.JPEG/1024px-Aerial_view_of_the_Pentagon_during_rescue_operations_post-September_11_attack.JPEG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O Pentágono
parcialmente destruído após o colapso do avião.<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
danos no Pentágono foram reparados em um ano, e o Memorial do Pentágono foi
construído ao lado do prédio. O processo de reconstrução foi iniciado no local
do World Trade Center. Em 2006, uma nova torre de escritórios foi concluída no
local, o World Trade Center 7. A torre One World Trade Center, construída no
local, é um dos arranha-céus mais altos da América do Norte, com 541 metros de
altura. Mais três edifícios estão previstos para serem construídos no local das
antigas Torres Gêmeas, além de um memorial às vítimas dos ataques já concluído.
O Memorial Nacional do Voo 93 começou a ser construído 8 de novembro de 2009 e
a primeira fase de construção foi concluída no 10º aniversário dos atentados de
11 de setembro, em 2011.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
início da manhã de 11 de setembro de 2001, 19 sequestradores assumiram o
controle de quatro aviões comerciais (dois Boeing 757 e dois Boeing 767) em
rota para a Califórnia (três indo para o LAX, em Los Angeles, e um para São
Francisco), após decolar de Boston, Massachusetts; Newark, Nova Jersey e
Washington, D.C. Aviões grandes com longos voos foram intencionalmente
escolhidos para o sequestro porque seriam fortemente impulsionados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os quatro voos foram:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Voo
11 da American Airlines: deixou o Aeroporto de Boston às 07:59 com rota para
Los Angeles e uma tripulação de 11 membros e outros 76 passageiros, não
incluindo os cinco sequestradores. Os terroristas colidiram o avião contra a
Torre Norte do World Trade Center às 08:46;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Voo
175 da United Airlines: deixou o Aeroporto de Boston às 08:14 em rota para Los
Angeles com uma tripulação de nove membros e 51 passageiros, sem incluir os
cinco sequestradores. Os terroristas colidiram o avião contra a Torre Sul do
World Trade Center às 09:03;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Voo
77 da American Airlines: deixou o Aeroporto Internacional Washington Dulles, na
Virgínia, às 08:20 em rota para Los Angeles com uma tripulação de seis membros
e outros 53 passageiros, não incluindo cinco sequestradores. Os terroristas
colidiram o avião contra o Pentágono às 09:37;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Voo
93 da United Airlines: deixou o Aeroporto Internacional de Newark às 08:42 em
rota para São Francisco, com uma tripulação de sete membros e outros 33
passageiros, não incluindo os quatro sequestradores. Depois que os passageiros
se rebelaram, os terroristas derrubaram o avião no chão, perto de Shanksville,
na Pensilvânia, às 10:03.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
cobertura da imprensa foi intensa durante os ataques e suas consequências, a
começar momentos após a primeira colisão no World Trade Center.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eventos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Às
08:46, o Voo 11 da American Airlines atingiu a Torre Norte do World Trade
Center, seguido pelo Voo 175 da United Airlines, que atingiu a Torre Sul às
09h03.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Outro
grupo de sequestradores do Voo 77 da American Airlines atingiu o Pentágono às
9:37. Um quarto voo, o Voo 93 da United Airlines, caiu em uma área rural perto
de Shanksville, na Pensilvânia, às 10:03, depois de os passageiros terem tentado
retomar o controle do avião dos sequestradores. Acredita-se que a meta final
dos sequestradores seria o Capitólio (sede do Congresso dos Estados Unidos) ou
a Casa Branca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
setembro de 2002, em uma entrevista realizada para o documentarista Yosri
Fouda, um jornalista da Al Jazeera, Khalid Sheikh Mohammed, junto a Ramzi
Binalshibh, afirmou que o quarto avião sequestrado estava se dirigindo para o
Capitólio dos Estados Unidos e não para a Casa Branca. Eles ainda afirmaram que
a al-Qaeda inicialmente tinha planejado fazer com que os aviões sequestrados
atingissem instalações nucleares em vez das torres do World Trade Center e o
Pentágono, mas foi decidido não atacar as centrais nucleares "por
ora" por causa de temores de que os ataques poderiam "sair de
controle".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante
o sequestro dos aviões, os terroristas usaram armas brancas para esfaquear e
matar os pilotos das aeronaves, os comissários de voo e os passageiros.
Relatórios feitos com as chamadas telefônicas vindas dos avião indicaram que
facas foram usadas pelos sequestradores para ferir atendentes e, em ao menos um
caso, um passageiro, durante dois dos sequestros. Alguns passageiros foram
capazes de fazer ligações, usando o serviço de telefone da cabine e celulares, e
fornecer detalhes, inclusive de que vários dos sequestradores que estavam a
bordo de cada avião tinham usado sprays químicos contra a tripulação, como gás
lacrimogêneo ou spray de pimenta, e que algumas pessoas a bordo tinha sido
esfaqueadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
Comissão do 11 de Setembro estabeleceu que dois dos sequestradores tinham
comprado recentemente ferramentas manuais multi-funções da marca Leatherman.
Uma aeromoça do voo 11, um passageiro do voo 175 e os passageiros do voo 93
mencionaram que os sequestradores tinham bombas, mas um dos passageiros também
mencionou que achava que as bombas eram falsas. Nenhum vestígio de explosivos
foram encontrados nos locais dos incidentes e a Comissão do 11/09 concluiu que
as bombas eram provavelmente falsas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
Voo 93 da United Airlines as gravações da caixa preta revelaram que a
tripulação e os passageiros tentaram assumir o controle do avião dos
sequestradores depois de ficarem sabendo, através de chamadas telefônicas, que
outros aviões sequestrados foram jogados contra edifícios na manhã daquele dia.
De acordo com a transcrição das gravações do voo 93, um dos sequestradores deu
a ordem para alterar a rota do avião, uma vez que tinha ficado evidente que
eles iriam perder o controle do avião para os passageiros. Logo depois a
aeronave caiu em um campo perto de Shanksville, Condado de Somerset,
Pensilvânia, às 10:03, hora local (14:03:11 UTC). Khalid Sheikh Mohammed, o
organizador dos atentados, mencionou em uma entrevista de 2002 com Yosri Fouda
que o alvo do Voo 93 era o Capitólio dos Estados Unidos, que foi dado o
nome-código "Faculdade de Direito".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Três
dos prédios do Complexo do World Trade Center desmoronaram devido a uma falha
estrutural, no dia do ataque. A Torre Sul (WTC 2) caiu às 9h59, após queimar
por 56 minutos em um incêndio causado pelo impacto de Voo 175 da United
Airlines. A Torre Norte (WTC 1) desmoronou às 10:28, após queimar por
aproximadamente 102 minutos. Quando a Torre Norte desabou, os escombros caíram
próximo à World Trade Center 7 (WTC 7), danificando o edifício e iniciando um
incêndio. Estes incêndios queimaram durante horas e comprometeram a integridade
estrutural do edifício, levando-o ao colapso total às 17:21.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
ataques criaram confusão generalizada entre as organizações de notícias e os
controladores de tráfego aéreo nos Estados Unidos. Todo o tráfego aéreo civil
internacional foi proibido de desembarcar em solo estadunidense por três dias.
As aeronaves já em voo ou foram afastadas ou desviadas para aeroportos no
Canadá ou no México. Fontes de notícias e relatórios não confirmados, muitas
vezes contraditórios, foram divulgados ao longo do dia. Um dos mais prevalentes
destes relatou que um carro-bomba iria ser detonado na sede do Departamento de Estado
dos Estados Unidos, em Washington, D.C. Logo após a divulgação pela primeira
vez sobre o incidente no Pentágono, alguns meios de comunicação também
informaram brevemente que um incêndio tinha eclodido no National Mall. Outro
relatório saiu na Associated Press, informando que o Voo 1989 da Delta Air
Lines também havia sido sequestrado. Este relatório também revelou-se falso;
acreditou-se por momentos que também este voo corria risco de sequestro, mas
seu comando respondeu aos controladores, e pousou em segurança em Cleveland,
Ohio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Houve
um total de 2 996 mortes, incluindo os 19 sequestradores e as 2 977 vítimas. As
vítimas foram distribuídas da seguinte forma: 246 nos quatro aviões (onde não
houve sobreviventes), 2606 na cidade de Nova Iorque e 125 no Pentágono. Todas
as mortes ocorridas foram de civis, exceto por 55 militares atingidos no
Pentágono.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
2007, o escritório examinador médico da cidade de Nova Iorque divulgou o número
oficial de mortos do 11 de setembro, adicionando a morte de Felicia Dunn-Jones.
Dunn-Jones faleceu cinco meses após o 11/09 devido a uma doença pulmonar que
foi associada à exposição à poeira durante o colapso do World Trade Center.
Heyward Leon, que morreu de linfoma em 2008, foi adicionado ao número oficial
de mortes em 2009.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) estimou que cerca de 17 400
civis estavam no complexo do World Trade Center no momento dos ataques,
enquanto as contas da Autoridade Portuária de Nova Iorque sugerem que 14.154
pessoas estavam nas Torres Gêmeas às 08h45min. A grande maioria das pessoas
abaixo da zona de impacto evacuaram os edifícios com segurança, junto com
dezoito pessoas que estavam na zona de impacto na torre sul, e um número de
pessoas que estava acima da zona de impacto que, evidentemente, usaram a
escadaria intacta na Torre Sul. Pelo menos 1.366 pessoas morreram, pois estavam
no andar do impacto da Torre Norte ou em andares superiores, e pelo menos 618
na Torre Sul, onde a evacuação tinha começado antes do segundo impacto. Assim,
dos 2 753 mortos no WTC, 1 950 estavam nos andares atingidos pelas aeronaves ou
acima deles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">De
acordo com o relatório da comissão centenas foram mortos instantaneamente com o
impacto, enquanto os demais ficaram presos e morreram após o colapso da torre.
Pelo menos 200 pessoas pularam dos edifícios para a morte, caindo nas ruas e
telhados de edifícios adjacentes, centenas de metros abaixo. Alguns dos
ocupantes de cada torre, e que estavam acima do ponto de impacto, subiram em
direção ao teto, na esperança de um resgate por helicóptero, mas as portas de
acesso ao telhado estavam bloqueadas. Não existia qualquer plano de resgate de
helicóptero e, em 11 de setembro, a fumaça e calor intenso teria impedido tais
aeronaves de realizarem salvamentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Um
total de 411 trabalhadores de emergência que responderam aos chamados de
socorro morreram quando tentavam resgatar as pessoas e apagar os incêndios. O
Corpo de Bombeiros da Cidade de Nova Iorque (FDNY) perdeu 341 bombeiros e dois
paramédicos. O Departamento de Polícia da Cidade de Nova Iorque (NYPD) perdeu
23 funcionários. O Departamento de Polícia da Autoridade Portuária perdeu 37
oficiais, e 8 EMTs adicionais e paramédicos de unidades privadas de serviços de
emergência foram mortos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
Cantor Fitzgerald L.P., um banco de investimento nos pisos 101a-105a do World
Trade Center 1, perdeu 658 funcionários, muito mais do que qualquer outra
empresa. A Marsh Inc., localizada imediatamente abaixo da Cantor Fitzgerald nos
pisos 93-101 (o local de impacto do voo 11) perdeu 355 funcionários, e 175
funcionários da Aon Corporation foram mortos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Depois
de Nova Iorque, Nova Jérsei foi o estado mais atingido, com a cidade de Hoboken
ostentando a maioria das mortes. Mais de noventa países perderam cidadãos nos
ataques ao World Trade Center(três brasileiros e cinco portugueses).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Semanas
após o ataque, o número de vidas perdidas foi estimado em mais de seis mil. A
cidade de Nova Iorque só foi capaz de identificar os restos de cerca de 1.600
das vítimas no World Trade Center, ficando sem identificação mais de 1.100. O
escritório legista também recolheu cerca de dez mil ossos não identificados e
fragmentos de tecidos humanos que não puderam ser combinados para a lista de
mortos. Em 23 de fevereiro de 2005, as autoridades legistas reconheceram a
limitação tecnológica na época, para avançar nos trabalhos de identificação.
Nos últimos cinco meses apenas oito vítimas haviam sido identificadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Fragmentos
ósseos ainda estavam sendo encontrados em 2006, quando os trabalhadores estavam
se preparando para demolir Deutsche Bank Building, também danificado. Essa
operação foi concluída em 2007. Em 2 de abril de 2010 uma equipe de
especialistas em antropologia forense e arqueologia começou a procurar por
restos humanos, artefatos humanos e objetos pessoais no aterro sanitário de
Fresh Kills, em Staten Island. A operação foi concluída em junho de 2010, com
72 restos humanos encontrados, elevando o total de restos humanos encontrados
para 1845. As identidades de 1629 das 2753 vítimas foram identificadas. Os
perfis de DNA, na tentativa de identificar as vítimas adicionais, são
permanentes. Em agosto de 2011, 1 631 vítimas foram identificadas, enquanto que
1 122 (41%) das vítimas permaneceram não identificadas. Os restos mortais estão
sendo mantidos em armazenamento no Memorial Park, fora das instalações do
instituto médico de Nova York. Em 2013, espera-se que os restos mortais sejam
transferidos em 2013 para um depósito atrás de uma parede no Museu do 11 de
Setembro. Em julho de 2011, uma equipe de cientistas do instituto médico da
cidade tentaram novamente identificar os restos mortais, na esperança de que a
tecnologia melhor desenvolvida lhes permitisse identificar outras vítimas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Junto
com os 110 andares das Torres Gêmeas, vários edifícios ao redor foram
destruídos ou seriamente danificados, incluindo os edifícios 3 a 7 do complexo
do World Trade e a Igreja Ortodoxa Grega de São Nicolau. A Torre Norte, a Torre
Sul, o Marriott Hotel (WTC 3) e o WTC 7 foram completamente destruídos. A
Alfândega dos Estados Unidos (no WTC 6), o WTC 4, o WTC 5 e duas passarelas de
pedestres que ligavam os edifícios foram severamente danificadas. O Deutsche
Bank Building foi parcialmente danificado e mais tarde demolido. Os dois
edifícios do complexo vizinho do World Financial Center também sofreram danos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Deutsche Bank Building, na Liberty Street do complexo do World Trade Center,
foi mais tarde condenado por causa das condições tóxicas no interior da torre
de escritórios e foi desconstruído. O Fiterman Hall, do Colégio Comunitário do
Borough de Manhattan, na 30 West Broadway, foi condenado devido aos danos nos
ataques e está sendo reconstruído. Outros edifícios vizinhos, como o 90 West
Street e o Edifício Verizon sofreram grandes danos, mas foram restaurados. Os
edifícios do World Financial Center, o One Liberty Plaza, o Millenium Hilton e
o 90 Church Street tiveram danos moderados e já foram restaurados. Os
equipamentos de telecomunicações no topo da Torre Norte também foram
destruídos, mas as estações de mídia rapidamente foram capazes de redirecionar
os seus sinais e retomar as transmissões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Pentágono foi severamente danificado pelo impacto do Voo 77 da American
Airlines e por incêndios subsequentes, causando o desabamento de uma das seções
do edifício. Ao se aproximar do Pentágono, as asas do avião derrubaram postes
de luz e seu motor direito quebrou um gerador antes de cair no lado ocidental
do edifício, matando todos os 53 passageiros, os cinco sequestradores e 6
tripulantes. O avião atingiu o Pentágono no nível do primeiro andar. A parte
dianteira da fuselagem desintegrou-se durante o impacto, enquanto que as seções
centrais e a cauda mantiveram-se em movimento por uma fração de segundo. Detritos
provenientes da cauda penetraram mais fundo no edifício, quebrando por 94
metros três dos cinco anéis mais externos do edifício.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Corpo de Bombeiros da Cidade de Nova York (FDNY) rapidamente mandou 200
unidades (metade do departamento) para o local dos ataques, cujos esforços
foram completados por vários bombeiros de folga e paramédicos. O Departamento de
Polícia da Cidade de Nova Iorque (NYPD) enviou Unidades de Serviço de
Emergência (ESU) e outros policiais, juntamente com a implantação de sua
unidade de aviação. Uma vez em cena, o FDNY, NYPD e policiais da Autoridade
Portuária não coordenaram os esforços e realizaram buscas redundantes por
vítimas civis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Com
as condições deterioradas, a unidade de aviação da NYPD retransmitia
informações aos comandantes dos bombeiros, que emitiam ordens para o seu
pessoal evacuar as torres, de modo que a maioria dos oficiais estava em
condições de segurança antes de evacuar os edifícios que desmoronaram. Com
postos de comando criados separadamente e comunicações de rádio incompatíveis
entre os organismos, os avisos não foram repassados aos comandantes do FDNY.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Após
a primeira torre desabar os comandantes dos bombeiros enviaram os avisos de
evacuação, no entanto, devido a dificuldades técnicas com o mau funcionamento
do sistema repetidor de rádio, os bombeiros não ouviram muitas das ordens de
evacuação. Os atendentes do número de emergência também receberam informações
de chamadas que não foram repassadas aos comandantes no local. Poucas horas
depois do ataque uma importante operação de busca e resgate foi lançada. Depois
de meses de operações, o local do World Trade Center foi limpo no final de maio
de 2002.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Al-Qaeda<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/ca/Osama_bin_Laden_portrait.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="288" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Osama bin Laden
em 1997.</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span style="font-family: "times new roman", serif;">A
origem da Al-Qaeda pode ser rastreada até 1979, quando a União Soviética
invadiu o Afeganistão. Osama bin Laden viajou para o Afeganistão e ajudou a
organizar mujahidin árabes para resistir aos soviéticos. Sob a orientação de
Ayman al-Zawahiri, Bin Laden tornou-se mais radical. Em 1996, Bin Laden
divulgou sua primeira fatwa, pedindo para os soldados americanos deixarem a
Arábia Saudita.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
um segundo fatwa em 1998, Bin Laden delineou suas objeções à política externa
americana em relação a Israel, bem como a contínua presença de tropas
americanas na Arábia Saudita após a Guerra do Golfo. Bin Laden usou textos
islâmicos para exortar os muçulmanos a atacar americanos e, de acordo com bin
Laden, muçulmanos juristas "têm ao longo da história islâmica concordado
unanimemente que a jihad é um dever individual se o inimigo destrói os países
muçulmanos."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Osama bin Laden<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Bin
Laden, quem orquestrou os ataques, inicialmente negou, mas depois admitiu seu
envolvimento com homens de sua família nos atentados. A rede Al Jazeera
transmitiu uma declaração de Bin Laden em 16 de setembro de 2001, afirmando que
"gostaria de salientar que eu não realizei este ato, que parece ter sido
realizado por indivíduos com motivos próprios". Em novembro de 2001, as
forças americanas recuperaram uma fita de vídeo de uma casa destruída em
Jalalabad, no Afeganistão. Na fita, Bin Laden é visto falando com Khaled
al-Harbi e admite a presciência dos ataques. Em 27 de dezembro de 2001, um
segundo vídeo de Bin Laden foi divulgado. Nas filmagens, ele disse: "o
terrorismo contra os Estados Unidos merece ser louvado, porque é uma resposta à
injustiça, com o objetivo de forçar a América a parar com seu apoio à Israel,
que mata nosso povo", mas ele parou de admitir a responsabilidade pelos
ataques.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pouco
antes da eleição presidencial nos Estados Unidos em 2004, em uma declaração
gravada, Bin Laden reconheceu publicamente o envolvimento da Al-Qaeda nos
ataques aos Estados Unidos e admitiu a sua ligação direta com os atentados. Ele
disse que os ataques foram realizados porque "somos livres ... e queremos
recuperar a liberdade sob a nossa nação. Ao minar a nossa segurança, nós
minamos a sua." Bin Laden disse que orientou pessoalmente seus seguidores
a atacar o World Trade Center. Outro vídeo obtido pela Al Jazeera em
setembro de 2006 mostra bin Laden com Ramzi bin al-Shibh, bem como dois
sequestradores, Hamza al-Ghamdi e Wail al-Shehri, enquanto faziam os preparativos
para os ataques. Os Estados Unidos jamais indiciaram formalmente Osama bin
Laden pelos ataques de 11 de setembro de 2001, mas ele esteve na lista dos mais
procurados pelo Escritório Federal de Investigação (FBI) por causa dos
bombardeios das embaixadas americanas em Dar es Salaam, na Tanzânia, e em
Nairóbi, no Quênia. Depois de uma perseguição de quase 10 anos, Bin Laden foi
morto por forças especiais americanas em um complexo em Abbottabad, no
Paquistão, em 2 de maio de 2011.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Khalid Sheikh Mohammed<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="244" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/20/Khalid_Shaikh_Mohammed_after_capture.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Khalid Sheikh
depois de sua captura no Paquistão<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
jornalista Yosri Fouda do canal de televisão árabe Al Jazeera relatou que em
abril de 2002, Khalid Sheikh Mohammed admitiu o seu envolvimento, junto com
Ramzi bin al-Shibh, nos ataques de 11/9. O Relatório da Comissão do 11/9
determinou que a animosidade de Mohammed, o principal arquiteto dos ataques,
para com os Estados Unidos era resultado da sua "violenta discordância da
política externa dos Estados Unidos de favorecer Israel".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Mohammed
foi também o consultor e financiador do atentado de 1993 ao World Trade Center
e era tio de Ramzi Yousef, o terrorista líder do ataque.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Mohammed
foi preso em 1 de março de 2003, em Rawalpindi, Paquistão, por agentes de
segurança paquistaneses que trabalhavam com a CIA, em seguida, foi transferido
e interrogado na Prisão de Guantánamo, na Base Naval da Baía de Guantánamo, em
Cuba, com seções que incluíam afogamento simulado. Durante as audiências na
Baía de Guantánamo em março de 2007, Mohammed novamente confessou sua
responsabilidade pelos ataques, afirmando que ele "foi o responsável pela
operação de 11/9, de A a Z" e que a sua declaração não foi feita sob
coação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Outros membros da Al-Qaeda<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante
o julgamento de Zacarias Moussaoui, cinco pessoas foram identificadas como
terem tido conhecimento total dos detalhes da operação. Elas são bin Laden,
Khalid Sheikh Mohammed, Ramzi bin al-Shibh, Abu al-Turab Urduni e Mohammed
Atef. Até o momento, apenas figuras periféricas foram julgadas ou condenadas
pelos ataques.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
26 de setembro de 2005, um tribunal superior espanhol condenou Abu Dahdah a 27
anos de prisão por conspiração sobre os ataques de 11/9 e de ser um membro da
organização terrorista Al-Qaeda. Ao mesmo tempo, outros 17 membros da Al-Qaeda
foram condenados a penas entre seis e 11 anos. Em 16 de fevereiro de 2006, o
Supremo Tribunal Espanhol reduziu a pena de Abu Dahdah para 12 anos porque
considerou que a sua participação na conspiração não foi comprovada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Também
em 2006, Moussaoui, que originalmente era suspeito de ter sido o vigésimo
sequestrador, foi condenado por conspiração ao cometer atos de terrorismo e
pirataria aérea. Ele está cumprindo uma sentença de prisão perpétua sem
liberdade condicional. Mounir el-Motassadeq, um associado dos sequestradores
com sede em Hamburgo, Alemanha, está cumprindo 15 anos por seu papel em ajudar
os sequestradores a se preparar para os ataques.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
célula de Hamburgo, incluiu os radicais islâmicos que posteriormente se
tornaram as peças-chave dos ataques de 11 de setembro. Mohamed Atta, Marwan
al-Shehhi, Ziad Jarrah, Ramzi bin al-Shibh e Said Bahaji eram todos membros da
célula terrorista da Al-Qaeda em Hamburgo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Motivos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Alega-se
que os três principais motivos para os ataques de 11 de setembro sejam a
presença americana na Arábia Saudita, o apoio a Israel por parte dos Estados
Unidos e as sanções contra o Iraque. Estes motivos foram ditos explicitamente
pela Al-Qaeda em declarações pretéritas aos atentados, incluindo a fatwā de
agosto de 1996 e um pequeno fatwā publicado em fevereiro de 1998. Após os
ataques, Bin Laden e Al-Zawahiri publicaram fitas de vídeos e fitas de áudio
adicionais, algumas delas repetindo as razões pelos ataques. Duas dessas
publicações merecem destaque: "Carta para a América" de 2002, e um
vídeo de 2004 mostrando Bin Laden. Além de pronunciamentos diretos de Bin Laden
e a Al-Qaeda, inúmeros analistas políticos têm postulado outras motivações para
os ataques.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Bin
Laden disse que o profeta Maomé bania a "presença permanente de infiéis na
Arábia". No fatwā de 1998, a Al-Qaeda escreveu que "Por mais de sete
anos, os Estados Unidos têm vindo a ocupar as terras do Islã e os lugares mais
santos, a Península Arábica, saqueando suas riquezas, mandando em seus
governantes, humilhando seu povo, aterrorizando seus vizinhos, e transformando
as bases da península em uma liderança para lutar com os povos muçulmanos
vizinhos." Em uma entrevista em 1999 com o repórter paquistanês Rahimullah
Yusufzai, Bin Laden disse que pressentia que os norte-americanos estavam
"perto demais de Meca" e considerou que isto era uma provocação à
todo o mundo muçulmano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
novembro de 2002, na "Carta para a América", Bin Laden disse que o
apoio dos Estados Unidos à Israel era outro motivo: "A criação e
manutenção de Israel é um dos maiores crimes, e vocês são os líderes desses
criminosos. E, claro, não há necessidade de explicar e demonstrar o grau de
apoio americano a Israel. A criação de Israel é um crime que deve ser apagado.
