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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Quem foi Josef Stalin?

Josef Vissarionovitch Stalin (em russo: Иосиф Виссарионович Сталин; Gori, 18 de dezembro de 1878 — Moscou, 5 de março de 1953), nascido Iossif Vissarionovitch Djugashvili (em russo : Иосиф Виссарионович Джугашвили, translit. Ióssif Vissariónovitch, em georgiano: იოსებ ბესარიონის ძე ჯუღაშვილი, transliterado Iosseb Bessarionis dze Djuğashvili).
Foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comitê Central a partir de 1922 até a sua morte em 1953, sendo assim o líder da União Soviética.

Sob a liderança de Stalin, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e passou a atingir o estatuto de superpotência, após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético. Durante esse período, o país também expandiu seu território para um tamanho semelhante ao do antigo Império Russo. Apesar dos progressos e avanços conquistados, o regime de Stalin também foi marcado por violações constantes de direitos humanos, massacres, expurgos e execuções extrajudiciais de milhares de pessoas. Estima-se que entre 20 e 60 milhões de pessoas tenham morrido durante seus trinta anos de governo.

Durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, o sucessor de Stalin, Nikita Khrushchov, apresentou seu Discurso secreto oficialmente chamado "Do culto à personalidade e suas consequências", a partir do qual iniciou-se um processo de "desestalinização" da União Soviética. Ainda hoje existem diversas perspectivas ao redor de Stalin e seu governo, alguns o vendo como ditador tirano e outros como líder habilidoso.

Biografia

Nascido em uma pequena cabana na cidade georgiana de Gori, filho da costureira Ketevan Geladze (1858-1937) e do sapateiro Besarion Jughashvili (1849 ou 1850 - 1909), o jovem Stalin teve uma infância difícil e infeliz.

Chegou a estudar em um colégio religioso de Tiflis, capital georgiana, para satisfazer os anseios de sua mãe, que queria vê-lo seminarista.

Mas logo acabou enveredando pelas atividades revolucionárias contra o regime tzarista. Na juventude, adotou o nome Koba, mas também era conhecido como David, Nijeradze, Chijikov, Ivanovitch e, antes da I Guerra Mundial, mudou seu nome definitivamente para Stalin (homem de aço). Era portador de defeitos físicos (seu pé esquerdo era defeituoso e o braço esquerdo era mais curto que o direito) por este motivo, foi dispensado do serviço militar, não lutando na guerra.

Nos anos de 1901 e 1902, tornou-se membro em Tíflis, em comitês de Batumi do POSDR. Em 1901, depois de uma manifestação organizada por ele e reprimida violentamente pelas autoridades, tentou sem sucesso eleger-se líder do já combalido Partido Operário Social-Democrata Russo de Tíflis. Neste mesmo ano, foi expulso do partido de forma unânime pelos Mencheviques, acusado de caluniador e agente provocador. Em 1901, Stalin, enquanto na clandestinidade, organizava greves e manifestações, agitando os trabalhadores em Baku nas fábricas de Alexander Mantáshev. Em 1903, aliou-se a Vladimir Lenin e aos outros Bolcheviques, que planejavam a Revolução Russa.

Entre 1902 e 1913 foi preso seis vezes, fugindo 4 vezes, em 1906 a 1907 supervisionou as desapropriações no Cáucaso. Segundo alguns historiadores organizou assaltos, sendo acusado de participar indiretamente na "expropriação do banco de Tíflis em 1907" na qual 40 pessoas foram mortas, responsável direto foi o revolucionário Kamó sendo Stalin "Koba" acusado de envolvimento por uma Menchevique Tatiana Vulikh, de acordo com o livro de Simon Sebag Montefiore.

Stalin é fichado na prisão em 1908


Supostas acusações de Mencheviques indicam que Stálin seria um agente da polícia secreta tzarista (Okhrana), o que explicaria suas várias fugas da prisão. Sob diversos codinomes, trabalharia como agente duplo para o regime tzarista.

Stalin chegou ao posto de secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética entre 1922 e 1953 e, por conseguinte, o chefe de Estado da URSS durante cerca de um quarto de século, transformando o país numa superpotência.

Antes da Revolução Russa de 1917, Stalin era o editor do jornal do partido, o Pravda ("A Verdade"), jornal que foi fundado por Leon Trotsky como uma publicação social-democrata e editado em Viena até o dia 12 de abril de 1912, quando passou a ser editado em São Petersburgo e a sua edição sendo efetivamente controlada por dia por Molotov e Stalin antes de sua prisão em março de 1913. Stalin teve uma ascensão rápida, tornando-se em novembro de 1922 o Secretário-geral do Comitê Central, um cargo que lhe deu bases para ascender aos mais altos poderes. Após a morte de Lenin, em 1924, tornou-se a figura dominante da política soviética – embora Lenin o considerasse inapto para um cargo de comando, ele ignorava a astúcia de Stalin, cujo talento quase inigualável para as alianças políticas lhe rendera tantos aliados quanto inimigos. Seus epítetos eram "Guia Genial dos Povos" e "O Pai dos Povos".

