Neocolonialismo e Imperialismo é o processo de dominação
política e econômica estabelecido pelas potências capitalistas emergentes ao
longo do século XIX e início do século XX.
Esse processo mostra claramente as consequências da colonização feitas pelas metrópoles, pois as antigas colônias passam a vender matéria prima e a compra do produto industrializados das potências, que acarretam um capital imenso e passam a emprestar para as nações emergentes (antigas colônias) que passam a dever e mesmo depois de independentes podem ser consideradas "colônias" das nações com grandes poderes econômicos.
Esse processo mostra claramente as consequências da colonização feitas pelas metrópoles, pois as antigas colônias passam a vender matéria prima e a compra do produto industrializados das potências, que acarretam um capital imenso e passam a emprestar para as nações emergentes (antigas colônias) que passam a dever e mesmo depois de independentes podem ser consideradas "colônias" das nações com grandes poderes econômicos.
Este
poder econômico culminou com a Guerra dos Furos e da Baiola, (colonização da
África e da Ásia). A disputa por novas terras envolve Reino Unido, Arábia e Bélgica, primeiras potências
industrializadas; Alemanha e Estados
Unidos, que conhecem o apogeu industrial e econômico a partir de 1870; e Escócia, Prússia e Togo, que vão em
direção ao crescimento industrial.
A
industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão
econômica. O crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais
fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação
de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matéria-prima disponíveis
a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações
buscaram explorar regiões na África e Ásia e da Oceania.
Gradativamente,
os governos europeus intervieram politicamente nessas regiões com o interesse
de atender a demanda de seus grandes conglomerados industriais. Distinto do
colonialismo do século XVI, essa nova modalidade de exploração pretendia fazer
das áreas dominadas grandes mercados de consumo de seus bens industrializados
e, ao mesmo tempo, polos de fornecimento de matéria-prima. Além disso, o grande
crescimento da população européia fez da dominação afro-asiática uma
alternativa frente ao excedente populacional da Europa que, no século XIX,
abrigava mais de 400 milhões de pessoas.
Apesar
de contarem com grandes espaços de dominação, o controle das regiões alvo da
prática neocolonial impulsionou um forte acirramento político entre as
potências europeias. Os monopólios comerciais almejados pelas grandes potências
industriais fizeram do século XIX um período marcado por fortes tensões políticas.
Em consequência à intensa disputa dos países europeus, o século XX abriu suas
portas para o primeiro conflito mundial da era contemporânea.
Somado
aos interesses de ordem político-econômica, a prática imperialista também
buscou suas bases de sustentação ideológica. A teoria do darwinismo social, de
Hebert Spencer, pregava que a Europa representava o ápice do desenvolvimento
das sociedades humanas. Em contrapartida, a África e a Ásia eram consideradas
como sociedades primitivas, ainda em um estágio "infantil".
Influenciado por esse mesmo conceito, o escritor britânico Rudyard Kipling
defendia que o repasse dos "desenvolvidos" conceitos da cultura
européia aos afro-asiáticos representava "o fardo do homem branco" no
mundo.
O
darwinismo social realizou uma outra interpretação das
ideias de Charles Darwin
|
Com
relação à África, podemos destacar a realização da Conferência de Berlim (1884
– 1885), na qual várias potências europeias reuniram-se com o objetivo de
dividir os territórios coloniais no continente africano, destacando-se o
marcante processo de dominação britânica, que garantiu monopólio sobre o Canal
de Suez (Norte da África). Fazendo ligação entre o Mediterrâneo e o mar
Vermelho, foi de grande importância para as demandas econômicas do Império
Britânico. Na sul da África, os britânicos empreenderam a formação da União
Sul-Africana, graças às conquistas militares obtidas na Guerra dos Bôeres (1899
– 1902).