Toda e qualquer pessoa cujas mãos se tornaram poluídas do contributo para este
crime tem de pagar o seu preço, e pagar por isso fortemente." Em 2004 Bin
Laden reforçou que o apoio à Israel era um dos motivos dos atentados. Vários
analistas, incluindo John Mearsheimer e Stephen Walt, autores do livro The
Israel Lobby and U.S. Foreign Policy, também argumentam que o principal motivo
dos ataques de 11 de setembro foi o apoio que os Estados Unidos deu à Israel.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
fatwā de 1998, a Al-Qaeda pronunciou que as sanções do Iraque eram razões para
matar os estadunidenses: "apesar da grande devastação infligida ao povo
iraquiano pela aliança cruzado-sionista, e apesar do grande número de pessoas
mortas, que ultrapassou um milhão... Apesar de tudo isso, os americanos estão
mais uma vez contra a tentativa de repetir os massacres horrendos, como se eles
não se contentassem com o bloqueio prolongado imposto após a guerra feroz ou a
fragmentação e destruição... Com base nisso, e em conformidade com a ordem de
Deus, emitimos a fatwa que se segue para todos os muçulmanos: A decisão de
matar os americanos e seus aliados, civis e militares é um dever individual de
todo muçulmano..."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
adição a esses motivos dados pela própria Al-Qaeda, alguns analistas têm
sugerido outras razões, muitas vezes rejeitadas, incluindo uma humilhação que o
mundo islâmico teria ao ficar para trás do mundo ocidental, especialmente pela
diferença expressiva da economia devido à globalização recente. Outro motivo
especulado pelos ocidentais é o de que os terroristas teriam o desejo de
provocar os Estados Unidos para uma guerra mais ampla contra o mundo islâmico,
com a esperança de motivar mais aliados a apoiarem a Al-Qaeda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Planejamento dos ataques de 11 de
setembro de 2001<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
ideia para os ataques veio de Khalid Sheikh Mohammed, que primeiro apresentou o
projeto a Osama bin Laden em 1996. Nesse momento, Bin Laden e a Al-Qaeda
estavam em um período de transição, tendo acabado de se mudar de volta ao
Afeganistão, vindos do Sudão. Em 1998, os atentados terroristas às embaixadas
dos Estados Unidos na África e o fatwa de bin Laden marcaram um ponto de
virada, quando Osama voltou suas atenções a atacar os Estados Unidos. Em
dezembro de 1998, Centro de Contraterrorismo da CIA relatou ao então presidente
Bill Clinton que a Al-Qaeda estava se preparando para ataques contra os Estados
Unidos que poderiam incluir sequestro de aviões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
final de 1998 ou no início de 1999, Bin Laden deu a aprovação para Mohammed
avançar com a organização dos ataques. Uma série de reuniões ocorridas no
início de 1999, envolvendo Mohammed, bin Laden e seu vice, Mohammed Atef. Atef
prestou apoio operacional para o projeto, incluindo seleções de destino e ajuda
na organização de viagens para os sequestradores. Bin Laden discordou de
Mohammed, rejeitando alguns alvos potenciais, como a US Bank Tower, em Los
Angeles, porque "não havia tempo suficiente para se preparar para uma
operação desse tipo".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Bin
Laden liderou e deu apoio financeiro para a trama, além de ter se envolvido na
seleção de participantes. Osama inicialmente selecionou Nawaf al-Hazmi e Khalid
al-Mihdhar, ambos jihadistas experientes que lutaram na Bósnia. Hazmi e Mihdhar
chegaram aos Estados Unidos em meados de janeiro de 2000. Na primavera de 2000,
Hazmi e Mihdhar tiveram aulas de voo em San Diego, na Califórnia, mas ambos
pouco falavam inglês, mal fizeram as aulas de voo e, finalmente, serviram como
sequestradores secundários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
final de 1999, um grupo de homens a partir de Hamburgo, na Alemanha, chegaram
no Afeganistão, incluindo Mohamed Atta, Marwan al-Shehhi, Ziad Jarrah e Ramzi
bin al-Shibh. Bin Laden selecionou estes homens porque eles eram educados,
falavam inglês e tinham experiência de vida no oeste dos EUA. Novos recrutas
foram examinados rotineiramente para habilidades especiais e os líderes da
al-Qaeda, consequentemente, descobriram que Hani Hanjour já tinha uma licença
de piloto comercial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Hanjour
chegou em San Diego em 8 dezembro de 2000, juntando-se a Hazmi. Eles logo
partiram para o Arizona, onde tiveram cursos de reciclagem com Hanjour. Marwan
al-Shehhi chegou no final de maio de 2000, enquanto Atta chegou em 3 de junho
de 2000 e Jarrah em 27 de junho de 2000. Bin al-Shibh tentou por várias vezes
obter um visto para os Estados Unidos, mas como um iemenita, foi rejeitado
devido a preocupações que ele ficasse mais tempo do que o seu visto e
permanecesse como um imigrante em situação ilegal. Bin al-Shibh permaneceu em
Hamburgo, proporcionando coordenação entre Atta e Mohammed. Os três membros da
célula de Hamburgo realizaram todo o treinamento de piloto no sul da Flórida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Na
primavera de 2001, os sequestradores secundários começaram a chegar nos Estados
Unidos. Em julho de 2001, Atta reuniu-se com bin al-Shibh na Espanha, onde
coordenou detalhes da trama, incluindo a seleção final de alvos. Bin al-Shibh
também passou o desejo de Bin Laden de que os ataques fossem realizados o mais
rapidamente possível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Células de apoio<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Cerca
de 1.200 estrangeiros foram presos e encarcerados secretamente em relação à
investigação dos ataques de 11 de setembro, ainda que o governo não tenha
divulgado o número exato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
métodos utilizados pelo Estado para investigar e deter suspeitos têm sido
severamente criticados por organizações de direitos humanos como Human Rights
Watch e chefes de governo como a chanceler alemã Angela Merkel. Até agora o
governo dos Estados Unidos não falou a ninguém dos participantes da conspiração
que realizaram as operações em terra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
dia 26 de setembro de 2005, a Audiência Nacional da Espanha, dirigida pelo juiz
Baltasar Garzón, condenou a Abu Dahdah a 27 anos de prisão por conspiração nos
atentados de 11 de setembro e por ser parte da organização terrorista Al-Qaeda.
Ao mesmo tempo, outros 1234 membros da Al-Qaeda foram condenados a penas de
entre 6 e 12 anos. Em 16 de fevereiro de 2006, o Tribunal Supremo baixou a pena
de Abu Dahdah a 12 anos porque considerou que sua participação na conspiração
não estava provada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Resposta imediata<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Às
08:14, o piloto do voo 11 não respondeu a uma instrução para ascender emitida
pelo Centro de Controle de Tráfego Aéreo da Administração Federal de Aviação
(FAA) em Boston, que controla o espaço aéreo local. O piloto estava naquele
momento voando do lado oposto às chegadas de Boston e, como o voo 11 passou a
representar um perigo aéreo, os controladores de tráfego aéreo começaram a
redirecionar as chegadas de aeronaves para promover uma separação adequada. Às
8:20, Betty Ong, uma comissária do voo 11 da American Airlines, avisou a
empresa sobre o sequestro da aeronave. Às 08:21, o avião (agora visível apenas
no radar primário) começou a sair radicalmente da sua rota prevista. Às 08:25,
o controlador ouviu o que acreditou ser a voz de um dos sequestradores em uma
transmissão de rádio do voo 11. O Centro de Boston chamou o Centro de Comando
FAA em Herndon, Virgínia, às 8:28 para relatar o ocorrido. Às 8h32, os
funcionários da FAA foram avisado de que o voo 11 tinha sido sequestrado e
notificaram o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD). O
NORAD então enviou dois caças F-15 da Base Aérea da Guarda Nacional de Otis, em
Massachusetts, que estavam em voo às 08:53. Por causa da lenta e confusa
comunicação com os funcionários da FAA, o NORAD tinha avisado apenas sobre o
sequestro do voo 11, mas não fez nenhum aviso sobre qualquer um dos outros voos
anteriores que caíram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Às
09:28, o controlador John Werth do Centro da FAA de Cleveland ouviu "sons
de possíveis gritos" vindos do voo 93 da United Airlines, notou que o
avião tinha descido 700 pés e que o transponder estava desligado. Naquele
momento, Werth já sabia que alguns aviões de passageiros haviam sido
sequestrados e que um deles tinha atingido uma das torres do World Trade
Center, em Nova Iorque. Depois de ambas as Torres Gêmeas terem sido atingidas,
mais caças foram enviados da Base da Força Aérea Langley–Eustis, na Virgínia,
às 9:30. Às 9:32, Werth ouviu uma voz dizendo: "Nós temos uma bomba a
bordo" e pediu a seu supervisor que notificasse a Sede da FAA. Às 09:36,
Centro de Cleveland chamou o Centro de Comando da FAA, em Herndon, e perguntou
se os militares tinham sido notificados. O Centro de Comando da FAA então disse
ao Centro de Cleveland que "o pessoal da FAA estava bem acima deles na
cadeia de comando para tomar a decisão de procurar ajuda militar e que estavam
trabalhando sobre a questão". Às 09:49, a decisão sobre a possibilidade de
chamar os militares ainda não havia sido tomada e ninguém da FAA os chamou até
às 10:07, quatro minutos após o voo 93 ter caído perto de Shanksville, na
Pensilvânia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Às
10:20 o então vice-presidente Dick Cheney deu ordem para abater qualquer
aeronave comercial que pudesse ser identificada como sequestrada. No entanto,
estas instruções não foram transmitidas a tempo dos pilotos agirem. Alguns
caças chegaram ao ar, sem munição, sabendo que para evitar que os
sequestradores atingissem seus alvos, os pilotos poderiam ter que interceptar e
colidir os seus caças nos aviões sequestrados, possivelmente ejetando no último
momento. Isto aconteceu diretamente com dois pilotos de F-16 da USAF, coronel
Marc Sasseville e a tenente-novata Heather “Lucky” Penney, que,
impossibilitados de terem seus jatos armados em tempo e portando apenas munição
de festim de treinamento, receberam ordem de derrubarem o voo 93 da United de
qualquer maneira. O plano, que acabou sendo desnecessário pela queda do avião
antes que os jatos chegassem a ele, era de um se jogar contra a cabine e outro
contra a cauda do Boeing 757. Penney não pretendia ejetar-se no último segundo
pois isso poderia mudar a rota do jato no momento da colisão e tinha
consciência de estar numa missão suicida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pela
primeira vez na história dos Estados Unidos, o espaço aéreo foi fechado e a
todas aeronaves civis não-emergenciais nos Estados Unidos, Canadá e em vários
outros países foi dada a ordem de regressar imediatamente ao chão, deixando
assim dezenas de milhares de passageiros ao redor do mundo. A FAA fechou o espaço
aéreo americano para todos os voos internacionais, fazendo com que cerca de 500
voos fossem redirecionados para outros países. O Canadá recebeu 226 dos voos
desviados e colocou em prática a Operação Yellow Ribbon para lidar com o grande
número de aviões em terra e passageiros retidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
ataques de 11 de setembro tiveram efeitos imediatos sobre o povo americano.
Equipes policiais e de resgate de todo o país largaram seus postos e viajaram à
Nova York para ajudar a resgatar os corpos dos restos retorcidos das Torres
Gêmeas do WTC. Doações de sangue aumentaram em todo o país nas semanas
seguintes ao 11 de setembro. As mortes dos adultos que faleceram nos ataques ou
morreram nas operações de resgate resultaram em mais de 3 000 crianças órfãos
de pelo menos um dos pais. Estudos posteriores documentaram as reações dessas
crianças a estas perdas e sobre as perdas que temiam durante a vida, o ambiente
de proteção após os ataques e os efeitos sobre os responsáveis que
sobreviveram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Guerra ao Terror<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Às
14h40min de 11 de setembro, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld emitiu uma
rápida ordem à seus assessores para procurar evidências do envolvimento do
Iraque nos ataques, de acordo com anotações feitas pelo alto oficial Stephen
Cambone. "Melhor informação rápida. Julgo ser boa o bastante para atacar
S.H." — se referindo à Saddam Hussein — "ao mesmo tempo. Não apenas
UBL" (Osama bin Laden), as notas de Cambone citam Rumsfeld dizendo:
"Precisamos nos mover rapidamente — Próximos aos prazos estabelecidos para
os alvos — vão com força máxima — vasculhem tudo. Coisas relacionadas ou
não."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
conselho da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) declarou que os
ataques contra os Estados Unidos foram considerados um ataque a todos os países
da aliança militar e, como tal, correspondem ao 5º artigo da Carta Magna da
organização. Ao voltar para a Austrália após uma visita oficial aos Estados
Unidos na época dos ataques, o então primeiro-ministro australiano, John Howard,
invocou o artigo IV do tratado ANZUS. Na reação aos atentados, a administração
Bush anunciou uma "Guerra ao Terror", com metas estabelecidas de
levar Osama bin Laden e a Al-Qaeda à justiça e prevenir o aparecimento de
outras redes terroristas. Estes objetivos serão realizados através de sanções
econômicas e militares contra os Estados vistos como abrigo de terroristas e
aumentando a vigilância global e o compartilhamento de informações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
14 de setembro de 2001, uma resolução conjunta chamada "Autorização para o
Uso da Força Militar Contra os Terroristas" foi aprovada pelo Congresso
dos Estados Unidos para autorizar o presidente do país a lutar contra os
terroristas e as nações que os abrigam. Em 7 de outubro de 2001, a Guerra no
Afeganistão começou quando as forças americanas e britânicas iniciaram
campanhas de bombardeio aéreo em campos do Talibã e da al-Qaeda e depois
invadiram o território afegão com tropas terrestres das Forças Especiais. A
derrubada do regime talibã no Afeganistão por uma coalizão liderada pelos
americanos foi a segunda maior operação de guerra dos Estados Unidos contra o
terrorismo internacional fora de seu território e a maior operação militar
diretamente relacionada ao terrorismo. O conflito no Afeganistão entre a insurgência
talibã e a Força Internacional de Assistência para Segurança (ISAF) está em
curso. Filipinas e Indonésia, entre outros países com os seus próprios
conflitos internos com o terrorismo islâmico, também aumentaram a sua prontidão
militar após os ataques.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Reação interna<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Após
os ataques, a taxa de aprovação do presidente George W. Bush subiu para 90%. Em
20 de setembro de 2001, ele dirigiu-se à nação em uma sessão conjunta do
Congresso dos Estados Unidos sobre os eventos de 11 de setembro e os
subsequentes nove dias de esforços de resgate e recuperação foi criada e
descreveu a resposta destinada aos ataques. O papel altamente visível de Rudy
Giuliani, então prefeito de Nova York, recebeu elogios na cidade e em todo o
país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Muitos
fundos de ajuda foram imediatamente criados para ajudar as vítimas dos
atentados, com a missão de prestar assistência financeira para os sobreviventes
dos ataques e às famílias das vítimas. Dentro do prazo estabelecido para a
compensação das vítimas, que era de 11 de setembro de 2003, 2 833 pedidos
haviam sido recebidos das famílias daqueles que foram mortos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Planos
de contingência para continuidade de governo e evacuação de líderes foram
executados quase imediatamente após os ataques. No entanto, o Congresso não
disse que os Estados Unidos estiveram sob o estatuto de "continuidade de
governo" até fevereiro de 2002.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Na
maior reestruturação do governo americano na história contemporânea, os Estados
Unidos promulgaram a Lei de Segurança Nacional (Homeland Security Act) de 2002
e criaram o Departamento de Segurança Interna (DHS). O Congresso também aprovou
o USA PATRIOT Act, dizendo que a legislação iria ajudar a detectar e eliminar o
terrorismo e outros tipos de crimes. Grupos defensores das liberdades civis
criticaram o Patriot Act, dizendo que a lei permite a invasão da privacidade
dos cidadãos e elimina a supervisão judicial da aplicação da lei e da
inteligência doméstica. Em um esforço para combater eficazmente futuros atos de
terrorismo, amplos poderes foram dados á Agência de Segurança Nacional (NSA). A
NSA começou a vigiar as telecomunicações dos cidadãos do país sem mandado
judicial, o que foi muito criticado, uma vez que permitiu à agência
"espionar os telefonemas e e-mails entre pessoas dos Estados Unidos e
pessoas no estrangeiro sem um mandado."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
6 de junho de 2002, o então procurador-geral dos Estados Unidos, John Ashcroft,
propôs regras que criaram um programa de registro especial obrigatório no
Serviço de Imigração e Naturalização (INS) para homens entre 16 e 64 anos que
eram cidadãos de determinadas nações estrangeiras e residiam em território
norte-americano. Esse homens têm a sua identidade verificada, são
entrevistados, fotografados e têm suas impressões digitais coletadas. O chamado
Sistema de Registro de Entrada e Saída de Segurança Nacional (NSEERS), é
composto por dois programas, o monitoramento de chegadas e partidas, de um
lado, e as inscrições voluntárias daqueles que já estão nos Estados Undios. O
Departamento de Justiça agia sob a autoridade da Lei de Imigração e
Nacionalidade de 1952, que havia autorizado um sistema de registro, mas foi
caducada em 1980 por causa de problemas com o orçamento. Ashcroft identificou
aqueles que eram obrigados a se registrar como "indivíduos de elevada
preocupação para a segurança nacional que permanecerem no país por mais de 30
dias ". O processamento das chegadas aos Estados Unidos começou em outubro
de 2002. O programa centrou-se primeiramente nas chegadas do Irã, Iraque,
Líbia, Sudão e Síria. Foram registradas 127 694 pessoas antes do processo ser
extinto e o programa de triagem universal ter sido posto em prática.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Crimes de ódio<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Vários
incidentes de assédio e crimes de ódio contra muçulmanos e sul-asiáticos foram
registrados nos dias seguintes aos ataques de 11/9. Sikhs também tornaram-se
alvo porque os homens que seguem o sikhismo geralmente usam turbantes, que são
estereotipados e associados com os muçulmanos. Houve relatos de ataques a
mesquitas e outros edifícios religiosos (incluindo o bombardeio de um templo
hindu), e agressões a pessoas, incluindo um assassinato: Balbir Singh Sodhi, um
sikh confundido com um muçulmano que foi morto a tiros em 15 de setembro de
2001, em Mesa, Arizona.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">De
acordo com um estudo acadêmico, as pessoas associadas com o Oriente Médio
tinham a mesma probabilidade de serem vítimas de crimes de ódio, assim como os
seguidores do islamismo durante esta época. O estudo também constatou um
aumento semelhante em crimes de ódio contra pessoas que podem ser identificadas
como muçulmanas, árabes e outros povos vistos como originários do Oriente
Médio. Um relatório do grupo de defesa dos americanos sul-asiáticos conhecido
como South Asian Americans Leading Together, documentou 645 incidentes de
preconceito contra os americanos do sul da Ásia ou do Oriente Médio entre 11 e
17 de setembro. Vários crimes, tais como incêndios, vandalismos, assaltos,
tiroteios, perseguições e ameaças foram documentados em vários lugares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Reação internacional<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
ataques foram anunciados pelos meios de comunicação e governos de todo o mundo.