Lênin elogiaria Stalin pela sua obra O Marxismo e o Problema Nacional e Colonial. Nessa obra Stalin estabelecia os fundamentos do programa nacional do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), e citava os problemas nacionalistas de conflitos interétnicos, de lutas nacionais e revolucionárias na Rússia da época, e que a Democracia formal ajudava, cujo parlamento era o principal.

Lenin e Salin

De acordo com Alan Bullock, uma discordância com Stalin em qualquer assunto tornava-se não uma questão de oposição política, mas um crime capital, uma prova, ipso facto, de participação em uma conspiração criminosa envolvendo traição e a intenção de derrubar o regime Soviético.

Lenin sofreu um derrame em 1922, forçando-o a semi-aposentadoria em Gorki. Stalin foi visitá-lo diversas vezes, agindo como seu intermediário com o mundo exterior, mas a dupla brigou devido divergências políticas e sua relação deteriorou-se. Lenin ditou cada vez mais notas depreciativas sobre o comportamento político de Stalin no que se tornaria seu testamento. Ele criticou a visão política de Stalin, as maneiras rudes, o poder excessivo e ambição, e sugeriu que Stalin deveria ser removido do cargo de Secretário Geral.

Durante a semi-aposentadoria de Lenin, Stalin forjou uma aliança com Kamenev e Grigory Zinoviev contra Trotski. Esses aliados impediram o testamento de Lenin de ser lido no XII Congresso do Partido, em abril de 1923.



Lenin morreu de um ataque cardíaco em 21 de janeiro de 1924. Após a morte de Lenin, uma luta pelo poder começou, que envolveu os sete membros do Politburo: Nikolai Bukharin, Lev Kamenev, Alexei Rykov, Joseph Stalin, Mikhail Tomsky, Leon Trotsky, Grigory Zinoviev.

Novamente, Kamenev e Zinoviev ajudaram a manter o testamento de Lenin de vir a público. A partir daí, as disputas de Stalin com Kamenev e Zinoviev se intensificaram. Trotsky, Kamenev e Zinoviev ficaram cada vez mais isolados, e acabaram sendo expulsos do Comitê Central e, em seguida, do próprio partido. Kamenev e Zinoviev foram posteriormente readmitido, mas Trotsky foi exilado da União Soviética.

A "Grande Purga" ou "Grande Expurgo"

Em 1928 iniciou um programa de industrialização intensiva e de coletivização da agricultura soviética (plano quinquenal), impondo uma grande reorganização social e provocando a fome - genocídio na Ucrânia (Holodomor), em 1932 - 1933. Esta fome foi imposta ao povo ucraniano pelo regime soviético, tendo causado um mínimo de 4,5 milhões de mortes na Ucrânia, além de 3 milhões de vítimas noutras regiões da U.R.S.S. Nos anos 1930 consolidou a sua posição através de uma política de modernização da indústria. Como arquiteto do sistema político soviético, criou uma poderosa estrutura militar e de policiamento. Mandou prender e deportar opositores, ao mesmo tempo que cultivava o culto da personalidade como arma ideológica.

A ação persecutória de Stalin, supõe-se, estendeu-se mesmo a território estrangeiro, uma vez que o assassinato de Leon Trótski, então exilado no México é creditado a ele. Por mais que Trótski tomasse todas as providências para proteger-se de agentes secretos, Ramón Mercader, membro do Partido dos Comunistas da Catalunha, foi para o México e conseguiu ganhar a confiança do dissidente, para executá-lo com um golpe de picareta. No momento do assassinato, Trótski escrevia uma biografia reveladora sobre Stalin. Esta seria uma das motivações para o crime, uma vez que o dirigente soviético desejava ocultar seu passado pré-revolucionário.

Desconfiando que as reformas econômicas que implantara produziam descontentamento entre a população, Stalin dedicou-se, nos anos 1930, a consolidar seu poder pessoal. Tratou de expulsar toda a oposição política. Se alguém lhe parecesse indesejável desse ponto de vista, ele se encarregava de desacreditá-lo perante a opinião pública.

Em 1934, Sergei Kirov, principal líder do Partido Comunista em Leningrado - e tido como sucessor presuntivo de Stalin - foi assassinado por um anônimo, Nikolaev, de forma até agora obscura; muitos consideram até hoje que Stalin não teria sido estranho a este assassinato. Seja como for, Stalin utilizou o assassinato como pretexto imediato para uma série de repressões que passaram para a história como o "Grande Expurgo". No dia 1 de dezembro de 2009 foi divulgado um diário de Nikolaev. Segundo a qual se supôs, que Nikolaev decidiu se vingar de sua demissão feita por Kirov do Instituto de História Party, depois que ele ficou desempregado.