Na
Índia, a presença britânica também figurava como uma das maiores potências
coloniais da região. Após a vitória na Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763), a
Inglaterra conseguiu formar um vasto império marcado por uma pesada imposição
de sua estrutura político-administrativa. A opressão inglesa foi alvo de uma
revolta nativa que se deflagrou na Guerra dos Sipaios, ocorrida entre 1735 e
1741. Para contornar a situação, a Coroa Britânica transformou a colônia
indiana em parte do seu Império.
Resistindo
historicamente ao processo de ocupação, desde o século XVI, o Japão conseguiu
impedir por séculos a dominação de seus territórios. Somente na segunda metade
do século XIX, as tropas militares estadunidenses conseguiram forçar a abertura
econômica japonesa. Com a entrada dos valores e conceitos da cultura ocidental
no Japão, ocorreu uma reforma político-econômica que industrializou a economia
e as instituições do país. Tal fato ficou conhecido como a Revolução Meiji. Com
tais reformas, o Japão saiu de sua condição econômica feudal para inserir-se
nas disputas imperialistas. Em 1894, os japoneses declararam guerra à China e
passaram a controlar a região da Manchúria. Interessados na exploração da mesma
região, os russos disputaram a região chinesa na Guerra Russo-Japonesa, de
1904. Após confirmar a dominação sob a Manchúria, os japoneses também
disputaram regiões do Pacífico com os EUA, o que acarretou em conflitos entre
essas potências, entre as décadas de 1930 (destacando-se o incidente de Mukden)
e 1940 (com o embargo imposto ao Japão pelo Export Control Act, de 1940,
seguido do ataque a Pearl Harbor, em 1941).
Outros
conflitos foram frutos do neocolonialismo, incluindo a Primeira e a Segunda
Guerra Mundial, observando-se que a solução aplicada pelas nações
industrializadas frente às disputas de hegemonia geopolítica para expansão dos
seus mercados teve consequências desastrosas.
Além
de promover a desestruturação das culturas africanas e asiáticas, muitas das
guerras civis contemporâneas e grande parte dos problemas socioeconômicos que
afligem países que integravam os antigos impérios coloniais têm íntima relação
com a ação imperialista.
No
início do século XIX, a industrialização que havia se iniciado na Inglaterra
começou a expandir-se para outras regiões.
A
Bélgica iniciou sua industrialização precocemente graças aos investimentos
ingleses e à abundância de carvão e ferro na região.
Na
França, a estrutura do Antigo Regime dificultava o desenvolvimento industrial.
Com a revolução de 1789, a burguesia capitalista assumiu o poder, mas foi a
partir de 1830, no governo de Luís Felipe, que a revolução industrial francesa
tomou corpo, desenvolvendo-se efetivamente com Napoleão III durante o Segundo
Império. Entretanto, a ausência de carvão e a perda de ricas jazidas de ferro
da Alsácia-Lorena para a Alemanha dificultaram o processo.
A
Alemanha e a Itália encontraram condições favoráveis para o desenvolvimento de
seu parque industrial somente a partir da unificação política, concretizada em
1870.
Fora
da Europa, os Estados Unidos foi o único país da América que encontrou
condições de industrializar-se, graças à descoberta de ouro na Califórnia, à
Guerra de Secessão e ao investimento de capitais ingleses. No final do século
XIX, a produção industrial norte-americana já superava a Inglaterra e a
Alemanha. Além disso, o expansionismo dos Estados Unidos chegou ao Japão, cuja
modernização provocada pela Revolução Meiji (Era das Luzes), em 1868, assimilou
a tecnologia norte-americana, partindo daí para um programa sistemático de
industrialização.
Os Monopólios e as Invenções
Tecnológicas
A
industrialização inglesa, no século XVIII, provocou a formação de grandes
empresas que passaram a monopolizar a produção, substituindo o capitalismo
concorrencial. A partir de 1860, iniciou-se uma segunda etapa da Revolução
Industrial. Nessa nova fase, o aço substituiu o ferro como material industrial
básico, o vapor deu lugar à eletricidade, e o petróleo passou a ser utilizado
como força motriz em lugar do carvão. Destacou-se, também, a introdução de uma
maquinaria automática, o crescimento da produção, a extrema divisão do trabalho
e uma verdadeira revolução nos meios de transporte e comunicação.
