Crise e desgaste da Monarquia - o sistema
monárquico não correspondia mais aos anseios da população e às necessidades
sociais que estava em processo. Um sistema em que houvesse mais liberdades
econômicas, mais democracia e menos autoritarismo era desejado por grande parte
da população urbana do país.
Forte interferência de D. Pedro II nas
questões religiosas, que provocou atritos com a Igreja Católica.
A Igreja, setor de grande influência
ideológica, também passou a engrossar a fila daqueles que maldiziam o poder
imperial. Tudo isso devido à crise nas relações entre os clérigos e Dom Pedro
II. Naquela época, de acordo com a constituição do país, a Igreja era
subordinada ao Estado por meio do regime de padroado. Nesse regime, o imperador
tinha o poder de nomear padres bispos e cardeais. Em 1864, o Vaticano resolveu proibir a
existência de párocos ligados à maçonaria. Valendo-se do regime do padroado,
Dom Pedro II, que era maçom, desacatou a ordem papal e repudiou aqueles que
seguiram as ordens do papa Pio IX. Mesmo anulando as punições dirigidas aos
bispos fiéis ao papa, D. Pedro II foi declarado autoritário e infiel ao
cristianismo.
Censura imposta pelo regime monárquico aos
militares. O descontentamento dos militares brasileiros também ocorria em
função dos rumores de corrupção existentes na corte.
Ao mesmo tempo, alguns representantes do
poder militar do Brasil começaram a ganhar certa relevância política. Com a
vitória na Guerra do Paraguai, o oficialato alcançou prestígio e muitos jovens
de classes médias e populares passaram a ingressar no Exército. As instituições
militares dessa época também foram influenciadas pelo pensamento positivista,
que defendia a “ordem” como caminho indispensável para o “progresso”. Desta forma,
os oficiais – que já se julgavam uma classe desprestigiada pelo poder imperial
– compreendiam que o rigor e a organização dos militares poderiam ser úteis na
resolução dos problemas do país.
Os militares passaram a se opor
ferrenhamente a Dom Pedro II, chegando a repudiar ordens imperiais e realizar
críticas ao governo nos meios de comunicação. Em 1873, foram criados o Partido
Republicano e o Partido Republicano Paulista. Aproximando-se dos militares
insatisfeitos, os republicanos organizaram o golpe de Estado contra a
monarquia.
Classe média e profissionais liberais
desejavam mais liberdade política, por isso muitos aderiram ao movimento
republicano, que defendia o fim da Monarquia e implantação da República.
Falta de apoio da elite agrária ao regime
monárquico, pois seus integrantes queriam mais poder político.Fortalecimento do movimento republicano,
principalmente nas grandes cidades do Sudeste.
A Proclamação:
Na capital brasileira (cidade do Rio de
Janeiro) em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca liderou um
golpe militar que derrubou a Monarquia e instaurou a República Federativa e
Presidencialista no Brasil. No mesmo dia
foi instaurado o governo provisório em que o Marechal Deodoro da Fonseca
assumiu a presidência da República.