Estes deram-se no período entre 1934 e 1938 no qual Stalin concedeu tratamento duro a todos que tramassem contra o Estado soviético, ou mesmo supostos inimigos do Estado. Entre os alvos mais destacados dessa ação, estava o Exército Vermelho: parte de seus oficiais acima da patente de major foi presa, inclusive treze dos quinze generais-de-exército. Entre estes, Mikhail Tukhachevsky foi uma de suas mais famosas vítimas. Sofreu a acusação de ser agente do serviço secreto alemão. Com base em documentos entregues por Reinhard Heydrich, chefe do Serviço de Segurança das SS, Tukhachevsky foi executado, além de deportar muitos outros para a Sibéria. Com isso foi enfraquecido o comando militar soviético; ou seja, Stalin acreditou nas informações de Heydrich, e sua atitude acabou debilitando a estrutura militar russa, que no entanto conseguiu resistir ao ataque das tropas da Alemanha.

O principal instrumento de perseguição foi a NKVD. De acordo com Alan Bullock, o uso de espancamentos e tortura era comum, um fato francamente admitido por Khrushchev em seu famoso discurso posterior à morte de Stalin, onde ele citou uma circular de Stalin para os secretários regionais em 1939, confirmando que isto tinha sido autorizado pelo Comitê Central em 1937.

Depurações

Nikolai Yezhov chefe da NKVD no período 1936-38, foi também vítima do stalinismo em 1940. Este é o detalhe de uma fotografia maior onde Yezhov aparece ao lado de Stalin. Posteriormente, a fotografia original foi adulterada para remover sua imagem. Como Chefe da NKVD, ele assinou um decreto que levou ao fuzilamento de 681.000 pessoas no período mais intenso conhecido como "a era Yezhov". Tinha como objetivo a eliminação de supostos inimigos do governo. Milhares de cidadãos entre eles políticos e militares foram presos, torturados e condenados a morte.

A condenação dos contra-revolucionários nos julgamentos de 1937-38 depois das depurações no Partido, exército e no aparelho estatal, tem raízes na história inicial do movimento revolucionário da Rússia.

Milhões de pessoas participaram no quê acreditavam ser uma batalha contra o czar e a burguesia. Ao ver que a vitória seria inevitável, muitas pessoas entraram para o partido. Entretanto nem todos haviam se tornado bolcheviques porque concordavam com o socialismo. A luta de classes era tal que muitas vezes não havia tempo nem possibilidades para pôr à prova os novos militantes. Até mesmo militantes de outros partidos inimigos dos bolcheviques foram aceitos depois triunfo da revolução. Para uma parcela desses novos militantes foram dados cargos importantes no Partido, Estado e Forças Armadas, tudo dependendo da sua capacidade individual para conduzir a luta de classes.

Eram tempos muito difíceis para o jovem Estado soviético e a grande falta de comunistas, ou simplesmente de pessoas que soubessem ler, o Partido era obrigado a não fazer grandes exigências no que diz respeito à qualidade dos novos militantes. De todos estes problemas formou-se com o tempo uma contradição que dividiu o Partido em dois campos - de um lado os que queriam reduzir o socialismo para atuação de fortalecimento da URSS, ou seja, socialismo em um só país, por outro lado, aqueles que defendiam a ideia de que o socialismo deveria ser espalhado por todo o mundo e que a URSS não deveria se limitar a si própria. A origem destas últimas ideias vinha de Trótski, que foi caçado por Stálin após assumir o poder da URSS.

Trótski foi com o tempo obtendo apoio de alguns dos bolcheviques mais conhecidos. Esta oposição unida contra os ideais defendidas pelos marxistas - Stalinistas, eram uma das alternativas na votação partidária sobre a política a seguir pelo Partido, realizada em 27 de dezembro de 1927. Antes desta votação foi realizada uma grande discussão durante vários anos e não houve dúvida quanto ao resultado. Dos 725.000 votos, a oposição só obteve 6.000 - ou seja, menos de 1% dos militantes do Partido apoiaram a Oposição trotskista.

Deportações

Antes, durante e depois da Segunda Guerra, Stalin conduziu uma série de deportações em grande escala que acabaram por alterar o mapa étnico da União Soviética. Estima-se que entre 1941 e 1949 cerca de 3,3 milhões de pessoas foram deportadas para a Sibéria ou para repúblicas asiáticas. Separatismo, resistência/oposição ao governo soviético e colaboração com a invasão alemã eram alguns dos motivos oficiais para as deportações.

Durante o governo de Stalin os seguintes grupos étnicos foram completamente ou parcialmente deportados: ucranianos, polacos, coreanos, alemães, tchecos, lituanos, arménios, búlgaros, gregos, finlandeses, judeus entre outros. Os deportados eram transportados em condições espantosas, frequentemente em caminhões de gado, milhares de deportados morriam no caminho. Aqueles que sobreviviam eram mandados a Campos de Trabalho Forçado.