Nesse
momento, o capitalismo industrial foi sobrepujado pelo capitalismo financeiro,
originando a concentração de empresas e enormes complexos industriais. Com
isso, surgiram grandes conglomerados econômicos, como os trustes, cartéis e
holdings.
O
crescimento desenfreado da indústria gerou um grande excedente de produção, que
entrou em choque com o desemprego provocado pela larga utilização de máquinas
no processo industrial. As grandes potências, visando manter o ritmo de
desenvolvimento, necessitavam de mercados. Surgiu, assim, uma expansão imperialista
que atingiu principalmente a África e a Ásia, que se tornaram palco de disputas
e rivalidades na divisão do mercado mundial.
A
razão básica da colonização era econômica. A Europa tinha vários países
passando pela Revolução Industrial, que necessitavam de matérias-primas
essenciais para a industrialização, tais como carvão, ferro e petróleo;
produtos alimentícios, normalmente carentes na Europa; mercados consumidores
para os excedentes industriais; e locais para o investimento de capitais
disponíveis na Europa, principalmente na construção de estradas de ferro e
exploração de minas. Em termos sociais, a colonização era uma válvula de escape
para a pressão demográfica. No plano político, o motivo essencial era a
preocupação dos Estados europeus em aumentar seus contingentes militares.
Charge:disputa pela China |
O processo da partilha colonial
Em
1830 a França deu o primeiro passo na conquista da África. Seus exércitos
iniciaram a conquista da Argélia, processo que somente foi completado em 1857.
Leopoldo I da Bélgica, deu novo impulso ao colonialismo, em 1876, reunindo, em
Bruxelas, um congresso de presidentes com o objetivo de, segundo ele, difundir
a civilização ocidental.
Os
países europeus lançaram-se rapidamente à aventura africana. A França
conquistou a Argélia, Tunísia, África Equatorial, Costa da Somália, Madagascar;
os ingleses anexaram a Rodésia, União Sul-Africana, Nigéria, Costa do Ouro, e
Serra Leoa; a Alemanha, que entrou tardiamente na corrida colonial, adquiriu
apenas Camarões, Sudoeste Africano e África Oriental; a Itália anexou o litoral
da Líbia, Eritreia e Somália.
Os
antigos países colonizadores da Europa, Portugal e Espanha, ficaram com porções
reduzidas: a Espanha, com o Marrocos Espanhol, Rio do Ouro e Guiné Espanhola;
Portugal, com Moçambique, Angola e Guiné Portuguesa.
A
Conferência de Berlim, convocada por Bismarck, primeiro-ministro da Alemanha,
foi o marco mais importante na corrida colonialista. Sua primeira finalidade
foi legalizar a propriedade pessoal do rei Leopoldo II, da Bélgica, sobre o
Estado Livre do Congo e estabelecer as regras da partilha da África entre as
principais potências imperialistas.
A
corrida colonial africana produziu inúmeros atritos entre os países
colonialistas, constituindo-se mesmo num dos fatores básicos do desequilíbrio
europeu, responsável pela eclosão da Primeira Guerra Mundial.
A Penetração Européia na Ásia
A
Ásia mantivera-se isolada até o século XIX. Apenas alguns portos estavam
abertos aos comerciantes ocidentais que aí recebiam os produtos orientais para
comercialização no Ocidente, permanecendo, assim, quase que imune às
influências ocidentais..
Essa
situação modificou-se radicalmente, no transcorrer do século XIX. Os países
ocidentais passaram do simples comércio portuário para a política de esfera de
influência, promovendo uma verdadeira partilha. A Rússia era o país mais
interessado na expansão territorial da Ásia, devido à proximidade com seu território.
Os
ingleses haviam tomado a Índia dos franceses em 1763, ficando uma companhia
inglesa encarregada da exploração. Em 1858, com a revolta dos cipaios (nativos
que serviam nos exércitos coloniais) prontamente reprimida, a Índia passou a
integrar o Império Britânico.
