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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Unificação da Itália

No decurso da segunda metade do século XIX, as grandes potências europeias procuraram estender a sua influência. Esta atitude imperialista foi, na maioria dos casos, precedida de movimentos de cariz nacionalista.

Entre os diversos Estados italianos, o mais capaz de liderar a unificação era o reino de Piemonte-Sardenha. O que ele tinha que os outros não tinham? Era o mais industrializado de todos. Além disso, seu regime era de monarquia constitucional. Lá, a burguesia era mais rica e livre para lutar.
As principais ações foram controladas pelo ministro de Piemonte, Cavour, latifundiário, banqueiro, dono de fábrica e economista. Em 1858, ele montou uma aliança com o imperador da França, Napoleão III, que também não simpatizava muito com os austríacos. A França tinha prometido ajudar Piemonte no caso de uma guerra contra a Áustria. A tal guerra começou em 1859. Apesar de a França ter retirado sei apoio com medo de uma intervenção da Prússia, que estava formando um grande exército, a Itália conseguiu vitórias importantes. A Lombardia passava a ser italiana, embora Veneza continuasse austríaca.
Enquanto essas coisas aconteciam, o sul da Itália também se mobilizava. O líder de lá não era um nobre como Cavour, mas um homem do povo chamado Giuseppe Garibaldi. Liderando um exército de camponeses que acreditavam numa unificação que lhes desse terras e direitos democráticos, Garibaldi derrotou o rei de Nápoles, um membro da dinastia francesa Bourbon.
As lutas contra a Áustria tinham estimulado os reinos de Toscana, Parma, Romanha e Módena a se unir ao reino de Piemonte. Em 1866, estourou uma guerra entre a Áustria e a Prússia. A Itália aproveitou e ficou do lado da Prússia. Assim eu a Áustria foi derrotada, Piemonte tratou logo de engolir Veneza.
As lutas prosseguiram e Garibaldi passou a controlar o sul da Itália. Entretanto, seu movimento não possuía força capaz de assumir o governo de todo o país. Assim, Garibaldi teve que reconhecer sua submissão diante do rei de Piemonte-Sardenha.
Quando estourou a guerra entre a França e a Prússia, em 1870, Cavour novamente botou a Itália apoiando o lado mais forte. No caso, os alemães prussianos. Os franceses tinham tropas sediadas em Roma pare que os italianos não tomassem posse dos territórios do papa. Diante da guerra com os prussianos, tiveram que se retirar. Então, o exército nacional italiano ocupou Roma e o papa, furioso, teve que aceitar o fim do seu poder. A luta da Itália deu certo. Naquele mesmo ano de 1870, ela completava sua unificação.