Em fevereiro de 1956, no XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, Nikita Khrushchov condenou as deportações promovidas por Stalin, em seu relatório secreto. Nesse momento começa a chamada desestalinização, que, de chofre, engloba todos os partidos comunistas do mundo. Na verdade, esta desestalinização foi a afirmação de que Stalin cometeu excessos graças ao culto à personalidade que fora promovido ao longo de sua carreira política. Para vários autores anticomunistas, teria sido somente neste sentido que teria havido desestalinização, porquanto o movimento comunista na URSS deu prosseguimento à prática stalinista sem a figura de Stalin. De fato, a desestalinização não alterou em nada o caráter unipartidário do estado soviético e o poder inconteste exercido pelo Partido e pelos seus órgãos de repressão, mas significou também o fim da repressão policial em massa (a internação maciça de presos políticos em campos de concentração sendo abandonada, muito embora os campos continuassem como parte do sistema penal, principalmente para presos comuns), a cassação de grande parte das sentenças stalinistas e o retorno e reintegração à vida quotidiana de grande massa de presos políticos e deportados. A repressão política, muito embora tenha continuado, não atingiu jamais, durante o restante da história soviética, os níveis de violência do stalinismo, principalmente porque foi abandonada a prática das purgas internas em massa no Partido. As deportações acabaram por influenciar o surgimento de movimentos separatistas nos estados bálticos, no Tartaristão e na Chechênia, até os dias de hoje.

Estimativas do número de vítimas

Antes do colapso da União Soviética em 1991, os investigadores que tentavam contabilizar o número de vítimas do regime estalinista produziram estimativas que oscilavam entre os 3 e 60 milhões. Após a dissolução da União Soviética, os arquivos históricos passaram a estar disponíveis para consulta. O número oficial de vítimas de execuções entre 1921 e 1953 foi de 799 455 pessoas ao qual se juntam 1,7 milhões de pessoas no gulag e 390 000 de deslocações forçadas. Isto corresponde a um número total de 2,9 milhões de vítimas em todas as categorias segundo os registos oficiais.

Os registos oficiais soviéticos não apresentam números detalhados para algumas categorias de vítimas, como as deportações étnicas ou a dos alemães no período pós-II guerra mundial. Eric D. Weitz afirmou que, "Por volta de 1948, de acordo com o Livro Negro do Comunismo, a taxa de mortalidade entre as 600 000 pessoas deportadas do Cáucaso entre 1943 e 1944 atingia os 25%. Entre as exclusões dos dados do NKVD estão o massacre de Katyn, massacres de prisioneiros nas áreas e os fuzilamentos em massa de desertores do Exército Vermelho em 1941. O NKVD executou 158 000 soldados por deserção durante a guerra e os destacamentos de bloqueio vários milhares. Além disso, as estatísticas oficiais da mortalidade nos gulag excluem as mortes de prisioneiros que tivessem ocorrido após a sua libertação, mas que fossem resultado das condições severas dos campos. Alguns historiadores acreditam que os números oficiais das categorias registadas pelas autoridades soviéticas são pouco fidedignos e incompletos.

Os historiadores que trabalharam com dados divulgados após o colapso da União Soviética estimaram que o total de vítimas esteja entre os 4 e os 10 milhões de pessoas, não incluindo aqueles que morreram nas grandes fomes. O historiador russo Vadim Erlikman, por exemplo, estima os seguintes valores de vítimas: 1,5 milhões por execução; 5 milhões nos gulag; 1,7 milhões nas deportações (de um total de 7,5 milhões deportados); e 1 milhão de prisioneiros de guerra e civis alemães. Alguns historiadores também incluem entre as vítimas da repressão de Estaline a morte de 6 a 8 milhões de pessoas na grande fome de 1932-1933. No entanto, esta categorização é controversa, uma vez que os historiadores divergem na questão desta fome ter sido deliberada, enquanto parte da campanha de repressão contra os kulaks, ou se se tratou apenas de um efeito colateral na luta pela coletivização forçada. No caso das vítimas da fome de 1932-33 serem incluídas, estima-se então que possam ser atribuídas ao regime de Estaline, no mínimo, 10 milhões de mortes – 6 milhões da fome e 4 milhões de outras causas.

Alguns historiadores recentes sugerem um total provável de 20 milhões de vítimas, citando totais de vítimas muito mais elevados a partir de execuções, gulags, deportações e outras causas. Se forem acrescentadas às estimativas de Erlikman os seis milhões de vítimas da fome de 1932-33, por exemplo, o total estimado de vítimas será de 15 a 17 milhões. Ao mesmo tempo, o investigador Robert Conquest, reviu a sua estimativa original de 30 para 20 milhões de vítimas. Conquest afirma também que, embora os números precisos possam nunca vir a ser conhecidos, pelo menos 15 milhões de pessoas foram executadas ou forçadas a trabalhar até à morte nos campos.

Entretanto, esses números devem ser maiores, pois os arquivos soviéticos são omissos em vários aspectos: por exemplo, eles não abrangem as várias Transferências populacionais na União Soviética. Esta é uma omissão relevante, pois, de acordo com Eric D. Weitz, a taxa mortalidade das mais de 600.000 pessoas deportadas do Cáucaso entre 1943 e 1944 chegava a 25%, o que acrescentaria mais 150.000 vítimas mortas.