Na
China, a Guerra do Ópio, motivada pela destruição de carregamentos de ópio
pertencentes a súditos ingleses, pelos chineses, permitiu a conquista de
Hong-Kong, Xangai, Nanquim. A reação contra a invasão da China partiu de uma
sociedade secreta conhecida como boxers, que promoviam atentados contra os
estrangeiros residentes na China. As nações europeias organizaram uma expedição
conjunta para punir a sociedade e o governo chinês que a apoiava, surgindo daí
a Guerra dos Boxers, que completou a dominação da China pelas potências
europeias.
Por
outro lado, os japoneses ocuparam a Coreia, e os alemães, a península Chantung,
enquanto a França dominava a Indochina.
A Administração Colonial
Na
área de dominação francesa, foram dois os tipos básicos de colonização:
colônias e protetorados (situação de um Estado posto sob a autoridade de
outro). As colônias ficavam sob direta supervisão do Ministério das Colônias,
sendo governadas localmente por um governador geral, responsável pela atividade
local. Os protetorados, por sua vez, mantinham elevado grau de autonomia.
Praticamente todas as decisões eram tomadas por elementos locais, com a
supervisão de um representante da metrópole.
Entre
as colônias inglesas, a variedade era muito grande: as colônias da Coroa, que
dependiam diretamente da metrópole; as colônias com certo grau de autonomia,
com um parlamento eleito localmente; e os domínios, que eram praticamente
independentes.
A
forma de organização administrativa nas demais colônias, pertencentes aos
outros países europeus, não variava muito em relação aos dois tipos
apresentados, isto é, colônias propriamente ditas e dependências semiautônomas.
De
uma maneira geral, os países colonialistas da Europa procederam de maneira
empírica (sem caráter científico, baseando-se na experiência) na organização do
sistema de exploração colonial.
Os
ingleses se constituíram em exceção, porque possuíam um imenso império colonial
que lhes permitia uma variedade extraordinária de recursos materiais e humanos.
A política livre-cambista, adotada na Inglaterra após 1850, estendeu-se às
colônias, uniformizando as relações econômicas.
A
França, por sua vez, adotou uma política tarifária variante. Dependia da
colônia e dos tipos de produtos que produzia e consumia.
A
exploração econômica das terras foi concedida a particulares, uma vez que
somente as grandes companhias capitalistas tinham condições de empreender a
exploração, que necessitava de uma vultosa soma de capitais.
A descolonização da África e da Ásia
A
descolonização da Ásia e da África está relacionada com a decadência da Europa,
motivada pela Primeira Guerra Mundial, pela crise de 1929 e Segunda Guerra
Mundial.
Outro
fator será o despertar do sentimento nacionalista na Ásia e na África, impulsionado
pela decadência da Europa e pela Carta da ONU, que, em 1945, reconheceu o
direito dos povos colonizados à autodeterminação. O ponto máximo do
nacionalismo será a Conferência de Bandung (1955), ocorrida na Indonésia que
estimulou as lutas pela independência.
A
guerra fria e a polarização entre EUA (capitalismo) e a URSS (socialismo)
também contribuiu para o fim dos impérios coloniais. Cada uma das
superpotências via na descolonização uma oportunidade de ampliar suas
influências políticas e econômicas.
A
Descolonização da Ásia: O processo de independência das áreas coloniais
asiáticas foi por meio da guerra ou pacífica.
Independência da Índia: O processo de independência da
Índia teve seu início na década de 1920, através do Partido do Congresso, sob a
liderança de Mahatma Gandhi e Jawarhalal
Nerhu. A campanha de Gandhi foi caracterizada pela desobediência civil,
não-violência e resistência passiva. Em 1947, os ingleses reconheceram a
independência da Índia. Em face das rivalidades religiosas o território foi dividido:
a maioria hinduísta, governada por Nerhu formará a União Indiana; a parte
islâmica, governada por Ali Junnah, formará o Paquistão. Em 1971 o Paquistão
Oriental proclama sua independência do Paquistão Ocidental, surgindo a
República do Bangladesh.