Em todo o planeta, as nações pró-americanas ofereceram apoio e solidariedade.
Líderes na maioria dos países do Oriente Médio e Afeganistão, condenaram os
ataques. O Iraque foi uma notável exceção, ao fazer uma declaração oficial
imediata, dizendo: "os cowboys americanos estão colhendo os frutos de seus
crimes contra a humanidade". Embora o governo da Arábia Saudita tenha
condenado oficialmente os ataques, muitos sauditas apoiam a causa de Bin Laden.
Como nos Estados Unidos, após os ataques houve um aumento das tensões entre
muçulmanos e não-muçulmanos em outros países.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
Resolução 1368 do Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou os ataques e
manifestou disponibilidade para tomar todas as medidas necessárias para
responder e combater todas as formas de terrorismo, em conformidade com a sua
Carta Magna. Vários países introduziram algum tipo de legislação antiterrorismo
e congelaram as contas bancárias suspeitas de terem ligações com a Al-Qaeda. A
aplicação da lei e as agências de inteligência em vários países também
prenderam supostos terroristas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Dezenas
de milhares de pessoas tentaram fugir do Afeganistão após os ataques, temendo
uma resposta por parte do governo dos Estados Unidos. O Paquistão, que já
abriga muitos refugiados afegãos de conflitos anteriores, fechou sua fronteira
com o Afeganistão em 17 de setembro de 2001. Cerca de um mês após os ataques,
os Estados Unidos lideraram uma ampla coalizão de forças internacionais para
derrubar o regime talibã no Afeganistão por ter acolhido a al-Qaeda. Embora as
autoridades paquistanesas terem inicialmente relutado em se alinhar com os
Estados Unidos contra o talibã, elas permitiram o acesso da coalizão a suas
bases militares e mais de 600 presos foram entregues para os Estados Unidos
como suspeitos membros da al-Qaeda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
Estados Unidos usaram a Prisão de Guantánamo, na Base Naval da Baía de
Guantánamo em Cuba, para manter os presos que eles definiram como
"combatentes inimigos ilegais". A legitimidade destas detenções foi
questionada pela União Europeia e por organizações de direitos humanos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Consequências posteriores<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
ataques tiveram um impacto econômico significativo nos Estados Unidos e nos
mercados mundiais. A New York Stock Exchange (NYSE), a American Stock Exchange
(AMEX) e a NASDAQ não abriram em 11 de setembro e permaneceram fechadas até 17
de setembro. Quando os mercados de ações reabriram, o Dow Jones Industrial
Average (DJIA), índice do mercado de ações, caiu 684 pontos, ou 7,1%, para
8.921, um recorde de recuo de um ponto em um dia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Até
o final de semana, o DJIA tinha caído 1.369,7 pontos (14,3%), até então, a
maior queda em uma semana na história, embora mais tarde ultrapassada em 2008,
durante a crise financeira global. As bolsas estadunidenses perderam 1,4
trilhão de dólares em valor em uma semana. Isto é o equivalente a 1,72 trilhão
de dólares em termos atuais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
Nova York, cerca de 430 mil postos de trabalho por mês e 2,8 bilhões de dólares
em salários foram perdidos nos três meses seguintes ao 11/09. Os efeitos
econômicos foram mais fortes principalmente nos setores econômicos da cidade
que lidavam com exportações. Estima-se que o PIB da cidade diminuiu 27,3
bilhões dólares nos últimos três meses de 2001 e em todo o ano de 2002. O
governo federal concedeu 11,2 bilhões de dólares em assistência imediata ao
Governo de Nova Iorque em setembro de 2001 e 10,5 bilhões de dólares no início
de 2002 para o desenvolvimento econômico e para necessidades de infraestrutura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
ataques de 11 de setembro também prejudicaram as pequenas empresas em Lower
Manhattan, próximas ao World Trade Center, destruindo ou deslocando cerca de
18.000 delas. Foi prestada assistência por empréstimos Small Business
Administration e pela Community Development Block Grants and Economic Injury
Disaster Loans do governo federal. Cerca de 2.960.000 m² do espaço de
escritórios de Lower Manhattan foi danificado ou destruído.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Muitos
se perguntam se esses postos de trabalho seriam repostos e se a base tributária
danificada iria se recuperar.] Os estudos dos efeitos econômicos do 11 de
setembro mostram que o mercado imobiliário de escritórios em Manhattan e o
emprego de escritórios foram menos afetados do que o inicialmente esperado,
devido as necessidades de serviços financeiros da indústria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
espaço aéreo estadunidense foi fechado por vários dias após os ataques e as
viagens aéreas diminuíram após a sua reabertura, levando a uma redução de quase
20% da capacidade de transporte aéreo e agravando os problemas financeiros da
indústria aérea do país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Efeitos na legislação
antiterrorismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Como
resultado dos ataques, muitos governos por todo o mundo alteraram ou criaram
uma legislação antiterrorismo. Na Alemanha, onde vários dos terroristas do 11
de setembro tinham morado e tirado proveito das políticas alemãs liberais de
asilo, dois grandes pacotes de leis antiterrorismo foram decretados. O primeiro
removeu brechas legais que permitiam que terroristas vivessem e levantassem
dinheiro na Alemanha. O segundo abordou a eficácia e a comunicação da
inteligência do governo e a aplicação da lei. O Canadá aprovou Lei Canadense
Antiterrorismo, a primeira legislação antiterrorismo da nação. O Reino Unido
decretou a Lei de Antiterrorismo, Crime e Segurança de 2001 e a Lei de
Prevenção ao Terrorismo de 2005. A Nova Zelândia decretou a Lei de Supressão ao
Terrorismo de 2002.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Nos
Estados Unidos, o Departamento de Segurança Interna foi criado para coordenar
os esforços nacionais antiterrorismo. O USA PATRIOT Act deu ao governo federal
mais poder, incluindo a autoridade de deter estrangeiros suspeitos de
terrorismo por uma semana sem acusação, para monitorar as comunicações de
telefone, e-mail e o uso da internet por suspeitos de terrorismo e para processar
suspeitos de terrorismo sem restrições de tempo. A Administração Federal de
Aviação (FAA) ordenou que os cockpits dos aviões deviam ser reforçados para
evitar que terroristas tomem o controle das aeronaves e permitiu a presença de
oficiais do governo em voos. Além disso, a Lei de Segurança da Aviação e
Transportes tornou o governo federal, e não mais os aeroportos, os responsáveis
pela segurança dos aeroportos. A lei criou uma força de segurança federal
para inspecionar passageiros e bagagens, causando atrasos e preocupação com a
privacidade dos passageiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Teorias conspiratórias sobre os
ataques de 11 de setembro de 2001<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Após
a divulgação dos resultados das investigações oficiais sobre os atentados,
muitos civis, físicos, engenheiros, militares, pilotos e alguns dos
sobreviventes questionaram a versão governamental sobre as causas e os
responsáveis pelos ataques. Os teóricos da conspiração discordam da versão
oficial dos atentados, questionam as motivações e as partes envolvidas por trás
deles, e se envolveram em investigações independentes. Algumas das teorias da
conspiração veem os ataques como um casus belli através de uma operação de
bandeira falsa (como com a malsucedida Operação Northwoods, nos anos 1960) para
trazer o aumento da militarização e do poder do governo sobre a população. Os
defensores das teorias conspiratórias do 11 de setembro têm sugerido que indivíduos
dentro dos Estados Unidos possuíam informações detalhadas sobre os ataques e
deliberadamente optaram por não evitá-los, ou que indivíduos de fora da
al-Qaeda planejaram, realizaram ou auxiliaram a realização dos atentados. Uma
pesquisa realizada em 2013 pela empresa de pesquisa de mercado YouGov e
publicada próximo ao décimo segundo aniversário dos ataques apontou que um em
cada dois norte-americanos ainda tem dúvidas sobre a versão do governo do país
sobre as causas e consequências dos atentados de 11 de setembro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
principal ponto de controvérsia é o colapso estrutural das Torres Gêmeas e da
Torre 7 do complexo do World Trade Center. Alguns teóricos da conspiração
reivindicam que o World Trade Center não entrou em colapso por causa da colisão
das aeronaves, mas que foi implodido com a ajuda de explosivos. Esta hipótese
de demolição controlada, no entanto, é rejeitada por renomadas organizações
como o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia e a Sociedade Americana de
Engenheiros Civis, que, após investigação, concluíram que os impactos dos
aviões em alta velocidade, associados aos incêndios posteriores, causaram o
colapso das duas torres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
ataque ao Pentágono também levantou diversas dúvidas. Um dos pontos
questionados é que, por ser um edifício relativamente baixo, a sede do
Departamento de Defesa dos Estados Unidos seria um alvo difícil para um Boeing
757 a uma velocidade de 560 quilômetros por hora acertar com precisão. Entre os
que questionam a versão oficial está o grupo Pilots for Truth (em português:
Pilotos pela Verdade - tradução livre), que afirma que não foram encontradas
marcas das asas do avião ou destroços da aeronave no local do impacto. Também
causou controvérsia a falta de testemunhas oculares do momento do ataque, a
rapidez com que o FBI recolheu as gravações de circuito interno de câmeras da
região do Pentágono imediatamente após a explosão, além do fato das poucas
imagens disponibilizadas não mostrarem o momento do choque do 757 contra o
prédio. O jornalista e cientista político francês Thierry Meyssan defende em
seu livro 11 de setembro de 2001 – Uma Terrível Farsa que o Pentágono foi, na
verdade, atingido por um míssil. A explicação da Sociedade Americana de Engenheiros
Civis para o buraco na fachada do Pentágono foi a de que um avião, quando bate,
não deixa uma silhueta perfeita de si. Além disso, corpos de passageiros foram
identificados nos escombros. A falta de destroços do avião seria explicada pelo
fato de que, com o impacto e a explosão subsequente, a aeronave teria sido
praticamente desintegrada.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="266" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/84/September_11th_Tribute_in_Light_from_Bayonne%2C_New_Jersey.jpg/1024px-September_11th_Tribute_in_Light_from_Bayonne%2C_New_Jersey.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA; mso-fareast-theme-font: minor-fareast;">O memorial Tribute in Light em
11 de setembro de 2014, no décimo terceiro<br /> aniversário dos ataques, visto de
Bayonne, Nova Jersey. O edifício à esquerda<br /><div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> é o novo One World Trade Center</span></div>
</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-58138221848872414472016-09-09T21:38:00.000-07:002016-09-09T21:38:17.668-07:00Civilização Maia<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Resultado de imagem para Maias" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEild8jbRfGxcXW0ktr4m7gOzEOW1Tgus2cRDe2HY79YP4QYdZkogY3q8Ub8OTjT6AmY26b5m9UXpsQviKEpVida_vH3hOHpBk3gxW1lNyiON2i9FbAszuNknY6hcxcHRdM_DwhIpDLbzfdr/s730/Untitled+2.jpg" height="86" width="200" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
<b>civilização maia</b> foi uma cultura
mesoamericana pré-colombiana, notável por sua língua escrita (único sistema de
escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o
idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo),
pela sua arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos. </span></div>
<a name='more'></a>Inicialmente
estabelecidas durante o período pré-clássico (1000 a.C. a 250 d.C.), muitas
cidades maias atingiram o seu mais elevado estado de desenvolvimento durante o
período clássico (250 d.C. a 900 d.C.), continuando a se desenvolver durante
todo o período pós-clássico, até a chegada dos espanhóis. No seu auge, era uma
das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo.<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para civilização maia" src="http://www.historiadomundo.com.br/imagens/maia_mapa.jpg" height="242" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
civilização maia compartilha muitas características com outras civilizações da
Mesoamérica, devido ao alto grau de interação e difusão cultural que
caracteriza a região. Avanços como a escrita, epigrafia e o calendário não se
originaram com os maias; no entanto, sua civilização se desenvolveu plenamente.
A influência dos maias pode ser detectada em países como Honduras, Guatemala,
El Salvador e na região central do México, a mais de 1 000 km da área maia.
Muitas influências externas são encontrados na arte e arquitetura Maia, o que
acredita-se ser resultado do intercâmbio comercial e cultural, em vez de
conquista externa direta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
povos maias nunca desapareceram, nem na época do declínio no período clássico,
nem com a chegada dos conquistadores espanhóis e a subsequente colonização
espanhola das Américas. Hoje, os maias e seus descendentes formam populações
consideráveis em toda a área antiga maia e mantêm um conjunto distinto de
tradições e crenças que são o resultado da fusão das ideologias pré-colombianas
e pós-conquista (e estruturado pela aprovação quase total ao catolicismo
romano). Muitas línguas maias continuam a ser faladas como línguas primárias
ainda hoje; o Rabinal Achí, uma obra literária na língua achi, foi declarada
uma obra-prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 2005. A arquitetura
maia era bastante desenvolvida e ostentava obras grandiosas, tecnicamente
qualificadas e com grande variedade e beleza de formas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para civilização maia" src="http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/02/maias.jpg" height="211" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal">
Ruínas de Tikal, Guatemala.<o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desde
2010, a teoria mais aceita é a de que os primeiros assentamentos claramente
maias foram estabelecidos por volta de 1800 a.C. na região de Soconusco, na
costa do Pacífico. Esse período, conhecido como o início do período
pré-clássico, foi caracterizado por comunidades sedentárias e com a introdução
de obras com cerâmica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Entre
os locais mais importantes nas terras maias mais baixas do sul da Península de
Iucatã estão Nakbé, El Mirador, Cival e San Bartolo. Nas áreas mais altas da
Guatemala, a cidade de Kaminaljuyu surgiu por volta de 800 a.C. Por muitos
séculos, controlou as fontes de jade e obsidiana das regiões de Petén e e do
Pacífico. Os importantes sítios iniciais de Izapa, Takalik Abaj e Chocolá, em
torno de 600 a.C. eram os principais produtores de cacau. As comunidades maias
de médio porte também começaram a se desenvolver nas terras baixas maias do
norte durante o meio e o final do período pré-clássico, ainda que estas ainda
não tinham o tamanho, a escala e a influência dos grandes centros urbanos das
terras baixas do sul. Entre os dois sítios arqueológicos mais importantes do
norte pré-clássico estão Komchen e Dzibilchaltun. A primeira inscrição escrita
em hieróglifos maias também remonta a esse período (c. 250 a.C.).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Estudiosos
divergem sobre os limites que definem a extensão física e cultural do início da
civilização maia e das civilizações mesoamericanas pré-clássicas vizinhas, como
a cultura dos olmecas, os povos de línguas mixe-zoqueanas e zapotecas de
Chiapas e sul de Oaxaca, respectivamente. Muitos dos primeiros edifícios e
inscrições mais significativas apareceram nesta zona de sobreposição e as
evidências sugerem que essas culturas externas e os maias influenciaram a
formação um do outro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por
volta de 100 d.C, um declínio generalizado e abandono das cidades maias
ocorreu, o que ficou conhecido como "colapso do pré-clássico", o que
marcou o fim do período.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Período clássico<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
período clássico (c. 250-900 d.C.) foi um dos picos da construção em grande
escala e do urbanismo, com a gravação de inscrições em monumentos e um
desenvolvimento intelectual e artístico significativo, em particular nas
regiões de planície do sul.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
pessoas desenvolveram uma civilização centrada em cidades e baseada na
agricultura, composta por várias cidades-Estados independentes entre si, mas
algumas subservientes a outras. Isto inclui cidades bem conhecidas, como El
Caracol, Tikal, Palenque, Copán, Xunantunich e Calakmul, mas também menos
conhecidas, como Lamanai, Dos Pilas, Cahal Pech, Uaxactun, Altun Ha e Bonampak,
entre outras. A distribuição dos assentamentos do início do período clássico
nas planícies do norte não é tão claramente conhecida como das regiões ao sul,
mas inclui uma série de centros populacionais, como Oxkintok, Chunchucmil e a
ocupação antecipada de Uxmal. Durante este período, a população maia chegava a
milhões. Eles criaram uma multidão de pequenos reinos e impérios, construíram
palácios e templos monumentais, cerimônias ritualísticas altamente sofisticadas
e desenvolveram um elaborado sistema de escrita hieroglífica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para civilização maia" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjavgdeVwx6SYNSEfo4cp7BCvKN713buxsq3zvydY7kSyWpT2aG0_ySVaJLtzWYqgBZQmCUcR_GEMHj-Aw4JeWeUUPGmhxCmYuI79vTONiM3QWtbp-CixMhF30TOtaD5TFgeCW1Xm7r5zQ/s320/Queda+da+civiliza%25C3%25A7%25C3%25A3o+maia+foi+causada+por+leve+seca...01.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal">
O templo maia de Kukulcán<o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
base social dessa exuberante civilização era uma grande rede política e
econômica interligada que se estendia por toda a região maia e para além do
mundo mesoamericano. As unidades políticas, econômicas e culturais dominantes
"centrais" do sistema maia clássico estavam localizadas nas planícies
centrais, enquanto as correspondentes unidades maias dependentes ou
"periféricas" eram encontradas ao longo das margens do altiplano sul
e de áreas de várzea do norte. Mas, como em todos os sistemas do mundo, os
principais centros principais maias mudaram através do tempo, começando durante
a era pré-clássica em terras altas do sul, quando se deslocaram para as terras
baixas centrais durante o período clássico e, finalmente, quando mudaram para o
norte da península durante o período pós-clássico. Neste sistema político, as
unidades semi-periféricas maias geralmente tomavam a forma de centros
comerciais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
monumentos mais notáveis são as pirâmides escalonadas que construíram em seus
centros religiosos e os palácios que abrigavam seus governantes. O palácio em
Cancuén é o maior em área feito pelos maias, mas o sítio arqueológico não tem
pirâmides. Outros vestígios arqueológicos importantes incluem lajes de pedra
esculpidas, geralmente chamados de estelas (os maias chamava tétum, ou
"árvore-pedra"), que retratam os governantes junto com textos hieróglifos
descrevendo sua árvore genealógica, vitórias militares e outras realizações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
civilização maia participava do comércio de longa distância com muitas das
outras culturas mesoamericanas, incluindo o povo da cidade de Teotihuacan, os
zapotecas e outros grupos na região central e do golfo da costa do atual
México. Além disso, eles mantinham comércio e intercâmbio com grupos mais
distantes, não mesoamericanas, por exemplo, os taínos das ilhas do Caribe.
Arqueólogos encontraram ouro do Panamá no Cenote Sagrado de Chichén Itzá. Bens
comerciais importantes incluíam o cacau, sal, conchas, jade e obsidiana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
centros urbanos maias das terras baixas do sul entraram em declínio durante os
séculos VIII e IX e foram abandonados pouco tempo depois. Este declínio foi
associado com uma cessação das inscrições monumentais e da construção
arquitetônica em larga escala. A teoria universalmente aceita explica este
colapso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para civilização maia" src="http://www.cancun.com.br/wp-content/uploads/2015/01/06cancun-chichen-itza.jpg" height="177" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal">
Palácio de Palenque<o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
teorias não-ecológicas sobre o declínio maia são divididas em várias
subcategorias, como superpopulação, invasão estrangeira, revolta camponesa e
colapso de rotas comerciais importantes. As hipóteses ecológicas incluem
desastre ambiental, doenças epidêmicas e mudanças climáticas. Há evidências de
que a população maia ultrapassou a capacidade do ambiente a sua volta, com o
esgotamento do potencial agrícola do solo e a caça excessiva de megafauna.