Outros dados que não constam dos arquivos da NKVD incluem o controverso e famoso Massacre de Katyn, bem como diversos outros de menor repercussão em áreas ocupadas. Também não constam as execuções de desertores pela NKVD durante a guerra, que se estima em 158.000 execuções.

Além disso, as estatísticas oficiais de mortalidade nos Gulags excluem as mortes ocorridas logo após a libertação dos prisioneiros, mas cuja morte estava ligada ao tratamento recebido naqueles campos de trabalho forçado.

A ideia de que os arquivos guardados pelas autoridades soviéticas são incompletos e não refletem a totalidades das vítimas é apoiada por diversos historiadores, a exemplo de Robert Gellately e Simon Sebag Montefiore. Segundo eles, além dos registros não serem abrangentes, é altamente provável, por exemplo, que suspeitos presos e torturados até a morte durante investigações não sejam contabilizados como execução (não são contados como vítimas de pena de morte).

Após a extinção do regime comunista na União Soviética, historiadores passaram a estimar que, excluindo os que morreram por fome, entre 4-10 milhões de pessoas morreram sob o regime de Stalin. O escritor russo Vadim Erlikman, por exemplo, faz as seguintes estimativas:

Quantidade de pessoas
Razão da morte
1,5 milhão
Execução
5 milhões
Gulags
1,7 milhão
Deportados¹
1 milhão
Países ocupados²

¹ Erlikman estima um total de 7,5 milhões de deportados.
² Diz respeito aos mortos civis durante a ocupação russa.

Este total estimado de 9 milhões, para alguns pesquisadores, deve ainda ser somado a 6-8 milhões dos mortos na fome soviética de 1932-1933, episódios também conhecidos como Holodomor. Existe controvérsia entre historiadores a respeito desta fome ter sido ou não provocada deliberadamente por Stalin para suprimir opositores de seu regime. Muitos argumentam que a fome ocorreu por questões circunstanciais não desejadas por Stalin ou que foi uma consequência acidental de uma tentativa de forçar a coletivização naquelas áreas afetadas pela fome. Todavia, também existem argumentos no sentido contrário, de que a fome foi sim provocada por Stalin. Para a última corrente, uma prova de que a fome foi provocada seria o fato de que a exportação de grãos da União Soviética para a Alemanha Nazista aumentou consideravelmente no ano de 1933, o que provaria que havia alimento disponível. Esta versão da história é retratada pelo documentário The Soviet Story.

Sendo assim, se o número de vítimas da fome for incluído, chega-se a um número mínimo de 10 milhões de mortes (mínimo de 4 milhões de mortos por fome e mínimo de 6 milhões de mortos pelas demais causas expostas). No entanto, Steven Rosefielde tem como mais provável o número de 20 milhões de mortos, Simon Sebag Montefiores sugere número um pouco acima de 20 milhões, no que é acompanhado por Dmitri Volkogonov (autor de Stalin: Triunfo e Tragédia), Alexander Nikolaevich Yakovlev, Stéphane Courtois e Norman Naimark. O pesquisador Robert Conquest recentemente reviu sua estimativa original de 30 milhões de vítimas para cerca de 20 milhões, afirmando ainda ser muitíssimo pouco provável qualquer número abaixo de 15 milhões de vidas ceifadas pelo regime de Stalin.

Fome na Ucrânia

As políticas de fome lançadas sobre a Ucrânia, o chamado Holodomor, foi um genocídio implementado e arquitetado pelo governo soviético durante o regime de Stalin, mirando o povo ucraniano com fins políticos e sociais. As estimativas atuais do número de mortos pela fome na Ucrânia variam de 2,2 milhões de pessoas[85] [86] até 4 ou 5 milhões.

Em janeiro de 2010, uma corte ucraniana considerou Josef Stalin e outros líderes soviéticos culpados de genocídio por "organizar deliberadamente fomes na Ucrânia entre 1932 e 1933". Porém a corte não buscou outras atitudes devido ao fato "dos suspeitos já estarem mortos".

Gareth Jones, um jornalista galês, que foi um dos primeiros a divulgar o Holodomor, revelou a verdadeira extensão da fome e o fracasso do regime de Stalin para entregar alimentos a população, enquanto exportava grãos para outros países. Ele escreveu um relatório, que foi mal recebido por parte da imprensa, já que alguns intelectuais e jornalistas da época eram supostamente simpatizantes do Regime Soviético.

Em 31 de março de 1933, o New York Times publicou o depoimento de Jones reescrito por Walter Duranty confirmando que as mortes por doenças, devido à insuficiente nutrição, eram altas e que na Ucrânia, no norte do Cáucaso e na região do rio Volga havia escassez de alimentos, o titulo sensacionalista e irônico foi "Russos estão com fome, mas não estão famintos". Dois anos após o artigo ser publicado, Jones foi morto por bandidos chineses no interior da Mongólia - assassinado, que de acordo com sua família foi uma trama de Moscou para puni-lo.