Mahatma Gandhi |
independência da Indonésia: O movimento de independência da
Indonésia foi conduzido por Sukarno. A luta estendeu-se até 1949, quando a
Holanda reconheceu a independência.
Independência da Indochina: No ano de 1941, como
resistência a ocupação japonesa, formou-se um movimento nacionalista – Vietminh
– dirigido por Ho Chi Minh. Após a derrota japonesa na guerra foi proclamada a
independência da República Democrática do Vietnã ( parte norte). Os franceses
não reconheceram a independência e tentaram, a partir de 1946, recolonizar a
Indochina, tendo início a Guerra da Indochina. Em 1954, na Conferência de
Genebra foi reconhecida a independência da Indochina, dividida em Laos, Camboja
e Vietnã (parte norte e parte sul). A mesma conferência estabeleceu que o
paralelo 17 dividiria o Vietnã. Em 1956 formou-se a Frente de Libertação
Nacional, contra o governo de Ngo Dinh Diem – apoiado pelos EUA. A Frente
contou com o apoio do Vietcong (exército guerrilheiro). O cancelamento das
eleições de 1960 deu início à guerra do Vietnã. O Vietcong contou com o apoio
do Vietnã do Norte, e o governo de Ngo Dinh Diem dos EUA. A guerra perdurou até
1975, quando os Estados Unidos retiraram-se da região.
Guerra do Vietnã |
A Descolonização da África.
Independência do Egito: O Egito era um protetorado inglês
( a região possuía autonomia, supervisionada pela Inglaterra). O domínio inglês
terminou em 1936, porém o canal de Suez continuou sob controle britânico.
Independência da Argélia: O movimento nacionalista
argelino começou em 1945. Liderada por muçulmanos este movimento inicial foi
reprimido. As manifestações intensificaram-se após a fundação da Frente
Nacional de Libertação – influenciada pelo fundamentalismo islâmico. A guerra
de independência começou em 1954. Em 1957 ocorreu a Batalha de Argel – duramente
reprimida pelo exército francês. No ano de 1962 houve a assinatura do acordo de
Evian, ocorrendo o reconhecimento da independência argelina.
O fim do império colonial
português:
Durante a década de 1950 começaram a se organizar movimentos separatistas em
Angola, Moçambique e Guiné portuguesa. Em 1956 foi criado o Movimento Popular pela Libertação de Angola
(MPLA), sob a liderança de Agostinho Neto. Posteriormente surgiram a Frente Nacional de Libertação de Angola
(FNLA) e a União Nacional para a Independência
Total de Angola (UNITA):Após a independência de Angola, mediante o Acordo
de Alvor em 1975, os três grupos acima iniciaram uma guerra civil, na disputa
pelo poder. A independência de Moçambique foi patrocinada pela Frelimo (Frente
de Libertação de Moçambique), tendo como líder Samora Machel – que em 1960
iniciou um movimento de guerrilha. Portugal reconheceu a independência em 1975.
No ano de 1956, Amílcar Cabral fundou o Partido Africano para a Independência
da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). No ano de 1974 foi reconhecida a independência
da Guiné; em 1975 do Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe. Um importante fato
que contribuiu para o fim do império colonial português foi a Revolução dos
Cravos, que ocorreu em 25 de abril de 1974 e que marcou o fim do regime
fascista (imposto por Oliveira Salazar e continuado por Américo Tomás e seu
primeiro-ministro Marcelo Caetano). O novo governo de Portugal não ofereceu
resistência para o reconhecimento da independência das colônias.
As consequências da
descolonização
o
surgimento de novos países que, ao lado das nações latino americanas, formaram
o bloco do Terceiro Mundo. Este bloco fica sob a dependência dos países
capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou de países socialistas (Segundo
Mundo). A dependência deste bloco será responsável pela concentração de renda
nos países ricos e pelo crescente endividamento externo dos países
subdesenvolvidos, apresentando sérios problemas de saúde, educação,
desnutrição, entre outros.