Na Europa
De fato, a data
de 28 de Dezembro de 1895, é especial no que refere ao cinema, e sua história.
Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os Irmãos Lumière fizeram uma
apresentação pública dos produtos de seu invento ao qual chamaram
Cinematógrafo.
O evento causou comoção nos 33 presentes, a notícia se alastrou e, em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria o mundo e faria nascer uma indústria multibilionária. O filme exibido foi L'Arrivée d'un Train à La Ciotat.
O evento causou comoção nos 33 presentes, a notícia se alastrou e, em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria o mundo e faria nascer uma indústria multibilionária. O filme exibido foi L'Arrivée d'un Train à La Ciotat.
A primeira
sessão pública foi rápida e barata. Por 1 franco cada, 33 assentos foram
ocupados por cerca de 20 minutos no subsolo de um café em Paris. Sete anos
depois, com as trucagens do francês Georges Mèliés, o cinema virou arte.

1920
Expressionismo Alemão
Sombras, loucura
e grotesco são os atores principais do cinema alemão. O movimento tenta
representar o clima pós-guerra que toma conta do país e dura até a ascensão de
Hitler, que proibiu as artes “degeneradas” e apostou no cinema-propaganda,
afugentando grandes diretores do país. Filmes: Metrópolis (Fritz Lang),
Nosferatu (F.W. Murnau), O Gabinete do Dr. Caligari (Robert Wiene).
Fritz Lang |
Avant-Garde Francesa
Artistas das
vanguardas plásticas trazem inovações às telas. Para não perder nenhum detalhe
de grandes paisagens, o excêntrico Abel Gance coloca 3 câmeras lado a lado. Na
hora da exibição, usa 3 projetores, inaugurando o formato de tela conhecido
hoje. Filmes: O Cão Andaluz (Luis Buñuel e Salvador Dali), A Concha e o Clérigo
(Germaine Dulac), Napoleão (Abel Gance).
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Luis Buñuel |
Experimentalismo Soviético
A falta de
película nas faculdades de Moscou leva estudantes de cinema a descobrir a
montagem: usando vários pedaços de filmes famosos e a justaposição de imagens,
criam uma nova obra. Influenciados pela Revolução Russa, fazem um cinema
ideológico, sem perder o impacto visual. Filmes: O Encouraçado Potemkin (Sergei
Eisenstein), Um Homem com uma Câmera (Dziga-Vertov).
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Sergei Eisenstein |
1940
Neo-Realismo Italiano
Temas sociais,
atores não-profissionais e gravações fora de estúdio. Por levar a realidade do
pós-guerra ao cinema com custos tão baixos, os italianos se tornam referência e
influenciam diversos diretores, entre eles, o brasileiro Glauber Rocha. Filmes:
Ladrões de Bicicleta (Vittorio De Sica), Roma, Cidade Aberta (Roberto
Rosselini), A Terra Treme (Luchino Visconti).
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Roberto Rosselini |
Década de 1950: Ingmar Bergman
Memória, psique
e dores existenciais são temas tão presentes na sua filmografia, que acabaram
se tornando personagens de sua obra.
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Ingmar Bergman |
Nouvelle Vague
Cansados dos
mesmos filmes, críticos da conceituada revista francesa Cahiers du Cinema
decidem colocar a mão na massa. Ou melhor, a câmera nos ombros. A nova onda usa
a seu favor as dificuldades técnicas para contar histórias simples, criando um
estilo único. Filmes: Acossado (Jean-Luc Godard), Os Incompreendidos (François
Truffaut).
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Jean-Luc Godard |
Década de 1980: Pedro Almodóvar
Com linguagem
televisiva, beirando o folhetim, Almodóvar costura a sua filmografia de toques
biográficos com o tema recorrente do desejo.
Pedro Almodóvar |
1990
Dogma 95
Quatro diretores
dinamarqueses se reúnem e criam 10 regras para fazer um cinema puro, simples e
sem gênero. Entre elas, ausência de trilha sonora, de luz artificial e de
efeitos especiais. O chamado Manifesto Dogma reforça a ideia de que qualquer um
pode fazer cinema e cria seguidores pelo mundo. Filmes: Festa de Família
(Thomas Vintenberg), Os Idiotas (Lars Von Trier).
Thomas Vintenberg |
Nos EUA
Ironicamente, a
milionária indústria cinematográfica americana foi fundada por produtores
independentes. Em 1912, eles deixaram Nova Jersey para fugir da guerra judicial
promovida por Thomas Edison, que detinha as patentes dos equipamentos de
filmagem, e fundaram Hollywood.
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Thomas Edison |
1910
Cinema Mudo
Fãs dos
melodramas de Charles Dickens, os diretores D.W. Griffith e Charles Chaplin se
tornam os nomes do cinema mudo americano. Inaugurando a linguagem clássica, o
primeiro faz grandes filmes históricos. Já o segundo usa a comédia burlesca de
um vagabundo. Filmes: O Nascimento de uma Nação (D.W. Griffith), Vagabundo
(Charles Chaplin).
Charles Chaplin |
1930
Cinema de Gênero
Com o advento do
cinema falado, os produtores decidem fazer do som o personagem principal do
cinema. Musicais aparecem em massa e inauguram a época de ouro do cinema
americano. Mas Hollywood não vive só de músicas. A ingenuidade das comédias
românticas e as disputas de faroestes também preenchem as telas nessa década.
Filmes: A Mulher Faz o Homem (Frank Capra), No Tempo das Diligências (John
Ford), Picolino (Mark Sandrich).
Frank Capra |
Década de 1940: Orson Welles
Para irritar um
desafeto, Welles faz sua estreia no cinema. A rusga rendeu à sétima arte um dos
melhores filmes da história: Cidadão Kane.
Orson Welles |
1940
Noir
A violência e as
regras da máfia são exploradas nesse gênero, que teve forte influência da
literatura policial americana e da estética alemã dos anos 20. Por duas
décadas, o Noir – negro, em francês – mostrou crimes e perigosas paixões.
Filmes: À Beira do Abismo (Howard Hawks), Anatomia de um Crime (Otto Preminger),
Casablanca (Michael Curtiz).
Michael Curtiz |
1950
Exploitation
Ao pé da letra,
o termo quer dizer exploração. O gênero se refere aos chamados filmes B, feitos
com pouca grana e sem méritos artísticos. Baseado em literatura barata e
explorando sexo e sangue, o gênero é resgatado nos anos 70 e se populariza nos
anos 90, com os filmes de Quentim Tarantino. Filmes: Glen ou Glenda, Plano 9 do
Espaço Sideral (Ed Wood Jr.).
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Quentim Tarantino |
1970
Nova Geração
Capitaneados por
Francis Ford Coppola e saídos da faculdade, os jovens Martin Scorcese, Brian De
Palma, Steven Spielberg e George Lucas invadem Hollywood, trazendo muito lucro
aos estúdios com filmes em que a violência e a rebeldia são a tônica. Filmes: O
Poderoso Chefão I & II (Francis F. Coppola), Taxi Driver (Martin Scorcese),
Tubarão (Steven Spielberg).
Martin Scorcese |
2000/1990/1980
Blockbusters
Efeitos
especiais levam fantasia e imaginação de volta ao cinema. O resultado:
bilheterias astronômicas, sequências milionárias e o futuro da sétima arte. A
tecnologia, cada vez mais presente nos equipamentos e nas telas, permite até
driblar ataques de estrelismo, usando atores virtuais. Filmes: E.T. (Steven
Spielberg), Titanic (James Cameron), a trilogia Senhor dos Anéis (Peter
Jackson), as animações da Pixar.
Steven Spielberg |