Em 1987, Douglas Tottle, ativista sindical publicou um livro sobre o genocídio da fome soviética de 1932-1933 na Ucrânia, alegando que várias fotos publicadas originalmente nos anos de 1930 pela imprensa nazista eram fraudulentas e que tais fotos foram depois divulgados em artigos de jornais como Daily Express de 1934 e também em 1935 pelo Chicago American, sendo fotos da época da fome russa de 1921 e segundo o ativista sindical é propaganda de anticomunistas, ex-nazistas e de nacionalistas ucranianos, o livro foi editado em 1987, antes da extinção do regime comunista e da posterior abertura dos arquivos guardados pelas autoridades soviéticas que confirmaram o Holodomor. Atualmente há consenso dos historiadores, relativamente à natureza genocidária do Holodomor.

Atualmente, quase 40 países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Espanha e Argentina, reconhecem o Holodomor como um genocídio. Já o atual governo russo é sensível ao assunto e dificilmente emite notas oficiais a respeito.

O Pacto Ribbentrop-Molotov

Stalin foi caracterizado como sendo um antifascista, de acordo com o trabalho de diversos historiadores, tais como a historiadora polaco-americana e autora especialista na história polonesa e russa moderna Anna M. Cienciala, do historiador italiano Domenico Losurdo e do belga Ludo Martens. No início 1939, a União Soviética tentou formar uma aliança contra a Alemanha nazista com o Reino Unido, França, Polónia e Roménia, mas diversas dificuldades, incluindo a recusa da Polónia e da Roménia de permitir direitos de trânsito pelos seus territórios das tropas soviéticas, como parte de segurança coletiva, levaram ao fracasso das negociações.

Vice-Ministro das Relações Exteriores do Reino Unido Cadogan registrou em seu diário: "O primeiro-ministro (Chamberlain) afirmou que preferia renunciar a assinar uma aliança com os soviéticos." O slogan dos conservadores era naquela época: "Para viver, a Grã-Bretanha, o bolchevismo deve morrer."

Os soviéticos, com o fracasso das negociações, mudaram a sua posição anti-alemã. Portanto, em 23 de agosto de 1939, Stalin e Viatcheslav Molotov encontram-se com Joachim von Ribbentrop, Ministro das Relações exteriores da Alemanha Nazista, e é celebrado em Moscou um pacto entre a União Soviética e a Alemanha Nazista, pelo qual os dois países comprometeram-se a não se atacarem militarmente e não intervirem em caso de invasão a um terceiro. Este pacto de não-agressão ficou conhecido como Pacto Ribbentrop-Molotov, nome dos Ministros do Exterior alemão e soviético. O pacto incluía um "protocolo adicional secreto", hoje público, que traçava um esboço da divisão territorial posteriormente concretizada na Polônia (considerando os rios Vístula, San e Narew). Tendo a garantia de que a União Soviética não retaliaria, uma semana após a celebração do pacto, Adolf Hitler invadiu a Polônia e 16 dias depois ocorreu a Invasão Soviética da Polónia. Stalin esperava ganhar tempo e reorganizar a força industrial-militar da qual a União Soviética não poderia prescindir com vistas a um confronto com a Alemanha Nazista que para alguns sempre fora inevitável. E Hitler estava ansioso por evitar um confronto imediato com os soviéticos, pois naquele momento ocupar-se-ia de Reino Unido e França. O Pacto Molotov-Ribbentrop assegurou em setembro de 1939 a divisão do território polonês entre os nazistas e os soviéticos.

Mas a invasão da União Soviética pelas forças alemãs, em 1941, levou-o a aliar-se ao Reino Unido e depois aos Estados Unidos (após ataque a Pearl Harbor) durante a Segunda Guerra Mundial. Sob a sua ferrenha direção, o exército soviético conseguiu fazer recuar os invasores — não sem perdas humanas terríveis — e ocupar terras na Europa Oriental, contribuindo decisivamente para a derrota da Alemanha Nazista.

Churchill, Stalin, Harriman

Seus críticos, como Leon Trótski, este que não tinha relações próximas com a Alemanha Nazista, como escudo contra o socialismo soviético, denunciaram o pacto com o governo nazista como uma traição imperdoável e mais um dos crimes do stalinismo contra o movimento operário internacional.

Com a sua esfera de influência alargada à metade oriental da Europa, nos chamados Estados Operários, Stalin foi um personagem-chave do pós-guerra. Subjugando países como a República Democrática Alemã, Polônia, Tchecoslováquia, Bulgária, Hungria e a Roménia, estabeleceu a hegemonia soviética no Bloco de Leste e rivalizou com os Estados Unidos na liderança do mundo.

Stalin e religião

A relação de Stalin com a religião é complexa. Por um lado ele adotou a mesma posição que Lenin e Marx, segundo a qual a religião é um ópio que precisa ser removido a fim de que a sociedade comunista ideal possa ser construída. Neste sentido, Stalin promoveu o ateísmo nas escolas, a propaganda antirreligiosa massiva e editou leis contrárias a religião.