Alguns estudiosos recentemente teorizaram que uma intensa seca de 200 anos na
região levou ao colapso da civilização maia. Esta teoria foi criada a partir de
pesquisas realizadas por cientistas que estudaram leitos de lagos, pólen antigo
e outros dados e não da comunidade arqueológica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pesquisas
de 2011, com o uso de modelos climáticos de alta resolução e novas
reconstruções de paisagens do passado, sugere que a conversão de grande parte
das florestas por áreas agrícolas maias pode ter levado a uma redução da
evapotranspiração e, portanto, de chuvas, o que pode ter ampliado a seca
natural. Um estudo publicado na revista Science em 2012 descobriu que reduções
modestas das precipitação, de apenas 25 a 40% da precipitação anual, podem ter
sido o ponto de inflexão para o colapso da civilização maia. Com base em
amostras de sedimentos do lago e cavernas nas áreas circundantes das principais
cidades maias, os pesquisadores foram capazes de determinar a quantidade de
precipitação anual na região. As secas leves que ocorreram entre 800 d.C. e 950
foram suficientes para reduzir rapidamente o suprimento de água. Uma outra
publicação na mesma revista apoia e estende essa conclusão com base em análise
de isótopos de minerais em uma estalagmite. Ela argumenta que a alta taxa de
pluviosidade entre 440 e 660 d.C. permitiu aos maias florescerem e que secas
leves nos anos seguintes levaram a uma extensa guerra e ao declínio da
civilização, um período prolongado de seca entre 1020 e 1100 acabou por ser
fatal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Período pós-clássico<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante
o período pós-clássico posterior (do século X ao início do século XVI), o
desenvolvimento dos centros das terras do norte persistiu, caracterizado por
uma crescente diversidade de influências externas. As cidades maias das
planícies do norte da Península de Iucatã continuou a florescer durante séculos
depois; alguns dos locais importantes nesta época eram Chichén Itzá, Uxmal,
Edzná e Coba. Após o declínio das dinastias de Chichen e Uxmal, Mayapan
governou toda Iucatã até uma revolta em 1450. (O nome desta cidade pode ser a
origem da palavra "maia", que tinha um significado mais
geograficamente restrito e só cresceu ao seu significado atual nos séculos XIX
e XX). A área então degenerou em cidades-Estado concorrentes até a península
ser conquistada pelo Império Espanhol.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para civilização maia" src="http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/conteudo/images/deus-maia-jum-kaaah.jpg" height="320" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="262" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Deus
maia Jum Kaaah, divindade ligada à vida</span></td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
povos maias itza, ko'woj e yalain de Petén Central sobreviveram ao
"colapso do período clássico" em pequenas quantidades e por volta de
1250 se reconstituíram para formar cidades-Estados concorrentes. Os itza
mantiveram sua capital em Tayasal (também conhecida como Noh Petén), um sítio
arqueológico que acredita-se ser subjacente à moderna cidade de Flores,
Guatemala, no Lago Petén Itzá. Ela governou sobre uma área que se estendia
através da região dos Lagos Petén, abrangendo a comunidade de Eckixil, no Lago
Quexil. Os ko'woj tinha sua capital em Zacpeten. Os Estados maias pós-clássicos
também continuaram a sobreviver nas terras altas do sul. Uma das nações maias
nesta área, o Reino de Gumarcaj, é responsável pelo trabalho mais conhecido da
historiografia e mitologia maia, o Popol Vuh. Outros reinos das terras altas
incluíam os povos mames, baseados em Huehuetenango; os kaqchikels, baseado em
Iximche; os chajoma, baseados em Mixco Viejo e os chuj, sediados em San Mateo
Ixtatán.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Conquista do Império Asteca e
Colonização espanhola da América<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pouco
depois de suas primeiras expedições à região, os espanhóis iniciaram uma série
de tentativas de subjugar os maias, que eram hostis ao domínio espanhol, e
estabeleceram uma presença colonial nos territórios maias da península de
Iucatã e nas terras altas da Guatemala. Esta campanha, às vezes chamada de
"conquista espanhola de Iucatã", viria a ser um exercício demorado e
custoso para os conquistadores desde o início e demandaria cerca de 170 anos e
dezenas de milhares de soldados indígenas antes de os espanhóis terem controle
substancial sobre todo o território maia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<img alt="Resultado de imagem para civilização maia" src="http://sistema.templodeapolo.net/imagens/imagens/Ciencias-0001-www.templodeapolo.jpg" height="320" width="242" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ao
contrário dos impérios inca e asteca, não havia um único centro político que,
uma vez derrubado, apressasse o fim da resistência coletiva dos povos maias. Em
vez disso, as forças dos conquistadores tiveram que subjugar as várias
entidades políticas independentes maias quase uma a uma, muitas das quais
mantiveram uma resistência feroz ao domínio espanhol. A maioria dos
conquistadores eram motivados pelas perspectivas de grande riqueza a ser obtida
a partir da apreensão de metais preciosos, como ouro ou prata; no entanto, os
maias eram pobres nesses recursos. Isto viria a ser um outro fator que
retardaria projetos espanhóis de conquista da região, já que os espanhóis
foram, inicialmente, atraídos para os relatos de grandes riquezas em outras
regiões: a região central do México e o Peru.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
igreja e funcionários do governo espanhol destruíram textos maias e, com eles,
o conhecimento da escrita tradicional, mas, por acaso, três dos livros
pré-colombianos datados do período pós-clássico foram preservados. Estes são
conhecidos como Códice de Madrid, Códice de Dresden e Códice de Paris. Os
últimos Estados maias, a cidade itza de Tayasal e a cidade ko'woj de Zacpeten,
foram continuamente ocupados e mantiveram-se independentes do Império Espanhol
até o final do século XVII. Por fim, foram derrotados pelos espanhóis no ano de
1697.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Extensão geográfica da
civilização maia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
civilização maia estendeu-se por todo o atual sul dos estados mexicanos de
Chiapas, Tabasco, e Península de Yucatán estados de Quintana Roo , Campeche e
Yucatán. A área Maia também se estendeu por todo o norte da América Central,
incluindo as atuais nações da Guatemala , Belize , Norte de El Salvador e no
oeste de Honduras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
área dos Maias é geralmente dividida em três zonas vagamente definidas: as
terras altas do sul Maia, na Depressão Central e as planícies do norte. As
terras maias altas do sul incluem todos os terrenos elevados na Guatemala e no
planalto de Chiapas. As planícies do sul encontram-se apenas ao norte do
planalto, e incorporam os estados mexicanos de Campeche, Quintana Roo, norte da
Guatemala, Belize e El Salvador. As planícies do norte cobrem o restante da
península de Iucatã, incluindo as colinas Puuc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Economia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
base econômica dos maias era a agricultura, principalmente do milho, praticada
com a ajuda da irrigação, utilizando técnicas rudimentares e itinerantes, o que
contribuiu para a destruição de florestas tropicais nas regiões onde habitavam,
desenvolveram também atividades comerciais cuja classe dos comerciantes gozavam
de grandes privilégios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Como
unidade de troca, utilizavam sementes de cacau e sinetas de cobre, material que
empregavam também para trabalhos ornamentais, ao lado do ouro, da prata, do
jade, das conchas do mar e das plumas coloridas. Entretanto, desconheciam as
ferramentas metálicas[28].<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Comércio e agricultura<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
maias cultivavam o milho (três espécies), algodão, tomate, cacau, batata e
frutas. Domesticaram o peru e a abelha que serviam para enriquecer sua dieta, à
qual somavam também a caça e a pesca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">É
importante observar que por serem os recursos naturais escassos não lhes
garantindo o excedente que necessitavam a tendência foi desenvolverem técnicas
agrícolas, como terraços, por exemplo, para vencer a erosão. Os pântanos foram
drenados para se obter condições adequadas ao plantio. Ao lado desses
progressos técnicos, observamos que o cultivo de milho se prendia ao uso das
queimadas. Durante os meses da seca, limpavam o terreno, deixando apenas as
árvores mais frondosas. Em seguida, ateavam fogo para limpá-lo deixando o campo
em condições de ser semeado. Com um bastão faziam buracos onde se colocavam as
sementes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Dada
a forma com que era realizado o cultivo a produção se mantinha por apenas dois
ou três anos consecutivos. Com o desgaste certo do solo, o agricultor era
obrigado a procurar novas terras. Ainda hoje a técnica da queimada, apesar de
prejudicar o solo, é utilizada em diversas regiões do continente americano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para civilização maia" height="222" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/05/Palenque_glyphs-edit1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal">
Glifos maias<o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
Terras Baixas concentraram uma população densa em áreas pouco férteis. Com
produção pequena para as necessidades da população, foi necessário não apenas
inovar em termos de técnicas agrícolas, como também importar de outras regiões
produtos como o milho, por exemplo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
comércio era dinamizado com produtos como o jade, plumas, tecidos, cerâmicas,
mel, cacau e escravos, através das estradas ou de canoas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ciência e tecnologia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ainda
que as cidades maias estivessem dispersas na diversidade da geografia da
Mesoamérica, o efeito do planejamento parecia ser mínimo; suas cidades foram
construídas de uma maneira um pouco descuidada, como ditava a topografia e
declive particular. A arquitetura maia tendia a integrar um alto grau de
características naturais. Por exemplo, algumas cidades existentes nas planícies
de pedra calcária no norte do Iucatã se converteram em municipalidades muito
extensas enquanto que outras, construídas nas colinas das margens do rio
Usumacinta, utilizaram os declives e montes naturais de sua topografia para
elevar suas torres e templos a alturas impressionantes. Ainda assim prevalece
algum sentido de ordem, como é requerido por qualquer grande cidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
começo da construção em grande escala, geralmente se estabelecia um alinhamento
com as direções cardinais e, dependendo do declive e das disponibilidades de
recursos naturais como água fresca (poços ou cenotes), a cidade crescia
conectando grandes praças com as numerosas plataformas que formavam os
fundamentos de quase todos os edifícios maias, por meio de calçadas chamadas
sacbeob (singular sacbe).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
coração das cidades maias existiam grandes praças rodeadas por edifícios
governamentais e religiosos, como a acrópole real, grandes templos de pirâmides
e ocasionalmente campos de jogo de bola. Imediatamente para fora destes centros
rituais estavam as estruturas das pessoas menos nobres, templos menores e
santuários individuais. Entretanto, quanto menos sagrada e importante era a
estrutura, maior era o grau de privacidade. Uma vez estabelecidas, as
estruturas não eram desviadas de suas funções nem outras eram construídas, mas
as existentes eram frequentemente reconstruídas ou remodeladas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
grandes cidades maias pareciam tomar uma identidade quase aleatória, que
contrasta profundamente com outras cidades da Mesoamérica como Teotihuacán em
sua construção rígida e quadriculada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ainda
que a cidade se dispusesse no terreno na forma em que a natureza ditara, se
punha cuidadosa atenção à orientação dos templos e observatórios para que
fossem construídos de acordo com a interpretação maia das órbitas das estrelas.
Afora os centros urbanos constantemente em evolução, existiam os lugares menos
permanentes e mais modestos do povo comum.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
desenho urbano maia pode descrever-se singelamente como a divisão do espaço em
grandes monumentos e calçadas. Neste caso, as praças públicas ao ar livre eram
os lugares de reunião para as pessoas. Por esta razão, o enfoque no desenho
urbano tornava o espaço interior das construções completamente secundário.
Somente no período pós-clássico tardio, as grandes cidades maias se converteram
em fortalezas que já não possuíam, a maioria das vezes, as grandes e numerosas
praças do período clássico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Matemática<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
maias (ou seus predecessores olmecas) desenvolveram independentemente o
conceito de zero (de fato, parece que estiveram usando o conceito muitos
séculos antes do velho mundo), e usavam um sistema de numeração de base 20.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
inscrições nos mostram, em certas ocasiões, que trabalhavam com somas de até
centenas de milhões. Produziram observações astronômicas extremamente precisas;
seus diagramas dos movimentos da Lua e dos planetas se não são iguais, são
superiores aos de qualquer outra civilização que tenha trabalhado sem
instrumentos óticos. Ao encontro desta civilização com os conquistadores
espanhóis, o sistema de calendários dos maias já era estável e preciso,
notavelmente superior ao calendário gregoriano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sistema de escrita<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
sistema de escrita maia (geralmente chamada hieroglífica por uma vaga
semelhança com a escrita do antigo Egito, com o qual não se relaciona) era uma
combinação de símbolos fonéticos e ideogramas. É o único sistema de escrita do
novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado
no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
decifrações da escrita maia têm sido um longo e trabalhoso processo. Algumas
partes foram decifradas no final do século XIX e início do século XX (em sua
maioria, partes relacionadas com números, calendário e astronomia), mas os
maiores avanços se fizeram nas décadas de 1960 e 1970 e se aceleraram daí em
diante de maneira que atualmente a maioria dos textos maias podem ser lidos
quase completamente em seus idiomas originais. Lamentavelmente, os sacerdotes
espanhóis, em sua luta pela conversão religiosa, ordenaram a queima de todos os
códices maias logo após a conquista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Assim,
a maioria das inscrições que sobreviveram são as que foram gravadas em pedra e
isto porque a grande maioria estava situada em cidades já abandonadas quando os
espanhóis chegaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
livros maias, normalmente tinham páginas semelhantes a um cartão, feitas de um
tecido sobre o qual aplicavam uma película de cal branca sobre a qual eram
pintados os caracteres e desenhadas ilustrações. Os cartões ou páginas eram
atadas entre si pelas laterais de maneira a formar uma longa fita que era
dobrada em zigue-zague para guardar e desdobrada para a leitura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Atualmente,
restam apenas três destes livros e algumas outras páginas de um quarto, de
todas as grandes bibliotecas então existentes. Frequentemente, são encontrados,
nas escavações arqueológicas, torrões retangulares de gesso que parecem ser
restos do que fora um livro depois da decomposição do material orgânico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Relativamente
aos poucos escritos maias existentes, Michael D. Coe, um proeminente arqueólogo
da Universidade de Yale, disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">“Nosso conhecimento do pensamento
maia antigo representa só uma minúscula fração do panorama completo, pois dos
milhares de livros nos quais toda a extensão dos seus rituais e conhecimentos
foram registrados, só quatro sobreviveram até os tempos modernos (como se toda
a posteridade soubesse de nós, baseados apenas em três livros de orações e
"El Progreso del Peregrino).”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Cultura<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Artes<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Muitos
consideram a arte maia da Era Clássica (200 a 900 d.C.) como a mais sofisticada
e bela do Novo Mundo antigo. Os entalhes e relevos em estuque de Palenque e a
estatuária de Copán são especialmente refinados, mostrando uma graça e
observação precisa da forma humana, que recordaram aos primeiros arqueólogos da
civilização do Velho Mundo, daí o nome dado à era.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Somente
existem fragmentos da pintura avançada dos maias clássicos, a maioria
sobrevivente em artefatos funerários e outras cerâmicas. Também existe uma
construção em Bonampak que tem murais antigos e que, afortunadamente,
sobreviveram a um acidente desconhecido até hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Com
as decifrações da escrita maia se descobriu que essa civilização foi uma das
poucas nas quais os artistas escreviam seu nome em seus trabalhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Religião<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pouco
se sabe a respeito das tradições religiosas dos maias: a sua religião ainda não
é completamente entendida por estudiosos. Assim como os astecas e os incas, os
maias acreditavam na contagem cíclica natural do tempo. Os rituais e cerimônias
eram associados a ciclos terrestres e celestiais que eram observados e
registrados em calendários separados. Os sacerdotes maias tinham a tarefa de
interpretar esses ciclos e fazer um panorama profético sobre o futuro ou
passado com base no número de relações de todos os calendários. A purificação
incluia jejum, abstenção sexual e confissão. A purificação era normalmente
praticada antes de grandes eventos religiosos. Os maias acreditavam na
existência de três planos principais no cosmo: a Terra, o céu e o submundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
maias sacrificavam humanos e animais como forma de renovar ou estabelecer
relações com o mundo dos deuses. Esses rituais obedeciam diversas regras.
Normalmente, eram sacrificados pequenos animais, como perus e codornas, mas nas
ocasiões muito excepcionais (tais como adesão ao trono, falecimento do monarca,
enterro de algum membro da família real ou períodos de seca) aconteciam
sacrifícios de humanos. Acredita-se que crianças eram vítimas muitas vezes
oferecidas como sacrifícios, porque os maias acreditavam que essas eram mais
puras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
deuses maias não eram entidades separadas como os deuses gregos. Também não
existia a separação entre o bem e o mal e nem a adoração de somente um deus
regular, mas sim a adoração de vários deuses conforme a época e situação que
melhor se aplicava para aquele deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Arquitetura maia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
arquitetura maia abarca vários milênios; ainda assim, mais dramática e
facilmente reconhecíveis como maias são as fantásticas pirâmides escalonadas do
final do período pré-clássico em diante. Durante este período da cultura maia,
os centros de poder religioso, comercial e burocrático cresceram para se tornarem
incríveis cidades como Chichén Itzá, Tikal e Uxmal. Devido às suas muitas
semelhanças assim como diferenças estilísticas, os restos da arquitetura maia
são uma chave importante para o entendimento da evolução de sua antiga
civilização.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Um
aspecto surpreendente das grandes estruturas maias é a carência de muitas das
tecnologias avançadas que poderiam parecer necessárias a tais construções. Não
há notícia do uso de ferramentas de metal, polias ou veículos com rodas. A
construção maia requeria um elemento com abundância, muita força humana, embora
contasse com abundância dos materiais restantes, facilmente disponíveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Todas
as evidências parecem sugerir que a maioria dos edifícios foi construída sobre
plataformas aterradas cuja altura variava de menos de um metro, no caso de
terraços e estruturas menores, a até quarenta e cinco metros, no caso de
grandes templos e pirâmides. Uma trama inclinada de pedras partia das
plataformas em pelo menos um dos lados, contribuindo para a aparência
bi-simétrica comum à arquitetura maia. Dependendo das tendências estilísticas
que prevaleciam na área e época, estas plataformas eram construídas de um corte
e um aterro de entulhos densamente compactado. Como no caso de muitas outras
estruturas, os relevos maias que os adornavam, quase sempre se relacionavam com
o propósito da estrutura a que se destinavam. Depois de terminadas, as grandes
residências e os templos eram construídos sobre as plataformas. Em tais
construções, sempre erguidas sobre tais plataformas, é evidente o privilégio
dado ao aspecto estético exterior em contraponto à pouca atenção à utilidade e
funcionalidade do interior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Parece
haver um certo aspecto repetitivo quanto aos vãos das construções nos quais os
arcos (como curvas) são raros, mas frequentemente retos, angulados ou
imbricados, tentando mais reproduzir a aparência de uma cabana maia, do que
efetivamente incrementar o espaço interior. Como eram necessárias grossas
paredes para sustentar o teto, alguns edifícios das épocas mais posteriores
utilizaram arcos repetidos ou uma abóbada arqueada para construir o que os
maias denominavam pinbal, ou saunas, como a do Templo da Cruz em Palenque.
Ainda que completadas as estruturas, a elas iam-se anexando extensos trabalhos
de relevo ou pelo menos reboco para aplainar quaisquer imperfeições. Muitas
vezes sob tais rebocos foram encontrados outros trabalhos de entalhes e dintéis
e até mesmo pedras de fachadas. Comumente a decoração com faixas de relevos era
feita em redor de toda a estrutura, provendo uma grande variedade de obras de
arte relativas aos habitantes ou ao propósito do edifício. Nos interiores, e
notadamente em certo período, foi comum o uso de revestimentos em reboco
primorosamente pintados com cenas do uso cotidiano ou cerimonial.<o:p></o:p></span></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-8186477660919327292016-09-07T15:38:00.000-07:002016-09-07T15:44:21.051-07:00José Bonifácio e a Independência do Brasil<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img height="200" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/66/Calixt33.jpg" width="144" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José Bonifácio de Andrada e Silva</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> (Santos, 13 de junho de 1763 —
Niterói, 6 de abril de 1838) foi um naturalista, estadista e poeta brasileiro.
É conhecido pelo epíteto de <b>"Patriarca
da Independência"</b> por ter sido uma pessoa decisiva para a
Independência do Brasil.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pode-se
resumir brevemente sua atuação dizendo que foi ministro do Reino e dos negócios
estrangeiros de janeiro de 1822 a julho de 1823. De início, colocou-se em apoio
à regência de D. Pedro de Alcântara. Proclamada a Independência, organizou a
ação militar contra os focos de resistência à separação de Portugal, e comandou
uma política centralizadora. Durante os debates da Assembleia Constituinte,
deu-se o rompimento dele e de seus irmãos Martim Francisco Ribeiro de Andrada e
Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva com o imperador. Em 16 de
julho de 1823, D. Pedro I demitiu o ministério e José Bonifácio passou à
oposição. Após o fechamento da Constituinte, em 11 de novembro de 1823, José
Bonifácio foi banido e se exilou na França por seis anos. De volta ao Brasil, e
reconciliado com o imperador, assumiu a tutoria de seu filho quando Pedro I
abdicou, em 1831. Permaneceu como tutor do futuro imperador até 1833, quando
foi demitido pelo governo da Regência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Era
difícil perceber o rumo no ano de 1821. A revolução portuguesa apresentava
fachada liberal e expunha como objetivo o estabelecimento de um regime
constitucional. Os brasileiros queriam também liberdade e constituição. Por
isso, até se desmascararem os móveis verdadeiros da revolução portuguesa, houve
confusão no Brasil, e aceitaram mandato de deputado a Lisboa indivíduos de
cunho nativista, antes implicados em revoluções contra a metrópole.