Segundo Pospielovsky, no final da década de 1930 era perigoso envolver-se publicamente com qualquer religião na União Soviética, pois havia uma "campanha de perseguição" movida contra estas.

A perseguição contínua aos religiosos durante a década de 30 resultou na quase extinção da Igreja Ortodoxa Russa: vários templos foram demolidos e cerca de 10.000 padres, monges e freiras foram perseguidos e executados. Estima-se ainda que mais de 100.000 religiosos foram mortos durante as purgas de 1937-1938.

Apesar de tudo isto, alguns historiadores, como Vladislav Zubok e Constantine Pleshakov, sugerem que "o ateísmo de Stalin manteve-se enraizado em alguma vaga ideia de Deus da natureza". Apontam como evidência disto vários fatos, por exemplo: Stalin reabriu as igrejas russas durante a Segunda Guerra Mundial seguindo um sinal que ele acreditava ter recebido dos céus. Ainda, Stalin nunca foi contra a religião fora da União Soviética e por várias vezes chegou a apoiar facções religiosas no exterior, como foi o caso dos separatistas muçulmanos de Uyghur Ili, que fundaram uma teocracia islâmica no Turquestão.

Morte

Na manhã de 1 de março de 1953, depois de um jantar que durou a noite toda e ter visto um filme, Stalin chegou à sua casa em Kuntsevo, a 15 km a oeste do centro de Moscovo com o Ministro do Interior, Lavrentiy Beria, e os futuros ministros Georgy Malenkov, Nikolai Bulganin e Nikita Khrushchev, retirando-se para o quarto para dormir. À tarde, Stalin não saiu do quarto.

Embora os seus guardas estranhassem que ele não se levantasse à hora usual, tinham ordens estritas para não o perturbar e deixaram-no sozinho o dia inteiro. À cerca das 22 horas Peter Lozgachev, o Commandante de Kuntsevo, entrou no quarto e viu Stalin caído de costas no chão perto da cama, com o pijama e ensopado em urina. Assustado, Lozgachev perguntou a Stalin o que aconteceu, mas só obteve respostas ininteligíveis. Lozgachev usou o telefone do quarto para chamar oficiais, dizendo-lhes que Stalin tinha tido um ataque e pedia que mandassem doutores para a residência de Kuntsevo imediatamente. Lavrentiy Beria foi informado e chegou algumas horas depois, mas os doutores só chegaram no início da manhã de 2 de março, mudando as roupas da cama e deitando-o. O acamado líder morreu quatro dias depois, em 5 de março de 1953, Stalin morreu de hemorragia cerebral (derrame), em circunstâncias ainda hoje pouco esclarecidas, com 74 anos de idade, sendo embalsamado a 9 de março. Avtorkhanov desenvolveu uma detalhada teoria, publicada inicialmente em 1976, apontando Beria como o principal suspeito de tê-lo envenenado. Todavia, outros historiadores ainda consideram que Stalin morreu de causas naturais.

Stalin no caixão

Nikita Khrushchov escreveu em suas memórias que, imediatamente após a morte de Stalin, Lavrenty Beria teria começado a "vomitar seu ódio (contra Stalin) e a zombá-lo", e que quando Stalin demonstrou sinais de consciência, Beria teria se colocado de joelhos e beijado as mãos de Stalin. No entanto, assim que Stalin ficou novamente inconsciente, Beria imediatamente teria se levantado e cuspido com nojo.

Em 2003, um grupo de historiadores russos e americanos anunciaram sua conclusão de que Stalin ingeriu varfarina, um poderoso veneno de rato que inibe a coagulação sanguínea e predispõe a vítima à hemorragia cerebral (derrame). Como a varfarina é insípida ela provavelmente teria sido o veneno utilizado. No entanto, os fatos exatos envolvendo a morte de Stalin provavelmente nunca serão conhecidos.

O período imediatamente anterior ao seu falecimento, nos meses de fevereiro-março de 1953, foi marcado por uma atividade febril de Stalin nos preparativos de uma nova onda de perseguições e campanhas repressivas, exceção até para os padrões da era stalinista. Tratava-se do conhecido complô dos médicos: em 3 de janeiro de 1953, foi anunciado que nove catedráticos de medicina, quase todos judeus e que tratavam dos membros da liderança soviética, tinham sido "desmascarados" como agentes da espionagem americana e britânica, membros de uma organização judaica internacional, e assassinos de importantes líderes soviéticos.

Tratava-se da preparação de um novo julgamento-espetáculo, desta vez com claros traços de antissemitismo, que certamente levaria a um pogrom nacional, e que implicaria, segundo Isaac Deutscher, na auto-destruição das próprias raízes ideológicas do regime, razão pela qual a morte de Stalin pareceu a muitos ter sido provocada pelos seus seguidores imediatos, claramente alarmados diante da iminente fascistização promovida por Stalin. O fato de que Beria estivesse alheio à preparação deste novo expurgo fez com que ele fosse apresentado como possível autor intelectual do suposto assassinato de Stalin; o fato é, no entanto, que Stalin era idoso e que sua saúde, desde o final da Segunda Guerra Mundial, era precária; aqueles que tiveram contato pessoal com ele nos seus últimos anos lembram-se do contraste entre sua imagem pública de ente semidivino e sua aparência real, devastada pela idade. Simon Sebag Montefiore considera que, apesar de Stalin haver recebido assistência atrasada para o derrame que o vitimaria, a tecnologia médica da época nada poderia fazer por ele em termos terapêuticos.