Descobriu-se, mais tarde, que a revolução portuguesa imporia, caso vitoriosa, a
supremacia econômica e política da antiga metrópole.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Mas,
enquanto isso, iam-se formando em todas as províncias juntas governativas
provisórias. Em São Paulo, em 12 de março de 1821, o governador e
capitão-general João Carlos Augusto de Oyenhausen-Gravenburg anunciou o regime
constitucional. Para dar os primeiros passos, José Bonifácio aceitou convite
para presidir à eleição dos membros, e propôs que fosse por aclamação. Indicou
Oyenhausen como presidente do governo provisório, recebeu aclamação de seu
próprio nome como vice-presidente e, como um dos secretários (eram três, do
Interior e Fazenda, da Guerra e da Marinha), foi indicado seu irmão Martim
Francisco. Em 23 de junho de 1821, José Bonifácio iniciava seu papel político
no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Enquanto
as demais juntas governativas se deixavam atrair por Lisboa e viam o Rio de
Janeiro com desconfiança, a Junta de São Paulo foi a primeira a reconhecer a
autoridade do príncipe regente D. Pedro de Alcântara. Em carta de 17 de julho
de 1821 ao pai, o príncipe menciona José Bonifácio como o homem "a quem se
deve a tranquilidade atual da província de São Paulo". Foram eleitos seis
deputados paulistas à Constituinte em Lisboa, entre eles Antônio Carlos, recém
saído da prisão e que se revelaria grande orador em Lisboa; o padre Diogo
Antônio Feijó, mais tarde regente; Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, depois
senador e regente em 1831. Os seis deputados receberam do governo instruções na
forma de um documento coletivo, intitulado Lembranças e Apontamentos, programa
completo em que as necessidades primordiais do Brasil eram postas em foco. No
documento estavam as principais ideias de José Bonifácio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
parte mais desenvolvida dizia respeito ao Brasil, em doze itens:
estabelecimento de um governo geral executivo, a cuja autoridade ficassem
sujeitos os governos provinciais, definidos os limites da subordinação; a
instrução pública, aumentando o número de escolas e criando pelo menos uma
universidade; o desenvolvimento do povoamento do interior; a catequese e
civilização dos índios, ou seja, sua integração; a emancipação gradual dos
escravos e a proibição do tráfico; a alteração da estrutura fundiária, com a
reintegração ao domínio do poder público das terras improdutivas. José
Bonifácio era contrário tanto à escravidão quanto ao latifúndio e, nesse ponto,
chocou-se com os poderosos interesses dos grandes proprietários e dos
traficantes. Outra sugestão foi a fundação de uma cidade central no interior do
Brasil, como efetivamente foi depois realizado no século XX com Brasília, para
assento do governo nacional; sugeria ainda uma nova legislação sobre o regime
de terras, pois as chamadas sesmarias, verdadeiros latifúndios, eram uma forma
de exploração antieconômica e antissocial; e os deputados foram advertidos para
incentivar um novo surto de mineração. Contudo, nada do que continha o
documento seria aproveitado no trabalho das Cortes portuguesas. Dos 70
deputados brasileiros, apenas 50 chegaram a exercer mandato. O programa
paulista era contrário ao que pretendiam as Cortes e, percebendo que o governo
do Príncipe Regente no Rio seria o melhor instrumento de que poderiam servir-se
os patriotas brasileiros, resolveram anulá-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
fins de maio de 1821 chegaram de Lisboa as bases da Constituição ali promulgada
a 10 de março. A tropa portuguesa, que aderira à revolução do Porto e se
tornara perturbadora da ordem fez, a 5 de junho, um pronunciamento, e obrigou
D. Pedro, a princípio relutante, a jurar as bases. O impulso definitivo para a
emancipação brasileira foi dado pela obstinada política recolonizadora das
Cortes. As medidas tomadas em Lisboa tinham o mesmo objetivo: desunir e
desarticular o Brasil, fazê-lo novamente colônia. E o maior perigo, percebido
por José Bonifácio, era o sacrifício da unidade brasileira. A Junta Governativa
da Bahia, por exemplo, com predominância de interesses comerciais portugueses e
forte presença de tropa lusa, recusava obediência ao Príncipe Regente e se
subordinava a Lisboa e às Cortes. Em Pernambuco se esperava algo mais radical,
a adoção de um governo republicano. À dispersão geográfica se somava o
desentendimento político. Desde outubro de 1821, os patriotas do Rio de Janeiro
queriam proclamar a independência do Brasil, com o príncipe D. Pedro feito
imperador. E este os advertiu do "delírio" que os empolgava e
declarou-se pronto a morrer por "três divinais coisas - a Religião, o Rei,
a Constituição".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
9 de dezembro de 1821, porém, chegaram ao Rio os textos dos últimos atos das
Cortes que criavam governos provinciais anárquicos e independentes, mas
sujeitos a Portugal, determinando o regresso quanto antes de D. Pedro para uma
viagem, incógnito, aos reinos de Espanha, França e Inglaterra. Nada mais
poderia manter a ilusão da continuidade do sistema de reino unido. As Cortes
pretendiam anular a obra de D. João VI, fazendo de cada província brasileira
uma província de Portugal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
príncipe regente chegou a rascunhar um manifesto de despedida aos brasileiros.
Mas já estava em curso uma ativa campanha, do clube da resistência na casa de
José Joaquim da Rocha, e o príncipe foi mudando de atitude. Nas províncias,
especialmente São Paulo e Minas Gerais, os atos recolonizadores produziam
reação idêntica à do Rio. Começaram a receber assinaturas para uma
representação em que se pedia ao príncipe ficar no Brasil. Para José Bonifácio,
chegara a hora das grandes decisões e de uma ação enérgica para que o Brasil
não se esfacelasse. A carta do Governo de São Paulo ao príncipe regente, datada
de 24 de dezembro de 1821, é de sua autoria. Sobre a carta, disse Octávio
Tarquínio de Sousa: "Se o tom é de violência, justificavam-na sua
indignação e sua revolta, e era necessária para que D. Pedro sentisse
claramente a disposição em que estavam os brasileiros de não mais se deixar
dominar por Portugal." Seu pedido ao príncipe era quase uma ameaça:
"É impossível que os habitantes do Brasil que forem honrados e se prezarem
de ser homens, e mormente os paulistas, possam jamais consentir em tais
absurdos e despotismos. V. A. Real deve ficar no Brasil quaisquer que sejam os
projetos das Cortes Constituintes não só para nosso bem geral mas até para a
independência e prosperidade futura do mesmo Portugal. Se V. A. Real estiver (o
que não é crível) pelo deslumbrado e indecoroso decreto de 19 de setembro, além
de perder para o mundo a dignidade de homem e de príncipe, tornando-se escravo
de um pequeno número de desorganizadores, terá também que responder, perante o
céu, do rio de sangue que decerto vai correr pelo Brasil". A carta chegou
às mãos do príncipe no Rio a 1º de janeiro de 1822. Foi divulgada imediatamente
por D. Pedro, e mandada imprimir na Gazeta do Rio, em 8 de janeiro. Em carta ao
pai, de 2 de janeiro de 1822, D. Pedro escreveu: "Farei todas as
diligências por bem para haver sossego, e para ver se posso cumprir os decretos
124 e 125, o que me parece impossível, porque a opinião é toda contra, em toda
a parte".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O ano de 1822<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">D.
Pedro, no início de 1822, já tinha clara consciência do papel que os patriotas
brasileiros lhe destinavam, e estava disposto a desempenhá-lo. No dia 9 de
janeiro, quando José Clemente Pereira, presidente do Senado da Câmara do Rio,
lhe entregou a representação fluminense, tentou adiar a resposta mas acabou
declarando: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou
pronto: diga ao povo que fico!".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Por
sua vez, José Bonifácio chegou ao Rio a 17 de janeiro, na representação
paulista. Foi nessa ocasião que se entreteve na fazenda de Santa Cruz com a princesa
D. Leopoldina. O príncipe de 23 anos o nomeou, aos 60 anos, seu Ministro e
Secretário de Estado dos Negócios do Reino - o primeiro brasileiro a ocupar um
cargo semelhante - demitindo Marcos de Noronha e Brito. Disse Octávio Tarquínio
de Sousa: "Não estava mais em idade de contentar-se com a simples
aparência das coisas, nem o enganavam palavras, por mais prestigiosas que
fossem". Suas ideias estavam esboçadas nas instruções feitas para os
deputados paulistas às Cortes, e atacavam os problemas sociais e econômicos.
Queria uma organização democrática, queria governo responsável, sistemas
representativos, garantias constitucionais. Mais importante que tudo era a
preservação da ordem pública - pois a tropa portuguesa se passara para Niterói.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
21 de janeiro, José Bonifácio ordenou ao desembargador do paço chanceler-mor
que não mais fizesse a repartição das leis vindas de Portugal sem antes as
submeter ao príncipe regente. E, a 30 de janeiro de 1822, concitava os governos
provisórios de todas as províncias a promoverem a união das mesmas com sujeição
à regência de D. Pedro. Decreto de 22 de fevereiro de 1822, referendado por
José Bonifácio, convocou a Junta de Procuradores das províncias. Já começava a
ter problemas com certo grupo de políticos do Rio de Janeiro: Joaquim Gonçalves
Ledo, Januário da Cunha Barbosa e José Clemente Pereira apareciam a seus olhos
como demagogos e agitadores que só queriam precipitar os acontecimentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
José Bonifácio se deve seguramente a adesão de D. Pedro ao movimento
emancipador. E sua orientação foi fundamental para que este se desse sem
transbordamentos inúteis, sem choques. Como medida preliminar, entendia-se
necessária a união das províncias - mas no Pará, na Bahia, no Maranhão, não
faltava quem quisesse continuar na dependência das Cortes. A posição de
Pernambuco parecia-lhe ambígua. Sua primeira atitude foi assegurar a adesão
efetiva de Minas Gerais e por isso fez o Príncipe Regente viajar para lá. Essa
viagem serviu para uma radical transformação de ânimo em D. Pedro. Em sua
ausência, por decreto de 23 de março de 1822, cabia a José Bonifácio como
ministro do Reino a chefia do governo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Nos
primeiros meses os dois se entenderam tão bem, de modo íntimo e sem etiquetas,
e D. Pedro vinha vê-lo para despachar em sua casa no Rossio Grande (atual Praça
Tiradentes ). Com isso, despertaram ciúmes no grupo de patriotas cariocas, que
desejavam influência, entrar para o governo, manejar o poder. Esse grupo foi o
indutor de que o título de "protetor e defensor perpétuo do Brasil"
fosse oferecido a D. Pedro e, a 13 de maio de 1822, dia de gala e beija-mão do
povo por ser o do aniversário do rei D. João VI, D. Pedro aceitou ser aclamado
"defensor", mas disse que "o Brasil não precisava de sua
proteção e a si mesmo se protegia". A iniciativa foi tomada à revelia de
José Bonifácio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
problema seguinte do ministro do Reino foi a convocação de uma Assembleia
Constituinte, ideia de todos os patriotas - e desde 3 de abril de 1822, carta
do príncipe regente a José Bonifácio a considerava "o único açude que
possa conter uma corrente tão forte". José Bonifácio não seria em
princípio contrário, mas hesitava decerto acerca de sua oportunidade. Preferia,
antes assegurar a unidade nacional, firmar a solidariedade das províncias, e
temia o que chamava "as desordens das Assembleias Constituintes".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Mas,
as Cortes continuavam em seu propósito de fazer o Brasil voltar à situação
colonial, sentia a necessidade de uma ação imediata. Fez-se, então, uma
representação a D. Pedro, em 23 de maio, para que a convocasse sem demora. Dois
dias antes, o príncipe regente escrevia ao pai: "As leis feitas tão longe
de nós, por homens que não são brasileiros e não conhecem as necessidades do
Brasil, não poderão ser boas". Mas, ao receber a representação, teve palavras
moderadas, dilatórias, que devem ter-lhe sido inspiradas por José Bonifácio. No
Rio não escasseavam os elementos reacionários, chamados "pés de
chumbo", gente do comércio e traficantes de escravos, o que estimulava
ardores nativistas e favorecia mesmo o surto de ideias radicais, nitidamente
republicanas ou democráticas puras. Ganhava mais do que nunca ascendência, o
grupo de Gonçalves Ledo à frente, os quais José Bonifácio considerava sôfregos
agitadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
1º de junho, o príncipe regente baixou uma proclamação em que falava da pátria
ameaçada e marcava para 2 de junho a reunião do Conselho dos
Procuradores-Gerais das províncias, para saber o que pensava da constituinte.
Em 24 horas o conselho lhe enviou um requerimento, em que pedia a convocação. A
3 de junho de 1822 foi expedido decreto em que José Bonifácio convocou a
Assembleia Geral Constituinte e Legislativa, no qual ainda se falava em manter
a integridade da monarquia portuguesa e a união com Portugal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Mas,
a 15 de junho foi dado outro passo rumo à ruptura com Portugal, pois José
Bonifácio comunicou ao cônsul inglês que mandava admitir nas alfândegas os
navios britânicos, independente do certificado do consulado de Portugal em
Londres, até que fosse nomeado um cônsul do Brasil naquela cidade. Pernambuco
aderiu rapidamente ao príncipe regente, mas na Bahia a situação continuava
séria e, a 15 de junho, D. Pedro enviou carta em que mandava o general Madeira
embarcar sem demora para Portugal. Foi necessário enviar uma expedição contra
ele e, como comandante, José Bonifácio indicou o general francês Pedro Labatut
que já havia submetido a província de Sergipe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Enquanto
isso, em São Paulo ocorria o golpe que se chamou "a bernarda de Francisco
Inácio", do qual entretanto saíram fortalecidos os Andradas, e Martim
Francisco foi nomeado ministro da Fazenda em 4 de julho de 1822, passando
Caetano Pinto de Miranda Montenegro, Marquês de Vila Real da Praia Grande, para
a recém criada pasta da Justiça. As finanças estavam em estado caótico, e o
novo ministro foi, como em São Paulo, inflexível com os devedores do erário, em
regra os poderosos da terra, habituados a não recolherem aos cofres o que
deviam. A oposição aos irmãos, com isso, só podia crescer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Guerra da Independência do Brasil<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
fins de julho chegaram ao Rio notícia de que as insensatas Cortes de Lisboa
enviavam numerosa tropa para dominar o país. José Bonifácio já se entendia
melhor com Gonçalves Ledo e com os membros mais destacados da maçonaria no
Grande Oriente, sobretudo com o general Luís Pereira da Nóbrega de Sousa
Coutinho, nomeado ministro da Guerra desde 27 de junho de 1822. Tomou medidas
da maior gravidade, como a de declarar inimigas as tropas que Portugal mandasse
para o Brasil, por meio do decreto de 1º de agosto, em que D. Pedro se dava
como "regente do vasto Império do Brasil pelo consentimento e
espontaneidade dos povos" e, a bem dizer, declarava guerra a Portugal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
decreto e o manifesto que o acompanhava eram já sinal da decisão tomada: a
ruptura completa. Mas eram atos dirigidos ao povo brasileiro. José Bonifácio,
como ministro dos Estrangeiros, preparou o arrazoado em que se baseava o
príncipe para ser levado aos demais povos. Foi ele, juntamente com Gonçalves
Ledo o autor do documento de 6 de agosto de 1822: extenso, imoderado, de
linguagem por vezes inconveniente, onde expunha o legítimo ressentimento por
três séculos de dominação, e avisava ao mundo que os brasileiros não mais
admitiriam a volta ao regime anterior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Na
cópia enviada a 14 de agosto de 1822 ao corpo diplomático acreditado no Rio,
José Bonifácio explicou a posição do Brasil: "Tendo o Brasil, que se
considera tão livre quanto o reino de Portugal, sacudido o jugo da sujeição e
da inferioridade com que o reino irmão o pretendia escravizar, e passando a
proclamar solenemente a sua independência e a exigir uma assembleia legislativa
dentro do seu próprio território, com as mesmas atribuições que a de
Lisboa…" Desde 12 de agosto estavam nomeando Felisberto Caldeira Brant
Pontes, o futuro marquês de Barbacena, encarregado de negócios junto ao governo
britânico; Manoel Rodrigues Gameiro Pessoa para Paris; e Luís Moutinho para
Washington. Em suas instruções, redigidas por José Bonifácio, o item principal
era a independência do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A declaração de Independência<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
príncipe regente, a 14 de agosto de 1822 partiu para São Paulo, cujo governo
reacionário parecia querer desacatar José Bonifácio. Tivera antes sucesso em
sua missão a Minas, pretendia repetir o êxito em São Paulo. Foi bem recebido e,
"com a autoridade que suas estroinices e desmandos só mais tarde
diminuiriam", pôs ordem no governo provincial. Em sua ausência ficara como
regente sua mulher, a princesa D. Leopoldina de Habsburgo, colaboradora da obra
de José Bonifácio. Tinha poderes para, em Conselho de ministros, tomar com o
mesmo as medidas necessárias "ao bem e à salvação do Estado".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/55/Carta_de_Jos%C3%A9_Bonif%C3%A1cio_a_Dom_Pedro.jpg/800px-Carta_de_Jos%C3%A9_Bonif%C3%A1cio_a_Dom_Pedro.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="220" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Carta de José
Bonifácio a D. Pedro, datada de </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">1º </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">de setembro de </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">1822. Acervo do Museu
Paulista.</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Trecho da carta de José Bonifácio à D. Pedro:</span><i><small style="background-color: #f9f9f9; color: #252525; font-family: sans-serif; line-height: 17.3186px; text-align: left;">"Senhor. O dado está lançado: de Portugal não temos a esperar senão escravidão e horrores. Venha V.A.R. quanto antes e decida-se, porque irresoluções, e medidas d'água morna, à vista desse contrário que não nos poupa, para nada servem, e um momento perdido he uma desgraça."</small><span style="background-color: #f9f9f9; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 12.3704px; line-height: 17.3186px; text-align: left;"> </span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> </span></i><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
fim de agosto chegaram ao Rio três navios de Lisboa, com notícias de que as
Cortes tinham decidido reduzir o príncipe a simples delegado temporário, e
apenas nas províncias onde exercia autoridade, com ministros vindos de Lisboa;
haviam anulado a convocação do Conselho dos Procuradores das Províncias e
mandariam processar todos quantos tivessem procedido contra sua política. O
visado era José Bonifácio, tido como o maior responsável pelos acontecimentos.
Este recebeu, ao mesmo tempo, carta de seu irmão Antônio Carlos, que estava em
Lisboa. E escreveu a D. Pedro: "O dado está lançado e de Portugal não
temos a esperar senão escravidão e horrores. Venha V.A. quanto antes e
decida-se, porque irresoluções e medidas d'água morna, à vista desse contrário
que não nos poupa, para nada servem e um momento perdido é uma desgraça".
Com sua carta seguiram cartas de D. Leopoldina, incitando o marido ao gesto,
uma de Antônio Carlos, outra de Henry Chamberlain.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
emissário, Paulo Emílio Bregaro, encontrou D. Pedro que voltava de Santos, leu
os papéis, demonstrou sua grande indignação, e, ao encontrar a Guarda de Honra
que o esperava nas margens do riacho Ipiranga, comunicou que as Cortes queriam
"massacrar" o Brasil. Eram quatro e meia da tarde de 7 de setembro de
1822, e o príncipe, num verdadeiro brado, exclamou: "É tempo!
Independência ou morte! Estamos separados de Portugal".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O fim do ano 1822: aclamação e
tumultos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José
Bonifácio, confirmado ministro do Interior e dos Negócios Estrangeiros, foi
tomando providências no novo governo. Por decreto de 18 de setembro, descreveu
as armas e a bandeira brasileira como se mantiveram até 1889. Por outro
decreto, também de 18 de setembro, criou o tope nacional brasileiro, verde e
amarelo. Noutro, concedia anistia geral para todas as passadas opiniões
políticas - mas excluindo dos benefícios aqueles que se achassem presos e em
processo. Pediu, pela primeira vez, demissão quando Ledo inspirou ao imperador
um decreto mandando cessar a devassa em São Paulo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Mas
D. Pedro, mesmo ligado a José Bonifácio, vinha sofrendo o assédio do grupo de
Gonçalves Ledo, apontado como representante genuíno do sentimento popular. No
dia de sua chegada de São Paulo, D. Pedro foi tomar posse de seu cargo. Não
desejava abandonar José Bonifácio, mas sim, tendo criado fé em seu destino, ganhara
confiança em si mesmo e tinha o intento de ouvir outras opiniões. Em setembro e
outubro de 1822, D. Pedro parecia ter oscilado mais que nunca, com seu
temperamento nervoso, de um lado entre os patriotas, querendo tudo e disputando
a primazia, e do outro, José Bonifácio, procurando chegar aos mesmos fins mas
sem demagogia nem precipitações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Este
grupo preparou outra ação política importante, a da Aclamação de D. Pedro I, a
12 de outubro de 1822, como imperador constitucional do Brasil. Estipulava-se
uma cláusula do juramento prévio que o novo imperador deveria prestar à
Constituição, a ser redigida por uma Assembleia Constituinte. A essa cláusula,
José Bonifácio se opôs terminantemente, e foi ela a razão de seu rompimento com
o grupo de Gonçalves Ledo. Mas, depois que D. Pedro dissolveu a Constituinte,
passou a exibir uma concubina, criou tribunais de exceção, fez morrer patriotas
na forca, exilou e manteve José Bonifácio no exílio durante seis anos e, mais
do que tudo para os "democratas", outorgou uma Constituição que não
cumpriu. Ledo não figurou entre os liberais que se opuseram ao imperador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Independência da Bahia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
momento era grave, pois a Bahia, o Maranhão e o Pará continuavam fora da
comunidade nacional, e havia perigo de uma reação armada de Portugal. José
Bonifácio queria a aclamação de D. Pedro como imperador, mas queria também um
Poder Executivo forte, que assegurasse a ordem, e terminasse a tarefa de unir
as províncias. Temia as assembleias constituintes. Na véspera da aclamação,
José Bonifácio já teria retomado seu ascendente sobre D. Pedro e, a 12 de
outubro, D. Pedro I foi aclamado imperador constitucional do Brasil em meio a
grandes festas, mas sem a cláusula do juramento prévio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para josé bonifácio" height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c3/Cairu_e_Jos%C3%A9_Bonif%C3%A1cio.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="232" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: x-small; line-height: 115%;">Visconde de Cairu e José Bonifácio,</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: x-small; line-height: 115%;"> em quadro</span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"></span><br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: x-small; line-height: 115%;"> do
pintor </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: x-small; line-height: 115%;">R. Nunes,</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: x-small; line-height: 115%;">disponível na Câmara de</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;">
<span style="font-size: x-small;"><div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"> Vereadores </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;">de Salvador, Bahia</span></div>
</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
apreciação de numerosos historiadores é que, sem ele no governo, a unidade do
Império teria sido preservada com dificuldades muito maiores, e o Brasil,
dividido e dilacerado, não escaparia provavelmente aos transes do caudilhismo e
da tirania militar. Mas houve choques com os irmãos Andrada, a 28 de outubro de
1822, D. Pedro organizou novo gabinete, em que José Bonifácio foi substituído
por José Egídio Álvares de Almeida, o barão de Santo Amaro, seu velho
companheiro em Coimbra na secretaria do Império e Estrangeiros, e Martim
Francisco foi substituído na Fazenda pelo desembargador João Inácio da Cunha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José
Joaquim da Rocha iniciou um movimento pela volta dos Andradas ao poder, com
intenso trabalho de propaganda, sessões tumultuosas no Senado da Câmara,
manifestações populares - e José Bonifácio voltou, sendo reintegrado em seu
posto por decreto de 30 de outubro de 1822. Tomou medidas rigorosas, como o
exílios. Partiram para o Havre, em 20 de dezembro de 1822, José Clemente
Pereira, o cônego Januário e Pereira da Nóbrega. Gonçalves Ledo conseguiu fugir
para Buenos Aires. Chamou-os todos, em portaria de 11 de novembro, de
"furiosos demagogos e anarquistas".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José
Bonifácio, ministro do Império, a quem cabia portanto dirigir a política
interna, e ministro dos Estrangeiros, ainda foi o responsável pela criação de
uma Marinha de Guerra. Caldeira Brant enviou-lhe de Londres cerca de 400
marinheiros e oficiais ingleses, postos à disposição de Thomas Cochrane, ávido
e experiente lobo-do-mar sem muitos escrúpulos, conde de Dundonald, feito mais
tarde Marquês do Maranhão e que se encontrava no Chile, a cuja marinha servia.
Cochrane foi contratado pelo governo imperial para fazer guerra no mar aos
portugueses e às Juntas Governativas das províncias do Piauí, Maranhão e do
Grão-Pará até então refratárias à separação. O governo da Província Cisplatina
capitulava, por D. Álvaro da Costa, em 18 de novembro de 1823. No final deste
ano todas as províncias estavam integradas politicamente no novo império.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Medida
de guerra foi ainda o decreto de 11 de dezembro de 1822, em que José Bonifácio
ordenou o sequestro de todas as mercadorias nas alfândegas do Império de
propriedade de portugueses, as que estivessem em mãos destes, os prédios
rústicos e urbanos, as embarcações pertencentes a súditos de Portugal. Outro
decreto, de 30 de dezembro de 1822, elevou para 24% os direitos de importação
de mercadorias portuguesas, equiparadas assim às dos demais países do mundo,
salvo as da Inglaterra que, por força do tratado de 1810, continuavam a pagar
15%.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José
Bonifácio, que não usava escravos em suas propriedades, escrevera ao mesmo
Caldeira Brant desde outubro de 1822, pedindo para o Brasil trabalhadores
rurais ingleses, para estabelecê-los no Brasil. Vieram cerca de 250, como a 16
de janeiro de 1823 comunicou Caldeira Brant, inicialmente pelo navio Lawpin.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A Assembleia Constituinte<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">1823
foi o grande ano da Constituinte. Um decreto de 14 de abril fixou para 17 do
mesmo mês e ano a primeira reunião preparatória e, a 3 de maio, a abertura
definitiva. A opinião de José Bonifácio estava expressa na frase que D. Pedro I
pronunciou em sua coroação, na cerimônia pomposa e teatral em 1º de dezembro de
1822: "Com a minha espada defenderei a pátria, a nação e a Constituição,
se for digna do Brasil e de mim". Era a advertência aos deputados, como o
resto de sua fala, a que não perpetrassem apenas uma obra de teóricos e
sonhadores. Para José Bonifácio, o mandato dos constituintes não era irrestrito,
a forma de governo fora predeterminada: uma monarquia constitucional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Num
Brasil com um milhão de escravos numa população total inferior a quatro
milhões, mal saído da opressão colonial, sem escolas, sem universidades, em que
até 15 anos atrás não se admitia a existência de um prelo, de um jornal, a
assembleia congregava muitos homens de valor - mas todos inexperientes em
assuntos de técnica parlamentar e legislativa. A posição do governo se tornou
menos cômoda. Surgiram logo os protestos liberais, o governo mantinha gente nas
prisões sem culpa formada, ordenava deportações, coagia a imprensa. Formou-se
na Constituinte uma oposição aguerrida, e José Bonifácio não possuía os dons
necessários de convencimento, era mau orador, com timbre de voz antipático, não
se preocupava em ser amável, não disfarçava certo tom arrogante. "Por não
ser mais sereno, carrega hoje culpas que não lhe cabem", concluiu Octávio
Tarquínio de Sousa, como o atentado de que foi vítima o jornalista Luís Augusto
May. Enquanto isso, D. Pedro passou a acreditar em todos os elogios, em todos
os louvores, acreditando-se o herói único, autor exclusivo da independência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José
Bonifácio caiu após um episódio que envolveu o padre Francisco Muniz Tavares,
deputado por Pernambuco, sobre a situação dos portugueses no Brasil. O projeto
de deportação não vingou, mas deu ensejo a que se dissesse o que não deveria
ter sido dito. O imperador decidiu afastar seu ministro e demiti-lo por uma
questiúncula de política regional paulista. José Bonifácio se considerou
demitido na noite de 15 de julho de 1823. Seu substituto foi José Joaquim
Carneiro de Campos, depois Marquês de Caravelas. Solidária, demitiu-se também
sua irmã Maria Flora Ribeiro de Andrada das funções de camareira-mor da
imperatriz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sobre
este episódio comenta Maria Graham: <i>…"a
renúncia de José Bonifácio é certa, e não menos certa a de seu irmão Martim
Francisco, cuja honestidade irrepreensível à frente do Tesouro não será
facilmente substituída. (…) A ideia mais geral é a de que os Andradas foram
sobrepujados por um partido republicano da Assembleia. (…) Entrementes José
Joaquim Carneiro de Campos é o primeiro-ministro e Manuel Jacinto Nogueira da
Gama está à testa do Tesouro; homem bastante rico para ficar acima de qualquer
tentação cujo caráter, quanto à integridade, está escassamente abaixo de seu
predecessor</i>.""<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
uma entrevista dada em 5 de setembro de 1823 a O Tamoyo, jornal por ele fundado
em agosto de 1823 após sua demissão do governo, e que só viveu três meses, ele
explicou suas ideias, abriu seu coração. O homem público estava intacto, cheio
de interesse pela política. Não podia afastar-se da Corte, pois era deputado à
Constituinte, mas lutaria contra o que não lhe agradava. A 1º de setembro de
1823 foi lido o projeto de Constituição, com 272 artigos, do qual Antônio Carlos,
seu irmão, era o relator e autor principal. Era francamente liberal, e criava
um poder executivo forte, delegado ao imperador. Mas havia no seio da
assembleia já quatro ou cinco grupos. E, em Portugal, um golpe absolutista
contra as desastradas Cortes investira novamente D. João VI na plenitude dos
poderes do Estado. Portugueses e reacionários começavam no Brasil a levantar a
cabeça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
imperador ia aos poucos cedendo, e o elemento militar luso ia-se infiltrando no
exército, tornando-se perigoso e insolente. A campanha dos que se intitulavam
os patriotas continuava, nacionalista e antiportuguesa. Houve discursos de
grande exaltação em novembro de 1823, depois do episódio com o boticário Davi
Pamplona Corte Real. O imperador refez então seu gabinete com gente incolor ou
reacionária. Francisco Vilela Barbosa, depois Marquês de Paranaguá, chegado há
pouco de Portugal, foi escolhido novo ministro do Império. A tropa passou a
exigir restrições à liberdade de imprensa e a expulsão dos Andradas da
Assembleia. A dissolução da Constituinte tornou-se inevitável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Segundo
Maria Graham <i>"a verdadeira causa do
desprestígio de José Bonifácio estava na amante do Imperador e no Plácido.
Suponho que estão vendidos ao partido português, afirma - sendo eles próprios
pés de chumbo." (…)</i> Quando os Andradas foram deportados, foi uma
inglesa, Mrs. Chamberlain, senhora do cônsul inglês no Rio, que obteve licença
para que suas esposas pudessem acompanhá-los.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José
Bonifácio foi preso em casa e levado para a Fortaleza da Laje, após o golpe de
força da dissolução da Assembleia pelo imperador, em 12 de novembro de 1823.
Não haveria nova Constituinte - D. Pedro I outorgaria uma Constituição a 24 de
março de 1824, sendo esta uma adaptação do anteprojeto de Antônio Carlos, em
curso na Assembleia Constituinte dissolvida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Condenado
ao exílio, deixou o Rio de Janeiro numa velha charrua, chamada Lucônia, a 20 de
novembro de 1823, comandada pelo português Joaquim Estanislau Barbosa, com
destino ao Havre. Após um motim durante a viagem, pararam em Vigo, na Espanha,
a 12 de fevereiro, e quase foram apresados por navios portugueses, escapando
graças à intervenção do cônsul da Inglaterra, que o procurou a bordo. Seguiram
por terra para Corunha, e de barco para Bordéus, onde desembarcaram a 5 de
julho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Exílio e retorno<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Banido,
José Bonifácio foi residir em Talence, a quatro quilômetros de Bordéus, com sua
família. Viveria no exílio dos 61 aos 66 anos. Martim Francisco e Antônio
Carlos moravam também em Bordéus. Neste período renasceu nele o trabalhador
intelectual, o homem de estudos. E a "solidão do campo", como
escreveu a amigos, lhe trouxe "a mania antiga de poeta". Traduziu
Virgílio e Píndaro, compôs, e em 1825, sob o pseudônimo arcádico de Américo
Elísio, publicou em Bordéus as Poesias avulsas, gastando nisso 500 francos. Não
era bom poeta, nem poeta original.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
notícias do Brasil não o podiam deixar contente. D. Pedro I, a 25 de março de
1824, outorgada a Carta Constitucional, fora implacável ao abafar o movimento
revolucionário do Nordeste, conhecido como Confederação do Equador, nascido da
dissolução da Assembleia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">"O partido português havia
assumido tal importância em setembro de 1824 que o mais leve sinal de
inteligência num ministro brasileiro o derrubaria. Todos os oficiais do
palácio, as mulheres inclusive são portugueses ou franco-lusitanos."<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Preocupavam-no
sobretudo as negociações para o reconhecimento da independência, com Portugal e
a Inglaterra, que se arrastaram até agosto de 1825. O fato de o Brasil aceitar
pagar dois milhões de esterlinas a Portugal lhe pareceu mais uma "carta de
alforria" do que o reconhecimento. Foi impiedoso com D. João VI, a quem
chamou de "João Burro", e com D. Pedro, a quem comparou a Pedro
Malasartes. Considerava um insulto que D. Pedro tivesse outorgado a sua amante
Domitília de Castro e Canto Melo o título de Viscondessa de Santos, justamente
a cidade em que nascera.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
maio de 1826 foi instalada a primeira Assembleia Legislativa brasileira. D.
Pedro I não agiu imparcialmente na escolha dos senadores, nem se deveria esperar
isso dele. Morreu o rei D. João VI e D. Pedro lhe sucedera no trono português.
Porém, ele outorgou uma Carta, decretando anistia geral e abdicando em favor de
sua filha D. Maria da Glória, futura D. Maria II. Enquanto isso, a devassa
aberta contra os Andradas se eternizava em São Paulo, avançando até 1828, e
José Bonifácio permanecia em Bordéus. Neste período foi duas vezes votado como
deputado pela Bahia. Antônio Carlos e Martim Francisco conseguiram autorização
para o regresso e deixaram Bordéus a 26 de abril de 1828, sendo recolhidos à
Fortaleza da Ilha das Cobras, no Rio, a 4 de julho, e a 6 de setembro de 1828
lograram absolvição e liberdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
1829 foi permitido a José Bonifácio retornar ao Brasil. Chegou ao Rio de
Janeiro a 23 de julho, carregando o cadáver da esposa, morta na viagem. O
ministro do Império era seu adversário José Clemente Pereira, e o dos
Estrangeiros o marquês de Aracati, seu companheiro no governo provisório de São
Paulo e depois também adversário. A situação política não era das melhores,
pois o imperador não se entendia com o Poder Legislativo, não escolhia
ministros que desfrutassem do apoio dos deputados, entre os quais havia quem
quisesse estabelecer o parlamentarismo à inglesa. O Primeiro Reinado vinha se
caracterizando por uma constante instabilidade política e social. José
Bonifácio teria grandes dúvidas sobre a campanha liberal dirigida por Bernardo
Pereira de Vasconcelos, Evaristo da Veiga e outros. Generoso, perdoava ao que
chamava por vezes o Rapazinho, e D. Pedro o recebeu com alegria. Com o marquês
de Barbacena, que desembarcara no Rio em 16 de outubro de 1829 trazendo a nova
imperatriz D. Amélia de Leuchtenberg, sempre se entendera bem. Mas seus
inimigos não o deixavam descansar e, já em março de 1830, foi acusado de estar
metido em uma conspiração republicana, como insinuou o Diário Fluminense. Vivia
então retirado na ilha de Paquetá.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Tutor dos príncipes<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Com
a abdicação de D. Pedro I em 7 de abril de 1831, José Bonifácio foi por ele
nomeado tutor de seu filho de cinco anos, o futuro D. Pedro II. Mau marido, o
imperador foi um pai dedicado e enternecido - e de todos os filhos, legítimos
ou não. O imperador assinou um decreto em que nomeava "tutor dos meus
amados e prezados filhos ao muito probo, honrado e patriótico cidadão José
Bonifácio de Andrada e Silva, meu verdadeiro amigo". No dia 8 de abril,
José Bonifácio foi ao palácio da Boa Vista visitar os pupilos. Tinha 68 anos e
seu temperamento e seu feitio não prometiam um tutor ideal. Ainda apareceria na
Câmara dos Deputados, pois era suplente de Honorato José de Barros Paim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Prestou
juramento perante o Senado como tutor eleito pela Assembleia a 19 de agosto de
1831. A lei de 12 de agosto de 1831 regulava suas funções, e não lhe cabia
senão nomear mestres e mordomos. Manteve Luís Aleixo Boulanger para lhes
ensinar escrita, primeiras letras e geografia; o cônego Renato Pedro Boiret
para mestre de francês; Simplício Rodrigues de Sá, de desenho; Lourenço
Lacombe, de dança; Fortunato Mazzioti, de música. Acabou brigando com D.
Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho, a quem os príncipes consideravam
uma segunda mãe, e que não teria pequena parte na campanha movida contra ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Logo
se tornou suspeito ao governo. O ministro da Justiça Diogo Antônio Feijó, que
abafara dois graves levantes armados no Rio em 1831 e 1832, se convenceu de que
José Bonifácio tivera parte no último, e o acusou formalmente. Em 1833, o
grande temor era a volta de D. Pedro I, a restauração, um golpe
"caramuru". Antônio Carlos fora mesmo à Europa para convencê-lo a
retornar. A Aurora Fluminense, de Evaristo da Veiga, acusava o tutor de falta
de compostura, comentando dois bailes dados no paço. Finalmente, José Bonifácio
foi suspenso do cargo pelo decreto de 14 de dezembro de 1833, por ato cujo
verdadeiro autor era o ministro da Justiça Aureliano Coutinho, depois visconde
de Sepetiba, que escreveu à D. Mariana de Verna: <i>"Parabéns, minha senhora. Custou, mas demos com o colosso em
terra".<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eles
estavam enganados; José Bonifácio resistiu, com energia a diversos juízes de
paz que foram ao paço levar seu decreto de suspensão, pois não o considerava
legal. E escreveu ao ministro do Império: "Cederei à força, que não a
tenho". Para arrancá-lo, mobilizou-se a tropa e foi lavrada contra ele
ordem de prisão. O governo prendeu-o em casa, na ilha de Paquetá. Em seu lugar
foi nomeado Manuel Inácio de Andrade Souto Maior Pinto Coelho, o marquês de
Itanhaém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Segundo
Maria Graham, uma inglesa contemporânea, não havia lugar em que se pudesse passar
meia hora com mais prazer e proveito do que na família "deste
ex-ministro". <i>"Sua mulher é de
origem irlandesa, uma O'Leary, senhora da maior amabilidade e gentileza,
realmente admiradora do valor e do talento do marido. (…) Mas é o próprio José
Bonifácio que me desperta maior interesse. É um homem pequeno, de rosto magro e
pálido. Suas maneiras e sua conversa impressionam logo o interlocutor com a
ideia daquela atividade incansável e que mais parece consumir o corpo em que
habita. (…) via-se logo que era muito popular entre a gente pequena. Para
comigo, como estrangeira, foi da maior cerimônia ainda que delicadamente
polido, e conversou sobre todos os assuntos e de todos os países."</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José
Bonifácio abandonou a vida política e passou o restante de seus dias em
reclusão, em sua casa na ilha de Paquetá, dentro da Baía de Guanabara. Morreu
ali perto, em Niterói, aos 75 anos. Seu cadáver, embalsamado, foi levado três
dias depois para o Rio de Janeiro, depositado na Igreja da Ordem Terceira de
Nossa Senhora do Carmo, onde ficou exposto até o dia 25 de abril. Nessa data,
sua filha D. Gabriela Frederica Ribeiro de Andrada o levou para Santos,
sepultando-o na capela-mor da Igreja Nossa Senhora do Carmo, segundo disposição
testamentária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Deixou
poucos bens, mas sua biblioteca contava com seis mil volumes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Gabriela
Frederica e os filhos (filha de José Bonifácio, casou-se com o tio Martim
Francisco)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Atualmente,
os seus restos mortais jazem ao lado dos despojos de seus ilustres irmãos,
Antônio Carlos, Martim Francisco e o padre Patrício Manuel, num monumento
situado em Santos, na Praça Barão do Rio Branco 16, denominado Panteão dos
Andradas, inaugurado no dia 7 de setembro de 1923.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José
Bonifácio casou em Lisboa em 31 de janeiro de 1790, na igreja de Nossa Senhora
da Lapa, com uma senhora irlandesa, Narcisa Emília O'Leary, que lhe deu duas
filhas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para josé bonifácio" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNz9_dZ-cl1BNBn7sGznOVxmeVHP7tx8xfT1EifH-YE8um5Vzi22TveR4iq3lmgZqbaGjTyJd0PbFns8mpELsxQO4wTXqBjDbecJ-mPRfVIild_EvUKOIYoMrv0ETDomeRChIsTfGqzW4/s320/jose+bonifacio+-+biografia+-+blog+do+IBA+MENDES.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="250" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">A figura de José
Bonifácio no Monumento da </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Independência, </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">de autoria do escultor Ettore Ximenez, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">que se ergueu nos anos 20 na "Colina do Ipiranga",</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Filhas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Carlota
Emília, que casou com Alexandre Antônio Vandelli, auxiliar do sogro desde 1813
na Intendência-Geral das Minas e Metais e na Academia das Ciências.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Gabriela
Frederica Ribeiro de Andrada que, em 15 de novembro de 1820, casou em Santos
com seu tio, Martim Francisco Ribeiro de Andrada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Voltando
ao Brasil trouxe uma filha bastarda, Narcisa Cândida, assim batizada em
homenagem à esposa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A Maçonaria<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">José
Bonifácio, teve lugar de destaque na história da Maçonaria do Brasil como um
dos principais fundadores. Foi o primeiro Grão-Mestre do Grande Oriente do
Brasil sendo empossado em 19 de julho de 1822, cargo o qual exerceu por duas
oportunidades. Exerceu ainda o cargo de Soberano Grande Comendador do Supremo
Conselho que é a mais alta hierarquia, responsável pelos maiores graus da Ordem
Maçônica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Obras<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sobre
as minas de carvão-de-pedra em Portugal, publicado no Patriota, Rio de Janeiro,
1813<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Há
terrenos que pelo arado não dão fruto, mas sendo cavados com o picão sustentam
mais do que se fossem férteis, memória, publicada no Patriota, Rio de Janeiro,
1813<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Experiências
químicas sobre a quina do Rio de Janeiro, comparada com outras, 1814<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Memória
minerográfica da serra que decorre de Santa Justa até Santa Comba e suas
vizinhanças na província do Minho, Museu Paulista, Coleção José Bonifácio, Doc.