Seu corpo ficaria exposto no mesmo salão que Lenin até o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), realizado as portas fechadas em fevereiro de 1956, no qual Nikita Khrushchov, seu sucessor, denunciou no chamado "relatório secreto" as práticas stalinistas, particularmente o chamado "culto à personalidade".

Malenkov assume o governo após a morte de Stalin mas, devido às posições que defendia, foi forçado a renunciar à liderança do Partido em 13 de março, sendo sucedido por Nikita Khruschev em setembro.

Após o XX Congresso do PCUS o corpo de Stalin foi enterrado próximo aos muros do Kremlin, sendo o túmulo mais visitado ali. Seu epíteto era "O Pai dos Povos".

Uma década após a morte de Stalin, sua política seria defendida e até seguida em parte por parte do novo secretário-geral, Leonid Brejnev, que após a saída de Khrushchov, tentaria "reabilitar" o nome de Stalin.

“Não devemos encobrir os erros, mas também não devemos encobrir os méritos, portanto, respeitemos Stálin.”
— Leonid Brejnev, 1965

Em 1965, em uma comemoração dos vinte anos da Grande Guerra Patriótica, sob aplausos, citou pela primeira vez positivamente o nome de Stálin após sua morte, e disse que iria usar o mesmo título que usava o antigo líder, Secretário-Geral, o que na época era algo intolerável; realmente, Brejnev fora impedido por forças maiores de realizar a reabilitação de Stálin, mas seguiu uma política que se estruturava bastante nas raízes do Stalinismo, chamada Brejnevismo, que defendia a burocracia no estado, o culto da personalidade, a hegemonia soviética e o expansionismo do país, uma das poucas diferenças, era a invocação da paz pela parte desta doutrina; ficaria conhecida como "neostalinismo" e "doutrina Brejnev".

Em 1979, centenário de seu nascimento, a mando de Leonid Brejnev, seu túmulo foi reformado e um busto do antigo líder erguido sobre ele, tornando-se um túmulo de herói nacional.

veneração do túmulo na Praça

Família

A primeira esposa de Stalin, Ekaterina Svanidze, morreu em 1907, apenas quatro anos após seu casamento. Eles tiveram um filho, Yakov Dzhugashvili, que atirou em si mesmo por causa do tratamento duro de Stalin sobre ele, mas sobreviveu. Depois disso, Stalin disse: "Não consegue sequer atirar direito." Yakov serviu no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial e foi capturado pelos alemães. Eles ofereceram trocá-lo pelo Marechal de Campo Friedrich Paulus, que havia se rendido depois da Batalha de Stalingrado, mas Stalin recusou a oferta. Depois, alega-se que Yakov morreu, em uma cerca elétrica no campo de concentração de Sachsenhausen, pelos guardas que vigiavam o campo, quando tentava escapar. Alguns dizem que cometeu suicídio, mas isso não foi provado. Yakov teve um filho, Yevgeny, que foi recentemente notável por defender o legado de seu avô em tribunais russos. Yevgeny é casado com uma mulher georgiana, tem dois filhos, e netos.

Stalin com filhos Vassili e Svetlana

Sua segunda esposa foi Nadezhda Alliluyeva que morreu em 1932, oficialmente de doença. Ela pode ter cometido suicídio, atirando-se depois de uma briga com Stalin, deixando uma nota de suicídio que, segundo a sua filha era "em parte pessoal, em parte política." De acordo com Biografia A&E, há também uma crença entre alguns russos que Stalin assassinou sua esposa após a briga, o que aparentemente aconteceu em um jantar em que Stalin sarcasticamente acendeu cigarros pela mesa para ela. Os historiadores também afirmam que a morte da esposa, finalmente, "cortou sua ligação da realidade". Com ela, Stalin teve um filho, Vasily Dzhugashvili, e uma filha, Svetlana Alliluyeva.

Vasily seguiu carreira militar na Força Aérea Soviética, morrendo em consequência do abuso de álcool em 1962, no entanto, isto ainda está em discussão. Distinguiu-se na Segunda Guerra Mundial como um hábil aviador.

Segundo Svetlana, a morte da mãe "afastara da alma de Stalin os últimos vestígios de calor humano." Deixou a URSS em 1967 para visitar a Índia, onde solicitou asilo político na embaixada americana em Nova Deli. A KGB elaborou um plano para assassiná-la que não foi levado adiante. Adotou o nome Lana Peters e morreu em 2011 nos Estados Unidos.

A mãe de Stalin, cujo funeral ele não compareceu, morreu em 1937. Alega-se que Stalin guardava rancor de sua mãe por obrigá-lo a entrar no seminário.