290, 1814-1815<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sobre
a necessidade e utilidade do plantio de novos bosques em Portugal,
particularmente de pinhais nos areais de beira-mar; seu método de sementeira,
custeamento e administração, 1815<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
primavera, 1815<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Memória
sobre a nova mina de ouro da outra banda do Tejo, chamada Príncipe Regente,
1817<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Memória
sobre as pesquisas e lavra dos veios de chumbo de Chacim, Souto, Ventozello, e
Villar de Rey na província de Trás-os-Montes, 1818<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">História
da Academia Real das Ciências de Lisboa, para o ano de 1818, discurso histórico
recitado na sessão de 24 de junho de 1818<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Memória
econômica e metalúrgica, sobre a fábrica de ferro em Sorocaba, que visitaria
por segunda vez em 1821, com duras críticas à "má administração antiga e
nova", aos "abusos e ladroeiras", o que iria suscitar a má
vontade, a ira e a vingança do filho do diretor, o historiador Varnhagen, 1820<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Poesias
avulsas, 1825<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Memória
minerográfica sobre o distrito metalífero entre os rios Alva e Zêzere, Museu
Paulista, Coleção José Bonifácio, Doc. 291., s/d<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-9414046567908072162016-08-29T13:06:00.000-07:002016-09-09T21:39:16.375-07:00Astecas<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Resultado de imagem para astecas" height="125" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyddejw9q18ejqh3w12DJPikuXSEHScOkrRSb5c5KS1hi6KY0KCrCeXvdqO5md7wxncQBZouq16laCf6nhND6PKg5sJ9f6IcY2D24DX9vk9G3XkvJb6wdKNuq1Q-a84BNLowsv8xWbk5g/s200/125837_Papel-de-Parede-Calendario-asteca_1680x1050.jpg" width="200" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
povos <b>astecas</b> eram certos grupos
étnicos da região central do atual México, em particular os grupos que falavam
a língua náuatle e que dominaram grande parte da Mesoamérica entre os séculos
XIV e XVI. As palavras em náuatle aztecatl (singular) e aztecah (plural) significam
"povos de Aztlán", um lugar mitológico para a cultura de língua
náuatle e mais tarde adotado como termo definidor da própria cultura. </span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Muitas
vezes o termo "asteca" refere-se exclusivamente aos povos astecas da
cidade de Tenochtitlan (hoje o local da Cidade do México), que localizava-se em
uma ilha no antigo lago Texcoco e que se referiam a si mesmos como Mexica
Tenochca ou Cōlhuah Mexicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Às
vezes o termo também inclui os habitantes das duas principais cidades-Estado
aliadas de Tenochtitlan: Texcoco, dos acolhuas, e Tlacopan, dos tepanecas, que
juntamente com os astecas formavam a Tríplice Aliança Asteca, que controlava o
que é muitas vezes conhecido como Império Asteca. Em outros contextos, a
palavra asteca pode referir-se a todas as várias cidades-Estados e seus povos,
que partilhavam grande parte de sua história e traços culturais étnicos com os
astecas e que muitas vezes também usavam o idioma náuatle como língua franca.
Neste sentido, é possível falar de uma civilização asteca que inclui todos os
padrões culturais particulares comuns para a maioria dos povos que habitaram o
centro do México no fim do período pós-clássico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<img alt="Resultado de imagem para astecas" src="http://www.doismiledoze.com/wp-content/uploads/2007/08/astecas.jpg" height="240" width="320" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
partir do século XIII, o Vale do México era o coração da civilização asteca:
aqui a capital da Aliança Asteca, a cidade de Tenochtitlan, foi construída
sobre ilhotas levantadas sobre o lago Texcoco. A Tríplice Aliança formava um
império tributário que expandiu sua hegemonia política para além do Vale do
México, conquistando outras cidades-Estado em toda a Mesoamérica. No seu auge,
a cultura asteca teve tradições mitológicas e religiosas ricas e complexas, bem
como atingiu notáveis realizações arquitetônicas e artísticas. Em 1521, o
espanhol Hernán Cortés, juntamente com um grande número de aliados nativos
falantes da língua náuatle, conquistou Tenochtitlan e derrotou a Tríplice
Aliança Asteca, então sob a liderança de Moctezuma II. Posteriormente, o
espanhol fundou o novo assentamento da Cidade do México sobre o local das
ruínas da antiga capital asteca, de onde prosseguiu com o processo de
colonização da América Central.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para astecas" src="http://www.klickeducacao.com.br/Klick_Portal/Enciclopedia/images/As/1868/755.jpg" height="219" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Guerreiros
astecas esculpidos na pedra<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
cultura e história asteca são conhecidas principalmente por meio de evidências
arqueológicas encontradas em escavações, tais como a do famoso Templo Mayor na
Cidade do México; códices de papel nativos; através de relatos de testemunhas
oculares por conquistadores espanhóis, como Hernán Cortés e Bernal Díaz del
Castillo; e, especialmente, a partir de descrições do século XVI e XVII de
cultura e história asteca escritos por clérigos espanhóis e astecas
alfabetizados na língua espanhola ou náuatle, como o famoso Códice Florentino,
compilado pelo monge franciscano Bernardino de Sahagún com a ajuda de informantes
astecas nativos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
controle político do populoso e fértil vale do México ficou confuso após 1100.
Gradualmente, os astecas, uma tribo do norte, assumiram o poder depois de 1200.
Os astecas eram um povo indígena da América do Norte, pertencente ao grupo
nahua. Os astecas também podem ser chamados de mexicas (daí México). Migraram
para o vale do México (ou Anahuác) no princípio do século XIII e assentaram-se,
inicialmente, na maior ilha do lago de Texcoco (depois todo drenado pelos
espanhóis), seguindo instruções de seus deuses para se fixarem onde vissem uma
águia pousada em um cacto, devorando uma cobra.A partir dessa base formaram uma
aliança com duas outras cidades – Texcoco e Tlacopán – contra Atzcapotzalco,
derrotaram-no e continuaram a conquistar outras cidades do vale durante o
século XV, quando controlavam todo o centro do México como um Império ou
Confederação Asteca, cuja base econômico-política era o modo de produção
tributário. No princípio do século XVI, seus domínios se estendiam de costa a
costa, tendo ao norte os desertos e ao sul o território maia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para astecas" src="http://www.klepsidra.net/klepsidra6/pictografia.jpg" height="216" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pictografia asteca</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
astecas, que atingiram alto grau de sofisticação tecnológica e cultural, eram
governados por uma monarquia eletiva, e organizavam-se em diversas classes
sociais, tais como nobres, sacerdotes, guerreiros, comerciantes e escravos,
além de possuírem uma escrita pictográfica e dois calendários (astronômico e
litúrgico).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ao
estudar a cultura asteca, deve-se prestar especial atenção a três aspectos: a
religião, que demandava sacrifícios humanos em larga escala, particularmente ao
deus da guerra, Huitzilopochtli; a tecnologia avançada, como a utilização
eficiente das chinampas (ilhas artificiais construídas no lago, com canais
divisórios) e a vasta rede de comércio e sistema de administração tributária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
império asteca era formado por uma organização complexa que os sobrepôs
militarmente a diversos povos e comunidades na Mesoamérica. Os astecas possuíam
uma superioridade cultural e isso justificaria seu controle político sobre as
inúmeras comunidades nestas regiões, o que era argumentado por eles mesmos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
período anterior à sua expansão, os astecas estavam no mesmo estágio cultural
de seus vizinhos de outras etnias. Por um processo muito específico, numa
expansão rápida, passaram a subjugar, dominar e tributar os povos das
redondezas, outrora seus iguais. É importante lembrar estes aspectos pelo fato
de terem se tornado dominantes por uma expansão militar, e não por uma suposta
sofisticação cultural própria e autônoma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Apesar
de sacrifícios humanos serem uma prática constante e muito antiga na
Mesoamérica, os astecas se destacaram por fazer deles um pilar de sua sociedade
e religião. Segundo mitos astecas, sangue humano era necessário ao sol, como
alimento, para que o astro pudesse nascer a cada dia. Sacrifícios humanos eram
realizados em grande escala; algumas centenas em um dia só não era incomum. Os
corações eram arrancados de vítimas vivas, e levantados ao céu em honra aos
deuses. Os sacrifícios eram conduzidos do alto de pirâmides para estar perto
dos deuses e o sangue escorria pelos degraus. A economia asteca estava baseada
primordialmente no milho, e as pessoas acreditavam que as colheitas dependiam
de provisão regular de sangue por meio dos sacrifícios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante
os tempos de paz, "guerras" eram realizadas como campeonatos de
coragem e de habilidades de guerreiros, e com o intuito de capturar mais
vítimas. Eles lutavam com clavas de madeira para mutilar e atordoar, e não
matar. Quando lutavam para matar, colocava-se nas clavas uma lâmina de
obsidiana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Conquista do Império Asteca<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sua
civilização teve um fim abrupto com a chegada dos espanhóis no começo do século
XVI. Tornaram-se aliados de Cortés em 1519. O governante asteca Moctezuma II
considerou o conquistador espanhol a personificação do deus Quetzalcóatl, e não
soube avaliar o perigo que seu reino corria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ele
recebeu Cortés amigavelmente, mas posteriormente o tlatoani foi tomado como
refém. Em 1520 houve uma revolta asteca e Moctezuma II foi assassinado. Seu
sucessor, Cuauhtémoc (filho do irmão de Montezuma), o último governante asteca,
resistiu aos invasores, mas em 1521 Cortés sitiou Tenochtitlán e subjugou o
império. Muitos povos não-astecas, submetidos à Confederação, se uniram aos
conquistadores contra os astecas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sociedade<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
sociedade asteca era rigidamente dividida. O grupo social dos pipiltin
(nobreza) era formada pela família real, sacerdotes, chefes de grupos
guerreiros — como os Jaguares e as Águias — e chefes dos calpulli. Podiam
participar também alguns plebeus (macehualtin) que tivessem realizado algum ato
extraordinário. Tomar chocolate quente (xocoatl) era um privilégio da nobreza.
O resto da população era constituída de lavradores e artesãos. Havia, também,
escravos (tlacotin).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para astecas" height="240" src="https://c2.staticflickr.com/4/3039/2666382862_89c7554f43.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pirâmides
astecas em Teotihuacán<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Havia,
na ordem, começando do plano mais baixo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Escravos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">maceualli
ou calpulli (membro do clã)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">artesãos
e comerciantes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">pochtecas
(grandes comerciantes)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">sacerdotes,
dignitários civis e militares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Seus
principais centros urbanos eram Tenochtitlán, Coatepec, Chapultepec,
Itzapalapa, Iztapam, Tlacopán, Coyotepec e Texcoco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sacrifício humano na cultura
asteca<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Eram
politeístas (acreditavam em vários deuses) e acreditavam que se o sangue humano
não fosse oferecido ao Sol, a "engrenagem" do mundo deixaria de
funcionar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/53/Codex_Magliabechiano_%28141_cropped%29.jpg/800px-Codex_Magliabechiano_%28141_cropped%29.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="303" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sacrifício
humano representado no Códice Magliabechiano<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
sacrifícios eram dedicados a:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Huitzilopochtli
ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado em uma pedra por quatro sacerdotes,
e um quinto sacerdote extraía, com uma faca, o coração do guerreiro vivo para
alimentar seu deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Tlaloc:
anualmente eram sacrificadas crianças no cume da montanha. Acreditava-se que
quanto mais as crianças chorassem, mais chuva o deus proveria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
deus mais venerado era Quetzalcóatl, a serpente emplumada. Os sacerdotes
formavam um poderoso grupo social, encarregado de orientar a educação dos
nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais. A religiosidade asteca
incluía a prática de sacrifícios. Segundo o divulgado pelos conquistadores o
derramamento de sangue e a oferenda do coração de animais e de seres humanos
eram ritos imprescindíveis para satisfazer os deuses.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Há
referências a um deus sem face, invisível e impalpável, desprovido de história
mítica para quem o rei de Texoco, Nezaucoyoatl, mandou fazer um templo sem
ídolos, apenas uma torre. Esse rei o definia como "aquele, graças a quem
nós vivemos".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Governo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Império Asteca foi um exemplo de um império que governava por meios indiretos.
Como a maioria dos impérios europeus, o asteca era etnicamente muito diverso,
mas ao contrário da maioria dos impérios do Velho Mundo, o Império asteca era
mais um sistema de tributos do que um único sistema de governo. No quadro
teórico de sistemas imperiais postulado por Alexander J. Motyl, o Império
Asteca é considerado um império informal ou hegemônico, porque não exercia
autoridade suprema sobre as terras conquistadas; esperava apenas que os
tributos fossem pagos. Era também um império descontínuo, porque nem todos os
territórios dominados estavam conectados; por exemplo, as zonas sul periféricas
de Xoconochco não estavam em contato direto com o centro. A natureza hegemônica
do império pode ser vista no fato de que, geralmente, os governantes locais
eram restaurados a suas posições de poder originais, uma vez que sua
cidade-Estado fosse conquistada, e os astecas não interferiam nos assuntos
locais desde que os pagamentos de tributos fossem feitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Embora
a forma de governo seja muitas vezes referida como império, de fato a maioria
das áreas dentro do império eram organizados como cidades-Estados, conhecidas
como altepetl em náuatle. Eram pequenas unidades políticas governadas por um
rei (tlatoani) de uma dinastia legítima. O período asteca inicial foi um
momento de crescimento e competição entre as altepetl. Mesmo depois que o
império se formou (1428) e começou o seu programa de expansão através da
conquista, as altepetl permaneceram com a forma dominante de organização em
nível local. O papel eficiente das altepetl como uma unidade política regional,
foi o grande responsável pelo sucesso de forma hegemônica de controle do
império.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Imperador<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
imperadores astecas em língua Nahuatl eram chamados Hueyi Tlatoani ("O
Grande Orador"), termo também usado para designar os governantes das
altepetl (cidades). Os imperadores astecas foram os maiores responsáveis tanto
pelo crescimento do império, como para a decadência do mesmo. Ahuizotl, por
exemplo, foi ao mesmo tempo o imperador mais cruel e o responsável pela maior
expansão do império. Já Montezuma II (ou Moctezuma II), tendo sido um imperador
justo e pacifico, foi também fraco em suas decisões, permitindo que os
espanhóis entrassem em seus domínios, mesmo após a circulação de histórias de
que estes teriam massacrado tribos, abalando fatalmente a solidez de seu
império, e finalmente degenerando na sua extinção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
sucessão dos imperadores astecas não era hereditária de pai para filho, sendo
estes eleitos por um consenso entre os membros da nobreza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Acamapichitli
(1376–1395)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Huitzilíhuitl
(1395–1417)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Chimalpopoca
(1417–1427)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Itzcóatl
(1427-1440)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Montezuma
I (1440-1469)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Axayacatl
(1469-1481)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Tízoc
(1481-1486)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ahuizotl
(1486-1502)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Montezuma
II (1502-1520)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Cuitláhuac
(1520)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Cuauhtémoc
(1520-1521)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para astecas" src="http://www.jornalcaicara.com.br/wp-content/uploads/2016/07/zuma.jpg" height="320" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="185" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: small; text-align: justify;">Montezuma II</span></td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Economia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
economia asteca pode ser dividida em um setor político, sob o controle de
nobres e reis, e um setor comercial que operava independentemente do setor
político. O setor político da economia era centrado no controle da terra e do
trabalho por reis e nobres. Os nobres possuíam toda a terra e os plebeus tinham
acesso a terras agrícolas e outras áreas através de uma variedade de arranjos,
de aluguel através de um sistema de servidão até a escravidão. Esses pagamentos
de plebeus a nobres apoiavam os estilos de vida luxuosos da alta nobreza e as
finanças das cidades-Estados. Muitos bens de luxo eram produzidos para o
consumo dos nobres. Os produtores de arte plumária, esculturas, joias e outros
artigos de luxo eram especialistas plebeus em tempo integral que trabalhavam
para patronos nobres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
setor comercial da economia vários tipos de dinheiro estavam em uso regular.
Pequenas compras eram feitas com grãos de cacau, que tinham de ser importados
de áreas de várzea. Em mercados astecas , um pequeno coelho valia 30 grãos e um
ovo de peru custava 3 grãos. Para compras maiores, eram utilizados comprimentos
padronizados de pano de algodão chamados quachtli. Havia diferentes graus de
quachtli, variando em valor 65 a 300 grãos de cacau. Uma fonte afirmou que 20
quachtli poderia sustentar um plebeu por um ano na cidade de Tenochtitlan. Um
homem também poderia vender a própria filha como escrava sexual ou para um
futuro sacrifício religioso, geralmente, por cerca de 500 a 700 grãos de cacau.
Uma pequena estátua de ouro, de cerca de 0,62 kg custava 250 grãos. O dinheiro
era usado principalmente em muitos mercados periódicos que eram realizadas em
cada cidade. Uma típica cidade teria um mercado semanal (a cada 5 dias),
enquanto cidades maiores tinham mercados abertos todos os dias. Hernan Cortés
relatou que o mercado central de Tlatelolco, cidade-irmã de Tenochtitlan, era
frequentado por 60 mil pessoas diariamente. Alguns vendedores nos mercados eram
pequenos fornecedores; agricultores podiam vender alguns de seus produtos, oleiros
vendiam seus navios e assim por diante. Outros vendedores eram comerciantes
profissionais que viajavam de mercado em mercado buscando lucros. O pochtecas
eram comerciantes especializados organizados em alianças exclusivas. Eles
faziam longas expedições a todas as regiões da América Central e serviam como
juízes e supervisores do mercado de Tlatelolco. Embora a economia do México
asteca fosse comercializado (com seu uso de dinheiro, mercados e comerciantes)
a terra e o trabalho não eram mercadorias para venda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Medicina<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
antropologia médica situa o conhecimento mítico-religioso como forma de
racionalidade médica se este se constitui como um sistema lógico e teoricamente
estruturado, que preencha como condições necessárias e suficientes os seguintes
elementos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Uma
morfologia (concepção anatômica);<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Uma
dinâmica vital ( "fisiologia");<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Um
sistema de diagnósticos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Um
sistema de intervenções terapêuticas;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Uma
doutrina médica (cosmologia)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Pelo
menos parcialmente, o sistema asteca preenche tais requisitos. Apresenta-se
como teoricamente estruturado, com formação específica (o aprendizado das
diversas funções da classe sacerdotal), o relativo conhecimento de anatomia
(comparado com sistemas etnomédicos de índios dos desertos americanos ou
florestas tropicais) em função, talvez, da prática de sacrifícios humanos mas
não necessariamente dependente dessa condição. Há evidências que soldavam
fraturas e punham talas em ossos quebrados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
dinâmica vital da relação tonal (tonalli) – nagual (naualli) ou explicações do
efeito de plantas medicinais são pouco conhecidos, contudo o sistema de
intervenções terapêuticas através de plantas medicinais, dietas e ritos são
evidentes. A doutrina médica tradicional por sua vez, também não é bem
conhecida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No
sistema diagnóstico encontramos quatro causas básicas: Introdução de corpo
estranho por feitiçaria; Agressões sofridas ao duplo (nagual); Agressões ou
perda do tonal; e influências nefastas de espíritos (ares).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
relação a esse conjunto de patologias, os deuses representavam simultaneamente
uma categoria de análise de causa e possibilidade de intervenção por sua
intercessão. Tlaloc estava associado aos ares e doenças do frio e da pele
(úlceras e lepra) e hidropsia; Ciuapipiltin às convulsões e paralisia;
Tlazolteotl às doenças do amor que inclusive causavam a morte (tlazolmiquiztli
); Ixtlilton curava as crianças; Lume, ajudava as parturientes; Xipe Totec era
o responsável pelas oftalmias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Plantas e técnicas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
tabaco e o incenso vegetal (copalli) estava presente em suas práticas. Seus
ticitl (médicos feiticeiros) em nome dos deuses realizavam ritos de cura com
plantas que contém substâncias enteógenas ( Lophophora williamsii ou peiote;
Psylocybe mexicana, Stropharia cubensis - cogumelos com psilocibina; Ipomoea
violacea e Rivea corymbosa - ololiuhqui) que ensinam a causa das doenças,
mostram a presença de tonal (tonalli), e agressões infligidas ao duplo animal
ou nagual (naualli) os casos de enfeitiçamento ou castigo dos deuses.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Entre
os remédios mais conhecidos estava a alimentação dos doentes com dietas a base
de milho e ervas tais como: passiflora (quanenepilli), o bálsamo-do-peru
(Myroxylon peruiferum L. f.), a raiz de jalapa, a salsaparrilha (iztacpatli / psoralea)
a valeriana o cihuapahtli ou zoapatle (Montanoa tomentosa), empregado como
auxiliar do trabalho de parto com seu princípio ativo análogo à ocitocina
associado à purhépecha (Manzanilla - Matricaria recutita L.) ou equivalente,
com suas propriedades sedativas, entre centenas de outras registradas em
códices escritos dos quais nos sobraram fragmentos.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-25535807329529186612016-08-22T17:38:00.000-07:002016-08-22T17:42:33.200-07:00O Parque Nacional Serra da Capivara<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
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style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="200" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pedra Furada - Parque Nacional da Serra<br />
da Capivara</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O Parque Nacional Serra da
Capivara</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> é uma
unidade de conservação brasileira de proteção integral à natureza localizada
nos municípios piauienses de <b>Canto do
Buriti, Coronel José Dias, São João do Piauí e São Raimundo Nonato.</b></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
parque foi criado através do decreto de nº 83.548, emitido pela Presidência da
República em 5 de junho de 1979, com a finalidade de proteger um dos mais
importantes exemplares do patrimônio pré-histórico do país. Originalmente com
100 000 hectares, a proteção do Parque foi ampliada pelo decreto de nº 99.143
de 12 de março de 1990 com a criação de Áreas de Preservação Permanentes de 35
000 hectares. A administração da unidade está a cargo do Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="134" src="https://www.researchgate.net/profile/Jean_Granat/publication/242552027/figure/fig1/AS:298487695593486@1448176420829/Fig-1-Mapa-do-Piaui-Paisagem-da-area-arqueologica-do-Parque-Nacional-Serra-da.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Mapa do
Piauí. Paisagem da área arqueológica<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
do Parque Nacional Serra da Capivara.<o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Parque Nacional Serra da Capivara é uma unidade de conservação arqueológico com
uma riqueza de vestígios que se conservaram durante milênios. O patrimônio
cultural e os ecossistemas locais estão intimamente ligados, pois a conservação
do primeiro depende do equilíbrio desses ecossistemas. O equilíbrio entre os
recursos naturais é o condicionante na conservação dos recursos culturais e foi
o que orientou o zoneamento, a gestão e o uso do Parque pelo poder público.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="156" src="https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTjWtYX3UePWc07fj-ZXnXd1dajJnE6TP-THN_wKib9hl5ggXz9" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Monumento
natural da pedra furada<o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">É
um local com vários atrativos, monumental museu a céu aberto, entre belíssimas
formações rochosas, onde encontram sítios arqueológicos e paleontológicos
espetaculares, que testemunham a presença de humanos e animais pré-históricos.
O parque nacional foi criado graças, em grande parte, ao trabalho da arqueóloga
<b>Niéde Guidon</b>, que hoje dirige a
Fundação Museu do Homem Americano, instituição responsável pelo manejo do
parque.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="320" src="https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQqcsVrNipLp_m_84dkbnDKnKqwmdbRfJMe1H8O4BXeyDR3diaQ" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="200" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Pesquisadora
e <span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">Presidente
da Fundação</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"> Museu do </span><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%; text-align: center;">Homem Americano-</span><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%; text-align: center;"> Niède Guidon</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Área
de maior concentração de sítios pré-históricos do continente americano e
Patrimônio Cultural da Humanidade - UNESCO. Contém a maior quantidade de
pinturas rupestres do mundo. Estudos científicos confirmam que a Serra da
Capivara foi densamente povoada em períodos pré–históricos. Os artefatos
encontrados apresentam vestígios do homem há 50.000 anos, os mais antigos
registros na América.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Parque Nacional Serra da Capivara se localiza no Estado do Piauí, ao Sudeste.
Possui vários sítios arqueológicos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="210" src="https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRSVSEOevWZAi2LdMXiCluicG79QpB0olZhlxpwHJN9SQD9M65i" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
atividades
gráficas rupestres<o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Existem
atualmente 737 sítios arqueológicos catalogados onde foram encontrados
artefatos líticos, esqueletos humanos, pinturas rupestres com aproximadamente
30.000 figuras coloridas, que representam cenas de sexo, de dança, de parto,
entre outras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Ao
longo de 14 trilhas e 64 sítios arqueológicos abertos à visitação, encontramos
tesouros, como os pedaços de cerâmicas mais antigos das Américas, de 8.960
anos. No circuito dos Veadinhos Azuis, podemos encontrar quatro sítios com
pinturas azuis, a primeira desta cor descoberta no mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Situado
em uma região de clima semiárido, fronteira entre duas grandes formações
geológicas - a Bacia Sedimentar Maranhão-Piauí e a Depressão Periférica do rio
São Francisco -, seu relevo é formado por serras, vales e planícies. É o único
Parque Nacional do domínio morfoclimático das caatingas, o que ressalta a
necessidade de conservação e restauração da flora. O Parque abriga fauna e
flora específicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
Fundação Museu do Homem Americano, ao elaborar o Plano de Manejo do Parque,
estabeleceu uma política de proteção que inclui a integração da população
circunvizinha do parque às ações de preservação. Implantou um projeto de
desenvolvimento econômico e social que visa educar e preparar as comunidades
para que possam participar do mercado de trabalho que o parque está criando na
região: obras de infraestrutura, manejo e turismo ecológico e cultural.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
condições essenciais para a proteção do parque são a erradicação da miséria e
da fome e a criação de novas formas de trabalho alternativo. O Plano de Manejo
considera a população atual como um dos elementos dos ecossistemas a serem
preservados e propõe que o Parque Nacional seja o motor de criação de recursos
econômicos, em uma área onde a seca impiedosa limita a agricultura e a criação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
agosto de 2016, a arqueóloga Niède Guidon comunicou que deixará a presidência
da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham). A fundação encerrou suas
atividades manutenção, monitoramento e pesquisa científica, alegando que não há
mais recursos para manter o parque. O
parque continuará aberto sem controle de entrada dos turistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Patrimônio Cultural<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
pinturas rupestres são a manifestação mais abundante, notável e espetacular
deixada pelas populações pré-históricas que viveram na área do Parque Nacional,
desde épocas muito recuadas. Os três sítios que apresentaram as mais antigas
datações obtidas na área do Parque Nacional são abrigos-sob-rocha. Um
abrigo-sob-rocha forma-se pela ação da erosão que agindo na base dos paredões
rochosos vai desagregando a parte baixa das paredes fazendo com que se forme,
no alto, uma saliência. Esta funciona como um teto que protege do sol e da
chuva o solo que fica sob o mesmo. Com o progresso da erosão, a saliência
torna-se cada vez mais pronunciada até que, sob a ação da gravidade, fratura-se
e desmorona.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
homens utilizaram a parte protegida dos abrigos como casa, acampamento, local
de enterramentos e suporte para a representação gráfica da sua tradição oral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Sobre
os vestígios deixados por um grupo humano, a natureza depositava sedimentos que
os cobriam. Novos grupos, novos vestígios, nova sedimentação. A repetição desse
ciclo durante milênios forma as camadas arqueológicas, nas quais os arqueólogos
encontram todos os elementos que permitem a reconstituição da vida dos povos
pré-históricos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Patrimônio Natural<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="http://msalx.viajeaqui.abril.com.br/2012/08/03/1543/5tY2z/10-copy-8u.jpg?1344019433" height="197" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Baixão da
Pedra Furada, no Parque Nacional da Serra </span><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">da </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">Capivara, ...</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
Parque Nacional Serra da Capivara situa-se no domínio morfoclimático da
Caatinga, mas possui muitas matas de transição de Cerrado no seu limite norte.
A vegetação é formada por arbustos fracos, mas extremamente ramificados, com
galhos curtos e duros, com aspectos de espinhos. O tronco das árvores é liso,
as folhas pequenas e a folhagem é leve e deixa passar luz. A vegetação herbácea
geralmente desaparece fora da estação das chuvas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
“matas brancas” do nordeste do Brasil ou caatingas, como as chamavam os
nativos, são formações biogeográficas caracterizadas por plantas xeromórficas
(que perdem todas suas folhas na época seca). Ocupa 650.000 km² do Nordeste do
Brasil, exceto a faixa litorânea, dos quais apenas 0,1 % encontram-se
preservados legalmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="212" src="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTVgmZ5AGlJEOD0_bJGQ_Ib1mJVgDS0WtdjtGt9cpZmNJlUrrfc" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Macaco-prego
(Sapajus libidinosus). Macho adulto fotografado </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">no </span><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">Parque Nacional da Serra da
Capivara.</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">As
pesquisas realizadas no parque resultaram no registro de 33 espécies de
mamíferos não-voadores, 24 de morcegos, 208 espécies de aves, 19 de lagartos,
17 de serpentes e 17 de jias e sapos. No parque destaca-se o Mocó, único
mamífero endêmico da Caatinga. O maior predador de toda a região do parque é a onça-pintada,
que pode ultrapassar 50kg e se alimenta de outros vertebrados que pode
capturar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Turismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
maior atrativo do Parque é a densidade e diversidade de sítios arqueológicos
portadores de pinturas e gravuras rupestres pré-históricas. É um verdadeiro
Parque Arqueológico com um patrimônio cultural de tal riqueza que determinou
sua inclusão na Lista do Patrimônio Mundial pela UNESCO.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="http://s2.glbimg.com/QkWd1NH8d0Yoe7LCraKwp2kMYlA=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/08/13/aerea_capivara_i_baixa.jpg" height="240" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Serra da Capivara</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Durante
milênios as paredes dos sítios foram pintadas e gravadas por grupos humanos com
diferentes características culturais que se refletem nas escolhas gráficas que
aparecem nos sítios. O visitante pode hoje observar um produto gráfico final
que foi realizado gradativamente e que pela sua narratividade evoca fatos da
vida cotidiana e cerimonial da vida em épocas pré-históricas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
esse interesse antropológico se soma uma rara beleza e qualidade artística das
obras que apesar de traços similares às pinturas pré-históricas das cavernas da
França e da Espanha, abrigos sob rocha da Austrália, apresenta um perfil
típico, único na região do Nordeste do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desde
a colonização, a área hoje pertencente ao Parque Nacional Serra da Capivara foi
utilizada pelas populações que nela caçavam, plantavam e retiravam a madeira.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015tag:blogger.com,1999:blog-6771272316886110767.post-17146111638314859102016-08-21T14:35:00.000-07:002016-08-21T14:35:01.303-07:00Partido dos Panteras Negras<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVFehBvWt0jK0ol6akMCn8jQ-4die8cLhQYLkyDhhhuQmJk0M_M-6PVq-w14BedCaSY86XS6_xK7b3yI9URtg2GK2gL_d99w1klDMuW7Z5XaaxUWb7ypO7eMrg624OLEC2cG4Q0ApSIG0/s200/pantera.jpg" width="200" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O Partido dos Panteras Negras</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> (em inglês, Black Panther Party
ou BPP), originalmente denominado Partido Pantera Negra para Autodefesa (em
inglês, Black Panther Party for Self-Defense) foi uma organização política
extraparlamentar socialista revolucionária norte-americana e ligada ao
nacionalismo negro. Fundada em 1966, na cidade de Oakland, Califórnia, por <b>Huey Newton e Bobby Seale</b>, a
organização permaneceu ativa nos Estados Unidos até 1982.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A
finalidade original da organização era patrulhar guetos negros para proteger os
residentes dos atos de brutalidade da polícia. Posteriormente, os Panteras
Negras tornaram-se um grupo revolucionário marxista que defendia o armamento de
todos os negros, a isenção dos negros de pagamento de impostos e de todas as
sanções da chamada "América Branca", a libertação de todos os negros
da cadeia e o pagamento de indenizações aos negros por "séculos de
exploração branca". A ala mais radical do movimento defendia a luta
armada. Em seu pico, nos anos de 1960, o número de membros dos Panteras Negras
excedeu 2 mil, e a organização coordenou sedes nas principais cidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
confrontos entre os Panteras Negras e a polícia, nos anos de 1960 e nos anos de
1970, resultaram em vários tiroteios na Califórnia, em Nova Iorque e em
Chicago. Um desses confrontos resultou na prisão de Huey Newton por ter matado
um policial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<img height="218" src="http://www.doladodeca.com.br/v0/wp-content/uploads/2011/05/blackpantherAP_442532a.jpg" width="320" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Na
medida em que alguns membros da organização foram considerados culpados de atos
criminosos, o grupo passou a ser alvo de ataques violentos por parte da
polícia, o que suscitou investigações, no Congresso dos Estados Unidos, sobre a
repressão policial contra os Panteras. Em meados dos anos de 1970, a perda de
muitos membros e a queda da simpatia do público pelos líderes negros levaram a
uma mudança dos métodos da organização, que passou a se dedicar à atividade
política convencional e à prestação de serviços sociais às comunidades negras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Em
meados dos anos de 1980, a organização estava efetivamente desfeita. Segundo a
ex-militante Ericka Huggins, "o FBI quebrou os Panteras Negras. Acabar
conosco se tornou uma questão de honra, e nisso eles foram bastante
competentes". Em um único ano, afirmou ela, 28 membros dos Panteras Negras
foram assassinados, e vários outros foram presos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O Programa dos dez pontos (maio
de 1967)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O QUE QUEREMOS AGORA! EM QUE
ACREDITAMOS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Para
aquelas pobres almas que não conhecem a história dos negros, as crenças e os
desejos do Partido Pantera Negra para Autodefesa podem parecer absurdos. Para o
povo negro, os dez pontos são absolutamente essenciais para a sua
sobrevivência. Temos ouvido a frase revoltante "essas coisas levam
tempo" por 400 anos. O Partido Pantera Negra sabe o que o povo negro quer
e precisa. A unidade negra e a autodefesa tornarão essas demandas uma
realidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><b>O
QUE QUEREMOS</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Nós
queremos liberdade. Queremos poder para determinar o destino de nossa
comunidade negra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Queremos
desemprego zero para nosso povo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Queremos
o fim da ladroagem dos capitalistas brancos contra a comunidade negra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Queremos
casas decentes para abrigar seres humanos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">5.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Queremos
educação para nosso povo! Uma educação que exponha a verdadeira natureza da
decadência da sociedade americana. Queremos que seja ensinada a nossa
verdadeira história e nosso papel na sociedade atual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">6.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Queremos
que todos os homens negros sejam isentos do serviço militar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">7.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Queremos
um fim imediato da brutalidade policial e dos assassinatos de pessoas negras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">8.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Queremos
liberdade para todos os negros que estejam em prisões e cadeias federais,
estaduais, distritais ou municipais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">9.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Queremos
que todas as pessoas negras levadas a julgamento sejam julgadas por seus pares
ou por pessoas das suas comunidades negras, tal como definido pela Constituição
dos Estados Unidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">10.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Queremos terra, pão, moradia,
educação, roupas, justiça e paz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">EM QUE ACREDITAMOS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Acreditamos
que nós, o povo negro, não seremos livres enquanto não formos capazes de
determinar nosso destino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Acreditamos
que o governo federal é responsável e obrigado a dar a todos os homens e
mulheres emprego e garantir alguma forma de salário. Acreditamos que se os
homens de negócio, brancos e americanos, não quiserem dar emprego a todos,
então os meios de produção devem ser tomados deles e colocados a disposição da
comunidade para que as pessoas possam se organizar e empregar toda a gente,
garantindo um nível de vida de qualidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Acreditamos
que esse governo racista nos roubou, e agora exigimos um pagamento de sua
dívida de 40 hectares e duas mulas. Esse pagamento foi prometido há 100 anos
como restituição por todo o trabalho escravo e os assassinatos em massa do povo
negro. Nós iremos aceitar o pagamento em moeda corrente e ele será distribuído
por todas as nossas comunidades. Os alemães estão agora ajudando os judeus em
Israel pelo genocídio que realizaram contra aquele povo. Os alemães mataram 6 milhões
de judeus. Os americanos racistas foram parte do assassinato de mais de 50
milhões de pessoas negras; portanto, sentimos que essa é uma demanda bem
modesta que estamos fazendo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Acreditamos
que, se os donos de terras brancos não derem moradias decentes para a
comunidade negra, então as terras e as casas devem ser conseguidas através de
cooperativas de modo que nossa comunidade, com a ajuda do governo, possa
construir casas decentes para seu povo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">5.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Acreditamos
em um sistema educacional que dê ao nosso povo o conhecimento de si próprio. Se
uma pessoa não tem conhecimento de si mesma e de sua posição na sociedade e no
mundo, essa pessoa terá pouca chance de se relacionar com qualquer outra coisa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">6.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Acreditamos
que o povo negro não pode ser forçado a lutar no serviço militar para defender
um governo racista que não nos protege. Nós não vamos lutar nem matar outras
pessoas de cor no mundo que, como o povo negro, estão sendo vitimizadas pelo
governo americano branco e racista. Nós vamos nos proteger da força e da violência
dessa polícia racista e desse exército racista, usando todos os meios
necessários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">7.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Acreditamos
que podemos acabar com a brutalidade policial em nossa comunidade negra
organizando grupos negros de auto-defesa dedicados a defender nossa comunidade negra
da opressão e brutalidade da polícia racista. A Segunda Emenda à Constituição
dos Estados Unidos nos dá o direito de portar armas. Portanto, nós acreditamos
que todo o povo negro deva se armar para auto-defesa.'<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">8.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Acreditamos
que todos os negros devam ser libertados das várias prisões e cadeias, porque
não tiveram julgamento justo e imparcial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">9.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Acreditamos
que os tribunais devam seguir a Constituição dos Estados Unidos para que o povo
negro receba julgamentos justos. A 14ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos
[6]dá a toda pessoa o direito de ser julgada por seus pares. Um par é uma
pessoa de origem econômica, social, religiosa, geográfica, ambiental, histórica
e racial similar. Para dar cumprimento a isso, o tribunal teria que compor um
júri com elementos da comunidade negra, quando o réu fosse negro. Nós temos
sido e estamos sendo julgados por júris totalmente compostos por brancos, que
não têm nenhuma compreensão do que seja o "pensamento médio" da
comunidade negra .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">10.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Quando, no curso dos acontecimentos
humanos, torna-se necessário a um povo dissolver os laços políticos que o
ligavam a outro e assumir, entre os poderes da Terra, uma posição separada e
igual àquela que as leis da natureza e de Deus lhe atribuíram, o digno respeito
às opiniões dos homens exige que se declarem as causas que o impelem a essa
separação. Acreditamos que essas verdades sejam evidentes, que todos os homens
são criados de maneira igual, que eles foram dotados por seu Criador de certos
direitos inalienáveis, dentre os quais estão a vida, a liberdade e a busca por
felicidade. Que, para assegurar esses direitos, governos são instituídos entre
os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados - que,
quando qualquer forma de governo se torna destrutiva desses fins, é direito do
povo alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais
princípios e organizando os seus poderes da forma que ao povo pareça mais
conveniente para sua segurança e felicidade. A prudência, de fato, recomenda
que os governos instituídos há muito tempo não sejam alterados por motivos
fúteis e temporários; e, segundo a experiência tem demonstrado, as pessoas
preferem sofrer, enquanto os males são suportáveis, a corrigir a injustiça,
abolindo as formas às quais estão acostumados. Mas, quando uma longa série de
abusos e usurpações, voltadas invariavelmente ao mesmo objetivo, indica o
desígnio de submeter as pessoas ao despotismo absoluto, é um direito delas, um
dever delas, abolir tal governo e instituir novos guardiães para a sua segurança
futura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Protesto nas Olimpíadas de 1968<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Na
Olimpíada da Cidade do México, Tommie Smith e John Carlos, dois atletas
afro-americanos, medalhistas dos EUA, fizeram a saudação do black power (braço
estendido com o punho enluvado e fechado) durante a cerimônia de premiação da
modalidade, após vencerem os 200 metros rasos. Por seu gesto, uma clara
manifestação política, os dois atletas foram banidos dos Jogos pelo Comitê
Olímpico Internacional (COI).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="320" src="http://www.odiario.info/b2-img/pANteras1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="215" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Esq.
p/ dir: Norman, Smith e Carlos na famosa</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> foto na Cidade do México 68.<o:p></o:p></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">O
punho erguido (raised fist) é um símbolo do Black Panther Party. Reinaldo,
Eusébio e Sócrates (futebolista), todos ex-jogadores de futebol, também
comemoravam seus gols com o braço erguido e o punho fechado.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03947864460667199492noreply@blogger.comGaranhuns, PE, Brasil-8.8828551000000022 -36.496896600000014-8.9456076000000024 -36.577577600000012 -8.820102600000002 -36.416215600000015